19 janeiro – Senhor, inspirai-nos a melhor oração com que nos havemos de
dirigir a Vós e depois concedei-nos a graça de adorar sempre os decretos de
vossa Vontade. (L 183). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 3,7-12
"Jesus, então, com seus
discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galileia o
seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de
além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta
coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para
ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a
muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os
espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de
Deus". Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era. "
Meditação:
“(…) O evangelho de hoje é uma continuação
dos evangelhos anteriores e nos mostra que, se por um lado, as autoridades
religiosas da época de Jesus não concordavam com o seu modo de agir e com os
seus ensinamentos, por outro lado, a multidão cada vez mais aderia aos seus
ensinamentos e procurava em Jesus a solução para os seus problemas, naturais ou
espirituais. A visão institucionalizada da fé é importante porque nos ajuda a
viver comunitariamente o nosso relacionamento com Deus, mas pode ser perigosa
enquanto pode submeter o próprio Deus aos critérios da razão humana ou
legitimar, em nome de Deus, relacionamentos e costumes meramente humanos que
podem até ser opressores e excludentes”. (CNBB)
Por
causa da multidão que o comprimia, Jesus pediu que lhe providenciassem uma
barca e se retirou para a beira do mar junto com seus discípulos.
Quando
nós seguimos Jesus na multidão nós não temos a oportunidade nem a chance de
aprender com Ele, porque somos influenciados (as) pelos demais.
Precisamos
nos retirar e nos colocar na barca com Jesus para que ele se assente conosco,
e, pessoalmente, nos toque, nos cure, nos alente e nos ensine tudo de que
precisamos apreender para segui-Lo fielmente.
Para
seguir Jesus nós precisamos ser libertados das cargas que pesam sobre nós e nos
sentirmos livres dos outros e de nós mesmos, para podermos ajudar a que outros
também saiam da multidão. A barca pode ser o momento que nós providenciamos a
fim de ficarmos a sós com Ele, em oração e adoração.
Somente
na oração nós conseguiremos que Jesus entre no nosso coração, sozinho e, aos
poucos, nos cure das nossas enfermidades, das nossas feridas, dos nossos
desencantos e sentimentos de frustrações e medo. Assim fazendo nós poderemos
sair do meio da multidão para segui-Lo de verdade.
A
multidão (o mundo, as pessoas) tem impedido você de seguir Jesus? Você tem
tentado sair do meio da multidão para ficar a só com Jesus? Você acha que
precisa ser curado (a) de alguma coisa?
Providencie
a barca para Jesus e entre com Ele. Só assim você será curado (a).
Reflexão Apostólica:
Nessa semana, quem teve a oportunidade de
acompanhar os evangelhos viu o empenho do Senhor em realizar o projeto do Pai
(curas, milagres, a boa nova aos pobres) e o também “empenho” dos fariseus e
diversos homens da lei em encontrar meios de por Jesus em ciladas.
Jesus se desvencilha delas uma a uma, no entanto
como no tempo em que o Senhor viveu, somos também colocados a prova.
Então qual é a postura que deve ser adotada por
aqueles que, como os apóstolos, seguem o Senhor e por seu projeto são
perseguidos? O que por ventura nos torna especial para o Senhor ao ponto de
presenciarmos seus milagres enquanto projeta e apresenta novos planos que nunca
imaginávamos ter? O que ele espera de nós?
São Paulo deixa bem claro esse sentimento que
temos. Mudamos de lado, opinião, de jeito, forma de se vestir e falar;
abandonamos velhos hábitos, às vezes rapidamente outras vezes ao longo do
tempo; notam nossa mudança, reparam as diferenças e por fim passam ver Jesus no
nosso olhar.
Essa mudança não pode nos sufocar, pois a missão
deve ser prazerosa e bem planejada. Jesus quando pede para que se encontre um
barco para não ser acotovelado pela multidão demonstra também preocupação
consigo e o Seu projeto. Como poderia ajudar a outros tantos se fosse sufocado
por poucos? “(…) Jesus pediu aos discípulos que arranjassem um barco para
ele a fim de não ser esmagado pela multidão”.
Todos que estão imbuídos de algum trabalho em prol
de outros, sejam eles catequistas, voluntários, ministros, sacerdotes, pais,
mães, (…) devem ter uma coisa em mente: TODOS PRECISAM PLANEJAR SUAS VIDAS. É
PRECISO ORGANIZAR SEU TEMPO PARA NÃO SEREM ESMAGADOS PELO EXCESSO DE OFICIO.
Conheço pessoas que estão engajados e três a quatro
frentes de trabalho, que não é novidade alguma, mas que horas param para rezar?
Semeiam a palavra, catequizam, dão formação, mas em que momento para, para
tomar conta da semente que foi semeada em si mesmo? Quantas lideranças
conhecemos que após uma dura batalha ou período de trabalho se afastam da
igreja e por vezes não mais retornam?
A obra de Deus vai acontecer conforme a vontade
Dele, pois é Sua vontade continuar. Uma igreja sem músicos, o povo cantará; um
padre bom que vai embora, outro tão ungido virá e assumirá a comunidade. Somos
aqueles que se preocupam em encontrar uma barca para o Senhor e não quem senta
nela!
Nossa comunidade tinha cerca de onze pastorais e
movimentos e hoje são apenas seis ou sete. Dentre tantos motivos do esfriamento
esta na falta de novos que “arrumem os barcos”, alimentando em algumas
pastorais e movimentos a herança perpétua de algumas pessoas que pelo tempo, já
se sentem no direito de sentar no barco.
Nosso empenho deve estar focado em manter a palavra
viva na praia. Jesus não deve parar de falar por nossa falta de empenho. Se
fizermos nossa parte conseguiremos entender Santa Catarina de Sena quando
disse: “Se fores aquilo que Deus quer, colocareis fogo no mundo. “
E “por fogo” no mundo não quer dizer que sairemos
com tochas na mão, mas com um fogo abrasador que arde no peito de cada cristão
chamado Espírito Santo.
Façamos o melhor para manter esse fogo ardendo no mundo.
Sejamos verdadeiros cristãos.
Propósito: Reservar um momento especial para a oração.
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