17
junho - Como um dia no Calvário, assim
agora nas igrejas Jesus não quer defender-se de outra maneira senão com a força
do amor, e tolera sempre as violências dos bandidos para ceder lugar à caridade
das almas piedosas das quais espera conforto e reparação. (L 209). São José
Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 5,33-37
"- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno."
Meditação:
Entre
os judeus se emprega com freqüência a mesma palavra (‘ala) para indicar tanto
juramento como maldição. O juramento é uma afirmação pela qual alguém se deseja
para si mesmo um mal ou uma desgraça, no caso de não dizer a verdade ou de não
cumprir algo prometido. Quem jura espera da divindade que recaia sobre ele o
efeito da maldição. “Então Jônatas falou: Por Javé, Deus de Israel! Amanhã ou
depois de amanhã sondarei meu pai. Se tudo for favorável a ti e eu não te
avisar, então o Senhor me trate com todo seu rigor! E se meu pai te quiser
fazer mal, avisar-te-ei da mesma forma; deixar-te-ei então, partir e poderás
estar tranqüilo” (1Sm 20,12-13).
Nos tempos de Jesus se usava jurar não só invocando a Deus, mas também o céu (lugar onde Ele habita), a seu nome (que equivale à sua pessoa), ao templo (lugar de sua presença), aos anjos (seus servidores mais próximos). Pela Bíblia sabemos que quem jurava levantando a mão (Gn 14,22), apertando-a (Jó 17,3), ou colocando-a debaixo da coxa daquele a quem se prometia algo (Gn 24,2); “coxa” é um eufemismo pelos órgãos sexuais. O livro do Eclesiástico (23,9-11) procede contra os juramentos feitos com rapidez; os rabinos tratavam de remediar os abusos; os essênios o consideravam ilícitos e os fariseus estabeleceram uma sutil casuística para manter sua validade.
Jesus não era partidário dos juramentos, pois as relações humanas devem ser regidas pela sinceridade; o juramento supõe má fé ou falta de confiança no outro e isto é coisa do Mal, de Satanás, que é, por natureza, mentiroso (Jo 8,44). E a mentira não deve entrar no coração do ser humano nem reger as relações de uns com os outros. Na comunidade cristã e nas relações humanas, a regra deve ser a sinceridade, a limpeza de coração. O juramento, portanto, está sobrando.
No entanto, nossa sociedade está instalada na aparência da verdade ou na falsidade. A publicidade, que todos os dias nos assedia desde a televisão, a imprensa, o rádio, é enganosa; por razões de competitividade nos é aconselhado a não confiarmos em ninguém, não nos manifestarmos como somos ante os demais, não sermos ingênuos. E o ser humano – em lugar de irmão – se converteu em lobo para o ser humano. E ante o lobo todas as precauções que se tomem são poucas. Como estamos longe de sermos limpos de coração! Quando digam sim, que seja sim, e quando digam não, que seja não; o que passa daí é coisa do Mal. Isto é próprio das pessoas adultas, das pessoas de palavra, que se dizia antes dos discípulos de Jesus que praticavam a sexta bem-aventurança: “Felizes os limpos de coração, porque verão a Deus”.
Nos tempos de Jesus se usava jurar não só invocando a Deus, mas também o céu (lugar onde Ele habita), a seu nome (que equivale à sua pessoa), ao templo (lugar de sua presença), aos anjos (seus servidores mais próximos). Pela Bíblia sabemos que quem jurava levantando a mão (Gn 14,22), apertando-a (Jó 17,3), ou colocando-a debaixo da coxa daquele a quem se prometia algo (Gn 24,2); “coxa” é um eufemismo pelos órgãos sexuais. O livro do Eclesiástico (23,9-11) procede contra os juramentos feitos com rapidez; os rabinos tratavam de remediar os abusos; os essênios o consideravam ilícitos e os fariseus estabeleceram uma sutil casuística para manter sua validade.
Jesus não era partidário dos juramentos, pois as relações humanas devem ser regidas pela sinceridade; o juramento supõe má fé ou falta de confiança no outro e isto é coisa do Mal, de Satanás, que é, por natureza, mentiroso (Jo 8,44). E a mentira não deve entrar no coração do ser humano nem reger as relações de uns com os outros. Na comunidade cristã e nas relações humanas, a regra deve ser a sinceridade, a limpeza de coração. O juramento, portanto, está sobrando.
No entanto, nossa sociedade está instalada na aparência da verdade ou na falsidade. A publicidade, que todos os dias nos assedia desde a televisão, a imprensa, o rádio, é enganosa; por razões de competitividade nos é aconselhado a não confiarmos em ninguém, não nos manifestarmos como somos ante os demais, não sermos ingênuos. E o ser humano – em lugar de irmão – se converteu em lobo para o ser humano. E ante o lobo todas as precauções que se tomem são poucas. Como estamos longe de sermos limpos de coração! Quando digam sim, que seja sim, e quando digam não, que seja não; o que passa daí é coisa do Mal. Isto é próprio das pessoas adultas, das pessoas de palavra, que se dizia antes dos discípulos de Jesus que praticavam a sexta bem-aventurança: “Felizes os limpos de coração, porque verão a Deus”.
Somos
muito inclinados a colocar alguém acima de nós como garantia de nossos
empréstimos, créditos e promessas. Certamente isso outorga algo mais de valor à
palavra que damos e à confiança que exigimos para acreditarem em nós. Então,
por que colocar Deus como garantia? Certamente não nos damos conta das
implicações que tem o “jurar por Deus”, porque já se tornou uma formalidade a
mais como os que usamos para saudar, despedir-nos ou relacionar-nos com os
outros.
Jesus
exige de nós sermos plenamente responsáveis pela palavra que damos; sermos nós
mesmos garantia dela com um “sim” ou um “não”, sem buscar em Deus a
justificação ou veracidade de nossas promessas. É uma exigência à qual devemos
nos ater como verdadeiramente adultos em nossa vida, em nosso trabalho como
discípulos, inclusive em nossa forma de falar.
Ser
discípulos de Jesus implica diariamente realizarmos um sério e profundo exame
de consciência, para levarmos em conta aquelas situações que continuam nos
custando trabalho em nosso seguimento de Cristo.
Como
pessoas de fé, não podemos nos acostumar a viver sem discernir como é que vivemos,
ou a viver sem consciência de nossos atos e palavras. Deus nos chama a
vivenciarmos nosso seguimento de seu Filho com coerência e fidelidade de
qualidade.
Reflexão
Apostólica:
A
lei não ordenava que ninguém jurasse, mas ela mostrou que quando tivesse algum
juramento, deveria ser feito em nome de Deus e em hipótese alguma haver
falsidade (Deuteronômio 6,13; Levítico 19,12; Zacarias 8,17). Mas isto não
indicava que fora de juramento, alguém poderia mentir, pois o Senhor Deus
abomina a mentira (Provérbios 6,16,17; 12,22).
O
problema é que a tradição farisaica encontrava nisto uma fenda para sair de
seus erros, ou seja, quando o nome de Deus estivesse envolvido, não se jurava
falsamente, porém não tendo o nome do Senhor, era uma porta aberta para a desonestidade.
No
entanto, eles deveriam encontrar nos regulamentos de Deus, uma porta para a
fidelidade a verdade contínua. O que Jesus condena aqui não são os juramentos
em si, mas o engano praticado pelos oportunistas, pois na verdade, qualquer
juramento que se faça, está diante de Deus, mesmo que diretamente não envolva o
Seu nome.
Um
simples “sim” ou “não” não nos coloca em menor responsabilidade com a verdade e
com nossos compromissos, que qualquer juramento que se faça (Mateus
12,36-37). Um juramento não obriga necessariamente a quem o faz de
reforçar a verdade, mas assegura ao seu receptor uma maior segurança.
O
que o Senhor quer é que haja total e absoluta verdade em nossos corações e
lábios. O que Jesus espera de cada um de nós em nossos relacionamentos, seja
com Ele, com Deus e com o nosso próximo é que sejamos absolutamente sinceros e
verdadeiros, ou seja, tenhamos compromisso com a verdade, mesmo nas coisas
pequeninas e nos por menores da vida cotidiana.
Como
seres humanos, estamos sujeitos a sucumbir às tentações de mentir, ser infiel,
odiar, agir com egoísmo, ceder às concupiscências, esquecer e não cumprir com
compromissos com os outros e principalmente com Deus. Tais condutas não
coincidem com um andar santo e consagrado daquele que se declara seguidor de
Cristo.
Deus
não pode mentir e espera que cada um que se declara cristão, tenha compromisso
com a verdade, sendo honestos a qualquer custo, havendo transparência em suas
palavras ditas a Deus ou a alguém, seja ela um “sim” ou um “não” (Tito 1,2;
Colossenses 3,9; Efésios 4,15,25). O cristão tem que estar ciente que ele não é
obrigado a jurar, mas precisa e deve sempre dizer a verdade.
É
o Senhor quem nos aconselha através da Palavra de Jesus que veio nos revelar o
que é ou não do agrado do Pai: “não jureis de modo algum”.
Não
somos senhores da nossa existência, por isso não podemos dar garantia de coisas
de que não temos o alcance. Não pudemos ser senhores da verdade, porém podemos
ser firmes naquilo que é a verdade de Deus, dizendo sim ou não de acordo com a
Sua Palavra, com Seus ensinamentos. Não podemos acrescentar nenhum dia à nossa
existência nem tampouco comandar a rotina da nossa vida. Até os cabelos da
nossa cabeça não estão sob o nosso governo, por isso, humildes e conscientes
nós necessitamos nos abandonar às sugestões do Senhor e dizer sim, quando for
do Seu agrado, e não, quando Ele nos permitir. Que as nossas ações acompanhem
as nossas palavras!
Você
tem sido fiel ao sim que dá a Deus? A que ou a quem você tem dado
não? Você tem dado a sua vida em garantia para algum propósito seu? O
que você, seguramente, acha que lhe acontecerá?
Propósito:
Pai,
seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o
meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu
próximo.
BANINDO A DÚVIDA E PREOCUPAÇÃO
Mesmo quando você era ainda
bem criança você passou a desenvolver um número surpreendente de novas habilidades
num curto período de tempo. Você rapidamente passou de um infante totalmente
dependente, para uma jovem pessoa capaz e independente. Como você foi capaz de
fazer tão rápido progresso? A principal razão foi porque naquela ocasião você
não se preocupava com os erros que pudesse cometer.
Certamente que você cometeu uma enorme quantidade de erros. Você caiu enquanto tentava aprender a andar e usou palavras erradas enquanto tentava aprender a falar. Mas você tinha uma fé e perseverança que eventualmente lhe colocou na posição correta do andar e do falar.
Quando o seu foco está em apenas evitar erros, você também passa a evitar realizações. Estar constantemente preocupado em se prevenir para não errar, fará com que você também se previna para não acertar. Tome a decisão de aprender com a mais importante lição advinda dos seus primeiros anos de vida: seu rápido progresso adquirido quando criança. Portanto, deixe de lado a preocupação e a dúvida e veja quão rapidamente você se irá movimentar para um novo e positivo estilo de vida.
Certamente que você cometeu uma enorme quantidade de erros. Você caiu enquanto tentava aprender a andar e usou palavras erradas enquanto tentava aprender a falar. Mas você tinha uma fé e perseverança que eventualmente lhe colocou na posição correta do andar e do falar.
Quando o seu foco está em apenas evitar erros, você também passa a evitar realizações. Estar constantemente preocupado em se prevenir para não errar, fará com que você também se previna para não acertar. Tome a decisão de aprender com a mais importante lição advinda dos seus primeiros anos de vida: seu rápido progresso adquirido quando criança. Portanto, deixe de lado a preocupação e a dúvida e veja quão rapidamente você se irá movimentar para um novo e positivo estilo de vida.
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