EVANGELHO DO DIA 12 DE JANEIRO TERÇA FEIRA
12 - Todas as vezes que cairmos em algum pecado, pediremos perdão ao Senhor e diremos: Odiando o mal eu o destruí. O Senhor me ensina o modo de renovar-me em qualquer momento. Agora começo. Sim Senhor, mesmo na última hora, o operário pode tornar-se merecedor da recompensa (na última hora). Agora começo: ainda tenho tempo.(S 33). São Jose Marello
São Bento Biscop, rogai por nós!
Biscop nasceu em 628, na Nortúmbria,
Irlanda. Seguiu caminho para o exército até um momento, mas a fé falou mais
alto. Aos 25 anos renunciou aos favores do rei e se colocou a serviço de Deus.
Abandonou tudo, casa, parentes
e exército por Cristo. Em 653, fez sua primeira viagem a Roma, queria devoção e
aprendizado de exemplos e instituições monásticas. Nas suas viagens, trazia
consigo livros de artes, ciência e muitos assuntos.
A Santa Sé o designou a ir para
Inglaterra, acabou sendo um grande responsável pela evangelização de toda
Inglaterra.
Em 674, fundou um mosteiro
dedicado a São Pedro na Embocadura do Rio Vire, e outro, alguns anos depois,
dedicado a São Paulo.
Era muito perfeccionista, uma
vez chegou a suplicar ao Papa Agatão que enviasse o cantor da Basílica de São
Pedro, o abade João, para que a liturgia e o canto romano fossem assimilados
por seus monges reunidos nos dois mosteiros de São Pedro e de São Paulo.
Sobre o leito de morte pôde
dizer com razão: “Meus filhos, não considerem invenção minha a constituição que
lhes dei. Depois que visitei dezessete mosteiros, cujas regras e usos, me
esforcei por conhecer e selecionar as que me pareceram melhores, dou-lhes o
resultado desse trabalho. Este é o meu testamento.”
Morreu no dia 12 de janeiro de
690, aos sessenta e dois anos de idade. A sua celebração foi determinada para
esta data, durante a cerimônia de sua canonização, pela Igreja, em Roma.
Marcos
1,21b-28
"No sábado,
Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu
ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os
escribas. Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele
gritava: "Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu
sei quem tu és: o Santo de Deus!" Jesus o repreendeu: "Cala-te, sai
dele!" O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito
e saiu. Todos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros: "Que é isto?
Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros,
e eles lhe obedecem!" E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região
da Galileia. "
Meditação:
“(…) Jesus
tem como costume ensinar nas sinagogas e o conhecimento da fé é a maior arma
que o cristão tem para vencer o mal e o pecado, pois não só nos mostra o
caminho para chegarmos até Deus e o valor da verdade para nós, além de nos
revelar o amor que Deus tem por nós e a necessidade que temos de corresponder a
esse amor por uma vida santa para que possamos vencer toda sorte de mal que
venha a acontecer em nossas vidas e sentirmos o poder amoroso de Deus que se
faz presente na vida de todas as pessoas que acolhem o que Jesus veio revelar a
respeito de Deus e do seu Reino”. (CNBB)
O
início da atividade apostólica de Jesus, para S. Marcos, é um convite à
conversão (Mc 1, 14-20). Diz Jesus: “O tempo já se completou e o Reino de
Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1, 15).
Acabou-se
o tempo das promessas e da espera: O Messias chegou e está começando o seu
ministério! A sua presença é a plenitude dos tempos, tornando-os veículos da
misericórdia de Deus e da história da salvação.
Para
acolher Jesus, a condição primeira é a conversão, a mudança profunda de vida
que exige, sobretudo, a luta contra o pecado e, conseqüentemente, a rejeição de
tudo aquilo que o pode desviar do amor e da Lei de Deus.
Uma
conversão parecida à que Deus exigiu à cidade de Nínive, por meio da pregação
de Jonas, e que os seus habitantes praticaram, abandonando “o seu mau caminho”
(Jn 3, 10).
A
fuga do pecado é apenas a primeira fase da conversão anunciada por Jesus, que
exige também um segundo momento que é destacado no Evangelho: “Acreditai na
Boa-Nova”.
O
cristão tem que aderir positivamente ao Evangelho com uma fé vivificada pelo
amor, que não se fica apenas na sua aceitação teórica, mais procura
evidenciá-lo com a vida prática.
É
necessário e urgente, pois, deixar de lado a mentalidade terrena que faz com
que o homem viva e atue apenas com vistas à felicidade e aos interesses
temporais. “A aparência (a figura) deste mundo passa”, adverte S. Paulo
(1 Cor 7, 31).
É
preciso criar-se uma consciência cristã capaz de fomentar desejos, intenções,
hábitos, e comportamentos em total sintonia com o Evangelho de Cristo.
Isto
é tão urgente quanto “o tempo é breve” (1 Cor 7, 29), brevidade esta
fixada precisamente pela vinda de Cristo e da qual não fica mais que uma fase
histórica, ou seja, a que separa o dia de hoje da sua última vinda.
O
tempo não tem mais que um sentido: acertar os passos do homem –individual ou
coletivamente- no seu caminho para a eternidade.
O
convite à conversão estende-se a todos os povos. O tema da conversão e da
penitência poderia parecer um tema quaresmal. Porém não é assim! Toda a nossa
vida deve ser marcada pela conversão; o ano todo é tempo de conversão; a vida
toda é tempo de conversão!
Converter-se
significa crer no Evangelho, ou seja, significa pautar a vida pela Boa-Nova, ou
o Evangelho de Deus. Significa entrar no discipulado de Cristo.
É
pautar a nossa vida segundo os ensinamentos e os exemplos do próprio Cristo, em
relação a Deus, como seus filhos; em relação ao próximo, como nosso irmão e
irmã.
No
Evangelho somos chamados, como Simão e André, a aceitar o convite de Jesus: “Segui-me
e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17).
Entramos
no discipulado de Jesus se fizermos como Tiago e João: “Jesus os chamou. E
eles, deixando o pai Zebedeu na barca com os empregados, o seguiram” (Mc 1,
19-20).
Estes
homens deixaram tudo imediatamente e seguiram o Mestre.
Para
seguirmos o Senhor, é preciso que tenhamos a alma livre de todo o apegamento;
em primeiro lugar, do amor próprio, da preocupação excessiva pela saúde, pelo
futuro…, pelas riquezas e bens materiais. Porque, quando o coração se enche dos
bens da terra, já não resta lugar para Deus.
Por
isso o cristão necessita de uma vigilância contínua, de um exame freqüente,
para que os bens criados não o impeçam de unir-se a Deus, antes sejam um meio
de amá-Lo e servi-Lo.
Ensina
o concílio Vaticano II, na Lumen Gentium: “Cuidem todos, portanto, de
dirigir retamente os seus afetos, para que, por causa das coisas deste mundo e
do apego às riquezas, não encontrem um obstáculo que os afaste, contra o
espírito de pobreza evangélica, da busca da caridade perfeita, segundo ensinamento
de S. Paulo: “Os que usam deste mundo, como se dele não usassem. Pois a figura
deste mundo passa” (1 cor 7,31); (LG. 42).
Cristo
continua dirigindo ainda hoje o mesmo apelo: “Vinde após mim e eu farei de
vós pescadores de homens” (Mc 1, 17).
É
um chamamento para aderir à pessoa de Jesus, para fazer aprender com Ele a ser
uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos irmãos.
Todos
os batizados são chamados a ser discípulos de Jesus, a “Converter-se”, a
acreditar no Evangelho, a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida.
Reflexão Apostólica:
Estamos refletindo o inicio
da semana do tempo comum…
Tempo
comum é muito próximo do nosso dia-a-dia. Ganhamos algumas lutas, perdemos
algumas batalhas, ao o fim do dia é preciso ainda estar de pé. O que essa
reflexão inicial tem haver como esse evangelho?
Notem
que Jesus CONTINUA SEU CAMINHO. Ele cativa as pessoas, educa e exorta. Todos
que tem contato com Ele, mesmo os que o odeiam, velam uma profunda admiração,
mas mesmo trilhando o caminho que é a vontade de Deus, não deixa de deparar com
a ação do malvado sobre as pessoas. O Senhor mostra-se bem focado em seu
objetivo e talvez seja isso que tem faltado em nossa vida cristã em nossas
batalhas diárias contra o mal.
Se
trouxermos esse evangelho ao dia-a-dia, quanto às tribulações que temos,
podemos apresentar a Deus aquela dificuldade que temos de rezar todos os dias
ou a vontade de ficar em casa contrapondo-se as responsabilidades assumidas no
grupo, na comunidade, na igreja, com as pessoas… Pode ser também a preguiça que
insiste em não nos abandonar; a raiva, a inquietação, a inveja daquele que
cresce; a ambição em ter o que o outro tem ou simplesmente (que seja talvez o
pior) a nossa própria falta de fé para enfrentar os problemas, em especial, a
aridez na fé.
Jesus
tocava, encantava, transmitia segurança, pois sua fé era madura. Segundo os
próprios evangelistas, Ele era igual a nós em tudo, menos no pecado. Sua fé
conseguia remover a maior das montanhas: a incredulidade das pessoas que
queriam e precisavam ver milagres ou grandes prodígios para crer.
Hoje,
por falta de uma fé madura, caímos muito. Dizia eu a uma amiga, que temos mania
de buscar o colo do Senhor a todo o momento, e como os apóstolos no monte
Tabor, não querer mais descer e fugir totalmente da realidade dos que mais
precisam. Quem não conhece alguém que se cerca de afazeres na igreja, na
comunidade, mas ele (a) mesmo não muda em nada?
Essa
resistência ou relutância em mudar talvez seja o grande demônio pelo qual
precisamos amadurecer nossa fé para expulsá-lo.
Creio
que sempre tropeçaremos nisso, mas a santidade esta no quanto me aproximo do
que falo e faço. Não dá pra imaginar em ser cristão e não ter que lutar por
mudança, inclusive a pessoal; não dá pra ser cristão e lutar somente por si,
ficar apenas nas palavras e não ser espelho.
A
fé madura nos credencia a enfrentar aos desertos…
Propósito:
Eliminar do modo de pensar e agir aquilo que não
vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.
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