Evangelho do dia:
11º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 4,26-34
Meditação:
Jesus é atacado pelos judeus: se de fato for o Messias, que mostre os sinais precursores do reino! Jesus lhes responde que não há sinais extraordinários. Deus deixa crescer a semente lentamente, mas é necessário esperar; não há continuidade absoluta entre esse trabalhoso parto do reino de Deus e sua manifestação em plenitude.
Que aqueles que colaboram na instauração do reino não percam sua confiança em
Deus. Ele começou, e após o silêncio, virá o cumprimento de sua obra. Que se
espere com paciência; sem querer adiantar-se a ele. E aqueles que não quiserem
crer no reino a não ser no momento de sua manifestação, estejam muito atentos:
esse reino está já perto deles em Jesus, e será preciso reconhecê-lo agindo na
pobreza dos meios e na lentidão do crescimento.
A parábola do grão de mostarda
alimenta a confiança em Deus ao sublinhar o contraste entre os humildes começos
do reino e a magnitude da tarefa. Com esta parábola Jesus quis, seguramente,
responder à objeção daqueles que se opunham à pequenez dos meios empregados por
ele para a glória do reino esperado.
É a partir da pequenez que Deus se manifesta plenamente. A partir do que não
conta para os poderes deste mundo. A partir da insignificância, é que Deus
acontece com mais força. Na obscuridade da vida é quando maior se pode ver a
luz”, diria santa Teresa de Jesus.
As religiões querem se sentir com todo poder e auto-suficientes, crendo que a
tarefa da salvação está nelas e, pior ainda, afirmam que fora delas não há
salvação. Mas Deus age com outros parâmetros. O que nos recorda a parábola de
hoje é que as plantas crescem pela força da terra e não pelo poder do semeador.
Esta grande comparação é aplicada por Jesus ao Reino.
Quer dizer, o Reino é obra de Deus. Para conseguir entender esta grande lição
que sai da alma de Jesus, primeiro temos que perceber que Deus, ao assumir a
dimensão humana, não tem medo de impulsionar, desde esta dimensão, sua grande
obra de divinização da humanidade. O evangelho deixa claro que, é Deus e não os
instrumentos de nenhuma instituição, quem torna possível que o Reino cresça.
Da pequenez, Deus faz que uma realidade tão majestosa como o Reino aconteça. O
Reino é a simplicidade, a humildade, o resgate do irmão, a inclusão dos que são
diferentes, a dignificação do pobre. Por isso o Evangelho o expressa com o
símbolo do grão de mostarda. A Igreja será cada vez mais parecida ao Reino se
nos voltarmos às pequenas comunidades, sementes de uma nova maneira de ser
Igreja e de ser cristão.
O desafio do texto é de valorizemos o gesto pequeno, as duas moedas da viúva, a semente de mostarda, não nos preocupando com os resultados, mas, confiantes no poder transformador da semente - plantar e regar, para que Deus possa ter a colheita!
Você tem notado o crescimento do reino de Deus em você? Quais as mudanças que aconteceram em você? Você se sente mais feliz, hoje do que antes? Você já está sendo árvore que dá sombra?
A nossa vocação é plantar e regar, nunca perdendo uma oportunidade de semear o Reinado de Deus – ou seja, criar situações onde realmente reina o projeto do Pai, projeto de solidariedade e amor, partilha e justiça, começando com sementes minúsculos, para que, não através do nosso esforço, mas da graça de Deus, eventualmente cresça uma árvore frondosa que abriga muitos.
Reflexão Apostólica:
Jesus usa a figura da semente que germina e dá frutos para nos conscientizar de como é que o reino de Deus cresce dentro de nós. O reino dos céus é plantado no interior do nosso coração como uma semente que é plantada na terra. Vai crescendo de mansinho sem que nós mesmos percebamos.
Assim como a planta em que aparecem, primeiro as folhas, depois, as espigas e por fim, os grãos que enchem as espigas, o reino vai aumentando aos pouco e mudando a nossa mentalidade, os nossos pensamentos e as nossas ações.
O reino de Deus é plantado em nós pela Palavra que nós acolhemos e apreendemos de coração. Quando a terra do nosso coração acolhe a semente da Palavra e do Amor de Deus e nós a deixamos germinar nós teremos como conseqüência, uma vida frutuosa, plena de abundante utilidade.
Mesmo que tenhamos pouca fé, mesmo que às vezes nem entendamos muito, Deus vai realizando em nós o grande milagre do amor. E ninguém que haja sido tocado pelo Amor de Deus, poderá ficar estagnado, infeliz e descrente.
A Palavra de Deus nos fará ser árvore que dá abrigo a muitas pessoas e a nossa luz brilhará nas trevas do mundo. Assim nós haveremos de sair semeando a semente do amor por onde passarmos.
Propósito:
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós, atendei propício as nossas súplicas; e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana, concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça, para que as nossas vontades e ações Vos sejam agradáveis no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
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