25 de outubro - Quem é que põe em nosso coração o gosto que
sentimos pela conquista da virtude, o desejo de agradar a Deus com a
mortificação dos nossos sentidos? É justamente aquilo que chamamos de Espírito
bom, o qual trabalha e atua sem parar em nossas almas. (S 345). São Jose
Marello.
Leitura
do santo Evangelho segundo São Lucas 13,18-21
Meditação:
As
parábolas pertencem ao gênero da sabedoria e, a partir de fatos cotidianos,
permitem que seja extraído um ensinamento ou uma motivação à ação, revelando os
mistérios de Deus. Os cedros do Líbano, enormes árvores, representavam, na
simbologia profética, as nações poderosas.
Esta
imagem de poder era preciosa na tradição sinagogal. Agora Jesus apresenta o
Reino de Deus como surgindo de uma insignificante semente, que nascia às
margens do Mar da Galileia.
É a humilde origem do Reino, à beira do mar. A semente da mostarda é muito pequena, porém, ao crescer, a planta atinge até três metros de altura. Não é uma árvore imponente e frondosa, como o cedro do Líbano, mas abriga as aves do céu. O Reino não é um reino de poder, mas de acolhida.
O
Reino é essa pequena semente que Deus semeou no coração e que permite ao ser
humano alçar-se acima de sua própria fraqueza e sobre os condicionamentos
sociais e culturais que podem reduzi-lo ao pior de si mesmo.
O
Reino é essa semente que tem o poder de transformar nossas vidas anônimas e um
tanto alienadas em experiências de amor e alegria. O reino, quer dizer, uma
vida de fé, é capaz de dar sabor ao grupo humano mais desorganizado e insípido.
Reflexão Apostólica:
A
semente de mostarda é um pequeno grão que plantado tem a capacidade de crescer,
transformar-se, expandir-se se tornando uma grande árvore..
Assim
também é a semente do amor de Deus que foi plantada no jardim do nosso coração.
Na medida em que nós nos damos conta desse amor e nos entregamos a ele cresce
em nós também o entendimento das coisas que o Senhor preparou para vivermos
segundo a Sua vontade.
Desse
modo os nossos pensamentos, sentimentos e ações vão se transformando nos
pensamentos de Deus e Ele vai tomando conta de nós, nos dando conhecimento dos
Seus planos, direcionando a nossa vida e nos tornando capazes de viver o
Evangelho.
O
coração que está aberto e disponível é terreno fértil para que o reino de Deus
possa ocorrer. Para que isso seja possível, a primeira coisa que precisamos
fazer é tomar consciência de que esta semente foi plantada no coração de todos
e não somente de alguns privilegiados.
Jesus
Cristo veio ao mundo para implantar entre nós o Seu reino de amor, assim sendo,
vivemos o reino de Deus desde já, quando praticamos o Seu amor no dia a dia da
nossa vida, nas nossas atitudes de acolhimento, de compreensão, de perdão, de
partilha. Deus é Amor e, se somos Seus filhos, com certeza o amor mora em nós.
Reflita
Você
tem consciência de que a semente do amor de Deus foi plantada em
você? Você tem usufruído dessa bênção? Você tem usado o amor de Deus
para também amar as pessoas da sua vida? Você se sente amado pelas pessoas
com o amor que vem de Deus?
Ele
procura o sustento, e ela prepara o alimento. Os dois, como novo casal humano,
são capazes de abrir espaços para a irrupção do Reino.
O
homem semeia a pequena semente de um arbusto; uma planta cujo fruto é um
poderoso condimento das comidas. Quando o arbusto cresce não faz sombra às
demais plantas do horto, mas oferece sombra e abrigo a todos os que se chegam a
ele.
O
Reino, nesta comparação, é destinado a ser um espaço em que todos os seres
humanos são acolhidos, especialmente os que se encontram mais alienados ou
marginalizados. O reino não pode ocupar toda a horta.
Simplesmente
está lá como uma instância, entre outras, destinada a ser um espaço de
crescimento e dignificação do ser humano.
Porção
pequena, mas que tem uma imensa capacidade de transformação. Assim, o reinado
de Deus nas comunidades cristãs pode ser uma experiência pequena, mas chega a
converter-se em uma força de poderosa transformação.
Que
nós consigamos confiar nas pequenas ações como sementes de grandes projetos.
Para Deus, nada é pequeno ou insignificante.
Senhor, faze de mim instrumento de teu Reino para que ele
chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.
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