26 abril - Numa espantosa variedade de modos
se destrói o Reino de Deus. Esforcemo-nos para fazer em toda parte o nosso
trabalho de restauração com o auxílio do Céu. (L 76). SÃO JOSE MARELLO
"Naquele mesmo dia, o primeiro
da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez
quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham
acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e
começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados,
incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou: "O que andais
conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles,
chamado Cléofas, lhe disse: "És tu o único peregrino em Jerusalém que não
sabe o que lá aconteceu nestes dias?" Ele perguntou: "Que foi?"
Eles responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um
profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os
sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à
morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel;
mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É
verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de
madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que
tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos
foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele,
porém, ninguém viu". Então ele lhes disse: "Como sois sem
inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era
necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?" E,
começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas
as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do
povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém,
insistiram: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!"
Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o
pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se
abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então
um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos
falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora,
levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os
outros discípulos. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e
apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no
caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão."
Meditação:
Estamos no tempo Pascal que se estende por 7
semanas, do domingo de Páscoa à Festa de Pentecostes. É o mais belo e vibrante
tempo de todo o calendário litúrgico da Igreja. Por ele, ela nos convida,
através dos testemunhos das Escrituras e de testemunhas oculares a
fortalecermos nossa adesão pessoal ao motivo maior de nossa fé: a RESSURREIÇÃO
DE CRISTO.
De fato, diz Paulo: Se Cristo não tivesse
ressuscitado, a nossa fé seria vã e os nossos pecados não poderiam ser
perdoados; a nossa esperança seria limitada apenas a esta vida e seríamos os
mais infelizes de todos os homens (1Cor 15,17-19).
Celebramos
a real presença deste Deus conosco na Eucaristia, memória do mistério pascal,
mistério da cruz e ressurreição, mistério da redenção e reconciliação, que
inicia a Nova Aliança.
Da
ação de graças, da doação gratuita do Cordeiro de Deus, emerge a energia
missionária da Eucaristia. A Eucaristia é a ponte para o ministério apostólico.
Eucaristia é Nova Aliança que pressupõe reconciliação, unidade na diversidade,
solidariedade até as últimas conseqüências.
Ao
partir o pão, eles o reconhecem e retornam ao Caminho. Nossa fé é o encontro
pascal com o Senhor Jesus. É a certeza de que ele está vivo. Nossa fé é uma fé
pascal e pessoal. Não se trata apenas de crer em alguma coisa. A profissão
fundamental é: “Eu creio em Ti, Senhor! E por isso me comprometo e me torno
evangelizador.
Evangelizar,
ser missionário, é irradiar “o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que
contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida porque a Vida
manifestou-se.
Sejam
quais forem nossas fraquezas, misérias, limitações, o que contagia todas as
culturas, o que convence todos os povos e raças, é o testemunho da alegria e da
graça de termos encontrado o Senhor Ressuscitado. Tudo isso é graças à força do
pão partido de Emaús, é o vigor do fruto da videira no cálice da Nova Aliança,
é o corpo entregue e o sangue derramado de Jesus, morto e ressuscitado.
Reflexão Apostólica:
No evangelho, os discípulos que não eram do
grupo dos onze dirigem-se a Emaús. Provavelmente trata-se de um homem e uma
mulher, casados, (havia também mulheres discípulas), que retornavam à sua casa,
frustrados por causa dos últimos acontecimentos da capital. Enquanto
conversavam, Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles, pois é o Emanuel.
Porém, eles não conseguem reconhecê-lo, seus olhos estavam como que fechados. Por quê? Porque no fundo ainda tinham a idéia de um messias profeta-nacionalista, que conquistaria o mundo inteiro para ser dominado pelas autoridades de Israel, um messias necessariamente triunfador. Por isso estavam vendo na cruz e na morte do mestre, o fracasso de um projeto no qual haviam posto suas esperanças.
Serão as Escrituras as primeiras sinais de esperança que Jesus coloca nos olhos do coração dos discípulos, para que possam ver e entender que não é com o triunfalismo messiânico, mas com o sofrimento do servo de Javé que se conquista o Reino de Deus; um sofrimento que não é masoquismo, mas um assumir conscientemente as conseqüências da opção de amar a humanidade, atitude difícil de entender em uma sociedade dominada pelo poder de domínio que mata a quem se interpõe no caminho. Pela vida, até dar a própria vida, é o testemunho de Jesus diante dos seus dois companheiros.
O relato dos discípulos de Emaús é uma peça belíssima, evidentemente teológica, literária. Não é, em absoluto, uma narração ingênua, direta, de um acontecimento, como se fosse um fato jornalístico. É uma composição elaborada, simbólica, que quer transmitir uma mensagem. E como todo símbolo, não leva consigo um manual de explicação, mas permanece “aberto”, isto é, é suscetível de múltiplas interpretações. E a partir de cada novo contexto social, em cada novo momento da historia, os crentes podem confrontar-se com esses símbolos e deles extrair novas lições.
Que maravilhosas lições tiramos desta passagem:
1. Jesus caminha conosco
2. Quer participar de nossa vida
3. Espera que o convidemos par tomar posse de nosso coração
4. Nos reúne em torno dele como comunidade eclesial
5. Se dá a conhecer pela Palavra e pela Eucaristia
2. Quer participar de nossa vida
3. Espera que o convidemos par tomar posse de nosso coração
4. Nos reúne em torno dele como comunidade eclesial
5. Se dá a conhecer pela Palavra e pela Eucaristia
Que o Senhor está conosco, todo o tempo,
bem o sabemos. Contudo, é nos momentos mais difíceis, quando estamos mais
desanimados, tristes, frustrados, sentindo o peso da dor de nossa imperfeita
condição, sem nenhuma esperança de solução para uma determinada situação, que
Ele se achega ainda mais (lembro-me aqui do bonito poema "PEGADAS NA
AREIA").
Mas como é difícil enxergá-lo. Nos é muito
mais fácil louvá-lo e agradecê-lo quando tudo vai bem, mas quando estamos
diante de situações complicadas, onde o mundo parece desabar sobre nossas
cabeças, se torna tão complicado reconhecermos que Ele está ao nosso lado,
pedindo para assumir o controle.
Achamos que temos condições de tudo
empreender e de tudo fazer acontecer mas nos esquecemos que, fora algumas
poucas coisas, sobre todo o resto não temos nenhuma influência. Temos que parar
de nos dar tanta importância, achando que tudo depende de nós.
Falácia! Ele caminha conosco e está
interessado que o enxerguemos e que a Ele dediquemos nossas vidas; todo o resto
nos será acrescentado. Temos essa coragem? Temos a coragem de abrir nosso
coração e convidá-lo a entrar e comandar nossas decisões?
Propósito:
Propósito:
Fica conosco Senhor,
principalmente quando cair a noite da nossa incapacidade de encerga-Loe de
deixá-Lo no comando de nossas atitudes. Tu e a luz e contigo as treva já não
nos assustam ou preocupam. Revela-nos a tu presença nas Escrituras e no partir
do pão, tanto no altar como em nosso dia-a-dia, com quem mais precisa. Assim,
abrir-se-ão nossos olhos e poderemos anunciar ao mundo a maravilha que é viver
sob tua proteção.
POSITIVO E PRODUTIVO
Ficar irado não é uma boa
razão para fazer com que uma situação que já ruim, piore ainda mais. Frustração
não é uma boa razão para ser destrutivo. Óbvio que é muito fácil reagir
negativamente a uma situação, mas qual benefício isso lhe traz? Explodir em ira
só irá produzir feridas nas outras pessoas incluindo você também.
Decididamente, não é isso que você quer.
Em vez disso, tome a energia da sua frustração, a paixão da sua ira e a transforme numa positiva e produtiva direção. As mais valiosas e significativas realizações são aquelas que são bem sucedidas ao transformarem situações negativas em positivas oportunidades. O que é que está lhe deixando irado, frustrado ou desencorajado? Seja o que for, não deixe que suas emoções negativas venham criar mais resultados negativos.
Supere essa ira, renuncie a essa frustração, abandone esse desencorajamento, levante a cabeça e você verá – pela graça de Deus – que existe um caminho muito melhor.
Em vez disso, tome a energia da sua frustração, a paixão da sua ira e a transforme numa positiva e produtiva direção. As mais valiosas e significativas realizações são aquelas que são bem sucedidas ao transformarem situações negativas em positivas oportunidades. O que é que está lhe deixando irado, frustrado ou desencorajado? Seja o que for, não deixe que suas emoções negativas venham criar mais resultados negativos.
Supere essa ira, renuncie a essa frustração, abandone esse desencorajamento, levante a cabeça e você verá – pela graça de Deus – que existe um caminho muito melhor.
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