28 - Se Deus nos pede o sacrifício de
alguma bela flor do nosso jardim, conforte-nos o pensamento de que Ele nos
recompensará com juros fazendo brotar muitas outras graças ao orvalho celeste e
defendendo-as com carinho das geadas e do frio, até o dia em que as queira
transplantar para o Céu. (L 271). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 10,1-12
Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia,
do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de
Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fariseus se
aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.
Meditação:
Jesus está na
jurisdição de Herodes, que tinha tomado por esposa Herodiades esposa do seu
irmão e que por isso causara a morte de João Batista. De repente os
conhecedores da lei de Moises insurgem contra Jesus e lhe fazem uma pergunta.
Só que desta vez sobre o divórcio. Talvez na tentativa de aprovar a atitude de
Herodes e condenarem João por ter defendido a indisolubilidade do matrimônio.
De fato, naquele
tempo, a questão do divórcio e novo casamento era motivo de grandes debate
entre as duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel. Mas também vemos na
pergunta dos fariseus mais uma tentativa de assassinato do que uma mera
questão.
Desencadeou-se a polêmica em torno do assunto do divórcio proposto pelos fariseus, e Jesus dá atualidade ao mandamento inquebrantável do amor do casal: o que Deus uniu o homem não separe.
No Novo Testamento, existem três passagens principais que lidam com divórcio e novo casamento: Mat. 19:1-9, Mar. 10:1-12 e I Cor. 7:10-40.
Jesus faz distinção entre a intenção original de Deus na criação e a lei (Dt 24,1) que foi escrita “por causa da dureza do vosso coração“.
O enfoque dessa passagem de Marcos é realmente novo casamento e não divórcio. Ao exprimir seu pensamento a respeito do matrimônio, Jesus denunciava uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos a não praticá-la.
A Lei mosaica era explícita no tocante ao divórcio. Lê-se no Deuteronômio: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gosta mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa, em liberdade“. A Lei previa o caso de sucessivos repúdios da mulher.
Desencadeou-se a polêmica em torno do assunto do divórcio proposto pelos fariseus, e Jesus dá atualidade ao mandamento inquebrantável do amor do casal: o que Deus uniu o homem não separe.
No Novo Testamento, existem três passagens principais que lidam com divórcio e novo casamento: Mat. 19:1-9, Mar. 10:1-12 e I Cor. 7:10-40.
Jesus faz distinção entre a intenção original de Deus na criação e a lei (Dt 24,1) que foi escrita “por causa da dureza do vosso coração“.
O enfoque dessa passagem de Marcos é realmente novo casamento e não divórcio. Ao exprimir seu pensamento a respeito do matrimônio, Jesus denunciava uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos a não praticá-la.
A Lei mosaica era explícita no tocante ao divórcio. Lê-se no Deuteronômio: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gosta mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa, em liberdade“. A Lei previa o caso de sucessivos repúdios da mulher.
Portanto, ela ficava
sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou
algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Uma situação de evidente
injustiça, no parecer de Jesus, com a qual não podia pactuar.
Por isso, ele saiu em defesa das mulheres com dois argumentos: O primeiro referia-se ao questionamento da Lei. O divórcio consistia numa espécie de concessão divina à mesquinhez humana. Não podendo suportar algo superior, Deus se contentava em permitir aos homens algo inferior. Mas Jesus estava ali para defender a verdadeira vontade divina. O segundo consistiu em mostrar que o divórcio é impossível, considerando o texto bíblico: Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.
Por isso, ele saiu em defesa das mulheres com dois argumentos: O primeiro referia-se ao questionamento da Lei. O divórcio consistia numa espécie de concessão divina à mesquinhez humana. Não podendo suportar algo superior, Deus se contentava em permitir aos homens algo inferior. Mas Jesus estava ali para defender a verdadeira vontade divina. O segundo consistiu em mostrar que o divórcio é impossível, considerando o texto bíblico: Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.
Por isso o homem
deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma
só carne (Gênesis 2,23-24), que lhe serve de fundamento. Portanto, Se é verdade
que marido e mulher formam uma só carne, como é possível falar em divórcio? Não
sejas teimoso, teimosa. Repudiando o teu marido ou tua mulher, tu te desfazes
de uma parte de ti mesmo.
Hoje em dia é comum que muitos casais busquem o matrimônio não pela vivência sacramental do Deus que abençoa e santifica o amor do casal, mas como um de tantos eventos sociais cujos protocolos se converteram em exigências.
Hoje em dia é comum que muitos casais busquem o matrimônio não pela vivência sacramental do Deus que abençoa e santifica o amor do casal, mas como um de tantos eventos sociais cujos protocolos se converteram em exigências.
Certamente, ainda
numerosos casais procuram permanecer unidos no matrimônio até que a morte os
separe, mas numerosos outros usam o matrimônio como instrumento para conseguir
um visto, uma herança, um status social, ou, simplesmente, para não ficar
sozinhos.
Fator importante na
crise de casais, tanto dos unidos pela matrimônio como dos que estão fora dele,
é o medo de que o amor se extinga e leve cada um a tomar seu próprio caminho.
Jesus é enfático na
exigência que lança a seus seguidores: o casal buscar nas relações o que é
realmente essencial e transcendente: a vivência do amor de duas pessoas unidas
no sacramento do matrimônio, união que, não obstante as dificuldades, continua
se recriando apesar do transcurso do tempo na vivência renovada da doação de um
ao outro.
Reflexão Apostólica:
O matrimonio é o sacramento do amor e expressa a presença
viva de Deus no meio de quem deseja compartilhar suas vidas, unificadas por um
amor mutuo.
Tal relação se fundamenta no conhecimento profundo das
duas pessoas, na ruptura dos estreitos limites do egoísmo para dar espaço à
partilha, à amizade, ao afeto, ao encontro íntimo dos corpos; por isso Jesus
recorda aos fariseus o elemento essencial da união matrimonial: ser uma só
carne, um só ser, uma só pessoa.
Ser “um só” significa que os dois são responsáveis por manter vivo o primeiro amor; significa que são iguais, que não há um mais importante que o outro, mas que cada um, com sua própria identidade, forma parte indispensável deste projeto de amor.
Portanto, o divorcio é a conseqüência de não compreender o sentido original do matrimonio, de possuir um “coração de pedra” incapaz de amar a Deus, que é o próximo por excelência, de não abrir o coração ao perdão, à ternura e a misericórdia para com o outro. É necessário um “coração de carne” para que o amor conjugal seja forte e indissolúvel.
O Evangelho de hoje nos induz a uma reflexão e aprofundamento do nosso compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges.
Ser “um só” significa que os dois são responsáveis por manter vivo o primeiro amor; significa que são iguais, que não há um mais importante que o outro, mas que cada um, com sua própria identidade, forma parte indispensável deste projeto de amor.
Portanto, o divorcio é a conseqüência de não compreender o sentido original do matrimonio, de possuir um “coração de pedra” incapaz de amar a Deus, que é o próximo por excelência, de não abrir o coração ao perdão, à ternura e a misericórdia para com o outro. É necessário um “coração de carne” para que o amor conjugal seja forte e indissolúvel.
O Evangelho de hoje nos induz a uma reflexão e aprofundamento do nosso compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges.
Algumas pessoas se casam já condicionadas a uma
separação, se surgirem dificuldades que não as façam felizes. Aquele que
procura apenas sua felicidade no casamento certamente sofrerá muitas decepções,
porém, aquele que procura fazer seu parceiro/a feliz, esse terá muito maior
probabilidade de ser feliz.
Deus nos dá plena liberdade de escolhermos a nossa
parceria, não nos impõe nenhuma condição, por isso a nossa escolha deve ser
definitiva e devemos nos esforçar ao máximo para honrarmos o compromisso
assumido. São Tiago já nos alerta em sua carta,
"que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não".
É na família abençoada pelo sacramento matrimonial que devemos exercer, em primeiro lugar, as recomendações deixadas por Jesus Cristo, que são a disponibilidade ao serviço e a evangelização. Essa é a receita para a união duradoura e eterna que se espera do casamento.
Se um dia, a vida em comum se tornar inviável, apesar do
nosso empenho em concretizá-la, lembremos da advertência de Jesus "Quem se
divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a
primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá
adultério".
Que o Senhor guie nossos matrimônios e os mantenha unidos
no amor que se torna sacramento de modo tão essencial nessa fusão que permite a
um homem e a uma mulher não ser já dois, mas um só.
Propósito:
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam
reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
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