19 Março -
São José.
No dia do nosso grande Patriarca,
rezemos para que, começando a exaltá-lo em nosso coração, nos tornemos dignos
de vê-lo exaltado por toda a Cristandade. (L 62). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas
2,41-52
"Todos os anos os pais de
Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Quando Jesus tinha doze anos,
eles foram à Festa, conforme o seu costume. Depois que a Festa acabou, eles
começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os
seus pais não sabiam disso. Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas
que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo
entre os parentes e amigos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para
procurá-lo. Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo,
sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles.
Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as
respostas que dava. Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E
a sua mãe lhe disse:
-
Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos
muito aflitos procurando você.
Jesus
respondeu:
-
Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do
meu Pai?
Mas
eles não entenderam o que ele disse.
Então
Jesus voltou com os seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles.
E a sua mãe guardava tudo isso no coração.
Conforme
crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas
gostavam cada vez mais dele."
Meditação:
O evangelho de Lucas, acompanhando o evangelho de Mateus, narrará o nascimento do menino Jesus em Belém de Judá, como sendo o cumprimento da profecia de Miqueias (Mq 5,1-4a). Por aquela que aceita conceber o Filho de Deus, nascerá aquele que traz a paz.
Atualmente, continua sendo de
vital importância que nossa preparação para o nascimento de Jesus seja também
uma ação missionária. O mundo de hoje clama pela paz, solidariedade e
fraternidade. No evangelho lido, encontramos Maria em atitude missionária.
A visita a Isabel se caracteriza por uma série de ações que revelam o anúncio
da Boa Nova. Maria viaja desde o Norte, até a região da Judéia, para visitar
Isabel; esse ato de desprendimento é um gesto que mostra o poder de envio de
Deus.
É a materialização de sua generosidade. A saudação de Maria a Isabel é uma
festa da maternidade de Deus. O menino João, dando saltos de alegria no ventre
em reação às palavras de Maria, é um símbolo do poder da Palavra divina que vai
semeando alegria e gozo por todas as partes.
No evangelho de hoje, Lucas relata o encontro de Isabel e Maria. As duas
mulheres: uma, idosa, esposa de um sacerdote, que encarna as tradições da
Judéia e outra, jovem, do campo, que reflete as tradições da Galiléia.
Ambas confiaram plenamente nele e
assumiram conscientemente a novidade de sua vontade. Nelas, Deus convoca Israel
a inaugurar um novo tempo onde toda diferença ou exclusão fiquem superadas pela
fraternidade.
Encontram-se no meio de júbilo intenso. O filho de Isabel salta de alegria,
sinal do reconhecimento da presença de Deus em Maria. Sem dúvida, o projeto de
Jesus é diferente do de João, mas são convergentes na busca de uma conversão
real na solidariedade e na justiça.
Em nossas igrejas, existem muitos grupos que, de diferentes maneiras, colaboram
no plano de Deus. Este encontro é um convite para superar as tentações de
exclusividade, ao acreditarmos que somos os únicos a ter compreensão sobre Deus
ou sobre seu projeto.
Como Maria, é preciso ir ao encontro do outro, e como Isabel, recebê-lo em
casa, reconhecendo o dom de Deus que se expressa de maneira plural nos
diferentes apostolados, trabalhos ou teologias que testemunham a fé no serviço
e cuidado da Vida.
Reflexão Apostólica:
Quem dera Deus que toda criança ou jovem que se perdesse fosse encontrada numa igreja… Na verdade, mas ao contrário, muita gente anda propagando a idéia que uma pessoa se perde quando é encontrada numa igreja.
Claro e evidente que cada um tem o
direito (direito internacional) de acreditar no que quiser e ser respeitado,
mas é preocupante o índice crescente desse que não acreditam. Mas em que
sentido? Será que estamos fazendo nossa parte direito? Será que nossa parte
consiste apenas em catequizar as pessoas sem ter que mudar de fato?
Qual é a vontade do pai? Qual seria
essa vontade de Deus a qual Jesus foi chamado?
Olhar pessoas no chão dos
pronto-socorros morrendo e preferir assistir jogo do time na sala de repouso
deve nos indignar (campanha da fraternidade 2012); ver o portador da lei se
vendendo e mandando o inocente para cadeia; o policial que se alia ao criminoso
do morro também não os orgulha… Ver a corrupção que graça no país, acobertada
pelo próprio governo... Talvez sejam bem menos os que de fato acreditam em
Deus.
Infelizmente muita gente ficou torcendo
para que o mundo acabasse e o tal do Nostradamus, ou astecas ou maias
estivessem certos, mas eu prefiro continuar a ver de outra forma…
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