28 agosto - Trabalho e boa vontade e o passado nos poderá servir de lição
para o futuro. (L 9). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,27-32
"- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois
vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas
por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês
parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!"
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!"
Meditação:
Mateus recolhe em sete a
expressão: "Ai de vós", usada por Jesus, para
introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho
de hoje, temos os dois últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita,
“ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da
censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar
algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
A
indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele
os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo
recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de
podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma
realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.
Depois
Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de
Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de
serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses
martírios.
É
desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como
escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar
a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.
Este
são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que
prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um
“ai”, se participasse das comunidades de agora.
Jesus
continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a
respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”.
A franqueza
e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso
coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais
esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de
vida.
Seremos
como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície.
Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e
cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o
nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova.
A
verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi
transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!
Será que
somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a
sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de
fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no
mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho -
boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você
tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las?
Se a
sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus
está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita
e doutor ou doutora da Lei!
Reflexão Apostólica:
Uma nova manifestação do conflito
entre fariseus e Jesus é apresentada no evangelho de hoje. Volta a crítica de
fundo dos fanáticos proclamadores do cumprimento da lei; eles, como sepulcros caiados,
estão cheios de corrupção e podridão.
Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.
O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.
Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do povo, tiram-lhe a própria vida.
Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar a vida.
Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.
O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.
Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do povo, tiram-lhe a própria vida.
Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar a vida.
A atitude do cristão diante da vida
há de fundamentar-se no mandamento do amor, que se realiza plenamente
baseado na justiça, na liberdade e na verdade, e se manifesta na compaixão,
eixos principais na construção do reino de Deus no mundo. O cristão não pode
desdobrar-se para viver em duas dimensões divergentes ou desintegradas entre
seus princípios e sua conduta.
Há de ser uma só pessoa em suas
palavras e suas ações; porque o termo “hipócritas” que Jesus lança sobre os
fariseus e escribas significa que eram uma coisa por fora e outra muito
diferente em seu interior. Jesus exige que sejamos coerentes e sinceros como
Deus o é; do contrário seremos vítimas de nós mesmos, por não sermos
conseqüentes entre o que pensamos e o que fazemos.
Devemos sempre estar alertas em
relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um
abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos
viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento
de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são
feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida
verdadeiramente profética que denuncie os contravalores do mundo e anuncie a
verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa
vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
Propósito:
Senhor,
arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um
coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36, 26). Tu, que
purificas os corações, que amas os corações puros, toma posse do meu coração e
vem fazer nele a tua morada. Pai, torna-me de tal modo transparente que
meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como
um sepulcro caiado!
METAS
O
ser humano sempre estabelece metas a serem alcançadas.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas conseqüências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo da luta.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas conseqüências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo da luta.
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