14 abril - Qualquer outro meio de defesa pode
tornar-se arma de ofensa quando não sabemos fazer uso prudente dele: mas este
da oração humilde e perseverante não falha nunca. (L33). São Jose Marello
João 6,44-51
"Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no
último dia. Está escrito nos Profetas: 'Todos serão discípulos de Deus'. Ora,
todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. Ninguém
jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Em
verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da
vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui
está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. "Eu sou o
pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que
eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo"."
1º Meditação:
Continuamos
a nossa meditação de um texto que foi cortado em pedacinhos. Talvez
a intenção seja que nos fixemos bem em cada versículo. Os de hoje estão
centrados no Pai de Jesus, que ele chamava carinhosamente de “Papai”. Como
queria Jesus que conhecêssemos seu Pai, que soubéssemos que ao segui-lo
estávamos sendo atraídos pelo Pai. Profetas, homens e mulheres, transformados
em grito, testemunhas do projeto de Deus, anunciaram desde o passado que “todos
serão discípulos de Deus”. Quer dizer, todos escutarão sua voz e aprenderão e
lhe darão atenção.
Jesus reafirma que ele é o pão da vida. Se os antepassados que comeram o maná no deserto morreram, agora quem come deste novo pão da vida plena participará da ressurreição. Aqui a ressurreição não se entende com na mentalidade dos fariseus, um prêmio pelo estrito cumprimento a lei. Com Jesus a vida em abundância é fruto da configuração com ele e com seu projeto histórico.
Jesus reafirma que ele é o pão da vida. Se os antepassados que comeram o maná no deserto morreram, agora quem come deste novo pão da vida plena participará da ressurreição. Aqui a ressurreição não se entende com na mentalidade dos fariseus, um prêmio pelo estrito cumprimento a lei. Com Jesus a vida em abundância é fruto da configuração com ele e com seu projeto histórico.
Participar
do projeto de Jesus é assimilar os valores de sua mensagem, as razões de sua
luta, a obediência incondicional ao projeto salvador de Deus, os riscos que se
corre como conseqüência de um compromisso radical. Não se pode ir atrás de
Jesus somente por conveniência ou simples tradição; essa é a característica de
uma fé desencarnada, distante de toda opção autenticamente cristã.
Hoje,
quando a vida no mundo se vê ameaçada e se levantam estruturas injustas que a
maioria das vezes se baseiam na mentira e na morte dos pobres, é necessário
optar abertamente e com radicalidade pela causa de Jesus: O reino de Deus, em
que os seres humanos, especialmente os pobres, tenham vida em abundância.
O
que acontece pois por mais que escutemos não aprendemos nada? Deus deve
ser “acreditado e praticado”. Talvez por isso nossas celebrações religiosas não
nos alimentam para a vida do reino. Escutamos e dizemos crer, mas não
“praticamos Deus”. Somo como o filho daquela parábola que diz que ia, mas não
foi.
Ponhamos nas mãos do Senhor tantos milhões de seres humanos que vivem em condições de miséria extrema, e os que morrem de fome diante da indiferença do mundo. Eles são o motivo no horizonte para optar pelo compromisso cristão em favor da vida, a justiça e a paz.
Peçamos ao Senhor que nos faça voltar a ele; que sejamos atraídos pelo Pai, como pequenas partículas de ferro atraídas pelo poderoso imã de seu amor, pela fascinação que brota de seu amor sem medida: a mesma experiência vivida por Jesus.
Ponhamos nas mãos do Senhor tantos milhões de seres humanos que vivem em condições de miséria extrema, e os que morrem de fome diante da indiferença do mundo. Eles são o motivo no horizonte para optar pelo compromisso cristão em favor da vida, a justiça e a paz.
Peçamos ao Senhor que nos faça voltar a ele; que sejamos atraídos pelo Pai, como pequenas partículas de ferro atraídas pelo poderoso imã de seu amor, pela fascinação que brota de seu amor sem medida: a mesma experiência vivida por Jesus.
Reflexão Apostólica:
A
Palavra pregada por Jesus deve ser recebida, acolhida, comida e ruminada pois
ela é Palavra de vida eterna. Assim, a humanidade alimentada pela Palavra viva
que é Jesus, com a alegria e a fé nascida do alimento que Deus lhe deu
reconhece que Ele é o pão da vida, que lhe conduz à comunhão com o Pai e por
isso lhe dá a vida divina. Por sua vez com alegria e entusiasmo deve
comprometer-se com ela e anunciá-la aos seus irmãos fazendo com ela uma única
realidade.
Pois
assim como Jesus e o Pai são um só, assim também a humanidade deve ser uma só
com Ele. Este foi, é deverá ser sempre o conteúdo da mensagem de Jesus. É
fundamental que nós cristãos lutemos pela unidade e não pela desunião.
Para
nós o ditado segundo o qual, “cada um por si Deus por todos”, não tem lugar.
Mesmo entre os aqueles que não se conhecem ou são de outras confissões
religiosas.
Quando
você se encontra com os que não são católicos qual tem sido o teu
comportamento? De que tem falado ou discutido?
Muitas
vezes nós nos julgamos os melhores e os sabedores de tudo. Mas nos esquecemos
que o nosso Deus também é o Deus daqueles que julgamos ruins.
Hoje
Jesus volta a nos ensinar. Mostra-nos que Ele e o Pai estão unidos pelo mesmo
amor. A mesma união com o Pai deve acontecer com os discípulos que estão unidos
a Jesus. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai.
Viver
em comunhão com Deus e entre nós deve ser nosso desejo e nossa missão de
cristãos. Fomos feitos para a comunhão de irmãos, jamais para a divisão e
separação. Portanto se você estiver vivendo isso, hoje mesmo levante-se vai ter
com a pessoa com quem você não fala, com quem você brigou ou discutiu. Vai
pedir perdão e reconcilie-se com ela.
Este
é o pão do qual Jesus redundantemente quer que comamos: Eu sou o pão vivo que
desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu
darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.
Estamos
diante da continuação do longo discurso sobre o pão, pronunciado após a
partilha dos pães com a multidão, na montanha.
Um
dos aspectos que Jesus vem salientando é que a iniciativa da salvação vem do
Pai. Ninguém se faz discípulo de Jesus se não for designado por Deus seu Pai. E
todo aquele escuta a sua palavra e procura fazer a vontade daquele que o enviou
é introduzido na vida que nunca mais terá fim. Visto que: aqui está o pão que
desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá.
Nos
nossos dias alimentar-se de Jesus é ter vida é contemplá-lo e seguir seus
passos. No serviço, na fraternidade e na solidariedade social, na busca da
justiça e da paz, entra-se em comunhão de vida eterna com Jesus.
Deixemo-nos
tocar pelo convite que Jesus. Vinde convidados do meu Pai, a mesa está posta
vinde. Participemos plena, consciente e ativamente; comamos e bebamos o corpo e
o sangue de Jesus.
Esta
mesa é a mesa da compreensão, do diálogo, do perdão, da reconciliação.
Ninguém deve se aproximar dela se não perdoar de todo o coração a seu
irmão, irmã, marido, esposa, esposo, filhos, colegas amigos e até os seus
inimigos.
"O que
ele (a) me fez foi muito duro e dolorido. Sinto as feridas até
agora." Busquemos em primeiro lugar o Reino dos céu e a sua justiça e
o resto nos será dado por acréscimo! É Jesus quem está dizendo isso para nós.
Corramos
atrás daquilo que chamamos de prejuízo. Deus é maior, Ele pode tudo! Alias
o verdadeiro cristão não deve ser inimigos e a ninguém deve ter dívida senão a
dívida do amor!
Propósito:
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição
para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do
Ressuscitado.
No Evangelho (João
6,44-51), continuamos hoje com o longo discurso sobre o pão, pronunciado após a
partilha dos pães com a multidão, na montanha. Recordemos que São João dedica
todo o capítulo sexto a este discurso. Através da figura do pão, Jesus se
coloca como ponto de chegada ao qual todas as expectativas e aspirações do ser
humano podem ser realizadas. Contudo, não se trata somente da imagem do pão:
Jesus se auto-definiu também como o caminho, a verdade, a vida, pão vivo
descido do céu. Imagens todas que servem que ajudam o discípulo a estabelecer o
ponto de contato efetivo e real com seu Mestre. O discípulo de Jesus há de ser
sempre movido pelo Pai, a iniciativa em última instância é sempre do Pai. O
evangelho de João se caracteriza pela repetição didática de um tema central,
reapresentado sob diversas formas. O tema é o dom da vida eterna por Jesus.
Jesus se dirige aos
judeus. Procura convencê-los de que diante deles se abre um novo futuro, um
futuro de vida e esperança. Basta que abram os ouvidos e escutem sua mensagem.
Entenderão então que é a vida eterna, a grandeza do amor de Deus. Hoje se
dirige a nós e nos lança a mesma mensagem. Teremos futuro, vida, salvação
contanto que abramos os ouvidos, saiamos de nosso pequeno mundo, sejamos menos
egoístas e escutemos sua voz. Porque "aquele que crê tem a vida
eterna". Dia após dia precisamos abrir os ouvidos, escutar Jesus e colocar
em prática sua mensagem de amor. Então teremos a vida eterna. “Quem escuta o
ensinamento do Pai, e dele aprende, vem a mim”, porque o que Jesus ensina é
o que ele ouviu do Pai. E quem ouve e crê em Jesus, ou seja, quem come do pão
da sua palavra, viverá para sempre pois a incredulidade configura-se como
rebeldia contra o Pai. Não se trata de mera oposição a Jesus, numa atitude sem
maiores conseqüências. Nem, tampouco, pode ser considerada como uma fatalidade
na vida das pessoas, numa espécie de anulação de sua liberdade.
Tal como vimos na
reflexão de ontem, a repressão e perseguição contra os fiéis de Jerusalém não
são motivos de derrota. Pelo contrário, é a via que os evangelizadores
aproveitam para ir dando início à expansão do Evangelho que pouco a pouco se
abrirá aos gentios.
O evangelista João
mostra Jesus como o caminho para chegar a Deus. Desde que abaixou o
Espírito de Deus sobre Jesus no batismo, como pomba que pousa em seu ninho -
com a inclinação da pomba até seu ninho-Deus já não está no céu- que ficou rasgado
para sempre- senão em Jesus.
De modo que o lugar preferido de Deus não é mais o céu nem o
templo, senão Jesus como protótipo da pessoa humana que tem percorrido o
caminho da plenitude humana, até a filiação divina.
Fica bem claro
também que Jesus não se proclama a si mesmo; em definitivo ele proclama o
projeto do Pai, e para chegar a encarnar o projeto do Pai, o discípulo deve
buscar uma plena e total semelhança com Jesus, alimentar-se dele, encarná-lo
com tudo o que isso implica.
O Pai e Jesus são da
mesma natureza, um amor capaz de comunicar a quem os adere a vida definitiva, a
ressurreição. Porém a ressurreição não é um premio da observância da lei, como
acreditavam os fariseus. Jesus afirma que a ressurreição não depende desta
observância, senão da adesão a ele, ou seja, da prática do amor pelos outros. O
amor de Deus que se manifesta em Jesus fará de um mundo composto por judeus e
pagãos, de um mundo desunido, um novo mundo em que todos (não só os filhos de
Jerusalém, como dizia o texto do profeta Isaias) serão discípulos do Senhor, de
um Deus que chama “Pai”. Deus não é mais o Deus de Israel, mas o Pai universal.
É o Pai quem tem a
iniciativa na dinâmica da fé dos cristãos. No seu amor, elege o ser humano para
ser objeto de sua revelação, e o convida a aderir ao Filho Jesus. Só vai a
Jesus quem é escolhido e impelido pelo Pai. Só se entrega a Jesus quem se deixa
guiar pelo Pai. E tudo quanto o Pai realiza está em função de guiar a
humanidade para o Filho. O ato de fé no Senhor Jesus é, portanto, indício de
obediência ao ensinamento do Pai e de submissão à sua vontade.
No ato de fé, está
implicada a liberdade humana. Instruído pelo Pai, cabe ao ser humano acolher ou
não a instrução recebida. Se a acolhe, sem dúvida será capaz de reconhecer em
Jesus o enviado do Pai. Se a rejeita, não somente se tornará um adversário do
Filho, mas também do Pai. Não é possível acolher a moção do Pai, mas fechar-se
para o Filho. Ou seja, não dá para ficar no meio do caminho. Quem recebeu o
ensinamento do Pai, necessariamente, irá a Jesus
O evangelho de hoje
nos coloca dentro desta perspectiva. O povo precisa de Deus, fonte da
verdadeira felicidade. Jesus é o único Caminho que leva ao Pai. Mas não um
caminho pra caminhar, mas um caminho para se comungar, nele diluir-se, nele se
entregar por inteiro no serviço, na fraternidade e na solidariedade social, na
busca da justiça e da paz, entrar em comunhão de vida eterna com Jesus. Eis o
verdadeiro sentido de comungar o “pão da vida”.
Meditar na vida, nos
exemplos e nos ensinamentos de Jesus é beber da água viva, é comer o pão do céu.
“Embora o homem exterior vá caminhando para a sua ruína, o homem interior se
renova dia a dia”. O mistério pascal é essencialmente dinâmico, pois onde
não há movimento não há vida. A meditação nos mistério de Cristo é o que nos
faz crescer à altura do próprio Cristo ressuscitado, que vive eternamente.
Isto, é o Cristianismo.
A propósito, falar
de Cristianismo é uma coisa diferente do que falar de outras sistemas
religiões, como: Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Taoísmo, Budismo, etc embora
todas ela sejam concordantes num ponto, embora se lhe refiram de maneira
diferenciada: através do cumprimento de determinados princípios e de
determinadas práticas é possível, digamos assim, a conquista de níveis de existência
mais evoluídos, ou, como nós, cristãos, professamos: a salvação da alma, a vida
eterna em Jesus.
Para terminar, a
comunidade cristã não pode conformar-se apenas com o fato de ter a Jesus como
caminho, verdade e vida, como único pão verdadeiro. Em seu estilo de vida, a
comunidade deve encarnar o autêntico espírito de Jesus. Não se trata, portanto,
de encher os muros de nossas cidades com frases do Evangelho ou com chamativos
murais que representam as românticas figuras de Jesus. Trata-se antes de "comê-lo",
digeri-lo e transmiti-lo aos demais através de obras que visem fazer brilhar
cada vez com maior claridade o projeto do Pai encarnado por Jesus, único
alimento para a vida do mundo.
“Discípulos e
missionário de Jesus Cristo, para que, n’Ele, os nossos povos tenham vida.
Jesus Caminho, Verdade e Vida” (V
CELAM). Este tema nos chama a reassumirmos a nossa vocação de seguidores de
Jesus Cristo. Mas com um adendo: missionários.
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