EVANGELHO DO DIA
27 DE JANEIRO QUARTA FEIRA
27 janeiro - O
demônio cumpre o seu dever quando nos tenta, e nós, o nosso, quando recorremos
a Deus.(S 172).São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 4,1-20
“Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da
Galiléia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus
entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens,
na praia. Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu
ensinamento, dizia-lhes: ‘Escutai! O semeador saiu a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os
pássaros e a comeram. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não
havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, mas,
quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. Outra
parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não
deu fruto. Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e
aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um’. E Jesus
dizia: ‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça’. Quando ficou sozinho, os que
estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. Jesus
lhes disse: ‘A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão
fora, tudo acontece em parábolas, para que olhem mas não enxerguem,
escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados’.
E lhes disse: ‘Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis
todas as outras parábolas? O semeador semeia a Palavra. Os que
estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que
a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. Do mesmo
modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a
Palavra e logo a recebem com alegria, mas não têm raiz em si mesmos, são
inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra,
logo desistem. Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que
ouvem a Palavra; mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da
riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz
fruto. Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que
ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro
cem por um’.”
Meditação:
Apresentam-se
aqui ao leitor três problemas: o significado da parábola tal qual saiu dos
lábios de Jesus; a importância que Marcos lhe atribui ao incluí-la neste lugar
de seu evangelho e a explicação que lhe deu a Igreja primitiva.
A parábola se
interessa antes de tudo pela sorte da semente caída em quatro terrenos
diferentes. As cenas estão dispostas de maneira progressiva e otimista, para
desembocar num rendimento extraordinário da semente.
A colheita,
imagem dos últimos tempos, é tradicional em Israel; a novidade radica na
insistência em torno à laboriosa sementeira que serve de preparação.
A explicação
adquire assim um sentido alegórico: cada cena da parábola representa
concretamente um tipo de conversão: não é já tanto a semente que conta, mas a
forma como é acolhida. Jesus era otimista a respeito do sentido de sua missão;
a Igreja primitiva parece um pouco mais tensa e preocupada. A nossa deve
considerar quanta semente morre desperdiçada.
Quantas vezes em
nossa vida de cristãos escutamos a parábola do semeador e sua explicação
alegórica, posta pelos primeiros cristãos na boca de Jesus?
Até sabemos de
memória: “saiu o semeador a semear...”. Mas não se trata somente de conhecê-la
e apreciá-la como uma bela peça literária de nossos evangelhos. Trata-se de que
sejamos, no fundo de nosso coração, e com todas nossas forças e possibilidades,
terra boa e fecunda, onde a Palavra de Deus germine e cresça até dar frutos
abundantes de vida, perdão, generosidade, acolhida, empenho transformador, a
favor de nossos irmãos e irmãs.
Não podemos permitir que a Palavra de Cristo semeada em nossos corações seja arrebatada pelos pássaros, os demônios do desinteresse, as ambições, o aproveitamento dos demais, a dureza de coração frente à dor dos mais pobres, o orgulho de nos crermos superiores, de querer mandar e de nos sobrepormos a todos.
Não podemos permitir que a Palavra de Cristo semeada em nossos corações seja arrebatada pelos pássaros, os demônios do desinteresse, as ambições, o aproveitamento dos demais, a dureza de coração frente à dor dos mais pobres, o orgulho de nos crermos superiores, de querer mandar e de nos sobrepormos a todos.
Devemos limpar a
erva daninha de nosso coração, de nosso espírito, de todos esses pedregulhos da
inconstância que não permitem que a Palavra lance raízes profundas. Quantas
promessas fazemos! Quantos propósitos que não cumprimos! E o que dizer dos
espinhos que sufocam em nós a Palavra libertadora que vem até nós? Neste tempo
de consumismo, de prazeres completamente superficiais e passageiros, como
desperdiçamos aquilo que faria falta a tantos para poder sobreviver.
Por outra parte, não nos propusemos a seguir a Jesus, ser seus discípulos e discípulas, indo atrás d’Ele, semeando a Palavra e proclamando-a aos quatro ventos, levando-a a tantos que ainda não a escutaram porque não há quem a proclame? Não nos propusemos a preparar o terreno onde cresça a Palavra, lutando pela liberdade, a justiça, o direito, a dignidade de nossos irmãos e irmãs? São milhões e milhões que não escutavam a Palavra porque o Diabo da cobiça, do mercado global, da riqueza acumulada em poucas mãos, os converteu em terra de passagem, caminhos que todo mundo pisa, em campos de pedra, fome, ignorância, enfermidade e morte.
Por outra parte, não nos propusemos a seguir a Jesus, ser seus discípulos e discípulas, indo atrás d’Ele, semeando a Palavra e proclamando-a aos quatro ventos, levando-a a tantos que ainda não a escutaram porque não há quem a proclame? Não nos propusemos a preparar o terreno onde cresça a Palavra, lutando pela liberdade, a justiça, o direito, a dignidade de nossos irmãos e irmãs? São milhões e milhões que não escutavam a Palavra porque o Diabo da cobiça, do mercado global, da riqueza acumulada em poucas mãos, os converteu em terra de passagem, caminhos que todo mundo pisa, em campos de pedra, fome, ignorância, enfermidade e morte.
A parábola do
semeador deve ser entendida na dinâmica através da qual o evangelista Marcos
vem apresentando o ministério de Jesus. Seu ministério esteve repleto de
problemas e de dificuldades.
Primeiramente
foi a prisão de João, depois a acusação de blasfêmia, a seguir o complô dos
herodianos para matá-lo, posteriormente a estigmatização demoníaca que dele
fizeram os escribas espias de Jerusalém; finalmente, a incompreensão de sua mãe
e de seus irmãos. Jesus se encontrava ameaçado por todos os lados.
Todos, de uma ou
de outra forma, queriam se intrometer com Jesus e com sua obra. O povo simples
queria receber dele algum tipo de favor, os governantes queriam prendê-lo, sua
família queria amarrá-lo. Frente a uma realidade tão hostil, Jesus devia tomar
as precauções necessárias para poder continuar com a empresa do Reinado de
Deus.
Jesus utiliza as
parábolas para que nem todos pudessem entender sua mensagem e assim poder
cuidar-se dos ataques de tantos que queriam vê-lo definitivamente acabado.
A parábola do
semeador é uma impressionante confissão do coração dolorido de Jesus. Querer
instaurar o Reinado de Deus no próprio coração e na sociedade era um caminho
doloroso, cheio de fracassos. Deveria semear muito e fracassar muito, para poder
colher alguma coisa.
Era difícil
perseverar e manter-se de pé num trabalho onde a condição normal era ter que
perder, uma e outra vez, a fim de conseguir alguma coisa. O lavrador descrito
por Jesus na parábola tinha seu olhar voltado para o objetivo da boa colheita,
com a qual media o seu trabalho. O olhar voltado para a qualidade desta
colheita, lhe permitia sobreviver moralmente perante o ruidoso fracasso do
resto.
Aqui se
confrontavam duas mentalidades: a que apoiava e buscava o quantitativo, sinal
de poder, e a que apoiava e valorizava o qualitativo, que ordinariamente carece
de poder. Este será sempre o desafio do anúncio da Boa Nova, desafio pelo qual
Jesus passou e é o desafio pelo qual deve passar a Igreja.
Será que estamos
buscando com nosso trabalho apostólico meros resultados quantitativos, ou
antes, estamos trabalhando para que o povo acompanhado por nós consiga dar
passos qualitativos e empreender processos coerentes na vida do Reino?
Reflexão
Apostólica:
O evangelho de
Marcos, nos diz que apesar dos obstáculos, o semeador realiza seu trabalho,
confiando na colheita que vai ter. Jesus também> apesar de todas as reações,
obstáculos e incompreensões, sua missão chegará ao fim e será bem sucedida.
As parábolas são
histórias que ajudam a ler e compreender toda a missão de Jesus. Mas é preciso
“estar dentro”, isto é, seguir a Jesus, para perceber que o Reino de Deus está
se aproximando através de sua ação. Os que não seguem a Jesus ficam “por fora”,
e nada podem compreender.
A explicação da
parábola focaliza os vários terrenos, mostrando o efeito que a missão de
Jesus(contada pela palavra do evangelho)tem sobre os ouvintes ou leitores. Cada
pessoa vê e entende a partir do lugar que ocupa na sociedade e das dificuldades
que encontra para se comprometer com Jesus e para continuar a ação dele.
Jesus apresenta
etapas que podem ser benéficas ou maléficas para uma boa semeadura. Um bom
conhecedor do assunto demonstrará que quando uma semente cai no caminho sem uma
estrutura esta sujeito a qualquer animal, como o passarinho, galinha.
Quando a semente cai em solo rochoso, o passarinho não tem como comer, a semente chega a brotar, mas entre as rochas tem pouca terra, não dando sustentação para continua a crescer e com o tempo morre. Mas quando cai em terra profunda, fértil a semente dente a seguir o seu curso natural.
O que podemos aprende com esta maravilhosa mensagem no contexto familiar. É o amor. Ou plantamos amor ou plantamos espinhos. A semente é o amor e terra é o coração. Quando a sua semente é rude, mesmo que tenha uma terra boa, ela dará uma planta sem frutos, mato, uma planta sem utilidade para comer e alimentar-se. Mas quando a semente é o amor e esta terra que já está machucada pela dureza da vida, pela escassez da água e da terra farta, levará um tempo para se descobrir o lugar adequado para este plantio.
Quando a semente cai em solo rochoso, o passarinho não tem como comer, a semente chega a brotar, mas entre as rochas tem pouca terra, não dando sustentação para continua a crescer e com o tempo morre. Mas quando cai em terra profunda, fértil a semente dente a seguir o seu curso natural.
O que podemos aprende com esta maravilhosa mensagem no contexto familiar. É o amor. Ou plantamos amor ou plantamos espinhos. A semente é o amor e terra é o coração. Quando a sua semente é rude, mesmo que tenha uma terra boa, ela dará uma planta sem frutos, mato, uma planta sem utilidade para comer e alimentar-se. Mas quando a semente é o amor e esta terra que já está machucada pela dureza da vida, pela escassez da água e da terra farta, levará um tempo para se descobrir o lugar adequado para este plantio.
Demonstra que a
família precisa ser tratada com cuidado e zelo. Sabendo escolher as palavras
certas nas horas certa ou erradas. Tratarmos uns aos outros no amor de Cristo e
com paciência quando o outro não entende a sua mensagem. Não pagar o mal com o
mal, mas pagar o mal com o bem. A tolerância e a paciência em esperar o fruto
maduro é uma atitude que devemos buscar ter no estilo de vida. Se Jesus tem
misericórdia de nós, porque não emita-lo tendo misericórdia daqueles que são
rudes, impacientes, ignorantes, drogados, viciados, pecadores e,
principalmente, os pequeninos e os jovens (que vivem dizendo que sabem tudo).
O papel da
família é buscar a universalidade e a unidade. Compreender que podemos ter o
direito, como seres pecadores e humanos, “vacilar”, como dizem os jovens. E o
meio para alcançar os frutos gostosos e maduros, que vão produzir trinta,
sessenta e cem por um, é começar a mudar as nossas atitudes e repensar o nosso
caráter de cidadãos do reino de Deus. Com certeza com uma mudança em Cristo
poderemos ampliar esta semeadura para a nossa parentela, vizinhança, colegas de
trabalho. Contagiar o mundo com o amor de Cristo que brilha em cada um de nós.
Propósito:
Senhor, que a medida do meu amor
seja amar sem medida. Como Tu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário