08 de setembro – Sinto-me feliz em saber que a alegria
espiritual reina entre os filhos de São José. (L 168). São Jose Marello
Leituras do dia:
Mq 5,1-4a ou Rm 8,28-30
Sl 71(70),6; 13(12),6
Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 1,1-16.18-23
"Esta é a lista dos
antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de
Abraão.
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos
seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres
foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai
de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi
Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de
Jessé, que foi pai do rei Davi.
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão.
Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi
pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de
Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de
Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de
Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como
prisioneiros para a Babilônia.
Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel,
que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim,
que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai
de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó.
Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado
Messias.
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José.
Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem
Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria
difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem
ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu
a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa,
pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele
o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do
profeta:
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de
Emanuel."
(Emanuel quer dizer "Deus está conosco".)"
Meditação:
Cada
evangelista tem características próprias que refletem as fontes de onde
colheram suas narrativas e a cultura e os problemas das comunidades para as quais
redigem seus evangelhos.
Mateus, redigindo para uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, faz uma
inculturação de Jesus na tradição do Primeiro Testamento.
O Evangelho de Mateus é minuciosamente redigido na perspectiva teológica de
confirmar para as suas comunidades de judeo-cristãos que Jesus é o messias
esperado por eles.
Mateus inicia seu Evangelho com uma genealogia de Jesus, através de José,
incluindo-o na descendência de Davi. Para nos dar a conhecer que em Jesus
Cristo se cumprem as promessas divinas de salvação feitas a Abraão em favor de
toda a humanidade (Gn 12, 3). Igualmente se cumpre a profecia de um reino
eterno dada por meio do profeta Natan ao rei David (2Sm 7,12-16).
Hoje, a genealogia de Jesus, o Salvador que tinha que vir e, nascer de Maria,
nos mostra como a obra de Deus está entrelaçada na história humana, e como Deus
atua no segredo e no silêncio de cada dia. Ao mesmo tempo, vemos sua seriedade
em cumprir suas promessas. Inclusive Rut e Rahab (cf. Mt 1,5), estrangeiras convertidas
à fé no único Deus (e Rahab era uma prostituta!), são antepassados do Salvador.
Mateus elabora uma genealogia de José, inserido-o na linhagem davídica, e pela
acolhida de José a Maria, o menino, Jesus, que foi concebido, torna-se um
herdeiro messiânico.
O Espírito Santo, que havia de realizar em Maria a encarnação do Filho,
penetrou, pois em nossa história desde muito longe, desde muito cedo e, traçou
um rumo até chegar a Maria de Nazaré e, através dela, a seu filho Jesus. «Eis
que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e ele será chamado Emanuel» (Mt
1,23).
Quão
espiritualmente delicadas deviam ser as entranhas de Maria, seu coração e sua
vontade, ao ponto de atrair a atenção do Pai e a convertê-la em mãe do
Deus-com-os-homens!, Ele que tinha que levar a luz e a graça sobrenaturais para
a salvação de todos. Tudo, nesta obra, nos leva a contemplar, admirar e adorar,
na oração, a grandeza, a generosidade e a simplicidade da ação divina, que
enaltece e resgatará nossa estirpe humana implicando-se de una maneira pessoal.
Mais além, no Evangelho de hoje, vemos como foi notificado a Maria que traria a
Deus, o Salvador do Povo. E pensemos que esta mulher, virgem e mãe de Jesus,
tinha que ser ao mesmo tempo, nossa mãe. Esta especial escolha de Maria
—«bendita entre todas as mulheres» (Lc 1,42) — faz com que nos admiremos da
ternura de Deus, na maneira de proceder; porque não nos redimiu —por assim
dizer— à distância, e sim se vinculando pessoalmente com nossa família e nossa
história. Quem podia imaginar que Deus ia ser tão grande, e ao mesmo tempo tão
condescendente, aproximando-se intimamente a nós?
Assim, no Evangelho de hoje, Mateus nos mostra a ascendência de Jesus Cristo
segundo a Sua humanidade, ao mesmo tempo em que dá uma indicação da plenitude a
que chega a História da Salvação com a Encarnação do Filho de Deus, por obra do
Espírito Santo. Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o Messias
esperado.
Celebramos a festa da natividade de Maria. Ela, jovem pobre e
simples é agraciada e escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Filho de
Deus que se fez homem e habitou entre nós. Grande foi à alegria que envolveu os
Pais de Maria pelo seu nascimento. Todavia, maior é a alegria do mundo. Pois
por ela veio o Redentor do mundo.
A festa da Natividade de Maria acontece nove meses após a sua concepção
imaculada, no dia 8 de dezembro. É o nascimento da "mãe de Deus", que
se insere no projeto de Deus de comunicar sua vida divina e eterna às suas
criaturas, homem e mulher, transformando o mundo pelo amor, praticado na vida
comum do dia a dia, trazendo a paz e a vida plena para todos.
Celebrar a natividade de Maria, é tornar presente e a inserção no projeto de
Deus de comunicar sua vida divina e eterna às suas criaturas, homem e mulher,
transformando o mundo pelo amor, realizado na vida comum do dia a dia, trazendo
a paz e a vida plena para todos.
A grande mensagem apresentada por Mateus é a importância da genealogia entre os
judeus. Pois ela representa a estrutura de três grupos. Cada grupo consta de
catorze elos que mostram o desenvolvimento progressivo da história sagrada.
Pela genealogia a pessoa via a sua identidade. Via-se ligada à família e tribo.
Por ela se pertencia ou não ao eleito. Porém, lendo o relato encontramos os
nomes de quatro mulheres Tamar (cfr Gn 38 ). São mulheres estrangeiras, que de
um ou outro modo se incorporam na história de Israel, para dizer que a salvação
divina abarca toda a humanidade.
Cita-se personagens pecadores, mostrando que os caminhos de Deus são diferentes
dos caminhos humanos. Através de homens cujo comportamento não foi reto Deus
vai realizar os Seus planos de salvação. Ele nos salva, nos santifica e nos
escolhe para fazer o bem, apesar dos nossos pecados e infidelidades. Tal é o
realismo que Deus quis fazer constar na história da nossa salvação.
O povo vai parar em Babilônia fala-se em 2 Reg 24-2 5 para se cumpre a ameaça
dos profetas ao povo de Israel e aos seus reis, como castigo da sua
infidelidade aos mandamentos da Lei de Deus, especialmente ao primeiro.
Um aspecto a salientar é o fato de entre os Hebreus as genealogias fazer-se por
via masculina. José, como esposo de Maria, era o pai legal de Jesus. A figura
do pai legal é equivalente quanto a direitos e obrigações à do verdadeiro pai.
Neste fato se fundamenta solidamente a doutrina e a devoção ao Santo Patriarca
como padroeiro universal da Igreja, visto que foi escolhido para desempenhar
uma função muito singular no plano divino da nossa salvação: pela paternidade
legal de São José é Jesus Cristo Messias descendente de David.
Concluindo diremos que o relato do nascimento de Jesus ensina através do
cumprimento da profecia de Isaías 7, 14 que Jesus é descendente de David pela
via legal de José; que Maria é a Virgem que dá à luz segundo a profecia; e por
último que Jesus Cristo saiu do seio materno sem detrimento algum da virgindade
de Sua Mãe. Por isso, com louvores, celebramos a sempre virgem imaculada,
concebida sem pecado.
Reflexão
Apostólica:
Assim como Deus
escolheu Maria para que através dela Seu Filho viesse ao mundo como nossa
salvação, também escolheu a cada um de nós, mesmo antes do nosso nascimento,
apesar da nossa fraqueza, para que fôssemos portadores da Sua presença
salvadora no meio da humanidade. Se, como Nossa Senhora, somos dóceis ao
projeto de Deus na nossa vida, como ela, tornamo-nos mediadores da paz que
todos procuram e que só se encontra em Jesus.
A exemplo de Maria, colaboremos, por amor,
com os planos de Deus e tudo concorrerá a nosso favor. Ele, que nos chamou, nos
capacitará com Sua graça a cumprir Sua vontade, levando-nos a fazer o bem para
o qual nos predestinou, de modo que alcancemos a glória que para nós reservou.
O fundamental é que, como a Mãe de Deus, coloquemos n’Ele a nossa confiança,
buscando n’Ele nosso amparo, abandonando-nos nos Seus desígnios de amor.
Entendamos, contemplando a vida de Nossa
Senhora, que, assim como o seu nascimento foi decisivo para que a salvação
viesse ao mundo, a nossa existência também deve colaborar decisiva e
positivamente com a história da humanidade.
Acreditemos que a nossa vida está dentro do
grande mistério do amor providente de Deus, que tudo fez e faz para a
felicidade do homem. Ele intervém na nossa historia, pela ação do Espírito
Santo, para santificar a história de muitos.
É desta forma, através de nós, que Ele se faz
perceber como Deus presente, Deus conosco, Aquele que nos livra do mal e nos
faz experimentar a Sua bondade infinita.
Peçamos ao Senhor que nos ajude a entender
que nascemos para que, através de nós, a Sua vida divina brote em muitos.
Invoquemos o auxílio de Nossa Senhora e sigamos o seu exemplo de entrega nas
mãos de Deus, de modo que nossa vida seja fecunda como a sua, gerando Cristo
Jesus, a verdadeira felicidade, nos corações.
Que a nossa vinda ao mundo seja reconhecida
como motivo de grande alegria, como o nascimento de Maria. Façamos o bem para o
qual Deus nos fez, sendo abertos a ação do Seu Espírito e deixando que a Sua
vontade se encarne em nós.
Propósito: Demonstrar, pela vida, que o amor de
Deus está presente e atuante na nossa história.
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