18 MAIO - Deus amou tanto Maria e a elevou a tamanho grau de santidade que nós nem o conseguimos compreender! (S 212 ). São Jose Marello
EVANGELHO DO DIA
João 17,1-11a
"Assim
Jesus falou, e elevando os olhos ao céu, disse: "Pai, chegou a hora.
Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele
poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. (Esta
é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus
Cristo, aquele que enviaste.) Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que
me deste para fazer. E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória
que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome
aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles
guardaram a tua palavra... e reconheceram que eu saí de junto de ti e creram
que tu me enviaste. Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que
me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E
eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo,
enquanto eu vou para junto de ti"."
Meditação:
No marco do discurso de despedida se
encontra esta oração de Jesus ao Pai pelo futuro dos discípulos. Jesus parece
estar a meio caminho entre este mundo e a presença do Pai; transcendendo o
tempo o espaço, mais além da morte, está falando aos discípulos de todos os
tempos.
A glorificação do Filho é a glorificação do
Pai para dar a vida eterna a seus discípulos, é melhor uma oração de comunhão
entre o Pai e o Filho do que uma oração de petição.
Jesus é o lugar de manifestação do nome de Deus. “Os que me confiaste”, se
refere, em primeira instancia, aos Doze, mas dado que eles são modelo para
todos os cristãos, tem-se em conta os futuros discípulos.
Neles se revela a glória de Jesus, nos
cristãos crentes que chegaram à fé depois da ressurreição. Eles continuam no
mundo, mas não são do mundo, como tampouco o Reino é de seu mestre; serão como
estranhos no mundo, e por isso mesmo sua presença será tumultuadora e
ameaçadora para os poderes dos sistemas de opressão e dominação ao longo da
história.
No Evangelho de hoje temos o início da expressiva e sublime oração de Jesus ao
Pai, no capítulo 17 de João. É a oração da glória do Pai e de Jesus, gloria
esta que consiste na comunicação da filiação divina com o dom da vida eterna
àqueles que estão unidos a Jesus.
A glória do Pai é o cumprimento da missão de Jesus, anunciada no Prólogo do
evangelho: "a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de
Deus..." (Jo 1,12).
É a realização da obra do Pai. Jesus, glorificado em seus discípulos,
ausenta-se do mundo. Mas os discípulos permanecem no mundo. Cabe aos
discípulos, como filhos de Deus, darem continuidade à obra do Pai, realizada
por Jesus, comunicando amor e vida ao mundo.
Jesus se manifestou a todos para “nos tirar do mundo”, quer dizer, para nos
afastar do pecado e do que nos impede de sermos cada vez mais humanos. A glória
de Deus se manifesta na atividade pela qual Ele dá a vida e a refaz quando ela
está destruía e perdida. A glória de Deus é que o ser humano viva plenamente.
Jesus foi claro em seus ensinamentos: nosso Deus é um Deus Amor, misericórdia,
que não julga nem condena, mas que perdoa e salva.
Nosso compromisso é seguir seus
ensinamentos, porque tudo que é do Senhor é também do discípulo e “neles se
revela a glória”. Peçamos ao Senhor que nos afaste do pecado e da indiferença,
da falta de solidariedade, do desamor e nos dê seu Espírito de vida.
Jesus sabia que sua hora tinha chegado. E assim sendo, não quer deixar seus
discípulos em debandada, desunidos. E sabendo também a força e o poder do
encardido que é de dispersar, criar confusão e pânico cheio de amor, por sua
fidelidade dá glória ao Pai.
Apresenta ao Pai a oração mais sublime da
unidade na comunhão do amor. Ele pede que o seu Pai revele e exalte na pecadora
do homem na natureza divina do Filho que e o próprio Jesus.
Revela a natureza divina do teu Filho a fim
de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade
sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe
deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, que és o único Deus
verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.
Nesta oração Jesus coloca em destaque
primeiro a glória conjunta do Pai e d’Ele. E ao mesmo tempo faz-nos saber que a
obediência na realização da vontade de Deus seu Pai constitui a maior a glória
do Pai, na terra.
Por isso, terminando a sua missão diz: Eu
mostrei quem tu és para aqueles que tiraste do mundo e me deste. Eles eram
teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem
que tudo o que me tens dado vem de ti.
Mas embora eles saibam que tu me enviaste,
é preciso, tu ó pai os guardes na unidade. Para o lobo não os disperse e devore
um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles
que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu;
e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste.
Esta é a preocupação do meu e do teu Jesus,
que permaneçamos unidos nele assim como Ele permanece no Pai. Que o lobo não
nos devore.
Cada um tem o seu vício, hábito,
dificuldade, problema que é como que o pecado de estimação que não passa de
pedra no seu sapato ou no da sua família: esposo, esposa, filhos, irmãos etc e
que, vira e mexe, nos põe de rasto, semeando desordem, distúrbio,
desunião, confusão, separação, divórcios e… É este o lobo do qual Jesus quer
livrar-nos, na oração de hoje ao Pai do Céu.
Reflexão Apostólica:
A hora de Jesus era justamente aquela em
que iria ser consumado o plano de Deus para a humanidade e, por isso, o Pai
glorificaria o Filho a fim de que Ele glorificasse o Pai.
Há uma sintonia entre Jesus e o Pai na missão a que se propõem: a de conceder a
vida eterna a todos aqueles que o Pai confia ao Filho.
Por isso, Jesus, percebendo a hora em que
seria glorificado, se despede dos Seus discípulos com uma belíssima oração de
intercessão a Deus Pai para que todos tivessem a oportunidade de conhecê-Lo e
assim apropriarem-se do Seu plano de salvação.
O Plano de Deus para cada um de nós é a vida eterna, perfeita comunhão com Ele,
felicidade desde já e a bem-aventurança na outra vida.
Deus Pai confiou a nossa vida a Jesus Cristo, deste modo, a condição para que
ela seja conservada é a de que creiamos
Esta vida nova consiste em que nós creiamos em Jesus como nosso único Salvador
que foi glorificado depois que passou pela Cruz.
Se não acreditarmos e não acolhermos o novo nascimento que Jesus veio nos
conferir, nós perderemos a vida eterna. Assim, também nós alcançaremos a glória
eterna, se nos fizermos um com Jesus e o Pai pelo poder do Espírito Santo.
Estão aptos a entrar na vida eterna todos os que crêem, acolhem e reconhecem
verdadeiras as Palavras de Jesus, o Enviado do Pai.
Jesus rogou pelos que eram Seus, mas olvidou o mundo que não crê, questiona e se
distancia de Deus e, por isso mesmo, vive na escuridão.
Estamos no mundo, mas não somos do mundo e o nosso destino é a casa do Pai,
morada que Jesus conquistou para nós.
O que você entende por “vida eterna”? Você acredita que Jesus rogou por você
também? Você acolhe no coração, como num terreno bom, os ensinamentos de Jesus?
Você tem certeza de que irá para o céu?
Propósito:
Pai,
reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar
para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.
Reflexão:
Rezar com fé
significa entregar sua vida a Deus.
No Evangelho, fé não significa tanto o ato psicológico de confiar que os
pedidos serão atendidos.
Antes de tudo, significa acreditar na pessoa de Cristo.
Fiéis são as pessoas que seguem Jesus, até fazer coincidir os próprios desejos
e pedidos com aquilo que ele quer. Isso certamente requer uma grande força de
vontade, porque, muitas vezes, os caminhos escolhidos não são os mesmos dele.
Rezar com fé significa pedir por meio de Jesus Cristo, sintonizado com aquilo
que ele pede ao Pai.
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