30 maio - São José Marello.
A palma da
vitória está no Céu para quem sabe morrer triunfalmente. (L 23). São Jose Marello
João 21,20-25
"Então Pedro virou para trás e viu que o discípulo que
Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava ao lado de Jesus
durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto dele e
perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu aquele
discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade.
Final
Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos."
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade.
Final
Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos."
Meditação:
Agora que Pedro sabe o final do caminho (dar a vida), Jesus o
convida a segui-lo. É o mesmo convite que fez a Felipe no principio do
evangelho. Pedro tem que voltar ao início do discipulado, onde estava Felipe;
tem que ir aprendendo de novo toda a vida de Jesus, até chegar à cruz, como
ele.
O começo de sua conversão está em se voltar e mudar a direção de
sua caminhada. Vê então o discípulo que nunca deixou de seguir a Jesus e que o
continua seguindo. O evangelista (João 20,21-25) caracteriza este discípulo
recordando o episódio da Ceia, onde sua intimidade com Jesus fez dele o único
confidente da identidade do traidor. Marca assim a diferença entre este
discípulo e Pedro na proximidade de Jesus e a confiança com ele; por outro
lado, recorda o traidor. Também Pedro estava em perigo de se perder; mas, por
não ter dado o passo atrás, voltando ao sistema injusto, isto o resgatou.
Ver o outro discípulo provoca em Pedro uma reação. Está seguro da
fidelidade daquele discípulo, mas não da sua própria. Agora que Jesus o
convidou a segui-lo e lhe anunciou como meta de sua vida uma morte como a sua,
pensa fazê-lo com maior segurança indo atrás daquele que acompanhou Jesus até a
cruz. Por isso pergunta o que vai ser do outro: imitando-o evitará
todo desvio. O uso do sobrenome só (Pedro) indica que sua atitude não é ainda a
que Jesus espera.
Jesus não contesta a pergunta. Afirma em primeiro lugar que o
futuro do outro discípulo depende dele e que não é coisa que interesse a Pedro.
Não importa o que se passe com o outro; o caminho de cada um é independente. A
resposta de Jesus a Pedro sobre o destino de João é realmente sábia: nada lhe
revela. Pedro fica assim aberto ao amor, ao serviço e à ajuda a esse e a todos
os seus irmãos, sem saber o caminho que tomará a história. É que determinar o
futuro pode esfriar ou destruir o amor. É melhor que este permaneça vivo no
meio da incerteza.
A pergunta que Pedro faz a Jesus expressa além da curiosidade o
interesse pela vida do amigo João. A resposta de Jesus assegura que o destino
deste será diferente do de Pedro. Ele não será martirizado, mas, terá uma morte
natural. Historiadores do século II, entre eles santo Irineu, doutor da Igreja
e escritor, que retrata a as tradições da mesma, afirma que João morreu em
Éfeso, por volta de 117 quando reinava o Imperador Trajano.
Seu martírio foi lento e incruento como vemos relatado por Lucas,
nos Atos dos Apóstolos. Temporada usada por ele para pregar pela palavra, pelo
testemunho e para escrever o Evangelho as Epístolas(cartas). O próprio são João
escreveu tudo que presenciou, portanto testemunha ocular, e é reconhecido desde
os primeiros leitores por sua autenticidade e veracidade.
Para suscitar a fé do leitor, o autor, que se apresenta como o
discípulo que Jesus mais amava, termina afirmando que é verdadeira testemunha
de todas as coisas narradas. Todos os discípulos de Jesus, ao longo dos tempos,
são convidados a se identificarem com este "discípulo que Jesus mais amava".
Nas palavras de Jesus, o futuro de sua comunidade aparece como o
período em que acontece sua vinda. A expressão enquanto continuou vindo une as
vindas futuras com as que já tiveram lugar; delas, a terceira, no contexto de
missão, foi o paradigma de suas chegadas na eucaristia. Esta situação se
prolongará no tempo até um momento que Jesus não determina. É a etapa em que
irá se estendendo o reino de Deus e acabando-se a obra criadora na humanidade,
até que se realize o projeto divino em todos aqueles que em épocas sucessivas
respondam à mensagem da vida. O ciclo da criação culminará com a vitória final
sobre a morte.
Jesus repete com maior ênfase seu convite anterior a Pedro:
“Segue-me tu”). Não admite que se lhe possa seguir através de um intermediário.
Cada discípulo está unido diretamente a Jesus, é objeto de seu amor e recebe
dele o Espírito, que identifica com ele e impulsiona a segui-lo. Seguir a outro
discípulo acabaria no fracasso, pois todo intermediário impediria a união
íntima que Jesus estabelece com os seus. Só ele conhece a cada um por seu nome,
penetra em seu interior e pode comunicar-lhe a força de seu amor.
Não se pode ter outro guia, nem sequer o mais próximo a Jesus. Não
há outro caminho que o seu (Segue-me tu). A resposta de Pedro ao convite de
Jesus será dada pela história pessoal do discípulo. Os discípulos coincidem
todos na direção do seguimento, atrás de Jesus, o único modelo, para chegar à
entrega total. No entanto, na tarefa comum, trabalhando em favor da humanidade,
cada um vai expressando sua própria resposta ao amor que recebe.
Neste texto que encerra o evangelho de João, temos uma
harmonização entre duas vias no seguimento de Jesus. Por um lado, Pedro, que
"entregara" Jesus negando conhecê-lo no momento de sua prisão e que,
agora, se reabilita por sua tríplice confissão de fé a Jesus. Por outro, o
discípulo que Jesus amava, sempre presente e fiel até ao pé da cruz. A Pedro
está reservado o martírio e ao outro discípulo, a permanência no amor.
Testemunha-se Jesus pelo martírio bem como por uma vida consumida no amor.
João conclui o texto de hoje falando da grandeza de Jesus. Diz ele
que tudo o se escrever sobre o Filho de Deus é pouco, nem os livros do mundo
inteiro bastariam para falar da importância e da imensidão do Senhor.
Necessitamos ter parusia, como Ele e como Paulo, narra como em Roma se
encontrava preso por causa da esperança de Israel, do amor ao Cristo
ressuscitado, à doutrina por Ele pregada e vivida.
O testemunho final de Paulo em Atos, põe-nos diante do horizonte
aberto de nossa missão cristã: praticar e anunciar “com o testemunho” o Reino
de Deus segundo Jesus, o Senhor. E o testemunho final da comunidade joanina no
evangelho de hoje (que nos apresenta o segredo da grande autoridade do
“discípulo amado” como testemunha de Jesus) nos mostra o caminho para gozar da
experiência e autoridade do testemunho: a união e a intimidade pessoal com
Jesus, como discípulos e discípulas ao serviço de sua Causa. Sem a amorosa
amizade pessoal com Jesus não é possível ser “testemunhas” de sua Causa. Porque
é essa amorosa amizade pessoal com Jesus que nos torna capazes, não só de crer
em Jesus e esperá-lo e amá-lo, mas de crer como ele crê, de esperar com sua
esperança e de amar com seu amor. Só assim entenderemos sua Causa tal como é, e
a tornaremos digna de crédito na história.
Poderia haver melhor mensagem da Palavra de Deus nas vésperas de
Pentecostes? O Espírito nos dá a mais íntima amizade com Jesus, nos dá sua fé,
sua esperança, sua fidelidade, seu amor que é o amor com que ele ama o Pai e o
Pai o ama e ama a cada um de seus discípulos e discípulas, e a todas as pessoas
da humanidade. A eucaristia é nosso pentecostes sacramental, uma fonte
inesgotável de amizade e união íntima com Jesus, e de compromisso de fidelidade
na missão que continua cotidianamente, na humanidade, a missão de Jesus, a
Testemunha maior do amor e da vida do Reino.
Não saber o que vai acontecer dá maior campo à liberdade, maiores
possibilidades à graça e abre sempre novos caminhos ao amor. É também para o
cristão um caminho para a confiança absoluta no amor providente do Senhor. “O
que sabes tu sobre o que ele nos tem preparado?”, mas confiamos plenamente
nele.
É prejudicial, ao contrário, apoiar-se em premonições sobre o
futuro. Os que o fazem, crêem que saber o que nos espera dá segurança e
tranqüilidade. Mas ter o futuro preso na mente provoca na realidade um dano.
Porque, então, como ficaria a liberdade do ser humano? E a graça de Deus, não
nos poderá dar, por acaso, algumas surpresas? Apoiar-se em supostas leituras do
futuro pode levar à passividade interior ante uma história que, por parecer
preestabelecida, surge também como imutável.
Buscar previsões do futuro estraga a espiritualidade, deforma a
liberdade do ser humano, desfigura a imagem de Deus, Senhor da história, e mata
as energias interiores, destinadas a construir novas propostas de uma sociedade
mais justa. Contudo, não são poucos os cristãos que caem em tal inconseqüência.
A nossa fé é apostólica, ou seja, tem por fundamento o testemunho
dado pelos próprios apóstolos. Sabemos que é um testemunho verdadeiro, porque
por meio dele os discípulos encontraram a vida e não a morte. Devemos pautar a
nossa vida e as nossas escolhas na tradição apostólica para poder ter a certeza
de que não seremos enganados.
Assim fazendo, nos tornaremos discípulos amados por Jesus, e
seremos também capazes - como o apóstolo João – de dar um
testemunho verdadeiro, qual seja, aquele que se dá não só com palavras, mas
sobretudo com a vida.
Oração: Pai, como o discípulo
amado, desejamos estar perto de Jesus e ser amado por Ele, como discípulos e
missionários, na força do Espírito Santo, com a missão de “renovar a face da
terra”. Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para atrair muitos
outros discípulos para Ele.
Reflexão:
Hoje, você é convidado a analisar como aproveita seu tempo.
Procure fazer de cada instante uma oportunidade para planejar um futuro de segurança, paz e harmonia.
Aproveite os momentos de lazer para repor as energias e renovar as forças; trabalhe, leia, estude e assuma responsabilidades.
Nunca é tarde demais para recomeçar.
Sobre isso, considero muito pertinente esta frase de João Paulo II: “Olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e ver o futuro com esperança”.
Hoje, você é convidado a analisar como aproveita seu tempo.
Procure fazer de cada instante uma oportunidade para planejar um futuro de segurança, paz e harmonia.
Aproveite os momentos de lazer para repor as energias e renovar as forças; trabalhe, leia, estude e assuma responsabilidades.
Nunca é tarde demais para recomeçar.
Sobre isso, considero muito pertinente esta frase de João Paulo II: “Olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e ver o futuro com esperança”.
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