06 JULHO - Trabalho com pureza de intenção, oração confiante e perseverante, total conformidade à vontade divina: este é o distintivo dos verdadeiros ministros do Senhor. (L41). SÃO JOSE MARELLO
EVANGELHO DO DIA
Mateus 9,32-38
"Quando eles foram
embora, algumas pessoas levaram a Jesus um homem que não podia falar porque
estava dominado por um demônio. Logo que o demônio foi expulso, o homem começou
a falar. Todos ficaram admirados e afirmavam:
- Nunca vimos em
Israel uma coisa assim!
Mas os fariseus
diziam:
- O chefe dos
demônios é quem dá a esse homem poder para expulsar demônios.
Jesus andava
visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a
boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves
das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente
porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Então disse
aos discípulos:
- A colheita é grande
mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande
mais trabalhadores para fazerem a colheita."
MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)
Meditação:
Jesus vinha fazendo muitos milagres,
salvando as pessoas de doenças e de suas dores e, ao mesmo tempo, despertar a
fé daquele povo que estava adormecido para as coisas do Pai.
Durante a caminhada, naquele dia,
encontra-se com uma multidão que lhe apresenta uma pessoa surda e possessa pelo
demônio.
Jesus expulsa o demônio e, a pessoa
passa a ouvir e falar normalmente. O povo fica cada vez mais admirado com
todas as maravilhas que Jesus fazia .
Ontem como hoje, vemos muita gente
sempre esperando que Jesus repita milagres e mais milagres na sua vida, para
que possam manter acesa a sua fé. Hoje, sabemos tudo sobre o Plano de salvação
que Ele trouxe como sua missão: Salvar um povo de cabeça dura.
De cabeça dura muitas vezes não por conta própria. Mas porque eles estavam
aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor.
Jesus vem reinstalar, com sua vida, com
sua paixão, com sua morte e, principalmente com a sua ressurreição, o Reino do
Pai, novamente baseado no Amor e suas conseqüências, ou seja, no Perdão, na
doação, na Honra, na Verdade, na Felicidade e na Responsabilidade assumida por
cada filho Seu, gerado aqui na Terra. Mas, nem tudo foi um mar de rosas para
Ele, pois os fariseus diziam: é pelo poder do príncipe dos demônios que ele
expulsa os demônios.
Até nos dias atuais, Jesus continua a sua missão, conforme a sua promessa, em
nosso meio. Sempre nos guiando e nos guardando para que sejamos felizes e,
pedindo-nos, como naqueles dias, que fortaleçamos o Reino do Pai aqui na Terra:
a Messe é grande, mas, os trabalhadores são poucos. Rogai ao Senhor da Messe,
que mande mais operários para a sua Messe, diz, ainda hoje Jesus . Só que o
povo, tão evoluído com as coisas materiais, esqueceu-se de vigiar, cada um, a
sua vida, o Dom recebido do Pai amoroso, para que ela não se perca; para que
ela seja sempre mais uma realização da bondade do Criador, vivendo-a como um
meio para ajudar na sua salvação e dos outros irmãos.
Muitos são os que precisam mudar de vida para reencontrar-se com o Pai,
transmitindo aos que o cercam só o amor, só o bem, só a fraternidade, orando e
agindo em nome do Senhor, no trabalho da Messe.
Não esperemos como muitos que vivem ao
bel prazer, uma vida egoísta, ignorando a dor e o sofrimento de tantos à nossa
volta, durante a nossa caminhada. Achando que a fortuna e tudo o que é material
que acumulamos nos bastam. De repente se fica doente; de repente um mal
incurável, que pode atingir a qualquer um, com ou sem dinheiro.
Nós acolhemos o chamado de Cristo quando fazemos tudo por amor. A vivência do
amor anima as pessoas enfraquecidas, enfastiadas e sem perspectiva.
O amor vence o ódio e expulsa dos
corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez,
estaremos sendo trabalhadores da Sua messe. Quanto mais nós nos apresentarmos à
vinha do Senhor mais, surdos e mudos serão curados.
A proclamação final tem o caráter de uma campanha missionária. Orar a Deus para
que cresça o número daqueles que se empenham na evangelização. proclamando a
vida e o amor.
Você já se
sente liberto (a) do demônio que paralisa os lábios do homem? Você conhece
quando as pessoas à sua volta estão desanimadas e sem esperança? O que você diz
a elas? Você tem ajudado a alguém pelo menos escutando e acolhendo? Você se
considera trabalhador da messe de Cristo? Em que você tem empregado o seu tempo
livre? Senão, o tempo é este e a hora é agora. Respondendo o chamado de Jesus,
levanta-te e vai anunciar à cura, a libertação, a paz e o amor de Deus no
coração dos seus irmãos que como que ovelhas sem pastores caminham para o
abismo irreversível
Reflexão
Apostólica:
Inicio essa reflexão com um pensamento
bem particular: os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor uns aos outros
e aos que mais precisam e por eles superam as pressões e os entraves da vida em
comunidade.
“(…) O
discípulo nasce pelo fascínio do encontro com Cristo e se desenvolve pela força
da atração que permanece na experiência de comunhão dos discípulos de Jesus. ‘A
Igreja cresce, não por proselitismo, mas ‘por atração: como Cristo atrai tudo
para si com a força de seu amor’. A Igrejaatrai quando vive em comunhão, pois
os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como ele nos
amou’“. (CNBB – Documento 87, §89)
Vivemos tempos onde as pessoas não querem mais se responsabilizar umas pelas
outras. Tenho “compromissos cristãos” bem definidos, ou seja, participo das
celebrações e de uma pastoral ou movimento, ou ajudo nas festas ou ajudo no
recolhimento e entrega de materiais de primeira necessidade como roupas,
alimentos, (…). Graças a Deus, desses operários a igreja esta bem suprida, mas
novos campos precisam ser roçados (internet, livros, CD, DVD,…); novos campos
precisam ser cuidados (juventude, promoção humana, política, relações sociais,
comunicação…) e reconquistar campos abandonados (família, filhos, casamento,
amor ao próximo).
O operário que precisamos hoje na messe é extremamente capacitado por Deus, mas
muitas vezes pouco utilizado ou aproveitado por nós, às vezes por mera vaidade
ou “medo de perdermos o espaço”. Aos pastos repletos de lobos Jesus envia os
mais experientes ficando assim o cuidar do rebanho para os que foram ensinados
pelo pastor. Mas tenho uma pergunta: onde estão eles?
Muitos pararam no caminho em virtude das perseguições dos próprios filhos de
Deus que existem em toda comunidade. Pessoas que por imaturidade e frustrações
pessoais “abraçam” a igreja como local para realizarem suas necessidades de ser
reconhecido e poder “mandar” em alguém.
Não estou falando nenhuma coisa que não saibamos ou que não vivamos em nossas
comunidades; padres nos seminários sofrem com isso também. Não é um conforto,
mas se até Jesus teve que enfrentá-los, por que nós não teríamos?
A proposta da CNBB para o evangelho de hoje é bem nesse foco: Dizer para cada
um que pensou em desistir a continuar lutando pelo reino de Deus
“(…) Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos
por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho
evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude
dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é
caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus
simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as
dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a
todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm
pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as
calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem”.
Por que é que mesmo lendo isso ainda me
calo, fujo ou desisto? Se me calo, desisto ou “entrego os pontos” o mundo vai
aos poucos parar de ouvir meus valores, preceitos e no que acredito. Se parar
de acreditar, de denunciar, de aprender é sinal que o mundo conseguiu me mudar.
Não ligue para aqueles que ficam procurando defeitos no seu trabalho. Faça sim
uma reflexão permanente se algo do que falam é verdade, no entanto, entendendo
e verificando que o motivo da crítica é a inveja ou dor de cotovelo, bata o pé
e continue.
Rezemos para que os filhos de Deus não se persigam.
Propósito: Ter maior
abertura ao Espírito de Deus.
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