27 de julho - De nossa parte, façamos sempre a balança pender
para o lado da autoridade, e poderemos esperar que Deus, autoridade suprema, de
mil modos e em coisas de ordem mais elevada, fará com que a mesma balança penda
em favor da nossa causa, sem que outros percebam e, às vezes, até a seu
contragosto. (L 225). São Jose
Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 13,44-46
"-
O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e
esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e
compra o campo.
- O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas
finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende
tudo o que tem e compra a pérola."
Meditação:
“(…) O Evangelho
de hoje nos mostra a parábola na qual Jesus compara o Reino de Deus com um
tesouro e com uma pérola. A comparação com o tesouro nos mostra o valor que o
Reino de Deus deve ter nas nossas vidas, um valor que não pode ser superado por
nenhum outro valor deste mundo. A pérola nos mostra a preciosidade inigualável
que é o Reino de Deus para todas as pessoas. E tanto o valor como a
preciosidade do Reino de Deus significam que todas as outras coisas perdem sua
importância diante dele e só têm sentido enquanto contribuem para que o homem
possa chegar até Deus”. (CNBB)
Grande parte do ensino de
Jesus foi transmitida por meio de parábolas. Dos quatro evangelistas, Mateus
foi o que mais registrou parábolas em seu evangelho. Somente no capítulo 13
foram registradas sete parábolas ensinadas por Jesus.
As parábolas
ensinadas por Jesus, de um modo geral, eram histórias nas quais ele fazia uso
de coisas reais e conhecidas por seus ouvintes com o propósito de ensinar-lhes
uma lição principal, especialmente a seus discípulos.
Observemos que no
contexto de Mateus 13, o propósito de Jesus, ao ensinar por parábolas é duplo:
1) ocultar as
verdades do reino aos de coração endurecido que não o reconheceram como o
Messias.
2) revelar os mistérios
do seu reino aos que nele creram (Mt 13,11-16).
Os discípulos do
Senhor foram privilegiados, pois receberam dele a explicação e o entendimento
das parábolas.
As parábolas ensinadas por Jesus, em especial as de Mateus 13, expressam
verdades acerca do reino dos céus. O Senhor introduziu suas parábolas com a
seguinte expressão: “O reino dos céus é semelhante a…”.
Na pessoa e obra de
Jesus o reino dos céus se manifestou entre os homens. Muito do seu tempo foi
gasto na pregação do evangelho do reino, na qual estavam incluídas as parábolas
do reino.
Cada parábola
apresenta um aspecto desse reino. Por exemplo, algumas vezes Jesus fala do
reino como uma realidade presente (ex: parábola do grão de mostarda –
crescimento do reino na terra e outras como uma realidade futura (a parábola da
rede – juízo final, 47-50).
Algumas parábolas
apontam para a pessoa e a obra do rei Jesus (parábola dos lavradores maus –
oposição a Jesus e sua morte); outras expressam a atitude cristã dos súditos do
seu reino (bom samaritano - ser misericordioso, Lc 10,30-37; as parábolas do
tesouro e da pérola.
Nesta meditação, vamos atentar especialmente para as parábolas do tesouro
escondido e da pérola e descobrir o que Jesus requer de nós como súditos do seu
reino.
Vamos tratar das duas
numa mesma reflexão porque ambas estão relacionadas entre si e ao mesmo tempo
expressam a mesma verdade acerca do reino dos céus.
Além disso, ambas
as parábolas apresentam algumas características próprias:
1) são duas
parábolas curtas não seguidas de uma explicação explícita, ao contrário das
parábolas do semeador e do joio.
2) ambas as
parábolas foram dirigidas especialmente aos discípulos de Jesus e eles
entenderam o que o Senhor lhes ensinou nelas.
Portanto, essas
parábolas são dirigidas por Jesus à sua igreja a fim de revelar-lhe uma verdade
importante acerca do reino dos céus.
Atentemos para as parábolas do tesouro escondido e da pérola. O Senhor Jesus
nos diz o seguinte: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no
campo, o qual certo homem tendo-o achado, escondeu”. E, transbordante de
alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
O reino dos céus é também
semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma
pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
Vejamos primeiramente a
explicação dessas parábolas dentro do contexto da época. Depois, atentemos para
a aplicação do ensino de Cristo nelas contido para nossas vidas como seus
discípulos e cidadãos do seu reino.
A explicação das parábolas do tesouro escondido e da pérola.
Na parábola do tesouro escondido Jesus conta a história de certo homem que
encontrou um tesouro escondido num campo.
O Senhor não diz quem foi
o homem (empregado, arrendatário) que encontrou o tesouro nem tampouco como ele
o encontrou, se arando, cavando ou plantando no campo, não sabemos. Também não
sabemos qual foi o tesouro encontrado.
O que sabemos apenas é
que certo homem encontrou um tesouro que estava escondido num campo. Tal fato
não era algo anormal e fora da realidade.
Era uma coisa comum tanto
na época do AT (Pv 2,4; Jr 41,8) quanto do NT esconder tesouros debaixo da
terra por causa das guerras e revoluções tão frequentes na época.
Era mais seguro guardar
um tesouro escondido no campo do que deixá-lo em casa, pois este, estando em
casa, poderia ser roubado por ladrões ou levado pelos invasores como despojo.
Acontecia, porém que, na
maioria das vezes, o proprietário do tesouro morria sem revelar a ninguém onde
tinha escondido o tesouro.
Assim, o tesouro
escondido no campo poderia ou não ser encontrado por alguém. O Senhor fala de
algo conhecido por seus ouvintes. Ele não está usando uma figura irreal e
fantasiosa ao falar do tesouro escondido. Mas ele está falando de algo real e
conhecido e também possível de acontecer.
Na verdade, ao longo da história, vários tesouros escondidos têm sido
encontrados.
O homem que encontrou o
tesouro no campo não estava à caça de tesouros escondidos. Ele o encontrou ao
acaso. E qual foi a sua reação ao achar o tesouro escondido?
A primeira coisa que ele
fez foi esconder o tesouro de volta. E depois, tomado por grande alegria por
ter encontrado o tesouro, ele volta para sua casa, vende todos os seus bens e
compra aquele campo no qual o tesouro estava escondido. Agora o campo era seu
junto com o tesouro nele escondido.
Agora, atentemos para a parábola da pérola de grande valor. O Senhor Jesus
desta vez conta a história de um negociante de pérolas que estava à procura das
melhores.
Pérolas tinham um grande
valor no primeiro século da era cristã assim como tem o diamante em nossos
dias. Elas serviam como símbolo de status e posição entre os ricos.
Apenas os ricos as
possuíam. A própria Bíblia no NT fala das pérolas como objeto de grande valor
naquela época (Mt 7,6; 1Tm 2,9; Ap 18, 11,12).
Por serem valiosas, as
pérolas eram muito procuradas por seus negociantes. Estes faziam longas viagens
em busca das melhores e mais valiosas pérolas.
O homem da parábola é um
negociante que está em busca das melhores pérolas. Jesus não diz para onde ele
foi, mas tão somente diz que ele encontrou em sua busca a pérola que tanto
procurava, a pérola de grande valor.
Uma oportunidade única na
sua vida. Ele não sossegou enquanto não a obteve. O que então ele fez para
adquiri-la? Jesus diz que aquele negociante, “tendo achado uma pérola de grande
valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou”. A pérola que tanto procurava
agora era sua.
Comparando ambas as parábolas, observamos um ponto de semelhança entre elas.
Esse ponto de semelhança está na atitude dos dois homens depois de terem
encontrado o tesouro e a pérola.
Ambos reconheceram o
imenso valor do que tinham encontrado e com alegria não hesitaram em vender
tudo que tinham para obterem o que tinham encontrado.
Observando esse detalhe
da parábola de que os dois homens se desfizeram de seus bens para possuírem o
tesouro que encontraram podemos nos perguntar: “Eles fizeram a coisa certa? Ou
foi uma loucura o que eles fizeram?”
Certamente que seus
parentes e conhecidos desaprovaram a atitude deles por não saberem o que eles
estavam fazendo. Mas ambos os homens sabiam muito bem o que estavam fazendo e
eles fizeram a coisa certa.
Eles descobriram que
aquilo que encontraram era muito mais valioso do que tudo quanto poderiam ter.
Por essa razão, eles não pensaram duas vezes, mas com o coração resoluto e
alegre e sem nenhum sentimento de perda desfizeram-se de tudo quanto possuíam
para obterem o tesouro e a pérola que encontraram. Este é o ponto central da parábola
através do qual Jesus quer nos ensinar uma verdade acerca do seu reino.
Qual é a mensagem que Jesus quer aplicar no nosso coração com o ensino das
parábolas do tesouro escondido e da pérola? Que tipo de atitude ele exige de
nós como súditos do seu reino?
Antes de atentarmos para
a verdade central que Jesus quer aplicar no nosso coração com estas parábolas,
vejamos primeiramente o que Jesus não está nos ensinando nelas.
Jesus não está ensinando que o crente deve comprar a sua salvação assim como os
dois homens compraram o tesouro e a pérola. Alguns pensam assim ao
interpretarem estas parábolas.
Não devemos chegar a essa
conclusão, pois a Bíblia, que não se contradiz em lugar nenhum, nos ensina em
vários textos que nossa salvação é uma dádiva graciosa de Deus (Ef 2,8-10; 2Tm
1.9).
O preço da nossa salvação
foi o sangue de Cristo e não algo que podemos fazer para obtê-la. Não podemos
comprar o reino de Deus. Pelo contrário, Deus é quem nos faz herdeiros e
súditos do seu reino por pura graça mediante a fé em Cristo.
Jesus também não está ensinando que o cristão deve fazer um voto de pobreza ao
vender tudo quanto tem para se tornar participante do reino de Deus.
Alguns pegam o detalhe da
parábola de que os dois homens se desfizeram de tudo que tinham para obterem o
que tinham encontrado e afirmam isso.
Não é isso que Jesus está
ensinando. Não é assim que agora, por sermos cristãos, vamos vender nossa
casa, nosso carro e todos os nossos bens para seguir Cristo.
Sempre existiu e
existirão cristãos fiéis que são ricos no sentido material. Isso é dom de Deus.
Ser cristão não é sinônimo de ser pobre, no sentido material. Portanto, Jesus
não está nos ensinando a se tornar pobres nestas parábolas.
Qual é então a atitude correta que Jesus requer dos seus discípulos nas
parábolas do tesouro escondido e da pérola?
A verdade central da
parábola que Jesus quer colocar no nosso coração é a seguinte: O reino dos céus
com tudo o que ele é e possui é um tesouro tão valioso que o cristão que o
encontra reconhece seu imenso valor e, motivado por grande alegria, dispõe-se
de todo o coração a entregar tudo quanto possa interferir na obtenção desse
reino tão valioso.
Em outras palavras:
aqueles que percebem o imenso valor do Reino de Deus que foi revelado em Cristo
sacrificarão qualquer coisa para desfrutar das riquezas desse Reino.
O cristão que encontrou o Jesus Cristo e todas as bênçãos do seu reino (o
perdão dos pecados, nova vida no Espírito, governo e cuidado de Cristo sobre
sua igreja, vida eterna), consciente de todos estes benefícios, abandonará
alegremente o seu velho estilo de vida para então viver em total gratidão e
louvor ao seu Rei e Salvador Jesus Cristo que, por pura graça, o faz desfrutar
das riquezas do seu reino.
Por causa de sua grande
alegria por ter encontrado o Salvador de sua vida e se tornar um herdeiro do
seu reino eterno, o cristão não desejará outra coisa senão viver para o seu
Senhor.
Ele fará isso sem nenhum
constrangimento, mas com toda alegria, pois ele agora sabe que, pela graça de
Deus, foi transportado do império das trevas (uma vida de miséria e pecado)
para o reino de luz do Filho Amado de Deus (perdão e salvação).
Qual tem sido a nossa atitude como súditos do reino de Deus? Será que nós temos
percebido o imenso valor do reino de Deus? Cristo é o nosso maior tesouro?
Ocupa ele o primeiro lugar em nossa vida? Seus mandamentos e promessas
valem mais para nós do que qualquer coisa que este mundo pode nos oferecer? Ou
será que nos apegamos tanto às coisas terrenas que nos esquecemos de colocar o
reino de Deus em primeiro lugar na nossa vida?
Cristo nos chama a tomar uma atitude firme e decisiva de segui-lo. Ele quer o
nosso coração. Ele quer que sejamos discípulos alegres e gratos pelos
benefícios do seu reino que ele nos deu de graça.
Cristo quer que
abandonemos qualquer coisa que nos impeça de desfrutar das suas bênçãos. Ele
exige de nós o alegre abandono de todas as coisas que nos atrapalha de
desfrutar das riquezas do seu reino e nos impede de servir a ele de todo o
nosso coração.
Pode ser que queiramos
seguir a Cristo e ao mesmo tempo viver em nossos pecados. Tal atitude é
inaceitável a Cristo. Ele disse que é impossível servir a dois senhores e que
devemos amar a Deus de todo o nosso coração.
Pode ser que desejemos
tanto as riquezas materiais que nos esquecemos do imenso valor das riquezas do
reino que Cristo nos dá (perdão, vida eterna).
Pode ser que fiquemos tão
preocupados em cuidar da nossa vida e dos nossos interesses aqui na terra que
deixemos de obedecer e confiar em Deus. Mas Jesus nos diz: “Buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas” (Mt 6,33).
Aqueles que se agarram aos tesouros terrestres e aos prazeres mundanos a ponto
de desprezarem Cristo, acabam perdendo as riquezas do reino.
Isso é uma atitude
insensata. Pois Cristo falou: “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á...
Pois que aproveitará o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que
dará o homem em troca da sua alma”?
Por outro lado, Ele
também afirmou: “... e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á” (Mt
16,25-26). Quer dizer, aquele que reconhece o imenso valor do reino de Deus e
alegremente abandona o mundo para seguir Cristo faz a coisa certa, age com
sabedoria. Pois não é tolo “aquele que se desfaz do que não pode ter para
ganhar o que não pode perder”.
O cristão sábio e
feliz que encontrou Cristo e reconheceu o imenso valor de suas riquezas,
seguirá alegremente o seu Salvador e não perderá as bênçãos do reino de Deus,
mas desfrutará delas agora e eternamente.
Reflexão
Apostólica:
O evangelho de hoje traz mais duas pequenas parábolas do Sermão
das Parábolas. As duas são semelhantes entre si, mas com diferenças
significativas para esclarecer melhor determinados aspectos do Mistério do
Reino que está sendo revelado através destas parábolas.
Jesus conta uma história bem simples e bem curta que poderia acontecer
na vida de qualquer um de nós. Assim, ele provoca os ouvintes a partilhar com
os outros o que esta história nele suscitou.
Temos aqui, alguns pontos a observar:
1) O tesouro, o Reino, já está no campo, já está na vida. Está
escondida. Passamos e pisamos por cima sem nos dar conta.
2) O homem encontrou o tesouro. Foi puro acaso. Ele não esperava
encontra-lo, pois não estava procurando.
3) Ao descobrir que se trata de um tesouro muito importante, o que
ele faz? Faz o que todo mundo faria para ter o direito de poder apropriar-se do
tesouro. Ele vai, vende tudo que tem e compra o campo. Assim, junto com o campo
adquiriu o tesouro, o Reino. A condição é vender tudo!
4) Se o tesouro, o Reino, já estava na vida, então é um aspecto
importante da vida que começa a ter um novo valor.
5) Nesta história, o que predomina é a gratuidade. O tesouro é
encontrado por acaso, para além das programações nossas. O Reino acontece! E se
acontece, você ou eu temos que tirar as conseqüências e não permitir que este
momento de graça passe sem dar fruto.
A segunda parábola é semelhante à primeira mas tem uma diferença
importante. Também aqui, temos alguns pontos a observar:
1) Trata-se de um comerciante de pérolas. A profissão dele é
buscar pérolas. Ele só faz isso na vida: buscar e encontrar pérolas. Buscando,
ele encontra uma pérola de grande valor. Aqui a descoberta do Reino não é puro
acaso, mas fruto de longa busca.
2) Comerciante de pérola entende do valor das pérolas, pois muitas
pessoas querem vender para ele as pérolas que encontraram. Mas o comerciante
não se deixa enganar. Ele conhece o valor da sua mercadoria.
3) Quando ele encontra uma pérola de grande valor, ele vai e vende
tudo que tem e compra essa pérola. O Reino é o valor maior.
As duas tem o mesmo objetivo: revelar a presença do Reino, mas cada uma revela
uma maneira diferente de o Reino mostrar a sua presença: através de descoberta
da gratuidade da ação de Deus em nós, e através do esforço e da busca que todo
ser humano faz para ir descobrindo cada vez melhor o sentido da sua vida.
Tesouro escondido: já encontrou alguma vez? Já vendeu tudo para
poder adquiri-la? Buscar pérolas: qual a pérola que você busca e ainda não
encontrou?
Qual é
o tesouro?
Quem realmente já se sentiu tocado por Deus? Convido a recordar essa boa lembrança
e buscar na memória o que aconteceu e como Deus agiu. Como foi que eu fiquei?
Como me senti? Quanto tempo durou? Chorei? Todos ao meu redor notaram?
Testemunhei? Agradeci? Permaneci depois?
Madre Tereza nos deixou grandes ensinamentos não só com palavras, mas com sua
vida e alguns dos seus pensamentos assemelham-se tanto com a filosofia do homem
de Nazaré que profundamente acredito que ela encontrou um tesouro no campo. É
atribuída a ela uma frase que diz: “(…) Não devemos permitir que alguém saia
de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz“.
Um parêntese: Se não soubéssemos que essa frase é dela, poderíamos acreditar
que era e ainda é a própria forma de viver de Jesus. “(…) Os fiéis leigos
são chamados a exercer a sua missão profética, que deriva diretamente do
batismo, e testemunhar o Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem”.
(VD § 94)
Todos aqueles que têm um encontro com o divino não conseguem esconder a
transformação que é gerada em seu semblante. Milagres e curas são operadas, mas
as grandes transformações de fato acontecem em algo chamado BEM ESTAR. Ninguém
que encontra com Jesus volta sem a paz. A paz que o apóstolo dos gentios diz
que ninguém consegue explicar
Essa paz precisa ser procurada individualmente e que todos os nossos esforços
em apresentar essa paz as pessoas precisam respeitar o livre arbítrio das
pessoas de aceitar ou não, mas não podemos desistir de, como Madre Tereza, em
fazer pelo menos com que os que nos cercam , saiam melhores do quando chegaram.
Quanto aos tesouros…
Notamos que uma grande parcela dos pedidos feitos nos grupos de oração e
caixinhas de oração espalhadas por nossas paróquias caem justamente nesse
contexto. Pedimos a conversão de nossos maridos, esposas, juízo para nossos
filhos (as), paz em nossa casa, (…). Buscamos geralmente o que é mais precioso.
Os gananciosos que se encantam com as pérolas de menor valor.
Cada uma precisa com esmero e esforço próprio encontrar o tesouro e não se
enganar com as bijuterias espalhadas pelo campo. Lembremo-nos do Joio e do
trigo! Quem já o encontrou precisa se empenhar com todo coração, de toda sua
alma e toda sua força para permanecer pelo menos com a paz, pois como diz a
palavra, já não somos mais crianças levadas pelo que é passageiro.
Quem não conhece o diamante bruto o joga fora com os cascalhos. Um bom
garimpeiro sabe bem diferenciar, apenas com os olhos, o brilho do que é
precioso e está encoberto.
A pedra mais preciosa de Deus é a sua criatura. Valorize e dê o devido valor a
ela!
Nenhum comentário:
Postar um comentário