24 - Ó Maria, fazei-me todo vosso,
para que eu seja todo de Jesus. (S 233). São Jose marello
Leitura do santo Evangelho
segundo São Mateus 28,16-20
"Os
onze discípulos voltaram à Galiléia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado.
Quando o viram, prostraram-se; mas alguns tiveram dúvida. Jesus se aproximou
deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide,
pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho
ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos"."
Meditação:
Meditação:
A Solenidade da Ascensão de Jesus que
hoje celebramos sugere que, no final de um caminho percorrido no amor e na
doação, está a vida definitiva, em comunhão com Deus. Sugere, também, que Jesus
nos deixou o testemunho e que somos agora nós, seus seguidores, que devemos
continuar realizando o projeto libertador de Deus para os homens e para o
mundo.
A Ascensão de Jesus Cristo ao Céu não nos
afasta d’Ele, pois o Espírito Santo que Ele nos enviou em Pentecostes é a
presença salvífica de Jesus na Igreja.
O Beato João Paulo II disse que Jesus “do
ponto de vista físico e terreno já não está presente como antes, na realidade a
sua presença invisível intensifica-se, alcançando uma profundidade e uma
extensão absolutamente novas.
Graças à ação do Espírito Santo prometido,
Jesus estará presente onde ensinou os discípulos a reconhecê-lo: na palavra do
Evangelho, nos Sacramentos, na Igreja, Comunidade de todos os que crêem n’Ele,
chamada a desempenhar uma incessante missão evangelizadora no decorrer dos
séculos”.
Conforme as Escrituras, quarenta dias depois da Ressurreição (Atos 1,3), Jesus subiu aos céus. Se nos ativermos aos evangelistas de forma superficial, há de nos parecer que um fato tão transcendental como este não mexeu muito com as primeiras comunidades cristãs.
Conforme as Escrituras, quarenta dias depois da Ressurreição (Atos 1,3), Jesus subiu aos céus. Se nos ativermos aos evangelistas de forma superficial, há de nos parecer que um fato tão transcendental como este não mexeu muito com as primeiras comunidades cristãs.
O Evangelho apresenta-nos as palavras de
despedida de Jesus que definem a missão dos discípulos no mundo. Faz, também,
referência à alegria dos discípulos: essa alegria resulta do reconhecimento da
presença no mundo do projeto salvador de Deus e resulta do fato da ascensão de
Jesus ter acrescentado à vida dos crentes um novo sentido.
Senhor.
Senhor.
De fato chama-nos a atenção que, exceto
Lucas (Lc 24,50-51; At 1,2-11), nenhum outro evangelista registre o episódio da
Ascensão. Marcos (16,19) só registra que “depois de falar com seus discípulos
foi elevado ao céu e se sentou à direita de Deus”.
É interessante ter em conta que o número 40
simboliza na Bíblia o tempo que requer o povo para tomar consciência do projeto
de Deus.
Uma vez compenetrado dele, vence as
tentações que pretenderam desviá-lo de seu cumprimento, afirma-se na vontade de
Deus e prepara-se para a missão que tem adiante de si.
Sob esta ótica é realmente esclarecedor
considerar os 40 anos do povo eleito no deserto, e os 40 dias que, por sua
parte, passou também Jesus no deserto antes de empreender sua transcendental
missão.
Para Lucas, o período dos 40 dias após sua
ressurreição simboliza o tempo que Jesus teve de passar para convencer os
discípulos de que na realidade tinha ressuscitado, e das conseqüências que tal
fato teria na vida deles quanto à responsabilidade missionária como testemunhas
mais próximas e confiáveis do Ressuscitado.
O problema, entretanto, é que os discípulos
confundem a Ressurreição com o fim dos tempos (Atos 1,6-7). Jesus os corrige,
afirmando: “não pertence a vocês saber os tempos nem as épocas que o Pai fixou
com sua autoridade própria”.
Se algo fica claro ao analisar estes fatos
é que já desde os albores do cristianismo se vem propagando a afirmação de que
logo o mundo seria destruído como parte da glorificação definitiva de Deus.
Contudo, do fundo de nossa convicção cristã
podemos sustentar que o mundo não acaba agora como não acabou antes; pelo
contrário, com a ressurreição de Jesus recomeçou. Daí a tarefa transcendental
que cabe aos cristãos e a todos os homens de boa vontade no sentido de redimir,
humanizar, transformar e “divinizar” o mundo que o Filho de Deus um dia
escolheu para ser como sua casa; tarefa que fica bastante clara neste episódio
da Ascensão.
Por isso, no momento de Jesus subir para o
alto, seus seguidores são intimados a não ficar a olhar para o céu (Atos
1,10-11); então agora é hora de olhar para a terra, onde somos todos convidados
a construir o reino de Deus, que é o coroamento e não a destruição do mundo.
Para Mateus (28,16), a Igreja não nasce em
Jerusalém, cidade que representa o centro do poder religioso e político que
perseguiu e assassinou Jesus, mas na Galiléia, uma região que por sua fama de
rebelde e pagã simboliza a periferia e a exclusão. Na Galiléia começou Jesus
seu ministério, e lá também a Igreja começará sua missão.
Para Lucas 24,49; Atos 1,2-8), o Espírito
Santo é quem assegura a unidade entre a missão de Jesus no evangelho e a missão
da Igreja no livro dos Atos.
A missão da Igreja (Mateus 28,19-20) tem
dois objetivos: primeiro batizar em nome da Trindade, de maneira que todos
fiquemos incluídos e acolhidos dentro da comunidade do reino, e em segundo
lugar, ensinar não somente com palavras e boas intenções, mas com obras que
sejam notadas na prática da vida cotidiana.
O evangelho, final do relato de Mateus, volta a sublinhar a conexão do senhorio do Messias Jesus à compreensão dos membros da comunidade eclesial sobre a esperança à qual “abre seu chamado”.. Compreende as circunstancias do último encontro entre Jesus e seus discípulos (vv. 16-17) e as palavras finais do Senhor à sua comunidade.
A respeito das circunstancias, o texto situa a cena em uma montanha da Galileia. Produz-se a teofania do ressuscitado que deve colocar-se em relação com a montanha da Tentação e coma montanha da Transfiguração. Antecipa-se, assim, o senhorio de Jesus, tema principal que se depreende das palavras que ele pronuncia.
Longe do centre do poder religioso, Jesus se encontra com os Onze. O número é o resultado da subtração de Judas da cifra original dos Doze discípulos e significa a totalidade dos seguidores de Jesus que não o abandonaram. Todos eles são beneficiários da experiência do Ressuscitado.
O evangelho, final do relato de Mateus, volta a sublinhar a conexão do senhorio do Messias Jesus à compreensão dos membros da comunidade eclesial sobre a esperança à qual “abre seu chamado”.. Compreende as circunstancias do último encontro entre Jesus e seus discípulos (vv. 16-17) e as palavras finais do Senhor à sua comunidade.
A respeito das circunstancias, o texto situa a cena em uma montanha da Galileia. Produz-se a teofania do ressuscitado que deve colocar-se em relação com a montanha da Tentação e coma montanha da Transfiguração. Antecipa-se, assim, o senhorio de Jesus, tema principal que se depreende das palavras que ele pronuncia.
Longe do centre do poder religioso, Jesus se encontra com os Onze. O número é o resultado da subtração de Judas da cifra original dos Doze discípulos e significa a totalidade dos seguidores de Jesus que não o abandonaram. Todos eles são beneficiários da experiência do Ressuscitado.
Ante essa experiência, sua atitude é uma
mescla de adoração e de dúvida. Como Pedro ante o embate das ondas a comunidade
leva em seu seio estes dois sentimentos contraditórios. Ambos são os únicos
textos de Mateus que combinam verbos que se referem a esses dois sentimentos.
As palavras de Jesus querem fortalecer a fé da comunidade a partir do cargo que exercem as três personagens: Jesus, o círculo dos discípulos e “todos os povos”. A respeito de si mesmo, Jesus afirma que recebeu “plena autoridade no céu e na terra”(v. 18). Para o evangelista, a autoridade ocupa um posto importante na apresentação de Jesus.
Este, no início de sua atividade, havia rejeitado a última proposta do demônio em vista a receber “todos os reinos do mundo” (Mt 4,8-10), os discípulos havia visto presente e atuante em Jesus o significado do poder divino, porém deviam mantê-loem segredo Mt
16,28-17,9). Agora é o momento da proclamação deste senhorio, recebido por
Jesus, de Deus Pai.
Os elementos que sublinham o universalismo são acumulados nesta breve passagem. Junto com o “céu e terra” e a menção dos “povos”, dá-se uma significativa repetição do termo “todo”, “plena autoridade”(v. 18), “todos os povos” (v. 19), “tudo o que os mandei” (v. 19), “cada dia” (v. 20). A obediência ao querer divino confere a Jesus um senhorio universal que é exercido sobre toda a realidade criada.
Este senhorio universal é o fundamento para a existência da realidade eclesial. O encontro com Jesus ressuscitado estabelece a Igreja no momento da irrupção gratuita e definitiva daquele que foi entronizado à direita do Pai. Desta forma inicia-se uma nova era com a presença definitiva do Emanuel, o Deus conosco.
Este “relato de vocação”da comunidade eclesial descreve a transmissão de “todo o poder” que Jesus faz. Graças a ele, podem convocar novos discípulos mediante o batismo e a catequese. Pelo batismo, Jesus havia iniciado o cumprimento definitivo da justiça do Reino (Mt 3,15), da mesma forma o batismo cristão insere a cada batizado na mesma dinâmica.
Junto com o batismo, a outra característica da existência cristã é o “ensino”. Não se trata de uma teoria que se deve proclamar, e sim a Boa Noticia do Reino frente a qual todo crente é um seguidor, o que existe dele um compromisso coerente. Trata-se de “guardar tudo o que lhes mandei”. Dessa forma, toda obra e palavra de Jesus se convertem em ponto de referencia que se deve ter presente na própria vida.
O mandato de Jesus compromete a toda a comunidade eclesial e a responsabiliza diante de todas as nações. Ainda que já iniciado no círculo dos discípulos, o senhorio de Jesus não pode se esgota no interno da vida das comunidades cristãs.
As palavras de Jesus querem fortalecer a fé da comunidade a partir do cargo que exercem as três personagens: Jesus, o círculo dos discípulos e “todos os povos”. A respeito de si mesmo, Jesus afirma que recebeu “plena autoridade no céu e na terra”(v. 18). Para o evangelista, a autoridade ocupa um posto importante na apresentação de Jesus.
Este, no início de sua atividade, havia rejeitado a última proposta do demônio em vista a receber “todos os reinos do mundo” (Mt 4,8-10), os discípulos havia visto presente e atuante em Jesus o significado do poder divino, porém deviam mantê-lo
Os elementos que sublinham o universalismo são acumulados nesta breve passagem. Junto com o “céu e terra” e a menção dos “povos”, dá-se uma significativa repetição do termo “todo”, “plena autoridade”(v. 18), “todos os povos” (v. 19), “tudo o que os mandei” (v. 19), “cada dia” (v. 20). A obediência ao querer divino confere a Jesus um senhorio universal que é exercido sobre toda a realidade criada.
Este senhorio universal é o fundamento para a existência da realidade eclesial. O encontro com Jesus ressuscitado estabelece a Igreja no momento da irrupção gratuita e definitiva daquele que foi entronizado à direita do Pai. Desta forma inicia-se uma nova era com a presença definitiva do Emanuel, o Deus conosco.
Este “relato de vocação”da comunidade eclesial descreve a transmissão de “todo o poder” que Jesus faz. Graças a ele, podem convocar novos discípulos mediante o batismo e a catequese. Pelo batismo, Jesus havia iniciado o cumprimento definitivo da justiça do Reino (Mt 3,15), da mesma forma o batismo cristão insere a cada batizado na mesma dinâmica.
Junto com o batismo, a outra característica da existência cristã é o “ensino”. Não se trata de uma teoria que se deve proclamar, e sim a Boa Noticia do Reino frente a qual todo crente é um seguidor, o que existe dele um compromisso coerente. Trata-se de “guardar tudo o que lhes mandei”. Dessa forma, toda obra e palavra de Jesus se convertem em ponto de referencia que se deve ter presente na própria vida.
O mandato de Jesus compromete a toda a comunidade eclesial e a responsabiliza diante de todas as nações. Ainda que já iniciado no círculo dos discípulos, o senhorio de Jesus não pode se esgota no interno da vida das comunidades cristãs.
Para isso conta com a assistência do seu
Senhor: “Eu estarei convosco”. Essa assistência oferece a coragem necessária
para superar todos os temores e tempestades e confere um âmbito ilimitado para
a atuação da salvação.
Porém, para isso exige-se da Igreja a mesma obediência de Jesus. Somente na rejeição do poder de domínio, na obediência filial ao Pai, poderá realizar sua tarefa.
Porém, para isso exige-se da Igreja a mesma obediência de Jesus. Somente na rejeição do poder de domínio, na obediência filial ao Pai, poderá realizar sua tarefa.
Este “manifesto” final do Senhor
ressuscitado liga intimamente a missão da Igreja ao caminho percorrido
historicamente por Jesus de Nazaré, homem e Deus.
De forma perfeita e propriamente alentadora, o evangelho de Mateus termina com uma frase muito própria para tempos de medo e desesperança: “Eu estarei com vocês sempre, até o fim do mundo”.
De forma perfeita e propriamente alentadora, o evangelho de Mateus termina com uma frase muito própria para tempos de medo e desesperança: “Eu estarei com vocês sempre, até o fim do mundo”.
Reflexão Apostólica:
Mesmo depois de Jesus ter ressuscitado e de
ter se apresentado vivo e glorificado diante dos Seus discípulos, alguns ainda
duvidaram. Isto, porém, não abalou a Jesus, pois Ele conhecia a sua fraqueza,
mas sabia também que eles tinham um coração adorador e eram confiantes na Sua
Palavra.
Por isso, Jesus falou com autoridade para que eles continuassem aqui na terra a missão de formar discípulos dele e batizá-los no Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Este mandato é também para nós, hoje, herdeiros de Deus e discípulos de Jesus Cristo.
O Evangelho de hoje, fala da Ascensão (subida) de Jesus Cristo ao Céu. E nessa passagem do Evangelho, Jesus Cristo dá autoridade aos discípulos e conseqüentemente à sua Igreja para que evangelize todos os povos, batizando-os em nome da Santíssima Trindade.
Por isso, Jesus falou com autoridade para que eles continuassem aqui na terra a missão de formar discípulos dele e batizá-los no Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Este mandato é também para nós, hoje, herdeiros de Deus e discípulos de Jesus Cristo.
O Evangelho de hoje, fala da Ascensão (subida) de Jesus Cristo ao Céu. E nessa passagem do Evangelho, Jesus Cristo dá autoridade aos discípulos e conseqüentemente à sua Igreja para que evangelize todos os povos, batizando-os em nome da Santíssima Trindade.
A Trindade é fonte de vida, de paternidade,
de autêntica autoridade, de fraternidade, da comunhão de espíritos que deve
fundamentar a construção de toda a sociedade realmente humana. Quer dizer, “a
Trindade é a melhor comunidade”.
A família, como núcleo da sociedade,
deveria ser imagem da Trindade: lugar de encontro; de mútua dependência, mas
com autonomia; de autoridade, mas com responsabilidade; de
paternidade-maternidade, mas com plena liberdade.
Jesus envia a seus discípulos que anunciem o Evangelho a todos os povos; para que sejam testemunhas visíveis e confiáveis do Deus Pai, Filho e Espírito Santo. A missão dos seguidores do Mestre é criar no mundo relações inspiradas nas da Santíssima Trindade.
Assim sendo, precisamos também assumir a Palavra do Evangelho com coragem e ousadia quando ele diz: “ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Esta palavra de Jesus confirma a nossa missão de missionários do reino e também que somos enviados pela Santíssima Trindade, primeira comunidade, modelo de Unidade no Amor. A nossa missão é observar tudo o que Jesus nos ordenou e assim ensinar a todos aqueles (as) a quem nós encontrarmos.
Você tem cumprido com o mandato de Jesus? Para você o que significa ser discípulo de Jesus? Qual o significado para você da oração: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Você tem consciência do que é dizer ou fazer alguma coisa em Nome da Trindade?
Propósito:
Concedei-nos, Deus onipotente, exultar de alegria e
dar-vos graças nesta liturgia de louvor, porque a ascensão de Jesus Cristo,
vosso Filho, é nossa vitória, e onde nos Ele,que é nossa cabeça, nos precedeu,
esperamos chegar também nós como membros de seu corpo.
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