13 - Maria estreitou-nos todos ao seu peito
aos pés da cruz e quanto mais lhe custamos tanto mais Ela resolveu amar-nos: a
medida da sua dor foi a medida do seu amor. (S 343) São Jose Marello
João 10,22-30
"Em Jerusalém celebrava-se a festa da
Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os
judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: "Até quando nos deixarás em
suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!" Jesus respondeu:
"Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do
meu Pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das
minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me
seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém
vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que
todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um"."
Meditação:
O
que fez Jesus para que acreditassem nele? Curou muitas pessoas, colocou a
mulher em igualdade com o homem; fez com que o povo experimentasse alegria da
liberdade e da solidariedade na organização e partilhar dos bens. Expulsou
demônios e fanatismos nacionalismos estreitos que estavam envenenando a alma do
povo.
Com
tudo isso, Jesus havia desmascarado a religião do Templo e questionado sua
autoridade. Assim Jesus é como uma espada de dois gumes, que corta para todos
os lados. Jesus conhece seu povo.
Na
Bíblia o verbo conhecer tem o mesmo sentido de união íntima dos esposos. É
nessa aliança de amor que se descobre a identidade de Jesus e de seu Pai.
A
vida eterna não é a salvação depois da morte, mas é entrar desde agora nesse
ministério de amor transformador que é presente vindo das mãos do Deus Pai e
que é um com Jesus e, para nossa alegria.
Dessas
mãos benditas que fizeram aliança com o povo pobre, não há poder político,
econômico, militar ou religioso que possa arrancar nada. Absolutamente nada!
Celebrava-se
em Jerusalém a festa da Dedicação. Esta recordava a purificação e consagração
do Templo, liderada por Judas Macabeu depois de sua profanação pelo exército
grego (1Macabeus 4,36-59).
Durante
a festa, os judeus interrogam Jesus não porque desconhecessem a resposta, mas
porque não queriam aceitar o modelo de messias que Jesus representava,
radicalmente diferente do que eles esperavam: um messias rei, guerreiro,
vingativo e autoritário. O problema, portanto, não era que não soubessem, mas
que não queriam crer nele.
Com
muitos cristãos, costuma-se passar o mesmo; sabem quem é Jesus, mas não se
atrevem a viver como ele quer que vivam. De que serve ao ser humano saber que
existe remédio contra uma doença, se não crê nele e não o toma?
Para
reconhecer o verdadeiro Messias, é preciso crer nas obras que Jesus faz em
favor da humanidade; crer em Jesus como protetor e Deus da vida, e acreditar
que Jesus e o Pai são um. E para fazer parte do rebanho guiado por Jesus, é
necessário segui-lo não somente de palavra, mas com obras e de coração.
Portanto, com uma vida cristã caracterizada pela fé, testemunho e compromisso
Jesus é um personagem incômodo, ontem, hoje e sempre. A motivação desta incomodidade é que Jesus fala, diz a verdade, e a verdade é exigente, interessa a vida e incide sobre o comportamento humano: “Eu e o Pai somos um”.
Jesus é um personagem incômodo, ontem, hoje e sempre. A motivação desta incomodidade é que Jesus fala, diz a verdade, e a verdade é exigente, interessa a vida e incide sobre o comportamento humano: “Eu e o Pai somos um”.
Ele,
revela que o povo que acorrendo participava das festas judaicas em torno do
Templo, na realidade, faz parte de suas ovelhas, chamadas a escutar as suas
palavras e o seguir.
Foi
Deus seu Pai quem lhas deu, e ninguém as arrancará da mão do Pai. Assim, Jesus
desautoriza os chefes religiosos de Israel, com seu Templo e suas sinagogas, a
se considerarem verdadeiros pastores. Eles ao oprimirem explorarem o povo estão
rejeitando Jesus, conseqüentemente se excluindo do dom que o Pai comunica por
Jesus.
A
única verdade que Jesus trouxe que é novidade, é que Jesus é o Filho de Deus.
Sua identidade é de origem divina.
Sua
filiação divina se torna difícil aceitar para todo aquele que, humana e
racionalmente quer entender e para tal não se abre a transcendência. Por isso, a
inquietação e pergunta do Chefe do Sinédrio: “És tu o Messias, o Filho de Deus
Bendito?
Ante
esta pergunta, Jesus respondeu: “Eu sou” (Mc 14, 61b-62a), afirmando que o
Messias é o Filho de Deus, o mundo religioso judaico, com seus chefes, pareceu
acabar por causa de um terremoto tal, que provocou nos detentores o pânico
total de perder o poder religioso e político, seu estado social e familiar. A
reação foi chata, a morte.
Jesus
provoca terremotos também hoje, nas pessoas e nos povos, enfrentando-se com as
ideologias e o pensamento pós-moderno, na sociedade com suas denúncias contra o
permissivismo e relativismo, com seus fortes chamamentos a reconhecer a
dignidade do homem, feito à imagem e semelhança de Deus e redimido por Jesus
Cristo, Salvador e Redentor.
Pela
primeira vez em todos os evangelhos Jesus faz uma auto-proclamação expressiva
de sua união com o Pai. A obra de Jesus é feita em unidade com o Pai. Esta
obra, à qual somos chamados, é o dom do amor e da vida eterna. Seja meu irmão,
minha irmã, um com Jesus. Converta-se em dádiva, graça no amor pela vida.
Reflexão Apostólica:
Jesus
já manifestara de todas as maneiras que era o enviado de Deus através dos
prodígios e milagres que realizava e das curas que aconteciam, porém, os judeus
Lhe cobravam um sinal claro de que Ele era o Messias.
Eles
não acreditavam em Jesus porque não eram ovelhas do seu redil. “As minhas
ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço, elas me seguem”! Em outras palavras
Ele queria dizer: “por mais que Eu dê sinais, por mais que Eu faça vocês não
acreditarão, porque não Me escutam.
Vocês
têm os ouvidos e o coração fechados para perceber”. A voz do Senhor fala no
nosso coração, e só quando temos intimidade com Ele nós a poderemos escutar. A
voz de Jesus irradia paz, amor, alegria e nos ensina a viver segundo os planos
do Pai.
Jesus
nos fala de coisas que edificam a nossa caminhada como a entrega, a renúncia,
compreensão, a paciência, brandura, bondade, que são frutos do Seu Espírito
Santo.
Escutar
a voz significa identificar-se, ter intimidade, acreditar, ter os mesmos
anseios. Só seguimos a quem nós confiamos.
Aquele
que não pára para escutar a voz do Senhor nunca poderá entendê-Lo e ficará
sempre na dúvida. Ainda hoje nós encontramos as pessoas descrentes,
desconfiadas, que não se rendem nem seguem a Jesus.
No
entanto, ficam correndo de uma religião para outra ou procuram outras pessoas
que lhes adivinhem o futuro, em busca de respostas para os acontecimentos da
sua vida, tendo-as como gurus.
Elas
buscam um Deus que se adapte às suas carências e não conseguem ter um só
pastor. Chegou o tempo em que nós precisamos nos firmar sob a direção do Pastor
das ovelhas a quem o Pai as entregou. O Pastor é Jesus e nós somos as Suas
ovelhas.
O
Pai nos entregou a Ele para que tenhamos a vida eterna em abundância. Porém ,
necessitamos urgentemente escutar Sua voz que fala na intimidade do nosso
coração.
Assim
fazendo nós também poderemos ficar seguros de que ninguém poderá nos arrebatar
da mão do Pai, pois temos um Pastor que nos garante proteção. Não temamos,
portanto, o Senhor é o nosso pastor.
Você
se considera ovelha do redil de Jesus? Você tem escutado a Sua voz no seu
coração, você a tem entendido? O que Ele tem lhe sugerido nesses tempos
atuais? A sua confiança no plano do Pai para a sua vida tem
aumentado? De quem você tem seguido os conselhos, de Deus ou dos “gurus”
do mundo?
Propósito:
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar
docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua
condição de Messias de Deus.
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