21 janeiro– Se Santa Inês conseguiu a gloriosa palma do martírio, foi porque, em toda a sua vida, se manteve sempre fiel a Deus, mesmo nas pequenas coisas. (S 351). 21 – Se Santa Inês conseguiu a gloriosa palma do martírio, foi porque, em toda a sua vida, se manteve sempre fiel a Deus, mesmo nas pequenas coisas. (S 351). São Jose Marello
Marcos 3,7-12
Naquele
tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus
discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. 8E também muita gente
da Judeia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios
de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele
fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma
barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado
muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para
tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés,
gritando: “Tu és o Filho de Deus!”
12Mas Jesus ordenava severamente
para não dizerem quem ele era.
Meditação:
Jesus se retira, mas atrai a multidão de todos os
lugares. Ele acolhe o povo, mas também toma distância. O projeto de Jesus não
pode ser atrapalhado por um assistencialismo que só atende às necessidades
imediatas. É preciso destruir pela raiz as estruturas injustas; estas é que
produzem todo tipo de necessidades na vida do povo.
A pessoa de Jesus desperta no mundo atual os mesmos
tipos de reações e de conhecimento que em sua época: desde a cegueira de alguns
até a fé progressiva de outros, passando pelas motivações religiosas equívocas
e as profissões de fé cercadas de ostentação.
É necessário que o fiel se imponha às vezes a si
mesmo o silêncio, renuncie a determinadas manifestações exteriores de sua fé
que poderiam ser mal interpretadas, e espere por sua vez que a manifestação do
reino se produza por meio da agonia e da morte.
Marcos apresenta-nos uma espécie de
"sumário" do primeiro ministério de Jesus na Galiléia. Um outro, se
encontra em Marcos 6, 53-56. O mar simboliza a abertura do ministério de Jesus
para os territórios gentílicos, no além-mar. Chamam a atenção, nesta narrativa,
as multidões vindas dos territórios vizinhos ao seu encontro. Marcos assinala,
assim, o ministério de Jesus como dirigido a todos os povos, não restrito ao
exclusivismo do Judaísmo.
Podemos esperar encontrar aí traços característicos
deste ministério, embora um tanto idealizados. Marcos não teve ocasião até
agora de apresentar o ensinamento de Jesus: limitou-se a seu poder de cura e à
sua tomada de posição diante de determinadas práticas legalistas.
O que equivale a dizer que seu êxito junto às
multidões é equívoco, porque a grande massa amorfa vai atrás de Jesus, não por
um processo de conversão profunda, nem pela proposta do Reino de Deus, muito
menos pelo desejo de começar a eliminar o egoísmo que corrói suas vidas e
destrói a sociedade. Todos eles buscam pão e circo e não compreendem que estes
milagres são os sinais precursores da era messiânica.
Por outro lado, Marcos é o único a assinalar (v.9)
que Jesus recua um pouco oportunamente em relação àquela multidão
incrédula.
O Evangelho, desde a primeira hora cristã, adverte
de como as massas podem gerar falsas confissões sobre Jesus e enveredar o
cristianismo em falsas esferas que não são as suas.
O Cristianismo, muitas vezes embriagado no quantitativo das massas, descuidou
do qualitativo das pequenas comunidades, apresentando, em muitas ocasiões, um
Jesus diferente de como ele se entendia e de como se apresenta nos evangelhos.
Jesus não é um Deus ensoberbecido. Não é o Senhor do Poder. Ao contrário, sua
ação consiste em sentir a dor e a miséria da humanidade para levar aos homens e
mulheres a sua plenitude.
Revisemos o que entendemos de Jesus e a maneira
como o confessamos. Quem dera nossa atitude fosse igual àqueles que proclamam
Jesus como o ungido de Deus e enviado a este mundo.
Reflexão Apostólica:
Por causa da multidão que o comprimia,
Jesus pediu que lhe providenciassem uma barca e se retirou para a beira do mar
junto com seus discípulos. Quando nós seguimos Jesus na multidão nós não temos
a oportunidade nem a chance de aprender com Ele, porque somos influenciados
(as) pelos demais.
Por isso, precisamos nos retirar e nos
colocar na barca com Jesus para que ele se assente conosco, e, pessoalmente, nos
toques, nos cure, nos alente e nos ensine tudo de que precisamos apreender para
segui-Lo fielmente.
Para seguir Jesus nós precisamos ser
libertados das cargas que pesam sobre nós e nos sentirmos livres dos outros e
de nós mesmos, para podermos ajudar a que outros também saiam da multidão.
A barca pode ser o momento que nós
providenciamos a fim de ficarmos a sós com Ele, em oração e adoração. Somente
na oração nós conseguiremos que Jesus entre no nosso coração, sozinho e, aos poucos,
nos curar das nossas enfermidades, das nossas feridas, dos nossos desencantos.
Assim fazendo, nós poderemos sair do meio da multidão para segui-Lo de verdade.
A multidão (o mundo, as pessoas) o
tem sufocado, impedindo você de seguir Jesus? Você tem tentado
sair do meio da multidão para ficar a só com Jesus? Você acha que precisa
ser curado (a) de alguma coisa? Providencie a barca para Jesus e entre com
Ele. Só assim você será curado (a).
Jesus também algumas vezes se sentiu
sufocado pelo povo que o comprimia. Por isso, Ele fugia da multidão que O
perseguia apenas para receber as coisas que Ele podia oferecer. Jesus conhece
os nossos corações e sabe das nossas intenções e de que espírito nós estamos imbuídos
quando nos aproximamos Dele.
Muitas vezes nós também perseguimos os
milagres e prodígios de Deus e nos esquecemos de buscar o Deus que tem poder
para nos transformar e nos libertar dos espíritos maus que nos induzem a sermos
egoístas, interesseiros, corruptos e ambiciosos.
O espírito do mal está sempre a nos
rondar, por isso, precisamos permanecer perto do Jesus Salvador não somente
para receber benesses, mas para desfrutar da Sua presença libertadora que
modifica a nossa mentalidade individualista e cobiçosa e dá um novo sentido
para os nossos anseios, desejos e ideais.
Dessa forma, Jesus poderá também nos pedir
que Lhe providenciemos uma barca, no entanto, nos deixará ficar perto Dele para
que aprendamos a nova maneira de ser um filho de Deus comprometido com o Seu
Reino.
Nós também temos autoridade para em
Nome de Jesus e sob o Seu olhar colocar por terra todos os espíritos maus que
nos perseguem. Jesus é o Senhor e tem poder sobre o mal!
Com que intuito você tem se aproximado
de Jesus? Você tem buscado a Deus por Ele ou pelos milagres que Ele
realiza? Os espíritos maus têm tido influência nas suas ações? Quem
poderá ajudá-lo (a)?
Propósito:
Pai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o
Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em
meu coração.
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