03 maio – Espelhemo-nos constantemente em Maria, esforcemo-nos
para imitar suas virtudes e, como quem contempla um lindo quadro fica
arrebatado e encantado com ele e já não pode despregar dele os olhos, assim
deve acontecer conosco ao contemplarmos Maria. (S 235 ). São Jose Marello
João 14,6-14
"Jesus respondeu:
- Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.
Agora que vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. E desde agora vocês o
conhecem e o têm visto.
Filipe disse a
Jesus:
- Senhor,
mostre-nos o Pai, e assim não precisaremos de mais nada.
Jesus respondeu:
- Faz tanto tempo
que estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem me vê vê também
o Pai. Por que é que você diz: "Mostre-nos o Pai"? Será que você não
crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
Então Jesus disse
aos discípulos:
- O que eu digo a
vocês não digo em meu próprio nome; o Pai, que está em mim, é quem faz o seu
trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está
Jesus
está no Pai e o Pai está
Jesus é nos introduzir integralmente na experiência de identificação com
o Pai que nos comunica a vida plena. Essa vida é a verdade total que leva a
humanidade à plena realização, itinerário vital que nos conduz à identificação
com o projeto de Deus
Nos três evangelhos sinóticos encontramos os nomes de Filipe e Tiago na lista
dos doze apóstolos. Filipe aparece apenas nesta lista, enquanto Tiago
reaparecerá várias vezes nestes evangelhos.
O evangelho de João não usa a palavra "apóstolo", fala apenas em
discípulo, e ele não consta na lista dos doze. Nas narrativas de João só
aparecem sete discípulos, entre os quais Filipe. Tiago nunca é mencionado.
Nesta narrativa de hoje, o interlocutor de Jesus é Filipe. Jesus revela-se como
o caminho para o Pai. Conhecer Jesus é conhecer o Pai. Filipe não o entende.
Poderíamos pensar em Filipe como protótipo do discípulo fascinado pela
personalidade do mestre, mas lhe custa assumir seu projeto de Vida. “Crede ao
menos por causa dessas obras”, disse-lhe Jesus. A práxis libertadora do Reino
se apresenta como prova indiscutível de que o Pai anima e sustenta a busca e a
luta por uma vida digna e feliz para todos seus filhos e filhas.
Graças aos apóstolos, nós recebemos a fé em Jesus, morto, porém ressuscitado.
Os cristãos de todos os tempos devem sentir essa grave responsabilidade de transmitir
fiel e alegremente a fé que herdamos através deles.
Não podemos seguir pregando um Jesus desencarnado, ou um Jesus lendário que
nasceu, viveu e morreu “sob Pôncio Pilatos”; nosso anúncio e o testemunho que o
respalda tem que ser igual ao de Jesus.
Com sua vida e seu ensinamento, Ele refletia o Pai e por isso confidenciou
assim a Filipe: “Quem
me vê, vê também o Pai”.
A geração de Jesus “acostumada” pela força à figura de um Deus distante e insensível à dor e às tragédias humanas, pode descobrir em cada palavra e em cada gesto de Jesus o rosto paterno/materno de Deus, sua proximidade, sua ternura e bondade.
O que esperamos nós, o que devemos agregar à nossa pregação para que o crente de hoje volte a sentir esse contato claro e direto com o Deus de Jesus?
Sem polemizar, mas esse é um dos trechos do evangelho que nossos
irmãos protestantes justificam sua forma peculiar de profetizar a fé e suas
ações, ou seja, uma relação criada sem intermediários com Deus e é claro que não
estamos aqui pra delinear linhas e laudas sobre o que é correto para essa ou
aquela igreja, mas o fato que esse entender parcial, também tem levado muita
gente a se afastar DA CASA DE DEUS.
Esse evangelho é denso na interpretação visto que precisa estar o mais próximo
da íntegra e não somente
Por exemplo, lemos apenas os versículos “sou o caminho, a verdade e a vida;
ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim”, “Senhor, mostre-nos o Pai, e
assim não precisaremos de mais nada”, “creiam pelo menos por causa das coisas
que eu faço” e “quem crê em mim fará as coisas que eu faço e até maiores do que
estas”. Eles em separado já representam a verdade, mas o texto na íntegra
propõe o ensinamento.
Como Tiago e Felipe também fragmentamos o ensinamento, pois se isso não fosse
verdade por que os discípulos deixaram Jesus sozinho a rezar? Por que o
abandonaram? Por que se esconderam? Fragmentos de ensinamento. Em pedaços
ouvimos apenas o que nos interessa. Isso é um traço humano.
Os versículos que separei justiçam, por si só, que Deus nos ouve, que esta
atento a minha oração onde quer que eu esteja, que tudo Nele eu posso e que os
milagres acontecerão, mas não queremos ouvir o ensinamento completo que exorta
que preciso ter e manter a fé, mudar de atitude e comprometer-se com o próximo.
Reparem esse versículo em meio ao ensinamento: “(…) O PAI, QUE ESTÁ EM MIM, É
QUEM FAZ O SEU TRABALHO”.
Jesus deixa bem claro que é o portador do sonho de Deus para nós, e que sua missão
é ser canal da graça do Pai em meio aos irmãos.
Em muitos momentos, não somente nesse evangelho, fica evidente que, já que é
interesse de Deus, nada o impediria, ou seja, qualquer dificuldade seria (e
será) transposta mediante a vontade de Jesus (ou nossa)
Ele diz “peça e receberá”, “não tenhas medo”, “venha”, mas precisa da ação
concreta de cada um em acreditar e FAZER ACONTECER. Onde eu quero chegar?
Cada vez mais vemos as pessoas FRAGMENTAS sendo cristãs apenas a frente da TV.
Participam de Missas, Novenas e Encontros “ao vivo” diretamente do conforto do
seu sofá, da sua cadeira… Temos locais que esse conforto desmotivou as pessoas
a ir à missa, estar com os irmãos, partilhar, emprestar seu talento, dom ou
carisma.
Justificam a violência das cidades, a falta de estacionamento nas igrejas, não
ter ar condicionado, a demora da homilia, “aquele padre chato”, “Deus ouve
minha oração em casa”, (…) para preferirem ficar em casa.
Claro que o conforto é bom e que a tecnologia também nos aproximou de Deus, em
especial nas formações, na reza do terço, nos momentos de oração matinal, mas
veja quantos grupos e pastorais sucumbem de ajuda, pois não queremos sair de
casa na hora da novela, “justificando” que já fiz meu compromisso cristão ao
assistir a missa pela manhã pela TV?
Penso que as homilias e ensinamentos dados na TV deveriam estimular ou desafiar
mais as pessoas a SER COMUNIDADE.
Enquanto Jesus sofria seu calvário, seus discípulos onde estavam? As coisas
grandiosas que podemos fazer e que Jesus menciona estão relacionadas no contato
com as pessoas, OU SEJA, bem além dos muros das nossas casas.
Os discípulos que hoje celebramos (que tomaram esse “pito” de Jesus hoje) se
transformaram em grandes divulgadores da Boa Nova, fato este que os levou ao
martírio. A ação concreta deles, em meio aos irmãos, trouxe o entendimento
completo do ensinamento de Jesus
Para finalizar: O mundo de hoje, ao contrário de Jesus, nos leva para um
caminho de morte. Veja o que está acontecendo com a nossa juventude.
Qual o caminho que os jovens seguem? O caminho da T.V. e do cinema, do
prazer sem limites, do prazer sem nenhuma conseqüência, o caminho da violência.
Você já reparou nos comerciais de Televisão? Eles só mostram gente
jovem e bonita. Nunca mostram um velhinho desdentado num comercial, num barco
...
Mostram sempre jovens. Uma loira ou uma morena muito bonita e um
"cara saradão" fazendo coisas que com certeza, o
jovem vai querer imitar...
Você já reparou que muita gente imita os personagens do cinema e das novelas? É
por aí, o jeito de falar, de gesticular.
São os jovens os que imitam com mais intensidade, a rebeldia, a falta de
caridade, os anti valores ou desvalores, como por exemplo a ausência de
religiosidade, o desrespeito para com os pais e os mais velhos, e outras coisas
ruins.
É!... pelo menos uma coisa nós podemos fazer por esta juventude que está
sendo estimulada a trilhar caminhos outros, que não O CAMINHO DA VERDADE E
DA VIDA. Podemos e devemos rezar por ela, por todos os jovens, diariamente.
Propósito: Revelar Deus no nosso dia a dia aos nossos filhos e ao mundo também.
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