30 ABRIL
– Vale
mais um pensamento de caridade que se desenvolve no coração do nosso Cottolengo
do que mil projetos filantrópicos que se procura promover à custa de milhões
espremidos das veias do povo. (L 76). São Jose Marello
João 15,18-21
""Se o mundo vos odeia, sabei que
primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é
seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo,
por isso o mundo vos odeia. Recordai-vos daquilo que eu vos disse: 'O servo não
é maior do que o seu senhor'. Se me perseguiram, perseguirão a vós também. E se
guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa. Eles farão tudo isso por
causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou."
1º Meditação:
O mundo simboliza aqui a injustiça
institucionalizada, imposta pelas autoridades religiosas e políticas, em clara
oposição aos planos de Deus em Jesus.
Ao sentimento de amor que mutuamente Jesus
e seus discípulos vivenciavam, contrapõe-se o ódio que lhes tem o mundo.
A sorte dos discípulos, e posteriormente de
todos os que crêem e seguem o Mestre, poderá ser a mesma de Jesus. O mundo os
perseguirá porque crê que sem eles o projeto de Jesus desaparecerá.
João deixa claro que o ódio do mundo aos
cristãos não será um fenômeno passageiro; persistirá enquanto estes se
mantiverem coerentes com os ensinamentos de Jesus e forem contrários aos que
impuserem ao mundo seus interesses egoístas.
Numa série de quatro sentenças condicionais
se repete que o ódio do mundo aos cristãos é basicamente uma rejeição ao
próprio Jesus. O amor de Jesus fez que o verdadeiro cristão se parecesse tanto
com Jesus, que o mundo não terá outra solução do que tratar aos dois por igual.
Devemos nos lembrar que quando o quarto
evangelho recebeu sua forma definitiva, os cristãos estavam sendo expulsos das
sinagogas pelos chefes do judaísmo e presos e mortos pelos romanos.
A partir dessa passagem, o evangelho de
João muda o tom da linguagem. Até aqui vinha falando do amor como valor supremo
da vida cristã. Agora Jesus falará do ódio e da perseguição de que seriam
objeto seus seguidores.
Começa afirmando que o ódio do mundo a seus
discípulos tem como causa o ódio do mesmo mundo para com ele. Esse mundo (o
ambiente cultural, político, religioso, social...) o tinha rechaçado
redondamente.
Como conseqüência lógica, rejeitaria também
a seus seguidores. Não se pode pretender ser discípulo de Jesus se não se
assume a rejeição e a perseguição.
O rechaço se baseia no desconhecimento a
respeito do Pai de quem procede Jesus, e em cuja comunhão vivem os discípulos.
Seguir a Jesus, escutar sua Palavra,
deixar-se amar por ele, abrir-se para que Deus habite no próprio coração,
amar-se mutuamente, cumprir a vontade do Pai com suas exigências de justiça e
respeito à dignidade de todos os seres humanos, tudo isso será a causa
fundamental da perseguição.
O Evangelho de João realça a importância fundamental da união a Cristo, a fim da missão ser fecunda: O segredo da coragem e eficácia da missão do Apóstolo está na sua confiança inabalável na Palavra no Espírito Santo que o anima e capacita.
O evangelizador não pode ignorar que terá
de enfrentar muitas dificuldades e oposições.
Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que
teve de passar para anunciar o Evangelho: Trazemos, porém, este tesouro em
vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus
e não nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não
esmagados. Somos confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não
abandonados. Somos abatidos, mas não aniquilados (2Cor 4, 8-9; 11, 22-29).
Os discípulos de Jesus terão de enfrentar o
ódio do mundo, tal como Ele o enfrentou. Esse ódio caracteriza o mundo, tal
como o amor caracteriza a comunidade cristã.
Os discípulos serão perseguidos pelo mundo,
porque ele não suporta aqueles que se opõem aos seus princípios. Os que optaram
por Cristo são considerados estranhos e inimigos pelo mundo. A sua vida é uma
acusação permanente às obras perversas do mundo.
É por isso que o homem de fé é odiado. O
ódio do mundo manifesta-se na perseguição contra a comunidade dos discípulos de
Cristo. Mas estes não devem desanimar na sua vida de fé e no cumprimento da
missão de evangelizar.
A perseguição e o sofrimento hão-de ser
vividos em união com o Senhor. A sorte dos discípulos é idêntica à de Cristo:
Se me perseguiram a mim, também vos hão-de perseguir a vós.
O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar
a sua missão, encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar
de estar no mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do
mundo, mas os do Evangelho.
Se o mundo vos odeia, reparai que, antes
que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu.
Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo…
Como vemos Jesus, ao mesmo tempo em que
prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia de que
sua missão será eficaz.
As perseguições dos discípulos são as
confirmações de que fazem parte dos discípulos de Jesus: Felizes sereis quando
vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias
contra vós, por minha causa.
Segundo Paulo, como cristãos devemos nos
manter firmes, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida.
É interessante ver como Paulo faz de nós
valorosos guerreiros. A nossa espada ou facão que devemos trazer na mão é a
Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do
espírito humano.
O evangelho lembra-nos que o servo não é
mais que o seu senhor. Não deves ficar assustado ou preocupado se ao teu lado,
verificares indiferença e hostilidade. É sinal de que estamos fiel a Cristo
perseguido e à sua palavra de cruz.
Não devemos entrar em crise se muitos não
pensam como tu, se te atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é
sempre algo fora de moda. Por isso, há-de ser procurada e vivida na
oblatividade, que consiste no apelo à cruz, ao sacrifício, a saber, amar, à
justiça paga com a própria pele.
No mundo contemporâneo, têm sido
muitos os cristãos que sofreram e sofrem perseguição e o martírio por serem
coerentes com o Evangelho de Jesus.
Por isso, fortalecidos pela presença
de Cristo, e dóceis ao seu Espírito, devemos empenhar-nos, como discípulos de
Cristo, em denunciar o pecado, em trabalhar para que o mundo dos homens, o
nosso mundo atual, com as suas forças, os seus dramas, se abra ao Reino de
Deus.
Busquemos as forças na Palavra de Deus e no
Espírito Santo, pois eles são as forças que nos capacitam para desfazer as
distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do homem velho, ou seja, do
pai da mentira.
Reflexão Apostólica:
Jesus primeiro nos aconselha o amor
verdadeiro e fraterno para com os outros. Depois nos apresenta, agora, o tema
do ódio do mundo. Esse mundo que está sob o domínio dos poderosos, ricos e
opressores e, quando aparece alguém que denuncia toda essa injustiça,
esse poderá ser odiado e perseguido. Após a criação, Deus viu que tudo era bom.
Porém, esta criação foi submetida à opressão.
Os cristãos que dão testemunho de amor e criticam todo tipo e abuso são odiados por aqueles que estão no poder, que usufruem das estruturas injustas nas quais aquele que é honesto é considerado "trouxa" e "otário".
Ser do mundo é fazer o jogo dos poderosos opressores no sistema opressor que garante os privilégios, as riquezas e o poder de uma minoria, e o relativo bem-estar dos que a ela se submetem. Eles até acreditam que estão salvando suas vidas.
A nossa missão poderá encontrar resistência e adversidades da parte de alguns, mas, em contrapartida, terá acolhida e adesão de muitos, porque temos a proteção divina: "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos."
Os tempos atuais não nos apresentam grandes perigos por dizer a verdade de Jesus. Se estivéssemos em tempos passados em que correríamos o risco de ser enquadrados como subversivos, poderíamos até estar preocupados.
Hoje, as tendências políticas são democráticas (???). Devemos estar atentos para outras realidades, como por exemplo, a libertinagem e "opção" sexual que invadiu a mente da juventude através dos meios de comunicação inclusive do governo, através de suas "cartilhas" e "kits" bastante liberais.
Não vamos pensar que seremos perseguidos. Sejamos firmes na fé, constantes na oração, e nos aproximemos cada dia mais de Deus através da freqüência à missa e a Eucaristia.
Vamos pedir a Deus que proteja, abençoe e converta os nossos jovens para que não tenhamos uma Igreja de crianças e idosos.
Ainda bem que as crianças ao contrário dos jovens, estão presentes na catequese e na missa. Porque é essa a idade mais fértil para semearmos a palavra de Deus.
Os cristãos que dão testemunho de amor e criticam todo tipo e abuso são odiados por aqueles que estão no poder, que usufruem das estruturas injustas nas quais aquele que é honesto é considerado "trouxa" e "otário".
Ser do mundo é fazer o jogo dos poderosos opressores no sistema opressor que garante os privilégios, as riquezas e o poder de uma minoria, e o relativo bem-estar dos que a ela se submetem. Eles até acreditam que estão salvando suas vidas.
A nossa missão poderá encontrar resistência e adversidades da parte de alguns, mas, em contrapartida, terá acolhida e adesão de muitos, porque temos a proteção divina: "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos."
Os tempos atuais não nos apresentam grandes perigos por dizer a verdade de Jesus. Se estivéssemos em tempos passados em que correríamos o risco de ser enquadrados como subversivos, poderíamos até estar preocupados.
Hoje, as tendências políticas são democráticas (???). Devemos estar atentos para outras realidades, como por exemplo, a libertinagem e "opção" sexual que invadiu a mente da juventude através dos meios de comunicação inclusive do governo, através de suas "cartilhas" e "kits" bastante liberais.
Não vamos pensar que seremos perseguidos. Sejamos firmes na fé, constantes na oração, e nos aproximemos cada dia mais de Deus através da freqüência à missa e a Eucaristia.
Vamos pedir a Deus que proteja, abençoe e converta os nossos jovens para que não tenhamos uma Igreja de crianças e idosos.
Ainda bem que as crianças ao contrário dos jovens, estão presentes na catequese e na missa. Porque é essa a idade mais fértil para semearmos a palavra de Deus.
Propósito:
Pai, faze-me forte para
enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a
ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
2º MEDITAÇÃO
O Evangelho de João dá acentuado relevo à revelação pelos
fortes contrastes empregados. No prólogo vemos a contraposição "a luz brilha nas trevas e as trevas
não a apreendem". Agora, ao amor contrapõe-se o ódio. Em seguida ao "amai-vos
uns aos outros como eu vos amei", Jesus refere-se ao ódio do mundo.
Não se deve esquecer que, entre os muitos conceitos e
categorias utilizadas por João, encontra-se esta do “mundo”, com a qual o
evangelista quer ilustrar tudo aquilo que se opõe ao plano de Deus e à missão
de Jesus.
Não se trata de condenar o mundo porque é mundo, pois afinal
de contas trata-se de uma obra de Deus; com o conceito “mundo”, João qualifica
tudo o que constitui a antítese do amor com que Deus o criou e com o qual hão
de relacionar-se seus filhos e filhas entre si.
Essa antítese do amor é a que se encarregou de pôr
resistências e obstáculos ao plano do Pai, à pregação e à ação de Jesus, e é a
mesma força que fará também oposição aos discípulos. Jesus, pois, não vaticina
uma mudança favorável nessas relações; pelo contrário, previne seus discípulos
sobre as rejeições que vão ter da parte do mundo.
Contudo, os discípulos terão como segurança o permanecer
sempre unidos ao tronco, que é a idéia geral do capítulo 15 de João. No momento
em que os discípulos se “desprenderem” do tronco, que é Jesus, começam a
assemelhar-se em seu comportamento ao mundo.
A união com Jesus implica continuar a atividade que ele
realizou, denunciando e desmascarando tudo aquilo que no mundo se opõe à sua
proposta de vida e de amor.
Não podemos estar em Jesus a menos que suas palavras estejam
em nós. Quando
as suas palavras permanecem em nós, somos absorvidos pelo aprender e pelo
obedecer seu ensinamento. Temos freqüentemente nossas Bíblias na mão.
Entregamo-nos a uma serena leitura do seu ensinamento, parando para meditar,
permitindo à verdade "penetrar". Encontramo-nos numa disposição para
refletir, interrogando-nos onde poderíamos estar deixando de fazer sua vontade.
Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, tomamos uma
nova identidade, deixando nossa velha identidade em favor daquela de Jesus.
Jesus habita em nós.
Quando outros observam nossa conduta vêem o reflexo de Jesus.
Somos compassivos para com os necessitados, pacientes nos sofrimentos, atentos
às crianças pequenas, tranqüilos com a perseguição, enraivecidos contra o
pecado, preocupados com os perdidos, humildemente submissos à vontade de Deus,
buscando primeiramente o reino de Deus e sua justiça em nossas vidas. O mundo não
nos compreende, assim como ele não compreendeu Jesus.
Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, desejamos que
a vontade de Deus esteja feita na terra como no céu. Enquanto expressamos a
Deus o que é nossa vontade em várias circunstâncias, não buscamos impor a ele
nossa vontade. Antes, oramos para que sua vontade seja feita em tudo,
submetendo nossa vontade à sua, deste modo recebendo "o que
desejamos" em resposta às nossas orações.
A progressão seguinte se torna clara: As palavras de Jesus
estão em nós, capacitando-nos a estar em Jesus e capacitando-nos, em seguida, a
orar eficazmente, confiantes em que será feito o que desejamos. Orar é acessar
as riquezas de Deus, não mais apenas como alvos da misericórdia e graça de seu
Filho, Jesus, mas também como amigos, parceiros solidários e cooperadores em
sua obra de redenção. Através da oração Deus nos concede o privilégio de
participarmos ativa e criativamente em seu propósito eterno. Enquanto calados,
somos passivos beneficiários dos favores do céu. Quando ajoelhados, orando em
nome de Jesus, somos administradores responsáveis das riquezas dos céus para
benefício do maior número possível de pessoas. Orar é aventurar-se a sacar da
conta de Jesus, para abençoar pessoas em nome de Jesus, para a glória do Pai de
Jesus. Bendita a hora de oração.
Acreditamos que o cristão deveria consagrar-se ao Senhor, ou
seja, entregar e dedicar sua vida inteiramente a Ele; não apenas cumprir seus
deveres para com Deus, também não nos enaltecermos aos nossos próprios olhos
nem tentar impressionar os outros. Devemos, porém, "apresentar os nossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto
racional", para que Ele possa operar através de nós e em nós "tanto o
querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.". Nós nos consagramos ao
Senhor porque O amamos, e isso, porque Ele nos amou primeiro, e temos o máximo
prazer em pertencer a Ele.
Os verdadeiros Cristãos sempre foram perseguidos em qualquer
época e lugar que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte
outras vezes menos forte, mas a perseguição haverá sempre. Agora, por exemplo,
aqui em Itália a perseguição contra os santos não é mais aquela que havia sob o
regime fascista, ou como a que houve séculos atrás por mão da Inquisição, mas
sempre existe alguma forma de perseguição contra os santos. Por exemplo, somos
escarnecidos, injuriados, caluniados, e recebemos injustiças de vários gêneros,
por causa da nossa fé em Cristo.
Em outras nações, em particular nas nações onde os Muçulmanos
são a maioria da população e onde o governo é um governo fundamentalista
muçulmano a perseguição contra os santos é muito feroz, e causa-lhes muitas
dores e sofrimentos, e causa a morte de muitos nossos irmãos.
A Igreja verdadeira não pode de maneira alguma desfrutar dos
favores e da boa vontade do mundo. Cremos e trememos à Palavra de Deus ou não?
Quando será que vamos enfrentar o que Jesus preveniu que aguardaria aqueles que
negam a si próprios, tomam a sua cruz e O seguem?
Admiramo-nos com aqueles que questionam a resposta de Deus à
oração. Ouviu-se um irmão dizer que nenhuma de suas orações tinha sido jamais
respondida. Palavras estranhas, na verdade! Nenhuma oração que seja feita com o
espírito justo, por uma pessoa justa, foge da atenção de Deus. Ele ouve e
responde a cada uma delas.
Admiramo-nos, por outro lado, com aqueles que rejeitam o
ensinamento de Jesus, calcam aos pés seu nome e sua palavra e ainda pensam que,
em momentos de crise e de pânico, podem orar eficazmente. As orações de tais
são uma abominação
Estejamos em Jesus; que as palavras dele estejam conosco;
então, oremos com absoluta confiança e certeza de que Deus proverá o que nós
desejamos.
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