18 setembro - As distrações do mundo tendem
todas a neutralizar em nós o sentimento sobrenatural do amor para substituí-lo
pelo espírito individualista enxertado sobre os instintos egoístas que
carregamos por natureza. O nosso ministério, ao contrário, põe constantemente
diante de nossos olhos os exemplos mais resplandecentes de abnegação e de amor,
a começar pelo Homem-Deus, que sacrificou a si mesmo como vítima de amor, até a
última velhinha que oferece a Deus a sua humilde oração, intercedendo pelos
irmãos pecadores. (L 8). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 7,31-35
"E Jesus terminou,
dizendo:
- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas?
Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos
músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por
um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam!
Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras
pessoas de má fama." Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram
que ela é verdadeira."
Meditação:
As autoridades religiosas do tempo de Jesus se
comportam de maneira infantil: acusam João Batista de louco, porque é severo
demais; acusam Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente.
O povo e os cobradores de impostos se
comportam de maneira sábia: acolhem João Batista e Jesus, reconhecendo neles a
revelação da misericórdia justiça de Deus.
Somos “filhos da sabedoria” quando nos deixamos envolver pelo mistério da
piedade, o mistério da Fé em Jesus Cristo, sem questionar sem murmurar.
Portanto, sábio é aquele (a) que acolhe a palavra de Deus sem protesto e sem
discussão. O sábio não perde tempo com lamentações, nem lamúrias.
O exemplo das “crianças que se sentam nas
praças” é uma comparação às nossas infantilidades quando duvidamos das ações de
Deus na nossa vida.
Não queremos perceber os Seus sinais, somos
insatisfeitos (as) e, desejamos que todas as coisas, aconteçam de acordo com a
nossa vontade sem mesmo sabermos qual é na verdade, o motivo pelo qual nós as
pedimos e as esperamos.
Não temos convicção de quem somos nem do que
queremos e qual é o ideal da nossa vida. Reclamamos de tudo e não aproveitamos
o momento atual para apreendermos, ou com o sofrimento, ou com a bonança, na
alegria ou na tristeza.
Nós somos essas crianças quando não sabemos o
que queremos nem tampouco do que precisamos e nos justificamos pondo a culpa
nos outros. Nunca assumimos as nossas carências, deficiências, as nossas
leviandades, mudanças de humor e de opinião e há sempre alguém que é o nosso
algoz, o réu, o acusado.
Cada fato e acontecimento da nossa existência
quando enxergado com os olhos de Deus tem o seu aprendizado. Às vezes perdemos
as graças que o Senhor nos dispensa porque não sabemos “entender os sinais dos
tempos”.
O negativo na maioria das vezes prevalece aos
nossos olhos, não sabemos enxergar as luzes acesas e olhamos somente para as
luzes que estão apagadas. Por que será assim? Porque ainda não nos dispomos a
abrir o coração e perceber o reino de Deus que está dentro de nós.
No nosso coração foi plantando trigo, mas lá
também o inimigo colocou o joio e nós nos confundimos e perdemos precioso tempo
com suposições.
Jesus quer que sejamos “filhos da sabedoria”,
que possamos sentir o cheiro de Deus em todos os acontecimentos da nossa vida.
Mas ainda há tempo para que nós formemos uma geração diferente da geração do
tempo de Jesus aqui na terra!
Essa história tem alguma coisa a ver com
você? Você é eternamente uma pessoa insatisfeita ou você já enxerga o dedo de
Deus na sua vida? Você faz parte também dessa geração de crianças que não
sabem o que querem? Quem será o (a) culpado (a) por você nunca melhorar
nem crescer? Você se ajusta com facilidade aos fatos da sua vida ou você
tem dificuldade de mudança?
Reflexão Apostólica:
Vejamos o
Evangelho de hoje em seu contexto: quando Jesus falava dos "homens desta
geração", Ele se dirigia aos fariseus e doutores da lei.
Pela comparação que Jesus fez, eles pareciam bastante imaturos e condenadores.
Imaturos por se sentirem magoados quando não eram prestigiados nas suas
atitudes; e condenadores por julgar seus contemporâneos (João Batista e Jesus
Cristo) como charlatães. Tudo isso porque eles tinham uma idéia pré-concebida
de como deveria ser o grande profeta que viria libertar o povo de Israel.…
E nós? Que idéia pré-concebida nós temos sobre como deveria ser Jesus? E o seu
anunciador? Será que teríamos dificuldade em reconhecer o Filho de Deus se Ele
fosse uma pessoa casada? Um pai de família? Se gostasse de comer e beber? E de
se misturar com os pobres? E que acusasse de infantis e imaturos os que têm
imagens pré-concebidas baseadas em estórias que foram repetidos milhares de
vezes, e passaram de geração em geração até chegar a nós? É difícil entender
essas palavras? Vou tentar ser mais claro...
Se Jesus estivesse de volta ao mundo hoje, como você acha que Ele seria? A
primeira imagem que lhe vem à cabeça é daquele homem branco, alto, cabelos
longos, barba bem feita, nariz afilado, olhos claros, túnica impecável,
solteiro (as mocinhas iriam enlouquecer!), de família humilde, filho único, com
uma mãe e um pai santos, bem educado, que nunca tivesse namorado na vida, nunca
tivesse entrado em um lugar que não fosse santo, nunca houvesse se envolvido
com nenhum tipo de droga, sem envolvimento político, que fosse católico (isso
seria muito importante para nós, católicos.. e para os não-católicos?), que
fosse "ligado" nas coisas do mundo globalizado, que tivesse resposta
pra tudo... ... ... esqueci alguma coisa?
Enfim, a
minha pergunta... E se Jesus não preenchesse algum (ou alguns) pré-requisito(s)
da sua "lista", será que você faria igual aos homens da época dEle?
"Esse homem é um comilão e beberrão, e anda com cobradores de impostos e
pecadores... Não corresponde ao perfil que esperamos..." Naquela época,
eles esperavam que o Messias fosse um guerreiro que libertasse o povo judeu do
poder de Roma.
Hoje, nós esperamos a volta dEle, mas será que reconhecemos pelo menos a
presença dEle nas pessoas, e em nós mesmos?
++++
Todos nós gostamos de ganhar presentes. O maior dos
presentes que recebemos foi o dom da vida. Este presente nos foi dado por Deus.
O uso que fazemos deste presente é o que o torna bom ou mau. Nós, muitas vezes,
não sabemos usar este presente. Mas, aquele quem nos deu este presente está
disposto a nos ensinar a usá-lo. Ele diz: “Amai a Deus acima de todas as coisas
e o próximo como a ti mesmo”. Confie em Jesus Cristo e você perceberá como a
vida é bela, especialmente por saber que em Cristo a nossa vida é eterna.
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