16 JUNHO - Sente-se um aperto no coração ao
pensar na multiplicação dos roubos sacrílegos e na incapacidade de erguer uma
barreira contra tanta impiedade. Pobre Jesus, perseguido, desprezado, despojado
até no pacífico refúgio do Sacrário. (L 209). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 5,27-32
"- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. - Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério."
Meditação:
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 5,27-32
"- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. - Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério."
Meditação:
Muitas
vezes alguns textos evangélicos foram mal interpretados, por não estarem
situados no contexto social e cultural em que foram escritos. E este é o caso
do texto de hoje. Jesus diz que não só comete adultério quem se apossa da
mulher do outro, mas comete adultério quem cobiça a mulher do próximo. No
Antigo Testamento a mulher era considerada propriedade do marido, de modo que
unir-se a uma mulher casada equivalia não tanto a um ato de desonestidade, um
pecado contra a pureza, como se dizia antes, mas a um verdadeiro roubo, uma
injustiça flagrante. Nisto consiste o verdadeiro adultério, que não é outra
coisa senão o desejo de se unir com a mulher do próximo. Assim, o décimo
mandamento da lei de Deus diz: “Não cobiçarás os bens de teu próximo; não cobiçarás
a mulher de teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu
asno, nem nada que seja dele. Fica claro que a mulher era considerada
propriedade do homem, talvez a propriedade mais apreciada, acima dos escravos,
dos animais ou outros pertences. A moral cristã, escrita por sacerdotes e
religiosos, todos homens, viram neste mandamento do Antigo Testamento uma cópia
do sexto mandamento, quando na realidade o é do sétimo: “não roubarás”. Desejar
a mulher do próximo não é simplesmente sentir uma atração por ela, mas dar
passos no sentido de apossar-se dela. Um roubo com todas as letras.
No segundo texto, Jesus não fala do divórcio como o entendemos hoje, mas do repúdio, ou seja, daquela instituição judaica, estabelecida a partir de Moisés, não por vontade divina, mas pela teimosia humana, segundo a qual o homem, e não a mulher, podia despedir a sua esposa em determinadas circunstâncias. O que Jesus não aceita, segundo este texto, não é o divórcio – conceito inexistente dentro da cultura judaica -, mas o repúdio como ferramenta de submissão da mulher por parte do homem, pois Deus quer o homem ou a mulher com direitos iguais dentro do matrimônio .
No segundo texto, Jesus não fala do divórcio como o entendemos hoje, mas do repúdio, ou seja, daquela instituição judaica, estabelecida a partir de Moisés, não por vontade divina, mas pela teimosia humana, segundo a qual o homem, e não a mulher, podia despedir a sua esposa em determinadas circunstâncias. O que Jesus não aceita, segundo este texto, não é o divórcio – conceito inexistente dentro da cultura judaica -, mas o repúdio como ferramenta de submissão da mulher por parte do homem, pois Deus quer o homem ou a mulher com direitos iguais dentro do matrimônio .
Jesus
segue corrigindo ou abolindo pontos da antiga Lei e da interpretação que faziam
dela os fariseus e letrados. Ontem dizia: não bastar não matar; temos que
impedir que se comece no coração do ser humano o processo que conduz à
morte-eliminação do outro: tratar com brutalidade ao outro, insultá-lo,
chamá-lo renegado... O evangelho de hoje vai na mesma linha. A Lei antiga
proibia a ação externa, o adultério; mas essa ação externa começa por dentro
com o desejo de cometer a injustiça de tirar do próximo sua mulher. Tirando o
desejo, se tira a conseqüência deste. O olho simboliza o desejo; a mão, a ação;
ambos tem que ser eliminados. Deixar-se levar pelo olho ou pela mão conduz à
morte.
A fratura, no entanto, se produz às vezes nas relações matrimoniais. Que fazer neste caso? No caso da mulher ser despedida pelo marido, a lei manda que este lhe dê uma carta de repúdio para aquela, para que fique livre do vínculo que a unia ao seu marido anterior e possa casar-se novamente, não ficando deste modo condenada à mendicância. A mulher era a parte frágil da instituição matrimonial, pois, no tempo de Jesus, só o marido poderia despedir a mulher, esta não podia despedir o marido. E Jesus a protege: em primeiro lugar, para despedí-la, tem que arranjar bem os papéis de modo que fique livre; em segundo lugar, deve restringir ao máximo os abusos possíveis dos maridos – que podiam despedir segundo a doutrina de Shammai às mulheres por qualquer motivo. Somente está permitido fazê-lo em caso de união ilegal ou matrimônio nulo.
Jesus radicaliza até a interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz.
A fratura, no entanto, se produz às vezes nas relações matrimoniais. Que fazer neste caso? No caso da mulher ser despedida pelo marido, a lei manda que este lhe dê uma carta de repúdio para aquela, para que fique livre do vínculo que a unia ao seu marido anterior e possa casar-se novamente, não ficando deste modo condenada à mendicância. A mulher era a parte frágil da instituição matrimonial, pois, no tempo de Jesus, só o marido poderia despedir a mulher, esta não podia despedir o marido. E Jesus a protege: em primeiro lugar, para despedí-la, tem que arranjar bem os papéis de modo que fique livre; em segundo lugar, deve restringir ao máximo os abusos possíveis dos maridos – que podiam despedir segundo a doutrina de Shammai às mulheres por qualquer motivo. Somente está permitido fazê-lo em caso de união ilegal ou matrimônio nulo.
Jesus radicaliza até a interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz.
A
exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa
do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a lei (Lv 18,
6-18; At 15,29).
Atenção,
porém: este texto não fala do divórcio tal e como o entendemos na atualidade,
mas da lei do repúdio em uma sociedade na qual o matrimônio se
instrumentalizava como elemento de dominação do homem sobre a mulher, pois só
este podia iniciar o processo de separação; em nenhum caso ela. Jesus, com esta
resposta vai contra a profunda desigualdade entre homem e mulher. Homem e
mulher, nascidos iguais, devem ser tratados igualmente pela lei.
Reflexão Apostólica:
Jesus
não poupa palavras para deixar bem claro qual deva ser a atitude do discípulo
ante o tema do adultério, muito ligado ao duplo mandamento do amor.
No tempo
de Jesus, e como herança de longa tradição não somente israelita, mas de todo o
Oriente Médio, a mulher ocupava um lugar muito desprezível na sociedade; e era
tão desrespeitada, que se tornava apenas uma propriedade a mais, junto com o
boi, o asno, acrescentada ao patrimônio do homem. Seu papel familiar era
definido em função da submissão ao marido e o cuidado dos filhos, e estava muito
longe de chegar a ocupar lugares importantes na sociedade. Sua posição era tão
baixa, que o marido tinha o direito de divorciar-se dela por meio de uma carta
apenas, e por qualquer motivo.
Com
Jesus, o adultério veio a ser não uma questão meramente formal, mas vivencial;
e não seria mais a mulher a única destinatária de semelhante carga, mas o homem
também passaria a participar dela ativamente. Jesus chama seus discípulos a
viver em coerência com o mandamento do amor, e exige fidelidade e respeito pela
pessoa do outro.
A
Palavra de Deus é o próprio Jesus! Nela nós encontramos o mapa para alcançarmos
a santidade. Jesus nos adverte: não somos adúlteros só quando agimos, mas
também quando “desejamos”, quando “imaginamos”, quando contemplamos e
cultivamos o mal dentro do nosso coração.
O mal
pode nos escravizar mesmo que não pratiquemos ações más, dependendo da nossa
maneira de encarar e de ver as pessoas e as coisas. O arrancar o olho e a mão,
a que Jesus se refere, significa cortar pela raiz os pensamentos, os
sentimentos e as ações que nos são agradáveis mas que nos desvirtuam do caminho
de Deus.
Os
nossos julgamentos pelas aparências, os sentimentos de ódio e rancor que
guardamos dentro do coração, as manifestações interiores de orgulho e de inveja
que ruminamos quando ambicionamos as riquezas do mundo, são ocasiões de pecado.
Por isso, Jesus, nos manda jogar fora.
No
casamento, homem e a mulher firmam aliança com Deus que é para sempre e se
propõem a cooperar para a construção de um mundo mais justo e feliz. A
infidelidade gera infelicidade, a aliança rompida gera vidas quebradas, amor
violado gera traição a Deus, por isso Jesus chama a nossa atenção para que
tenhamos consciência do compromisso que assumimos com Ele.
Qual é a
visão que você tem das pessoas e dos acontecimentos do mundo? Você se
importa muito com a vida alheia? Você cultiva sentimentos de inveja e de
cobiça? Os filmes que você vê pela TV alimentam em você o
pecado? Você tem tentado se afastar das ocasiões de pecado? O que
você entende da recomendação de Jesus sobre o matrimônio? Você acha que os
tempos mudaram e que isto já era e que hoje é diferente?
Propósito:
Pai, tu
exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a
cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
VALE A PENA?
A boa notícia é que a má notícia pode se
transformar em boa notícia quando você muda a sua atitude.
Quando as coisas parecem
que vão piorar, existem boas chances de que, na realidade, elas vão melhorar.
Quando os desafios parecem crescer, crescem também as oportunidades para um positivo progresso. Quando tudo parece sair errado, é quando você pode se motivar ainda mais a fazer aquilo que é certo fazer. Quando o mundo parece conspirar contra você, não se desespere. Tome essa energia do momento e use-a em uma direção positiva.
Quando a situação está no seu pior, essa é uma excelente oportunidade para você ser o seu melhor. É aqui que você pode fazer uma positiva diferença. As oportunidades para seguir em frente estão sempre presentes, mesmo quando você não as vê. Quando as coisas são difíceis, aí é que um foco positivo faz realmente uma significativa diferença.
Quando os desafios parecem crescer, crescem também as oportunidades para um positivo progresso. Quando tudo parece sair errado, é quando você pode se motivar ainda mais a fazer aquilo que é certo fazer. Quando o mundo parece conspirar contra você, não se desespere. Tome essa energia do momento e use-a em uma direção positiva.
Quando a situação está no seu pior, essa é uma excelente oportunidade para você ser o seu melhor. É aqui que você pode fazer uma positiva diferença. As oportunidades para seguir em frente estão sempre presentes, mesmo quando você não as vê. Quando as coisas são difíceis, aí é que um foco positivo faz realmente uma significativa diferença.
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