02 agosto - Tu
deverás ficar contente com o papel que o Senhor te conceder aqui na terra, com
a confiança de que, graças à ajuda divina, te será fácil desempenhá-lo de
maneira que possas merecer uma grande recompensa no Céu. (248). São Jose Marello
Leitura do santo
Evangelho segundo São Mateus 14,22-36
"Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar... O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: "É um fantasma". E gritaram de medo. Mas Jesus logo lhes falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!". Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água". Ele respondeu: "Vem!". Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!". Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?". Assim que subiram no barco, o vento cessou. Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!"..."
Meditação:
Jesus
manda os discípulos para o outro lado do mar, enquanto ele próprio despediria
as multidões. O destaque no evangelho de hoje vai para o barco agitado pelas
ondas e pelo vento.
Numa
primeira fase, o “barco” simboliza a Igreja, já em processo de
institucionalização na década de 80 do primeiro século do Cristianismo, quando
Mateus escreve seu evangelho. Em segundo lugar simboliza a sua vida quando
chega o momento das tentações e problemas de vários tipos.
Quando
Jesus se aproxima, caminhando sobre as águas, Mateus narra também a caminhada
de Pedro, que a tradição passou a cultuar como figura proeminente na Igreja.
Pedro
pede a Jesus para ir ao seu encontro. Tem o consentimento e se põe a andar
sobre as águas agitadas. Vacilando, sente medo e começa a "afundar".
Quem
nos faz saber isso é Mateus que termina com a proclamação messiânica dos
discípulos: “Verdadeiramente, tu és Filho de Deus”. A afirmação do messianismo
de Jesus é uma forte característica de Mateus.
As
comunidades de discípulos, ao longo da história, passam por tribulações
sofrendo repressões. Pode-se chegar ao desânimo, com o sentimento de abandono
por parte de Deus. Se assim acontecer, submerge-se no oceano do mundo dominado
pelos poderes fundados sobre as riquezas acumuladas, que desprezam a vida dos
pobres e pequeninos.
Nem
sempre Deus se manifesta da forma que tradicionalmente nos acostumamos a buscá-lo;
e, na segunda, pode-se ver o apóstolo Paulo preocupado com a situação da
comunidade.
Preocupações
dissipadas quando identificamos no evangelho, que as dificuldades da vida não
podem afogar uma comunidade fundamentada na palavra de Deus e na fé no Cristo
Ressuscitado.
Por
que tanto medo? Jesus está conosco! Enquanto Jesus reza no monte, a barca dos
discípulos está velejando no lago de Genesaré (Mt 14,22-23).
O mar
agitado, cheio de ventos fortes e ondas. O que significa isso? Significa a
resistência dos discípulos, e a resistência de todos nós em compreender que o
projeto de Deus é para todos, e não apenas para nós.
Jesus,
em alta madrugada, vai até os discípulos, andando sobre a água. Ora, isso era
prerrogativa de Deus (veja o livro de Jó 9,8).
Os
discípulos pensam que Jesus é um fantasma, e gritam de medo. Jesus, porém, os
tranqüiliza, dizendo: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo”.
Pedro,
o líder dos discípulos e futuro chefe de todas as comunidades, faz um desafio:
ir até Jesus, andando como ele sobre as águas, isto é, participando da sua
divindade. Perigo. Para isso é preciso fé grande, entrega total. O que não
acontece, pois Pedro teme, duvida, e começa a afundar.
Dizem
que no olho do furacão reina completa paz. Com Jesus em nosso meio estamos no
olho do furacão: ao redor tudo gira e ameaça, mas nós permanecemos calmos,
certos de que o projeto de Deus, realizado por Jesus, é e sempre será
vitorioso. Reconhecendo isso, vem a grande confissão dos discípulos e da
comunidade cristã: “De fato, tu és o Filho de Deus”.
Não
temamos. Também podemos andar pelas águas agitadas do mundo, sem medo de
afundar porque Jesus está por perto. Basta na hora mais difícil gritarmos como
Pedro: SOCORRO, SENHOR!
Na
nossa missão evangelizadora, ao atravessarmos um "mar" de
adversidades sentimos o medo que nos inclina a recuar. Mas Jesus está presente,
segura-nos com a mão e estimula nossa fé: "Coragem, sou eu... Por que
duvidastes?".
Os
discípulos ficaram sós no mar. Jesus deixou que eles seguissem sozinhos mar
aberto, mas de longe os avistava. Quando já era noite e o vento era contrário,
Jesus se aproximou dos discípulos andando sobre as águas.
Ele
atravessou o mar caminhando sobre as águas para salvá-los, porém eles ainda não
estavam acostumados com as manifestações de Jesus e tiveram medo.
Assim
também Ele faz conosco. Por isso é que Ele nos dá liberdade de ir em frente nos
nossos propósitos e seguir adiante para enfrentar as intempéries da nossa vida.
Porém, como aconteceu com os discípulos, o Seu socorro sempre nos chega a tempo. Todavia, nós precisamos estar confiantes de que a Sua ajuda é certa e não devemos temer quando Ele se aproximar de nós.
A
qualquer investida de Jesus nós podemos já pedir o Seu amparo e não esperar que
Ele precise chegar ao nosso barco quando tudo já tiver sido resolvido.
Sobressai
aqui a figura de Pedro, protótipo da comunidade que, nas grandes crises, duvida
da presença de Jesus em seu meio e, por isso, pede um sinal.
Quantas
vezes nós agimos assim como Pedro? A nossa fé só pode aumentar e nos dar a
segurança que precisamos, crescendo, ficando adulta.
Só
mesmo quando passamos por momentos como esse que Pedro experimentou.
Acreditamos nas palavras de Jesus e resistimos ao medo, mas, quando o medo fica
maior que a nossa fé, gritamos por socorro e, muitos até se esquecem de Deus,
de Jesus e de Maria, aos quais dão tanto trabalho, quando das muitas
preocupações. Ficamos presos às limitações que o mundo nos apresenta, como
o mar agitado assustou Pedro.
O único meio de amadurecermos a nossa fé, é só mesmo quando passamos por momentos difíceis, duros, que se agigantam na nossa vida, parecendo nos querer engolir, derrubar.
Dos
apóstolos, Pedro foi o mais agitado. Foi o que mais Jesus experimentou. Chegou
até a negar que o conhecia. Por três vezes, quando lhe perguntaram se conhecia Jesus
o “Galileu “, ele disse: - Eu? Nunca vi aquele homem, nem sei quem é. “Conta a
história, que por causa disso, Pedro chorou tanto, que às lágrimas lhe abriram
grandes sulcos em seu rosto.
A sua fé cresceu tanto que Jesus o deixou responsável para continuar a sua
Igreja, dizendo-lhe : - “ Tu és Pedro e sobre essa pedra erguerei a minha
Igreja. Tudo o que ligares na terra, será ligado no céu. Tudo o desligares na
terra, será desligado no céu. As forças do mal nunca prevalecerão contra Ela
“.
Pedro,
cumprindo a missão que Jesus lhe deixou, acabou sendo preso e, ao lhe dizerem
que ele iria morrer crucificado como Jesus, ele disse que não merecia
isso e pediu que o crucificassem de cabeça para baixo. E, assim foi
feito.
A
nossa confiança em Jesus deve ser ilimitada, mesmo que às vezes nos
custem algum sacrifício, porque o que nos importa é retornarmos um dia à casa
do Pai; não nascemos para ficarmos eternamente neste mundo.
Por
isso somos limitados, por isso, um dia, todos morremos, E, Jesus, é tão
bom que não exige de nós uma coragem como a de Pedro, basta, somente que nos
amemos uns aos outros como Ele nos ama.
Nossa
fé é medida pela sua durabilidade, pela sua perseverança diante das
tempestades.
Exatamente o que não aconteceu com Pedro neste episódio. Sua fé é medida pela
perseverança, com milagre ou sem milagre, com resposta ou sem resposta, e aí
Jesus lhe dirá... Grande fé a sua!
Esta reflexão de hoje pode ser resumida em uma frase: "Não
desistamos de Jesus!". Daí, enquanto perseverarmos com Ele, estaremos
salvos.
Jesus atende ao pedido da comunidade mas deixa bem claro que ela precisa
crescer na fé e não temer os passos dados dentro das águas agitadas do mundo.
Jesus
exerce sua missão em benefício de todo o povo, e não de acordo com os critérios
e interesses de privilegiados ou especialistas da religião. Estes consideram um
escândalo deixar-se tocar pela multidão doente.
Corramos ao Seu encontro por sobre as dificuldades e Ele nos ajudará a vencê-las e participaremos com Ele da vitória final!
Como
você tem atravessado o mar da sua vida? Você está sozinho (a) ou Jesus já
veio ao seu encontro? Você tem tido medo de Deus? Por que? Pedro fez
a experiência de ir ao encontro de Jesus sobre as águas Como isto poderia
acontecer com você?
Propósito:
Pai,
aproxima-me de Jesus de quem brota a salvação e a vida, para que eu possa ser
curado do egoísmo que me impede de fazer o bem ao próximo.
++++
Por mais inteligente sábio e importante que seja, ninguém é tão livre para
fazer o que bem entender, sem se importar com os semelhantes.
Cada pessoa tem uma missão a cumprir.
Ao término da jornada, todos serão chamados para a casa do Pai.
De certo modo, estão definitivamente comprometidos com a vida eterna.
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