16 MAIO - A Igreja nos dá Maria Santíssima como guia e mestra e quer que consideremos com frequência o seu coração, que é como um espelho nítido no qual se refletem todos os afetos de Jesus. (S 341). São Jose Marello
Jesus apareceu aos Doze e disse-lhes: «Ide por
todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem
acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que
acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome;
falarão novas línguas; se pegarem em serpentes
ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal;
e quando impuserem as mãos sobre os doentes,
eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com
eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o
Senhor cooperava com eles,
confirmando a sua palavra com os milagres que a
acompanhavam.
Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se
à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda
parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a
acompanhavam».
O
evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do anjo às
mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e que precedia os discípulos na
Galiléia. Isso significa que, após a crucifixão de Jesus, os discípulos
retomaram, na Galiléia, a missão aí iniciada por Jesus.
Proclama-se
o epílogo canônico do Evangelho de Marcos (Mc 16,15-20). É dada aos Onze,
pelo Ressuscitado, a missão de ir a todo o mundo para proclamar o evangelho ou
a alegre notícia da salvação a todas as criaturas. A salvação, porém,
exige a resposta da fé, como a aceitação do batismo.
O
Senhor disse aos Onze: Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem:
expulsarão demônios em meu nome; falarão línguas novas; se pegarem em serpentes
e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos
sobre os doentes, esses ficarão curados.
A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Acenando
ao Espírito que conduzirá a Igreja, Jesus consola os apóstolos, entristecidos
em face de sua partida: "É de vosso interesse que eu parta; com efeito, se
eu não partir, o Paráclito não virá a vós; se, pelo contrário, eu partir, eu
vo-lo enviarei". O conforto que a presença de uma pessoa significativa
proporciona, desencadeia mecanismos de resistência quando surge a perspectiva
da separação.
A
ruptura, muitas vezes, revela-se uma necessidade para que as pessoas possam
crescer, caminhando com dignidade em busca de novos horizontes de maior
elevação. Os que resistem a esse impulso criativo correm o risco de ceder à
mediocridade. A promessa do Espírito Santo é lembrança de que há um longo
caminho a percorrer.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. A missão, afinal, não lhes pertence. Por ela, no entanto, eles são responsáveis, porque escolhidos e enviados. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.
“Ide
por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura!” [...]
E os discípulos saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e
confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Para
a comunidade de são Marcos, proclamar a Boa-Nova do Evangelho é condição para
verificar a coerência de quem de fato conhece Jesus. Por isso, temos o pedido
dele aos discípulos para voltar à Galiléia, que significava reencontrar Jesus,
não mais o Jesus de Nazaré, mas o Cristo da Fé. Isto é, encontrar-se com Jesus
Cristo, morto e ressuscitado, e viver como ele viveu. Tal convicção não fica
limitada à própria pessoa: quem conhece Jesus tem necessidade de anunciar essa
alegria aos outros.
Na Igreja primitiva, todos os sinais que o Senhor enumera aqui foram realizados, não só pelos apóstolos, mas também por outros santos. Os pagãos não teriam abandonado o culto dos ídolos se a pregação do Evangelho não fosse confirmada por tantos sinais e milagres. Pois, conforme diz o Apóstolo, os discípulos pregavam Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos.
Vendo
que os demônios eram expulsos, que os discípulos falavam línguas novas; que, só
por sua palavra, matavam ou afugentavam serpentes e bebiam veneno mortal sem
sofrerem mal algum; que curavam os doentes, não apenas pelo contato, mas até
pela sombra de seu corpo, os pagãos convertidos exclamavam: “É somente o Senhor
Jesus Cristo que realiza tais obras”. Sinais e prodígios já não são mais
necessários para nós. Basta-nos ler ou escutar os relatos dos que foram
realizados.
A Igreja existe expressamente para viver o modelo apostólico do Novo Testamento, ensinando e encorajando os cristãos a uma vida com Deus sob a égide do Espírito Santo, a fim de serem capacitados para evangelizar o mundo, que terão as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo. A suprema tarefa da Igreja, no mundo, é a evangelização. "Evangelizar significa proclamar a verdade"; boas novas. Aqueles que acreditam em Cristo sustentam e ensinam a verdade, trabalhando pela salvação das pessoas.
No
momento em que tivermos compreendido e experimentado que seguir Jesus é
acompanhá-lo no caminho da cruz, da doação e do serviço, com a fé e a garantia
de que ele mesmo vai à nossa frente, teremos vencido as barreiras que impedem o
despertar para o discipulado do Reino.
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