21 de janeiro - Se Santa Inês
conseguiu a gloriosa palma do martírio, foi porque, em toda a sua vida, se
manteve sempre fiel a Deus, mesmo nas pequenas coisas. (S 351). São Jose Marello
Marcos 3,20-21
Naquele tempo, 20Jesus voltou para
casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer
podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para
agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.
MEDITAÇÃO
Os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava
fora de si (Mc 3, 21).
Texto curto, o de hoje. Mas, uma dúvida: os
parentes de Jesus conseguiram se integrar ao Movimento dele? O texto conta que
ele voltou para casa, com os discípulos. Entende-se: depois de andanças por
vários povoados da Galileia, retorna a Cafarnaum, onde tinha passado a residir,
desde a prisão de João Batista. E ainda está em nossa memória aquele sábado em
Cafarnaum, em que libertou um homem na sinagoga, levantou a sogra de Pedro e
curou muita gente que se juntou à porta da casa. Assim, logo que se soube que
ele tinha chegado, não parou de chegar gente. Por isso, relata o evangelista,
eles nem sequer podiam comer. Realmente, uma coisa extraordinária.
Extraordinária, mas preocupante.
Os parentes de Jesus moravam em Nazaré, a menos de
50 km de Cafarnaum. Nazaré era uma vila mais pacata, menorzinha. Cafarnaum já
era mais movimentada, à beira do mar da Galileia, às margens de uma grande
estrada. Claro, 50 km a pé ou puxando um jumento bem que é longe. Mas, as
notícias corriam rápido. E logo em Nazaré, chegou a notícia do que estava
acontecendo com Jesus: multidões acorrendo para ouvi-lo ou para serem curadas
de suas doenças. E eles sem tempo nem mais para comer.
Podemos imaginar facilmente. As famílias eram
numerosas e os filhos casados moravam junto dos pais. Assim, em Nazaré, onde
Maria residia, moravam também os tios de Jesus e seus primos, a turma da idade
dele com quem ele tinha se criado, àquela altura com certeza, todos já casados.
Claro, você lembra, a palavra primo não existia naquelas bandas, primos eram
chamados de irmãos. As notícias que corriam chegaram aos ouvidos dos seus
parentes. Eles ficaram preocupados. Jesus era um carpinteiro, uma pessoa com
uma profissão, conhecido na comunidade. Tinha se lançado mundo afora, andara
participando dos encontros de João Batista e, agora, estava pregando nas
Sinagogas... até aí, mesmo com dificuldade, dava pra entender. Mas, andar assim
assediado por tanta gente, curando os doentes, enfrentando demônios... sem
tempo nem para comer; e metido com pescadores e outras pessoas pouco
recomendáveis... Os parentes tiraram uma conclusão: ‘Ele está fora de si,
endoidou. Temos que protegê-lo, vamos busca-lo, nem que seja à força’.
A primeira oposição a Jesus foi a dos seus próprios
parentes. Eles tiveram dificuldade para compreender o comportamento de Jesus e
para se integrar na grande comunidade de seguidores que estava se formando ao
seu redor. A partir de sua experiência com sua família, Jesus nos deixou
preciosos ensinamentos. Um deles é este: Só quem faz a vontade de Deus é seu
verdadeiro parente. Outro ensinamento foi este: É preciso amar mais a ele do
que à própria família (pai, mãe, mulher, marido, filhos). É esse amor pelo
Mestre que explica a nossa escolha por ele, mesmo se a família não apoiar ou
não estiver de acordo. Sua família pode ser uma força no seu caminho de fé. Se
for assim, dê graças a Deus! Mas, pode ser também que sua família chegue a
fazer oposição, seja um elemento dificultador para sua opção de fé. Nesse caso,
sem faltar com o amor à sua família, ame mais a Jesus e escolha, antes de tudo,
o seu evangelho. E trabalhe para levar sua família a Jesus.
Os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava
fora de si (Mc 3, 21).
Oração
Senhor Jesus,
Quando ensinaste os teus discípulos a rezar, nos
entregaste a bela oração do Pai Nosso. Assim, aprendemos contigo a desejar de
todo coração fazer a vontade do Pai e a nos empenhar com todas as forças para
que sua vontade se realize entre nós. Rezamos contigo: “Seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu”. Temos parentesco contigo e com tua mãe,
na medida em que nos tornamos fieis cumpridores da santa vontade do nosso Deus.
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
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