08 abril - Um pregador que tenha as disposições
pessoais e a missão dos superiores, tem também o auxílio de Deus, com o qual
tudo dá certo. (L 35) .São Jose Marello
João 20,19-31
"Naquele mesmo domingo, à tarde,
os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos
líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo: - Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse: - Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: - Nós vimos o Senhor! Ele respondeu: - Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Em seguida disse a Tomé: - Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! Então Tomé exclamou: - Meu Senhor e meu Deus!
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo: - Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse: - Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: - Nós vimos o Senhor! Ele respondeu: - Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Em seguida disse a Tomé: - Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! Então Tomé exclamou: - Meu Senhor e meu Deus!
MEDITAÇÃO
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!
Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele."
Cada ano, celebrando o
tempo pascal, temos uma grande oportunidade de renovar nossa fé em Cristo
ressuscitado e no valor de nossa vida. Isso é uma tarefa especial no
nosso mundo que não valoriza a vida. E mais uma palavra: Jesus deseja aos seus
a Paz.
Para este segundo
domingo de Páscoa as leituras bíblicas nos induzem a aprofundar um pouco mais
os efeito concretos da ressurreição de Jesus. Quase poderíamos ver uma
interessante contraposição entre o que nos conta a primeira leitura (Atos
4,32-35) e o testemunho tão humano e simples do Evangelho (João 20,19-31). Esta
espécie de contraposição tem sua razão de ser precisamente se pensamos no
percurso gradual que os discípulos tiveram que realizar até alcançar as etapas
mais altas e maduras de sua fé na ressurreição de Jesus. Poderíamos dizer que a
fé é algo que vai entrando gradualmente na consciência daquele que crê, ou
seja, a consciência vai se abrindo gradualmente ao crescimento da fé.
Depois da morte de
Jesus, a comunidade sente-se com medo, insegura e indefesa diante das
represálias que pode ter contra eles os chefes judeus. Encontra-se em uma
situação de temor paralela a do antigo Israel no Egito quando os israelitas
eram perseguidos pelas tropas do faraó; e, como esteve aquele povo, os
discípulos estão também na noite em que o Senhor irá tirá-los da opressão. João
narra o encontro do túmulo vazio por Madalena, no amanhecer do primeiro dia da
semana. A seguir apresenta as tradições de aparições: primeiramente à própria
Madalena e, ao anoitecer deste primeiro dia da semana, aos discípulos reunidos
a portas fechadas. A mensagem de Maria Madalena, sem embargo, não os libertou
do temor. Não basta ter a notícia do sepulcro vazio; só a presença de Jesus
pode dar-lhes segurança no meio da hostilidade do mundo. Porém, tudo se
encaminha a partir do momento que Jesus - que é o centro da comunidade –
aparece de fato no centro, como ponto de referência, fonte de vida e ponto de
unidade.
No Evangelho da
primeira aparição de Jesus Ressuscitado, encontramos a história de Tomé, que é
também a história das comunidades de João e das nossas comunidades, porque Tomé
duvidou que o Senhor estivesse com eles, e, em nossos dias, diante de tantas
dificuldades, medos e incertezas na vida de fé em nossas comunidades, nós
também chegamos a pensar que Jesus não está conosco. Será que ele ressuscitou
mesmo? Será que enquanto ressuscitado caminha com as comunidades? Então por que
não aparece de uma vez e resolve tudo o que está errado em nossa Igreja ? Se ele
aparecesse e se deixasse ver e tocar, tudo seria lindo e maravilhoso e uma
multidão iria acreditar. Mas a Fé não é uma certeza que vem do Ver e Tocar, ela
não é comprovação científica, mas Dom inefável de Deus, que vem através do
Espírito Santo, concedido aos apóstolos e a toda a Igreja pelo próprio
Ressuscitado.
Há, portanto, duas coisas no
Evangelho de hoje que não podemos perder de vista: o fato dos apóstolos estarem
fechados por medo das autoridades judaicas, e o caso da aparente falta de fé de
Tomé. João nos apresenta o encontro do Senhor ressuscitado com Tomé, que se
nega a acreditar que seus companheiros tivessem tido a experiência do
Ressuscitado, que lhes tinha mudado a forma de ver o mundo, tornado mais
humanos e mais sensíveis à realidade que vivia seu povo naqueles momentos
históricos.
Talvez o episódio de
Tomé tenha sido acrescentado para dizer que os que não viram Jesus não são
inferiores às testemunhas oculares. O importante mesmo é a fé e o compromisso
com o projeto de Jesus. A figura de Tomé está simbolizando todos aqueles cuja
fé não é pura, não nasce da experiência de amor da comunidade, mas depende de
milagres, de sinais extraordinários. Mas Tomé dá um testemunho bonito: «Meu Senhor e meu Deus».
É a maior profissão do 4o Evangelho. Ele vê Jesus como Senhor e como Deus. É
Deus que exaltou seu Filho Jesus e o colocou onde estava, no princípio, junto
de Deus, como Senhor da Glória com igual dignidade com o Pai (cf. 5,18 e 10,33).
Tudo termina com a única bem-aventurança no Evangelho de João: «Felizes os que não viram e
creram».
É difícil chegar à
fé na ressurreição, para nós como para Tomé. Ele não teve necessidade de «meter
o dedo», e no entanto teve de ver com os seus olhos; mas é graças a ele que
Jesus pronuncia a sua última bem aventurança: «Felizes
os que embora não vendo acreditarão!». Os destinatários destas palavras
somos nós os leitores do Evangelho, aquele «sinal escrito» capaz de suscitar a
fé que conduz a «viver no Nome de Jesus», na salvação. Somos, portanto,
chamados a experimentar a bem aventurança de quem vê Jesus com os olhos da
comunidade cristã, reunida no dia do Senhor e na escuta da Palavra de Deus
contida nas Escrituras Santas: de fato a comunidade e as Escrituras atualizam
para nós a ação do Espírito Santo, enquanto são vivificadas por Ele. A
comunidade e as escrituras interagem com o Espírito, criando uma circulação de
vida que está no coração da liturgia eucarística: o Espírito vivifica a igreja
tornando-a corpo de Cristo, e ressuscita as páginas de todas as Escrituras
tornando-a Palavra vivente de Deus, testemunha do Senhor ressuscitado.
A ressurreição de
Jesus é o marco central da fé cristã. No entanto, essa boa notícia só chegou
até nós, graças ao testemunho ocular daqueles que disseram«VIMOS O
SENHOR!» É alicerçado
nesse testemunho que nós também cremos que o Senhor está vivo. Assim, somos
imensamente felizes, mesmo sem tê-lo visto. Que a Eucaristia alimente cada vez
mais a nossa fé no Ressuscitado.
A paz que nos foi dada por
Jesus Cristo, através daqueles homens reunidos no Cenáculo, é a paz
consoladora, a paz ativa que constrói pontes, a paz daqueles que lutam e
reativam os laços de justiça a fraternidade próprios de uma humanidade que é
chamada a viver em fraternidade. É esta paz que nos cabe construir hoje, tanto
tempo depois daquele acontecimento escondido em uma sala fechada em Jerusalém,
mas que continua a ser incessantemente dada pelo Pai a cada um de Seus filhos.
Jesus não promete a
paz do comodismo, mas pelo contrário, envia os seus discípulo na missão árdua
em favor do Reino, mas promete o Shalom,
pois ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus.
Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez (é o mesmo termo) sobre Adão
quando infundiu nele o espírito de vida; Jesus os recria com o Espírito Santo.
Normalmente
imaginamos o Espírito Santo descendo sobre os discípulos em Pentecostes, mas
aquilo era a descida oficial e pública do Espírito para dirigir a missão da
Igreja no mundo. Para João, o dom do Espírito, que da sua natureza é invisível,
flui da glorificação de Jesus, da sua volta ao Pai. O dom do Espírito neste
texto tem a ver com o perdão dos pecados.
Tomemos de novo as passagens dos
Atos e do Evangelho e analisemos o relato evangélico como ponto de partida do
necessário processo da fé e a ação até chegar ao relato dos Atos, assumindo-o
como ponto de chegada. À luz destas passagens, analisemos a experiência de fé e
de vida de nossa comunidade. A experiência de Jesus ressuscitado vem a ser a
experiência da unidade e a de não excluir o irmão. Deus é Pai de todos os que
assumem o projeto de vida, proposto para a humanidade por meio de Jesus.
E como último ponto da nossa
reflexão, o Evangelho nos coloca a importância de vivermos e participarmos da
comunidade porque ela é o único local onde podemos fazer a experiência do
Senhor Ressuscitado. Quando deixamos de freqüentá-la, como ocorreu com Tomé,
que não foi na celebração do domingo, acabamos ficando incrédulos e o desânimo
poderá nos abater, porque o pecado cega-nos a alma e o coração e passamos a
enxergar apenas os erros do nosso irmão, não nos dando conta de que Jesus
Ressuscitado caminha conosco e vai à nossa frente!
Para finalizar,
façamos uma avaliação pessoal:
«Felizes os que não viram e creram».
Quais são os fundamentos de minha fé? Por que creio? Apóia-se minha fé em
argumentos racionais?
Paz para vós. Tenho paz, paz profunda, Shalom?
Vivo minha religião buscando milagres
em meu favor, ou me dedicando ao serviço dos outros e da comunidade?
Com o coração
sincero e aberto ao influxo do Espírito, dirijamos nossa súplica ao Pai.
Rezemos para que se estabeleça a paz em nosso mundo.
Oração: Deus de misericórdia infinita, que
reanimas a fé de vosso povo com a celebração anual das festas pascais: acolhei
o nosso coração dividido por causa de tantos temores e dúvidas; transformai-o
em coração íntegro, capaz de sentir como próprios os sofrimentos e alegrias dos
irmãos e irmãs. Aumentai em nós os dons de vossa graça para que compreendamos
melhor que sois verdadeiramente Pai e doador da Vida, que nos recomendaste
acolher e incrementar a vida, e que a Vida finalmente triunfará. Pai, abri
todas as portas que nos mantêm fechados no medo e na insegurança, para que
consigamos ir ao encontro do mundo a ser evangelizado. Guardai-nos do pecado e
fazei de nós um instrumento de vossa paz e de vosso amor. Ajudai-nos a observar
vossos mandamentos. Maria, Mãe de Cristo e nossa paz, que no Calvário recebeu o
seu testamento de amor, nos ajude a ser testemunhas e apóstolos da sua
misericórdia infinita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
DIFICULDADES PROVEITOSAS
Você já parou para pensar
que talvez as suas dificuldades lhe sobrevieram porque você realmente estava
precisando delas - em virtude daquilo que lhe poderiam ensinar, e de como o
levariam em direção ao crescimento? Imagine se você olhasse para seus problemas
não como uma caprichosa e cruel punição do destino, e sim como uma potente
forma de crescimento!...
Você se ressente com as dificuldades que estão presentes em sua vida? Por quê? Qual é o benefício que o ressentimento lhe traz? Absolutamente nenhum. Ressentir-se por estar cheio de dificuldades só faz com que o problema se intensifique ainda mais. Por outro lado, encontrar uma maneira de encarar esses problemas com lucidez e determinação fará com que você ganhe uma força altamente positiva em sua vida.
O fato é que Deus jamais desperdiça uma dor ou uma situação angustiante. Portanto, é a gratidão que fará com que você cresça em seu caráter e estabilidade diante de situações adversas. Busque uma maneira de exercitar genuinamente sua gratidão em meio às dificuldades, e a realidade da sua vida irá refletir um foco positivo e atraentemente salutar.
Você se ressente com as dificuldades que estão presentes em sua vida? Por quê? Qual é o benefício que o ressentimento lhe traz? Absolutamente nenhum. Ressentir-se por estar cheio de dificuldades só faz com que o problema se intensifique ainda mais. Por outro lado, encontrar uma maneira de encarar esses problemas com lucidez e determinação fará com que você ganhe uma força altamente positiva em sua vida.
O fato é que Deus jamais desperdiça uma dor ou uma situação angustiante. Portanto, é a gratidão que fará com que você cresça em seu caráter e estabilidade diante de situações adversas. Busque uma maneira de exercitar genuinamente sua gratidão em meio às dificuldades, e a realidade da sua vida irá refletir um foco positivo e atraentemente salutar.
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