16 setembro - Jesus aceita com prazer todas as ofertas que lhe fazemos:
orações, esmolas e boas obras; mas agrada-lhe sobretudo o sacrifício do nosso
amor próprio. (S 235). São Jose
Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 8,1-3
"Em seguida, Jesus percorria
cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os
Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de
espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete
demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas
outras mulheres, que os ajudavam com seus bens."
Meditação:
Lucas, no prólogo de seu evangelho, propõe-se a fazer um relato de modo ordenado dos acontecimentos relativos a Jesus.
A ordem proposta não é no sentido de linearidade histórica, mas em uma perspectiva teológica da compreensão da Boa Nova de Jesus.
A introdução "em seguida" não significa uma sucessão temporal, mas
uma sucessão lógica das suas narrativas. Esta é a única vez que, nos
evangelhos, ao longo do ministério de Jesus, se menciona um grupo de discípulos
formado por homens e mulheres, sendo estas identificadas nominalmente. Na
narrativa da paixão elas aparecerão, particularmente estas que acompanhavam
Jesus desde a Galiléia (Lc 23,55).
Apesar da maioria das narrativas bíblicas haver um nítido predomínio do
protagonismo masculino, característica da cultura judaica, esse breve trecho
introdutório de Lucas revela a presença de mulheres.
Longe de serem simples mulheres, pois aparecer, destacar-se num
cenário masculino revela um grande teor de importância dentro de um grupo
social.
Sobre os doze não se diz nada. Mas mais adiante estarão discutindo
sobre quem seria o maior. Estes estão ainda possuídos da ideologia davídica em
vista de um messias poderoso.
Em torno de Jesus, sob o seu fascínio, reúnem-se discípulos e discípulas que
vão amadurecendo. Surgem relações novas entre homens e mulheres, caracterizadas
pela liberdade, solidariedade e serviço.
As mesmas dificuldades, o mesmo modo de pensar em relação à
mulher, continuam dois mil anos depois, dentro da Igreja. Enquanto na sociedade,
a mulher tem progressivamente assumido o seu papel de igualdade com o homem, na
Igreja isso ainda não acontece.
Argumentam-se razões teológicas, de Tradição, mas a única de que não se fala,
que não se admite, é a discriminação de que a mulher ainda é alvo.
À mulher, a nível de serviços, tudo é permitido fazer na Igreja. Não lhe é
permitido assumir um papel de destaque em igualdade com o homem, nos ritos e no
governo da Igreja.
Homem e mulher, Deus os criou à sua imagem e semelhança. Com os mesmos direitos
e deveres.
O direito da mulher, com os seus carismas, servir a Igreja em igualdade com o
homem, vem da ação libertadora de Jesus Cristo. Enquanto ele não existir, a
Igreja prega com palavras, o que nega em atos.
Todo aquele que se aproxima de Jesus começa a compreender que suas vidas
merecem muito mais do que o pouco que oferecem ou se dão.
Por vezes, nós que estamos a frente, pensamos que somos a última bolachinha do pacote, mas na verdade as grandes pérolas de Jesus não são vistas ou passam desapercebidas aos nossos olhos: São os filhos de Deus no mundo.
Esse povo bom, mesmo sem saber tem a proteção do Altíssimo a lhe
guardar. Apesar de apenas acompanhar os apóstolos, (ir a missa de vez em
quando, rezar muito pouco. Deus conhece o que já venceram e sua fé.
Entranho dizer que alguém tão pouco dedicado tenha a máxima
atenção do Pai, mas na realidade também fazemos isso… Quantos filhos bons (que
não dão trabalho) “sofrem” pela falta de atenção dos pais que dedicam 100% do
seu tempo e cuidado a aquele que dá trabalho? Poderíamos até cobrar mais de
Deus quanto a isso, mas a sabedoria divina explica ao filho que ficou na
parábola do filho pródigo que “(…) Tudo que é meu é seu!”.
Quantas pessoas em nossas comunidades, que não estão de frente,
mas as vemos há anos, nos mesmos lugares nas missas e eventos. Elas não
abandonam a Deus com facilidade. Quermesses, novenas, tríduos, festas, (…) lá
estão elas. Chovendo? Lá vêm elas de capa! (risos!) Será que também não tem
seus próprios problemas e aflições.
Como é bom refletirmos sobre as mulheres da Bíblia e aprendermos delas lições preciosas para a nossa vida. Mulheres que foram privilegiadas por estarem juntas a Ele, o próprio Deus, aprenderem d'Ele, serem curadas por Ele e andarem, diariamente, com Ele.
Não somos deste tempo bíblico, mas, como amamos ao Senhor, podemos também, assim como elas, vivermos aos pés do nosso Salvador, aprendendo d'Ele, sendo curados por Ele e tendo, diariamente, a companhia d'Ele.
Nós
não podemos vê-Lo como elas O viam, mas sabemos que Ele está conosco,
diariamente. e nunca nos abandona pois Ele deixou registrado
Como vimos no Evangelho de hoje, Jesus tinha um grupo de discípulas, formado de
mulheres que o seguia por dois motivos:
Primeiro, eram mulheres que foram curadas por Jesus, e em sinal de gratidão o
seguiam para ajudá-lo em sua caminhada, pois eram mulheres ricas. Vejam que
uma delas era nada mais nada menos a Joana, mulher de Cuza, procurador de
Herodes. Não era fraca não!
O segundo motivo destas mulheres seguirem Jesus, é que a situação da mulher
naqueles tempos era de grande humilhação, inferioridade e discriminação por
parte dos homens, não havendo nenhuma consideração de igualdade entre marido e
mulher, muito pelo contrário a mulher servia apenas para procriar.
Jesus, como era contra todo tipo de discriminação e preconceito, defendia a
igualdade da mulher em relação ao seu marido. Mais um motivo de gratidão
daquelas mulheres para seguir o Mestre e o ajudar em sua caminhada. Assim
o grupinho das discípulas de Jesus estava ligado a ele por laços de afeto e
gratidão. Não se tratava de fãs, nem de paquera, como alguém possa pensar.
Jesus aceita essa colaboração do grupo feminino, vendo isso de uma forma sadia
e como uma ajuda muito bem-vinda. E essas mulheres são tratadas em pé de
igualdade com os discípulos e sua tarefa consistia em prestar assistência a
Jesus com seus bens, e, assim, aliviá-lo de certas preocupações materiais,
inevitáveis para qualquer ser humano.
Comparando aquelas mulheres com as de hoje, percebemos que todo extremismo
acarreta uma situação oposta. A posição de inferioridade da mulher em
relação ao homem, gerou o movimento de libertação feminina que analisado nos
mínimos detalhes resultou em um movimento de desvalorização feminina.
Isto porque, libertação feminina não pode ser interpretada como libertinagem
feminina. Constantemente vemos garotas dizendo e gritando palavrões pela
rua. Certamente, isto não é libertação feminina, mais sim desvalorização da
menina.
Por outro lado, ser livre, não é ser promíscua, não é fazer o que lhe vem na
cabeça. Ser livre não é fugir do casamento, fugir de construir uma família, e
botar filhos no mundo sem pensar nas conseqüências. Não tenho nada contra
estas meninas que agem assim, pois elas não têm culpa, pois são vítimas de uma
mídia que as ensinou que liberdade da mulher significa vulgarizar a mulher.
A mulher não tem de ser submissa nem de ser vista como objeto de prazer, ou de
procriação. Mas precisa se valorizar, e ser valorizada pela sociedade. Precisa
ser tratada em pé de igualdade pelos homens. Mãe solteira não pode ser
discriminada, pois são nossas irmãs em Cristo e precisam ser acolhidas,
orientadas e se possível, evangelizadas. Desse jeito, estamos dando à mulher, o
valor que ela merece, assim como nós gostaríamos que fosse tratada a nossa mãe.
Não nos esqueçamos que sempre atrás de um grande homem, está sempre uma grande
mulher.
Propósito:
Pai,
reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser servidor do Reino. Que
eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha vida a serviço do meu
próximo. Ó Deus, coloca em meu coração o desejo ardente de Te servir, de
aprender de Ti e de repousar nas Tuas decisões para a minha vida. Que eu tenha
o coração e as mãos abertas para o Teu serviço, assim como Madalena, Joana e
Suzana. Que cada passo que eu der seja sempre para a Tua honra e glória.
++++
Você alguma vez já perdeu a esperança?
Quando enfrentamos problemas e dificuldades, muitas vezes deixamos de acreditar
que podemos superar estes momentos difíceis. Mas não perca a esperança. Tenha
fé, confie nas promessas de Deus, lembre-se de que a fé é a certeza de que
vamos receber as coisas que esperamos. Deus está ao nosso lado e ele quer nos
ajudar. Mas Deus não é um Pai que mima o filho, Ele está presente e age em
nossa vida. Ele espera que façamos tudo como se tudo dependesse de nós, mas que
saibamos que tudo depende de Deus.
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