18 agosto - O entusiasmo juvenil, como o éter, quando
deixado em vaso aberto, volatiliza-se e se dispersa. Não devemos confundir a
vontade passageira, por isso insuficiente, com a vontade permanente, que é
eficaz. (L 10). (L 10) São Jose Marello
"Naquele
momento, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e
fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreenderam. Jesus disse:
"Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas
assim é que pertence o Reino dos Céus". E depois de impor as mãos sobre
elas, ele partiu dali."
Meditação:
O Mestre quer assim mostrar sua repugnância pelo preconceito que fazia seus seguidores desprezarem as crianças e suas mães que as apresentavam para que lhes impusessem as mãos.
Na nova ordem do Reino dos céus estão integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, fraternas, comunicativas, acolhedoras e solidárias, em busca do novo, de um futuro promissor de um mundo melhor.
Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social. A criança é, portanto, o símbolo do pobre marginalizado, que está vazio de si mesmo, pronto para receber o Reino.
Mais uma vez Jesus nos mostra a criança como pertencentes ao reino dos céus. Quem poderá ser como uma criança? O que faz com que uma criança viva o reino dos céus aqui?
A dependência, a naturalidade, a confiança, a entrega nas mãos dos pais, o coração transparente, a alegria, o suplicar, o pedir, o querer estar perto dos seus, o carinho, a inocência, a falta de maledicência, tudo isto faz a diferença entre a criança e o homem velho.
O Senhor nos quer com um coração de criança, renovado, que não julga, que espera, que confia, que ora e suplica. Isto é ser criança! Isto é viver o reino dos céus, aqui!
O mundo chama de tolos os que assim vivem, porém o que é tolice para o mundo é sabedoria para Deus.
Você quer ser como uma criança nas mãos do Pai? Você confia plenamente que Deus é Pai e que olhar por você a cada momento? Você é uma pessoa inocente? Crédula?
Levaram a Jesus algumas crianças, para que ele lhes impusesse as mãos e rezasse por elas. Os discípulos ficaram incomodados e repreenderam as mães. Por que?
O segundo aspecto que me fez refletir foi um questionamento para tentar entender melhor a psicologia de Jesus: Por que Ele deu tanta importância às crianças, a ponto de dizer que o Reino de Deus é delas, e para quem se faz como elas?
Quando será que nós adultos, pais, irmãos, professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias maneiras.
É como diz o velho ditado. Palavras sem exemplos, são tiros sem balas. Para a criança, um bom exemplo dos pais vale por mil palavras.
No Evangelho de hoje, a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais: é simples, não tem poder nem ambições. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social.
Seja o primeiro a tomar uma ação; quanto mais cedo você agir mais você irá realizar. Seja o primeiro a dizer “obrigado.” Uma real atitude de gratidão trará muitos dividendos à sua vida. Seja o primeiro a se adaptar a uma nova e diferente situação; pois quando você dá as boas vindas à mudanças, ela começa a trabalhar em seu favor.
Não fique esperando pelo melhor que a vida pode lhe oferecer. Seja o primeiro a se movimentar para a frente, confie em Deus, entregue diariamente seus sonhos a Ele e o resto Ele fará. Simplesmente, seja o primeiro!
Em
contrapartida à atitude dos discípulos que afastam as crianças de junto de
Jesus e as impedem de se aproximar dele, Jesus ordena que as deixem se
aproximar para serem abençoadas e rezar por elas.
Hoje,
em nome de Deus, também segregamos as pessoas, separamo-las pela religião,
raça, classe social, ou por serem mulheres e crianças que, a nosso ver, não
podem participar do Reino de Deus.
Jesus
age de modo diferente. Revoga os costumes preconceituosos dos fariseus e
saduceus, escribas e sacerdotes, derrubando fronteiras, aproximando-se de
todos.
Valoriza
as pessoas, imagens de Deus, iguais em dignidade e como tais tratadas da mesma
maneira. Será que hoje procedemos como nosso Mestre, Caminho, Verdade e Vida?
Aqui
a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o
símbolo do ser fraco, sem pretenções sociais: é simples, não tem poder nem
ambições.
Reflexão
Apostólica:
Em
muito poucos casos os discípulos de Jesus colocam obstáculos para se chegar a
ele. Neste caso particular das crianças, os discípulos representam um obstáculo
maior porque reproduzem mecanicamente os preconceitos de sua própria cultura
que via nas crianças seres carentes de juízo, de orientação e de entendimento,
por isso não lhe era permitido o ingresso no âmbito adulto e muito menos no
espaço de formação que Jesus oferecida a seus seguidores.
As
famílias buscavam que as crianças conhecessem Jesus para que ele as abençoasse
e orasse por elas. A bênção solene era feita impondo as mãos sobre a cabeça e a
oração invocava a proteção divina. Estas práticas refletiam a crença popular
que considerava importante a busca da companhia, o ensinamento e a bênção de
pessoas santas, representadas por profetas, mestres e curadores.
Jesus
não rejeita essas expressões da religião popular, antes descobre nelas valores
fundamentais de uma autentica experiência religiosa, como a confiança, a
sinceridade e a simplicidade.
E
nós, quantas vezes fomos, como os discípulos do evangelho de hoje, obstáculo
para que outros tivessem a oportunidade de se encontrar com o Senhor.
Ser
discípulo não é fácil tarefa; antes é um compromisso severo de negação de
muitas de nossas tendências, para seguir aquele que é o caminho, a verdade e a
vida.
Permitimos
– a partir de um testemunho de vida coerente, em que não haja a mentira, a
injustiça, o ódio e o orgulho –, o encontro dos outros, como também nosso, com
Jesus Cristo em nosso viver diário?
Propósito:
Pai, seja a
simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo
inspirar-me para ser fiel a ti._,_.___
.
2º
Meditação:
Associado ao tema da família, anteriormente apresentado, Mateus
introduz o tema da criança. Nas crianças encontramos uma das formas de
exclusão. Elas integram o universo social dos fracos e excluídos, formado pelos
impuros, pecadores, pobres e gentios.
Os discípulos repreendem as crianças e aqueles que as levam a
Jesus. Da mesma maneira eram repreendidos os dois cegos que clamavam a Jesus,
na saída de Jericó (Mt 20,31).
O evangelho é muito breve. Só três versículos. Descreve como Jesus
acolhe as crianças. O tema da criança também esteve em evidência como contraste
às aspirações de poder dos discípulos.
Provavelmente, de acordo com as normas severa das leis da
impureza, as crianças pequenas na situação em que viviam eram consideradas
impuras.
Se elas tocavam Jesus, Jesus ficaria impuro. Por isso, era
importante evitar que chegassem perto e o tocassem. Porque isto já tinha
acontecido uma vez, quando um leproso tocou Jesus. Jesus ficou impuro e não
pode mais entrar na cidade. Tiveram que ficar nos lugares desertos (Mc 1,4-45).
Jesus reage e diz aos discípulos: Deixei as crianças e não as
proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus”.
Jesus não se incomoda em passar por cima das normas que impedem a
fraternidade e a acolhida a ser oferecida aos pequenos.
A nova experiência de Deus Pai marcou a vida de Jesus e lhe dá
novos olhos para perceber e avaliar a relação entre as pessoas.
Jesus fica ao lado dos pequenos, dos excluídos e assuma sua
defesa. Impressiona quando se reúne tudo o que a Bíblia fala sobre as atitudes
de Jesus em defesa da vida das crianças e dos pequenos:
a) Agradecer pelo Reino presente nos pequenos. A alegria de Jesus
é grande, quando vê que as crianças, os pequenos, entendem as coisas do Reino
que ele anunciava às pessoas. “Pai, eu te agradeço!” (Mt 11,25-26) Jesus
reconhece que os pequenos entendem mais dos doutores as coisas do Reino!
b) Defender o direito de gritar. Quando Jesus, entrando no Templo,
derruba as mesas dos que trocavam moedas, foram as crianças a gritar: Hosana ao
Filho de Davi!” (Mt 21,15). Criticadas pelos chefes dos sacerdotes e dos escribas,
Jesus s defende e por isso cita as Escrituras (Mt 21,16).
c) Identificar-se com os pequenos. Jesus abraça os pequenos e se
identifica com eles. Quem acolhe um pequeno, acolhe Jesus (Mc 9, 37). “E toda
vez que fizestes estas coisas a um destes meus irmãos menores, foi a mim que o
fizestes” (Mt 25,40).
d) Acolher e não se escandalizar. Uma das palavras mais duras de
Jesus é contra aqueles que são causa de escândalo para os pequenos, isto é, que
são o motivo pelo qual os pequenos não acreditam mais em Deus. Por isto, melhor
seria para eles que amarrassem ao colo uma pedra de moinho e serem lançadas no
abismo do mar (Lc 17,1-2; Mt 18,5-7). Jesus condena o sistema, seja político
seja religioso, que é motivo pelo qual os pequenos, as pessoas humildes, perde
sua fé em Deus.
e) Torna-se criança. Jesus pede a seus discípulos para se tornarem
como crianças e aceitar o Reino como crianças. Sem isso não é possível entrar
no Reino (Lc 9,46-48). Indica que as crianças são professores dos adultos. Isto
não era normal, Estamos acostumados ao contrário.
f) Acolher e tocar (o evangelho de hoje). Mães com filhos que
chegam perto de Jesus para pedir a bênção. Os apóstolos reagem e as afastam.
Jesus corrige os adultos e recebe as mães com suas crianças. Toca as crianças e
as abraça. Deixai que os pequenos venham a mim, não os impeçais! (Mc 10,13-16;
Mt 19,13-15). Pelas normas da época, seja as mães como seus filhos menores,
viviam, praticamente, num estado de impuridade legal. Jesus não se deixa
influencias por isso.
g) Acolher e curar. Muitas são as crianças e os jovens que ele
acolhe, cura e ressuscita: a filha de Jairo, de 12 anos (Mc 5,41-42), a filha
da mulher Cananéia (Mc 7,29-30), o filho da viúva de Naim (Lc 7,14-15), o
menino epilético (Mc 9,25-26), o filho do Centurião (Lc 7,9-10), o filho do
funcionário público (Jo 4,50), a criança com cinco pães e dois peixes (Jo 6,9).
2º
Reflexão Apostólica:
No Evangelho de hoje dois pontos me chamam
atenção. O primeiro é o fato das crianças se sentirem atraídas por Jesus a
ponto de provocar um tumulto que os próprios discípulos acharam necessário
intervir, para depois serem repreendidos pelo Mestre.
Este é um ponto que eu considero interessante
porque se prestarmos atenção, veremos que são pouquíssimas as pessoas que têm
esse “magnetismo” com as crianças.
As características em comum nessas pessoas
são: a doçura, a simplicidade, o sorriso constante, a paciência, a alegria, a
jovialidade, a espontaneidade…
Em todos os lugares por onde Jesus passava,
multidões vinham ouvi-lo, e as crianças vinham espontaneamente para que Ele
impusesse suas mãos e orasse por elas. Jesus se deleitava com isso.
Nos quadros que tentam retratar essa cena,
Jesus sempre está sentado, com um olhar sereno, com cada mão sobre a cabeça de
uma criança super-comportada, e mais umas 3 crianças esperando pacientemente a
sua vez.
Se eu fosse pintar um quadro da forma como
imagino que aconteceu, seria com dezenas de crianças correndo, pulando,
gritando, brincando e fazendo a maior festa em torno de Jesus, que se divertia
com elas, enquanto alguns discípulos tentavam, em vão, controlar a bagunça…
Jesus sempre ensinou pelo exemplo e pelas
palavras. Se Ele dizia que para entrar no Reino dos Céus, deveríamos ser como
crianças, então Ele próprio se fazia criança, principalmente quando estava
entre crianças.
O que Jesus via nas crianças, para chegar a
dizer isso? Já ouvimos muitos dizerem que a criança é espontânea; que pode
ficar com raiva, mas no minuto seguinte já faz as pazes e esquece; que não vê
malícia em nada; dentre tantas outras características. Qual a experiência de
Jesus com as crianças? O que Jesus realmente queria transmitir aos discípulos?
Começando da nossa casa, nós, os pais, irmãos
e padrinhos das crianças, as impedimos de irem até Jesus, quando não as levamos
à missa, quando não as matriculamos na catequese, quando não lhes damos bons
exemplos de cristãos etc.
Já sei o que você está querendo dizer. Eu
mandei meu filho para a missa, sim. Matriculei minha filha na catequese, e até
ensinei os dois a rezar antes de dormir. Ótimo! Mas você deu o exemplo indo à
missa também, rezando na presença deles, os levou para o catecismo?
Se seu filho nunca viu você rezando, a fé
dele está condenada. Seu filho, sua filha, são seus imitadores. Eles querem,
exigem que as vossas palavras sejam seguidas de exemplos.
Se você diz para seu filho que ele tem de ser
honesto e logo em seguida pega o telefone e fica combinando com o seu amigo
como dar um desfalque na empresa, ou como fazer uma pirataria, você acha que o
seu filho vai escolher ser honesto?
E o professor? Quando ele impede as crianças,
seus alunos, de irem até Jesus? Quando na sua indiferença a qualquer religião,
ele afirma para a classe. Deus?
Deus está na mente das pessoas! Ou por outro
lado, quando o mestre nunca semeia uma palavra de fé para seus alunos, ou mesmo
quando fala mal da Igreja ou dos padres.
A criança é, portanto, o símbolo do pobre
marginalizado, que está vazio de si mesmo, pronto para receber o Reino de
Jesus.
Propósito: Dar
mais atenção para as "crianças" e conduzí-las ao encontro com
Jesus.
SEJA O PRIMEIRO
Fé é dar o primeiro passo mesmo quando
você não pode ver todos os degraus à sua frente. Martin Luther King
Seja o primeiro a sorrir.
Quando não razão para sorrir é quando um sorriso é mais do que necessário. Seja
o primeiro a perdoar e para sempre deixe o negativismo no passado onde
realmente deve ser o seu lugar.
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