18 - Deus amou tanto Maria e a elevou a tamanho grau
de santidade que nós nem o conseguimos compreender! (S 212 ). SÃO JOSE MARELLO
Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São João 14,1-12
Leitura do santo Evangelho segundo São João 14,1-12
""Não se perturbe o vosso coração! Credes
em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos
teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e
preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde
eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho".
Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o
caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se me conhecestes, conhecereis também o meu
Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto". Filipe disse: "Senhor,
mostra-nos o Pai, isso nos basta". Jesus respondeu: "Filipe, há tanto
tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é
que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai
está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai
que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o
Pai está em mim. Crede ,
ao menos, por causa destas obras. "Em verdade, em verdade, vos digo: quem
crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois
eu vou para o Pai."
Meditação:
O
evangelho de João revela a situação crítica em que vive a comunidade nascente,
provocada pelo ambiente hostil e perigoso em que vai se desenvolvendo. Jesus
são é somente a pedra fundamental, mas é também caminho, verdade e vida. Os
discípulos estão confusos diante das Palavras de Jesus. Nos versículos
anteriores Jesus anuncia a traição de Judas e a negação de Pedro.
Esse episódio reflete a situação de crise dos discípulos porque não entendem o caminho de Jesus. As palavras que Jesus pronuncia pretendem alentar a esperança, fortalecê-los em meio à angustia, devolver-lhes o horizonte da vida.
Esse episódio reflete a situação de crise dos discípulos porque não entendem o caminho de Jesus. As palavras que Jesus pronuncia pretendem alentar a esperança, fortalecê-los em meio à angustia, devolver-lhes o horizonte da vida.
O
Evangelho de hoje, nos mostra a paciência de Jesus com os seus Apóstolos,
quando através do diálogo, Jesus procurava prepará-los para enfrentara
realidade da vida, e para eles não tropeçassem nas pedras do caminho, mas sim,
desfrutassem da verdadeira alegria de ter vida em abundância.
Nele, o evangelista aproveita para repetir às comunidades cristãs que Jesus e Deus são um, e que somente se chega ao Pai através do Filho. Filipe, por seu lado, não entende isso porque continua aferrado à religião de seus pais.
O Deus de Filipe é
o Deus do Antigo Testamento, um Deus que, sendo libertador, misericordioso e
próximo de seu povo, é apresentado em diversos textos como um juiz que castiga,
vingativo e distante, devido à manipulação de alguns teólogos da época.Nele, o evangelista aproveita para repetir às comunidades cristãs que Jesus e Deus são um, e que somente se chega ao Pai através do Filho. Filipe, por seu lado, não entende isso porque continua aferrado à religião de seus pais.
A missão de Jesus é recuperar a imagem misericordiosa de Deus. Para isso o Mestre não lança mão de teorias ou definições; mas realiza-a através de sua própria vida.
Jesus promete nos levar a um lugar perto Dele e nos revela que quem O vê, também vê o Pai. Portanto, Jesus nos acena com um lugar perto de Deus, na intimidade com o Pai, na vivência do Seu Amor.
Muitas vezes nós nos atordoamos e, também como Filipe, perguntamos: “Aonde será este lugar?” “Qual será o caminho que devemos percorrer para chegar lá”?
O próprio Senhor se intitula: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” Mas será que nós só iremos chegar a este lugar prometido só depois da nossa morte?
Jesus nos fala de caminho, verdade e vida, por conseguinte Ele nos transmite algo que se identifica com a nossa existência atual, com a nossa história e com as experiências vividas aqui na terra.
Caminhamos aqui em busca da verdade para a nossa vida, procuramos a felicidade, desejamos encher o nosso coração de paz, de alegria.
Temos sede de santidade e de justiça e o viver com Jesus nos proporciona tudo isto. Aqui na terra nós começamos a palmilhar verdadeiramente este Caminho para uma Vida nova. Nesse tempo da Páscoa nós devemos nos regozijar com as promessas que o Senhor nos faz através do Seu Evangelho.
Crer, confiar e depender de Jesus é o Caminho para realizarmos aqui na terra, obras maiores que as Suas, conforme o que Ele nos prometeu.
Jesus é o caminho, a verdade e a vida. O caminho, isto é, o projeto, o horizonte de vida para muitos, porque sua vida e missão são os sinais seguros para alcançar a salvação.
A verdade, porque sua Palavra, apoiada na própria vida, desmascara a mentira daqueles que em nome de Deus oprimem o povo.
A vida porque se oferece em plenitude e abundância diante das políticas injustas e violentas que aumentam a morte no mundo.
Quem
crê em Jesus crê no Pai e será transparência do Ressuscitado. No fundo, isso é
ser cristão, que é uma forma de ser em plenitude filho ou filha de Deus. Porém,
a proposta de Jesus não é um assunto meramente individual, intimista,
espiritualista.
O
projeto do seu seguimento é exigente e radical. Também a pessoa cristã,
integrada no corpo comunitário, deve ser caminho, verdade e vida.
Somos chamados a ser alternativa de vida, junto com outras alternativas de vida – representadas por outras pessoas e comunidades inspiradas por outras religiões – em meio a um mundo desorientado onde com freqüência não se encontra o sentido da existência.
Somos chamados a ser alternativa de vida, junto com outras alternativas de vida – representadas por outras pessoas e comunidades inspiradas por outras religiões – em meio a um mundo desorientado onde com freqüência não se encontra o sentido da existência.
Somos
servidores da Vida, mesmo em meio às situações de morte que o egoísmo humano
semeia quando não compreende e não atende à sabedoria que se manifesta “pelos
muitos caminhos de Deus”.
A desatenção a esta sabedoria divina, manifestada por tantos caminhos, repercute nas crescentes injustiças sociais e guerras que pretendem se justificar com apelos à defesa da liberdade e da segurança, ou a imposição da democracia ou a “liberdade de comercio”, porém, que no fundo escondem interesses econômicos mesquinhos e hegemônicos das grandes potencias e enchem de fome e de miséria os povos pobres.
Nossa missão, pois, como cristãos, é juntar-nos com muitas outras pessoas e comunidades cristãs, praticantes de outras religiões e ser alternativa de vida, de resistência e esperança para todos.
Neste tempo, marcado pela entrada de um novo paradigma, o paradigma da pluralidade, temos que ler e proclamar com cuidado, tanto a expressão de Pedro de uma “linhagem escolhida”, com a expressão que João coloca nos lábios de Jesus: “Eu sou o Caminho”.
Sobretudo esta última não deixa de ser uma expressão própria de uma linguagem confessional, uma linguagem de amor e de fé, cultual, e nesse contexto é preciso entendê-la.
A desatenção a esta sabedoria divina, manifestada por tantos caminhos, repercute nas crescentes injustiças sociais e guerras que pretendem se justificar com apelos à defesa da liberdade e da segurança, ou a imposição da democracia ou a “liberdade de comercio”, porém, que no fundo escondem interesses econômicos mesquinhos e hegemônicos das grandes potencias e enchem de fome e de miséria os povos pobres.
Nossa missão, pois, como cristãos, é juntar-nos com muitas outras pessoas e comunidades cristãs, praticantes de outras religiões e ser alternativa de vida, de resistência e esperança para todos.
Neste tempo, marcado pela entrada de um novo paradigma, o paradigma da pluralidade, temos que ler e proclamar com cuidado, tanto a expressão de Pedro de uma “linhagem escolhida”, com a expressão que João coloca nos lábios de Jesus: “Eu sou o Caminho”.
Sobretudo esta última não deixa de ser uma expressão própria de uma linguagem confessional, uma linguagem de amor e de fé, cultual, e nesse contexto é preciso entendê-la.
Não
se pode perder de vista que, em outro sentido, são muitos os caminhos de Deus,
seus caminhos, que não são nossos caminhos, e que nos podem surpreender sempre
com a descoberta de novos caminhos de Deus.
Reflexão Apostólica:
Hoje,
Jesus teria dito: Não esquenta. Confia em mim e em Deus! Mas naquele tempo, a
fala foi outra: "Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende
fé em mim também."
Podemos
exagerar nos conceitos e exercícios de santidade e perfeição, os quais são
estados ideais da nossa espiritualidade. Porque por mais que os busquemos,
jamais os alcançaremos em sua plenitude, tendo em vista a nossa natureza
corrompida, a nossa tendência para o mal.
Assim,
o estado de graça que conseguimos após uma absolvição, é como estar
transportando ouro em pó ou água em um vazo de barro, que a qualquer momento
poderemos tropeçar, e quebrá-lo, derramando tudo.
Mas
não é por causa dessa nossa fraqueza que vamos deixar de nos esforçar para
estar cada vez mais próximos destas duas virtudes.
Assim
como a Igreja pode ser considerada santa e pecadora, Santa por ser iluminada
pelo Espírito Santo, e pecadora por ser composta de seres humanos, "vasos
de barros", sujeitos a quedas.
Nós
também podemos ser santos e pecadores. Porque diante de Deus o que conta mais é
o nosso esforço para fugir do mal e buscar o bem, buscar a santidade, e
perfeição e a santidade apesar de inalcançáveis totalmente. O que nunca
poderemos ser é imperfeitos e santos, pois o próprio pecado é uma imperfeição.
Precisamos
sorrir. E muitos cristãos, na busca acirrada pela perfeição, podem se fechar em
seu mundo, para se afastar da realidade pecaminosa, e assim se afastar do irmão
e até de Deus.
Nesta
atitude alucinante, pode também se esquecer do sorriso, o qual é o cartão de
visita do rosto do cristão que está feliz por está com Deus, por confiar no
amor de Jesus, por estar tentando diariamente se aproximar da santidade e da
perfeição.
Quando
Jesus disse: "Sede perfeitos como o Pai do Céu é perfeito", foi uma
declaração de um estado ideal que deveríamos buscar diariamente, pois Ele sabia
como ninguém, que jamais um ser humano seria capaz de ser perfeito como o
Pai.
Lembremos
aqui, que nunca seremos dignos de receber a hóstia consagrada, ou seja,
comungar, assim como não seremos dignos da vida eterna. Sendo que a nossa
salvação realizar-se á pela graça de Deus. O que não significa também que podemos
relaxar na busca permanente da perfeição.
Jesus
garante hoje que na casa do Pai há muitas moradas. E que Ele vai preparar um
lugar para nós, ou será que Jesus estava se referindo somente aos
discípulos?
É
claro que Jesus também está falando hoje para nós. Os discípulos não foram
escolhidos para proclamar o Reino de Deus ao mundo? Nós também o fomos.
Somos seus substitutos.
Se
viramos pela esquerda, encontraremos com certeza, muitas pedras de
tropeços, ilusões, enganações, dores, sofrimentos, medos, tristeza, etc.
Se
virarmos para o caminho da direita, teremos sofrimentos como todo mundo sim,
porém contamos com a forças e a graça divina para suportarmos tudo, e ainda
sorrir. O caminho da direita é o caminho que Jesus nos ensinou quando esteve na
Terra. É o caminho onde não existe a mentira, somente a verdade. É através dele
que chegaremos um dia na Casa do Pai.
Não
adianta pegar outra trilha, ou atalho, pois nenhum outro caminho nos levará a
Deus. Porque que foi o próprio Jesus quem afirmou: "Ninguém vai ao Pai
senão por mim."
Jesus
tinha plena autoridade para afirmar e garantir essas verdades, pois Ele é o
próprio Deus. "Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu
Pai. Quem me viu, viu o Pai.
"...eu
estou no Pai e o Pai está em mim"! Isso equivale a dizer que Jesus
não era somente homem, nem apenas o Filho de Deus. Mas sim o próprio Deus, a
segunda pessoa da Santíssima Trindade.
Nunca
vamos entender com a nossa mente de cientistas, nem com o nosso raciocínio
humano, mas sim com os olhos da fé. Porque ter fé é enxergar além das coisas
visíveis. É ver o que os incrédulos não vêem.
"As
palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que,
permanecendo em mim, realiza as suas obras." Os apóstolos, aqueles
que iniciaram a Igreja após a ressurreição de Cristo, fizeram muitos
milagres, com o poder recebido de Jesus.
Nós
também poderemos realizar milagres, para que quem nos ouve possam acreditar nas
nossas palavras que não são nossa, mas sim do Espírito de Deus.
"Em
verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço,
e fará ainda maiores do que estas."
e fará ainda maiores do que estas."
Só
não conseguiremos, se a nossa espiritualidade e a nossa fé forem muito
pequenas!
Fé,
é caminhada, é compromisso, é partilha, é ver além do horizonte, além das
coisas visíveis aos olhos físicos. Porém, ter uma fé só de emoções, não
produz frutos, não sobrevive aos vendavais da vida, pois não tem raízes que a sustente.
Isso
acontece quando não estamos unidos a Jesus. Sem Ele, caímos no vazio, pois Ele
é o único alimento que nos sustenta durante nossa caminhada terrestre!
Você
acredita que, confiando em Jesus poderá fazer obras maiores do que as
Dele? Você já assumiu Jesus Cristo como Caminho, Verdade e
Vida? Jesus Cristo já tem influência na sua vida ao ponto de fazer você
desistir de alguns planos antigos? Pense nisto!
Pai, não deixes que jamais o medo tome
conta de meu coração, a ponto de impedir-me de caminhar rumo à tua casa, pelo
caminho aberto por teu Filho Jesus.
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