17 jun - Como um dia no Calvário, assim agora nas igrejas Jesus não quer defender-se de outra maneira senão com a força do amor, e tolera sempre as violências dos bandidos para ceder lugar à caridade das almas piedosas das quais espera conforto e reparação. (L 209).São Jose Marello
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
7“Quando
orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão
ouvidos por força das muitas palavras.
8Não
sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o
peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua
vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a
quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas
livra-nos do mal.
14De
fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que
está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos
homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
Meditação:
Se
o anúncio profético de Isaías – segundo o qual (Is 55,10-11), a palavra de
Deus não pode voltar sem dar fruto –, exige um compromisso concreto por parte
do fiel, a única maneira de realizar essa sentença do profeta é explicitada
suficientemente por Jesus em seu ensinamento sobre a maneira como o discípulo
deve orar e viver.
E
mais, se tivermos que definir qual é o principal, deveríamos dizer que é
necessário primeiro nos reconhecermos e aceitarmos como irmãos para em seguida,
aí sim, sentirmos que temos um Pai comum.
Neste
tempo de Quaresma, tempo de maior assiduidade na oração, vale a pena recordar
este convite que Jesus faz hoje. Confrontemos este ensinamento com o que
dizíamos ao iniciar a quaresma: quando orarem, façam-no escondido no quarto.
Vale a pena intensificar a oração do pai nosso, mas superando a concepção de
uma oração repetitiva, por cumprimento ou como mero espiritualismo.
Olhemos detidamente as sete petições que Mateus nos apresenta, façamos a oração
com intensidade e profundidade, sabendo que o Pai nos escuta; rezemos em um
ambiente comunitário.
Reflexão Apostólica:
Neste Evangelho Jesus nos ensina a
rezar com coerência e de coração, sem subterfúgios nem redundâncias, mas com
simplicidade e sinceridade. Às vezes, quando vamos orar ao Senhor, mesmo que
tenhamos as melhores das intenções nós nos perdemos nas palavras e confundimos
os anseios da nossa alma. Perdemos tempo em procurar palavras bonitas e achamos
que Deus, como todo o mundo, não vai nos escutar, pois não sabemos nos
expressar.
O Pai Nosso é a oração por excelência,
pois coloca no centro da nossa compreensão de vida plena as nossas necessidades
fundamentais e que estão conformadas à vontade de Deus para nós: o reino, o pão
e o perdão.
O pão que nós pedimos ao Pai é o
alimento que sustenta o nosso corpo, nos fortalece e revigora materialmente
falando, mas é também a substância que sustenta a nossa alma! É o material e o
espiritual! É tudo de que nós precisamos para vivermos em harmonia com Deus,
conosco mesmo e com os homens.
Nós nunca conseguiremos viver o reino
dos céus aqui na terra se não recebermos o perdão de Deus e não dermos o perdão
aos homens. A falta de perdão é porta fechada e que nos impede de usufruir de
tudo o que o Pai tem reservado para nos oferecer. Sem perdão nós poderemos
rezar o Pai Nosso infinitamente, no entanto, a nossa oração será como a oração
dos pagãos, isto é, daqueles que não acreditam.
Peçamos ao Pai que nos dê motivação
para que nós possamos vivenciar a Oração de Jesus no dia a dia da nossa vida
tendo consciência de que o apelo de Jesus é sério, não podemos desconsiderá-lo.
Propósito:
Espírito do Pai, leva-me a transformar em vida a minha
oração, e a descobrir, na oração, o sentido da minha vida.
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