29 novembro - Sejamos sempre humildes, mesmo nas boas obras, porque, às vezes, começamos um trabalho com reta intenção, mas lentamente se introduz um pouco de amor próprio, de vaidosa satisfação, e lá se vai a reta intenção. (S 231). São Jose Marello
"Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse:
- Senhor, o meu
empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama.
Ele está sofrendo demais.
- Eu vou lá
curá-lo! - disse Jesus.
O oficial romano
respondeu:
- Não, senhor! Eu
não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu
empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais
superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um:
"Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem.
E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Quando Jesus ouviu
isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam:
- Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à
mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó."
Meditação:
Esta narrativa envolvendo a fé de um centurião é encontrada, com
pequenas diferenças, no Evangelho de Lucas.
Contudo é também encontrada no Evangelho de João, com vários
pontos divergentes. Porém podemos perceber que todas têm uma origem comum na
tradição surgida dentre as primeiras comunidades cristãs.
A fé do gentio opõe-se à incredulidade dos israelitas, e o gentio
passa a tomar lugar na mesa do Reino.
O centurião conhecia bem este contexto e por isso, reconhecendo a
autoridade de Jesus para curar, pediu essa palavra. Este gesto suscitou em
Jesus admiração pela fé deste soldado pagão.
Este encontro ressalta a abertura da mensagem de Jesus a todos, superando
discriminações de qualquer tipo, preconceitos e particularismos. O centurião
não só era pagão, também era parte das forças de ocupação que oprimiam o povo.
Mas Jesus se relaciona com ele, rompendo a segregação existente entre judeus e
gentios de sua época. Desta maneira, convida seus seguidores a serem pontes e
laços em meio à divisão e às diferenças.
A comunidade cristã deve se caracterizar pela vivência dessa abertura e pela
esperança, alimentada pela Palavra. Deve-se ter coragem para poder superar os
preconceitos, acolher as pessoas pela sua dignidade de filhas de Deus e lutar
pela igualdade.
Jesus chama e acolhe a todos, sem eleitos nem excluídos. Jesus
cura o servo sem ir à casa do centurião. A cura a distância soma-se à cura pelo
toque, tão presente em várias outras narrativas.
Esta fé operante, pela simples palavra de Jesus, supre a sua
ausência sensível nas comunidades ao longo da história.
Estamos no Advento! O que será que aconteceu
no mundo das 23h59 de sábado para a zero hora de domingo? O que muda de uma
noite para outra em nossas vidas que, para as mais sensíveis, parecem ser
impregnados de um tempo de calmaria, paz e perdão…
Não sou apenas CONVIDADO a
participar da festa e sim também ser COLABORADOR
para que ela aconteça.
Portanto, o Natal só acontece em minha vida
se entendo que preciso fazer minha parte no duro processo chamado MUDANÇA.
Deus sempre será um Pai bom e misericordioso,
pois deixa bem claro isso com suas demonstrações físicas, chamadas de alianças
com seu povo, mas não posso partindo desse amor incondicional, me apegar à
misericórdia de Deus e não ser pelo menos melhor que ontem, ou seja, não
somente convidado, mas sim um colaborador.
Os preparativos da festa começaram ontem… O
que eu tenho que fazer para que a festa aconteça em minha casa?
Propósito:
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.
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