31 de outubro - Peçamos a Deus que nos torne santos, logo
santos, com aquela santidade que Ele quer. (S
172). São Jose Marello
Leitura
do santo Evangelho segundo São Lucas 14,12-14
Meditação:
Jesus ao olhar tanto para o dono da festa bem como para os convidados ficou desapontado; e, então levantando a cabeça dirige a palavra à seus Apóstolos: Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez.
O plano salvífico de Deus, manifestado em Jesus de
Nazaré, apresenta-se definitivamente como a assembleia universal e
indiscriminada dos filhos de Deus dispersos.
Por isso, a Igreja, através de variadas modalidades associativas ou congregacionais visibilizadas pelo amor, os ministérios e os sacramentos, sobretudo a celebração eucarística, se manifesta nas múltiplas assembleias locais. Abre-se ao projeto divino da acolhida de todos os homens, mediante a fé em Cristo. Prossegue e prolonga a obra da congregação universal dos filhos de Deus, privilegiando os pobres e marginalizados, na qualidade de primeiros convidados ao festim dos bens messiânicos, pois se os pobres têm vez, ninguém se sente excluído.
O amor preferencial pelos pobres, o espaço aberto
aos marginalizados, a promoção dos necessitados será sempre sinal evidente do
Reino de Deus que a Igreja anuncia, vive e constrói. O próprio Reino
manifesta sua força e vitalidade, congregando os pobres na Igreja de Cristo
para promovê-los a uma vida mais digna até a eternidade feliz.
Nos diálogos à mesa, os autores gregos geralmente
apresentavam os comensais em torno do dono da casa, sublinhando a posição
social dos presentes. Lucas também começa retratando um dos notáveis entre
os fariseus para logo, desconcertantemente, introduzir um hidrópico na cena,
necessitado de cura. Deste modo, dá a entender que a refeição messiânica
não é reservada a elites, mas se abre a todos, notadamente os pobres e
marginalizados.
Quem são os que participam da tua festa? Com quem gastas o teu dinheiro? E como o gastas? Lembra-te do apelo do Mestre: Quando deres um banquete convide os cegos, os aleijados, os pobres e serás abençoado. Pois eles não poderão pagar o que tu fizeste, mas Deus te pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
Mais
uma vez Jesus nos ensina algo que contradiz completamente o pensamento do
mundo: não convidar os amigos nem aquelas pessoas mais queridas, mas chamar
àqueles que mais necessitam de alimento. E Ele ainda acrescenta: “Então tu
serás feliz!”
É tão fácil a gente conviver com quem a gente gosta, admira, se afina, mas isto amacia apenas o nosso ego! A nossa felicidade interior, a paz que nós precisamos vem do serviço desinteressado.
A motivação que temos para fazer as coisas do nosso dia a dia se constitui também num parâmetro para a nossa felicidade eterna. Jesus nos explica: se fizermos as coisas somente àqueles que podem nos recompensar já estaremos recebendo o prêmio.
Porém, quando realizamos algo às pessoas que não podem fazer o mesmo conosco, aí então, a recompensa nos virá do céu. A gratificação dos justos é a ressurreição.
A mensagem do Evangelho de hoje nos leva a avaliar qual é o nosso interesse quando escolhemos as nossas amizades, qual é o valor com que nós aquilatamos as pessoas sejam elas ricas, sejam pobres.
Qual é o nosso interesse quando cultivamos os nossos relacionamentos, se o que estamos buscando aqui na terra servirá apenas para que tenhamos uma vida cheia de regalias ou se estamos caminhando em busca do reino de Deus.
Jesus termina com uma recomendação muito importante: “convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. “Então tu serás feliz!” Significa, convida aqueles que se sentem marginalizados cheios de defeitos; aqueles que nunca esperariam ser chamados.
A festa é a nossa vida da qual ninguém poderá ser excluído, são as nossas conquistas que devem ser partilhadas com todos, sem exceção, sem preconceito e discriminação.
SeremoS felizes na medida em que formamos unidade com todas as pessoas, uma só alma, um só coração, um só ideal, porque a figura desse mundo passa e o que nós almejamos é a vida eterna, junto com todos.
Qual é o critério que você usa para a escolha dos seus relacionamentos? Você costuma acolher a todas as pessoas, ricas ou pobres? Você já convidou alguém, muito pobre, para sentar-se à mesa com você? Você seria capaz de fazer essa experiência?
Propósito:
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e
gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que
vem de ti.
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