02 de junho - É preciso ser fortes e afáveis, como São Francisco
de Sales. (S 174). São Jose Marello
Marcos 11,11-26
Jesus
entrou em Jerusalém, foi até o Templo e olhou tudo
No dia seguinte, quando eles
estavam voltando de Betânia, Jesus teve fome. Viu de longe uma figueira cheia
de folhas e foi até lá para ver se havia figos. Quando chegou perto, encontrou
somente folhas porque não era tempo de figos. Então disse à figueira:
- Que nunca mais ninguém
coma das suas frutas!
E os seus discípulos ouviram
isso.
Quando Jesus e os discípulos
chegaram a Jerusalém, ele entrou no pátio do Templo e começou a expulsar todos
os que compravam e vendiam naquele lugar. Derrubou as mesas dos que trocavam
dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não deixava ninguém atravessar
o pátio do Templo carregando coisas. E ele ensinava a todos assim:
- Nas Escrituras Sagradas
está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será chamada de
'Casa de Oração' para todos os povos." Mas vocês a transformaram num
esconderijo de ladrões!
Os chefes dos sacerdotes e
os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar um jeito de matar Jesus.
Mas tinham medo dele porque o povo admirava os seus ensinamentos.
De tardinha, Jesus e os
discípulos saíram da cidade.
No dia seguinte, de manhã cedo,
Jesus e os discípulos passaram perto da figueira e viram que ela estava seca
desde a raiz. Então Pedro lembrou do que havia acontecido e disse a Jesus:
- Olhe, Mestre! A figueira
que o senhor amaldiçoou ficou seca.
Jesus respondeu:
- Tenham fé
Meditação:
Jesus está próximo de uma figueira muito grande, mas sem frutos. A Casa
do Senhor, chamada a dar frutos de vida, deve ser a casa de oração para todo o
mundo. a oração nos adentra no desenvolvimento da capacidade de escutar a Deus
que nos fala por meio de sua Palavra e do clamar sofrido dos pobres.
A casa deve ser escola de oração que nos abra a escutar “com um ouvido no povo
e outro no Evangelho”. O discípulo que, desta maneira, aprende a escutar saberá
dar uma resposta comprometida que dê frutos abundantes. Se a casa se converteu
em cova de ladrões, em lugar de dar os frutos esperados, será um lugar estéril
desde sua raiz.
Em vez de alimentar as nações que tinham fome de justiça e de paz, fome do
reino, terminará se consumindo a si mesma. Os discípulos, chamados a crer com
todo o coração, tem que ser uma Igreja comunidade, servidora dos pobres, casa
acolhedora, de portas abertas e coração missionário.
Este evangelho enfoca o Templo de Jerusalém, com sua prática e doutrina, como
alvo principal das denúncias de Jesus aos chefes religiosos de Israel. Desde
sua construção por Salomão, sempre teve como anexo o Tesouro, para o depósito
de imensas riquezas acumuladas pelas ofertas e taxas cobradas do povo.
Naquele momento de intenso comércio e lucro praticado durante a festa da
Páscoa, Jesus denuncia a corrupção do Templo. A figueira seca e o monte que
pela fé é lançado ao mar representam o monte Sião, com Jerusalém e o Templo que
oprimiam o povo.
A verdadeira religião, agradável a Deus, é a do perdão e da misericórdia.
Reflexão Apostólica:
Jesus procurou frutos na figueira e lá só encontrou folhas… “pois
não era tempo de figos”. Apesar de mostrar três situações diferentes esse Evangelho
nos leva a perceber a mensagem central que Jesus nos quer comunicar.
Jesus ainda hoje tem fome e somos nós as “figueiras” onde Ele procura fruto
para saciar a Sua fome. Jesus tem fome do nosso amor expressado em atos
concretos de santidade e de justiça, mas só tem encontrado, quando muito, a
nossa “boa vontade”.
Isso acontece, porque muitas vezes nos preocupamos muito com a aparência, nos
ocupamos com o ter conhecimento das coisas temporais, desejamos ser instruídos
e, por isso, nos tornamos admiráveis aos olhos humanos.
Queremos servir a Deus, mas nos revestimos de uma capa atraente sem nunca
alcançar o tempo de dar frutos bons e agradáveis ao Senhor. Jesus tem fome do
fruto do Seu Espírito
O
O homem e a mulher que não dão frutos de amor são estéreis. Muitas vezes,
porém, nós estamos desvirtuados da nossa condição primeira, porque, como fala
mais adiante o Evangelho, nós nos deixamos invadir pelos “vendilhões” e o
templo do nosso ser torna-se também uma “cova de ladrões”!
São os maus pensamentos, as maquinações, a vaidade, a falta de perdão, o
sentimento de vingança, etc. Confundimos o que é do Espírito com o que é da
nossa humanidade e mesmo até com o que é demoníaco.
Por isso, nós, como a figueira, secamos e nos autodestruímos. Precisamos
também, como Jesus, expulsar de dentro do nosso coração tudo que nos impede de
dar frutos de santidade. Jesus nos dá alento: “tudo o que pedirdes na oração,
acreditai que já o recebeste, e, assim será”.
Na nossa oração nós precisamos suplicar o Espírito Santo. É Ele quem nos
capacita a perdoar, a amar, e assim, produzir os frutos que Jesus procura
Como
Propósito:
Pai, ensina-me a viver a religião pura e agradável a ti.
Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver reconciliado, que eu possa rejeitar
tudo o que desvirtua a verdadeira religião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário