04 junho– É a caridade que
deve predominar sobre todas as nossas ações: ela consolida a fé, aumenta a
esperança e nos une mais intimamente a Deus. (S 202). São Jose
Marello
EVANGELHO
DO DIA:
Leitura do santo Evangelho segundo São João 21,20-25
"Então Pedro virou para trás e viu
que o discípulo que Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava
ao lado de Jesus durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto
dele e perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu
aquele discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?
Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele
discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se
eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com
isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o
que ele disse é verdade.
Final
Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma
por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos."
Meditação:
Existem muitas coisas que ainda não conhecemos da parte do Deus vivo e único, visto que não foram escritas todos os relatos pelos discípulos que foram as maiores testemunhas do Senhor Jesus Cristo na terra, escritas essas de pessoas que foram testemunhas pessoais e oculares do Senhor Jesus Cristo que se fez carne para trazer a mensagem do evangelho.
Este texto do apêndice conclusivo do evangelho de João é composto de duas
partes: o diálogo entre Pedro e Jesus, sobre o discípulo que Jesus mais amava
(vv. 20-23) e a conclusão geral do autor (vv. 24-25).
Para suscitar a fé do leitor, o autor declara ser verdadeira testemunha de
todas as coisas narradas. E encerra, com uma frase com exagero retórico
helenístico, afirmando que Jesus fez ainda muitas outras coisas, que o mundo
não poderia conter os livros que as narrariam.
Pedro queria saber de Jesus o que iria acontecer a João. Jesus, porém, dizia:
“Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu,
segue-me!” Para cada um de nós o Senhor tem um desígnio.
A nossa história é diferente da de todo o mundo, nós somos únicos e temos um
chamado pessoal. Ao invés de nos preocuparmos com o que será do outro nós
deveríamos estar atentos à voz de Jesus que nos diz, pessoalmente,
“Venha comigo!” Importa que permaneçamos quietos e abandonados às
sugestões do Espírito que perscruta o nosso coração e sabe precisamente do que
nós necessitamos.
A idéia de superioridade e domínio no exercício do pastoreio é
absolutamente contrária ao ensino e atitude de Jesus, que considera todos os
seus discípulos como amigos e irmãos. O verdadeiro pastor é aquele que segue a
Jesus, colocando-se a serviço da comunidade e sendo capaz de amá-la até o fim,
dando por ela até a própria vida.
A segunda conclusão do evangelho salienta novamente o tema do testemunho. O
Evangelho não é ensinamento de doutrina, nem exposição de verdades ou sistemas,
nem conjunto de fórmulas jurídicas, às quais todos deveriam se ajustar.
Evangelho é o testemunho de uma comunidade que se transforma cada vez mais ao
seguir Jesus na experiência do amor.
Por que nos preocupamos com a caminhada dos outros? Por que não aceitamos a
nossa missão sem deixar de fiscalizar a missão das outras pessoas? você está
seguro (a) de que tem feito o que lhe cabe? Como você vê as outras pessoas que
não estão fazendo igual a você? Você se acha superior a elas?
Pensar conhecer sobre muito da vida de Jesus e sobre Deus é uma tola presunção;
por mais que conheçamos, nunca saberemos o bastante.
Falta-nos humildade para podermos compreender pelo menos a mensagem que foi revelada a nós e que se encontram na Sagrada Escritura.
Acredito que o propósito de Deus não é que saibamos de todas as coisas feitas por Jesus, mas crer em seu infinito poder, que pode ser alcançado por nós por meio da fé e da oração.
João conclui o seu
Evangelho, e se identifica com "o discípulo que Jesus mais
amava", afirmando que Jesus fez muitas outras coisas, quer dizer, muitos
outros milagres, que não estão escritos nos evangelhos.
João garante que tudo que ele escreveu é verdade. Este é o discípulo que dá
testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o
seu testemunho. O que não quer dizer, de jeito algum, que nos outros
evangelhos exista alguma sombra de dúvida por parte de seus
autores.
João aqui não está dizendo que os demais evangelistas não são verdadeiros. Ele
só afirma que, o que escreveu é expressão da pura verdade. O que deve ser
a característica de todo bom cristão. O cristão não pode faltar com a verdade
em hipóteses alguma, nem prometer uma coisa que ele não pode cumprir.
Certa vez, eu estava participando de uma reunião de Equipe de trabalho da
pastoral familiar, quando o Coordenador que se fazia passar por grande
entendedor da Sagrada Escritura, falou-nos de uma tal mentira
santa.
Segundo ele, mentir é errado, é pecado, mas existem casos em que se poderia
mentir, para não causar um mal maior, e esta seria uma mentira santa. Eu até
concordei com ela, porém em parte.
Só para exemplificar, disse ela, imaginemos uma senhora com certas complicações
vasculhares somadas a uma insuficiência cardíaca e ao processo de
envelhecimento bem adiantado. Estando internada, recebia todo dia a
visita dos familiares, principalmente do seu querido netinho.
Chegou a sexta-feira e o garoto não chegava. Ela não parava de olhar o
relógio na parede, e de perguntar pelo menino.
Disseram-lhe que o seu querido neto estava fazendo um trabalho muito importante
na casa de um amiguinho, pois era para nota e que ele estava muito mal naquela
tal matéria e coisa e tal. Na verdade verdadeira, o querido netinho
estava na U.T.I. entre a vida e a morte pois naquela manhã tinha sido
atropelado por um ônibus, e se a verdade lhe fosse revelada, ela poderia ter um
enfarto fulminante.
Que você acha? Sinceramente eu gostaria muito de saber a sua opinião.
Concorda com essa mentira santa? Eu até concordei. Coitada daquela
senhora!
Só fiquei pensando, que mentira santa teriam de inventar no outro dia, e se o
menino viesse a morrer? Percebeu que é o tipo da coisa polêmica?
É complicado quando queremos resolver um mal com outro mal maior ou do mesmo
tamanho. Para quem está acostumado a mentir, isso seria a coisa mais
natural desse mundo.
Bem. Poderíamos aqui analisar outros tipos de mentiras que se justificariam
como mentira santa. O problema é o exagero, o acostumar-se neste expediente, ou
coisa parecida. Vou parar por aqui, e deixo a conclusão com você.
Propósito: Ser testemunha do amor de Deus.
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