10 JANEIRO - Ó Deus, quantas imperfeições descobrimos
em nós mesmos! Nós nos propomos de melhorar, mas cabe somente a Vós fecundar os
nossos frágeis propósitos. (S 32). São Jose Marello
Marcos 1,21b-28
"No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a
ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como
quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na sinagoga estava um
homem com um espírito impuro; ele gritava: "Que queres de nós, Jesus
Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!"
Jesus o repreendeu: "Cala-te, sai dele!" O espírito impuro sacudiu o
homem com violência, deu um forte grito e saiu. Todos ficaram admirados e
perguntavam uns aos outros: "Que é isto? Um ensinamento novo, e com
autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!"
E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia. "
Meditação:
“(…) Jesus tem como costume ensinar nas sinagogas e o
conhecimento da fé é a maior arma que o cristão tem para vencer o mal e o
pecado, pois não só nos mostra o caminho para chegarmos até Deus e o valor da
verdade para nós, além de nos revelar o amor que Deus tem por nós e a
necessidade que temos de corresponder a esse amor por uma vida santa para que
possamos vencer toda sorte de mal que venha a acontecer em nossas vidas e
sentirmos o poder amoroso de Deus que se faz presente na vida de todas as
pessoas que acolhem o que Jesus veio revelar a respeito de Deus e do seu Reino”.
(CNBB)
O início da atividade apostólica de Jesus, para S.
Marcos, é um convite à conversão (Mc 1, 14-20). Diz Jesus: “O tempo já se
completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
(Mc 1, 15).
Acabou-se o tempo das promessas e da espera: O
Messias chegou e está começando o seu ministério! A sua presença é a plenitude
dos tempos, tornando-os veículos da misericórdia de Deus e da história da
salvação.
Para acolher Jesus, a condição primeira é a
conversão, a mudança profunda de vida que exige, sobretudo, a luta contra o
pecado e, conseqüentemente, a rejeição de tudo aquilo que o pode desviar do
amor e da Lei de Deus.
Uma conversão parecida à que Deus exigiu à cidade
de Nínive, por meio da pregação de Jonas, e que os seus habitantes praticaram,
abandonando “o seu mau caminho” (Jn 3, 10).
A fuga do pecado é apenas a primeira fase da
conversão anunciada por Jesus, que exige também um segundo momento que é
destacado no Evangelho: “Acreditai na Boa-Nova”.
O cristão tem que aderir positivamente ao Evangelho
com uma fé vivificada pelo amor, que não se fica apenas na sua aceitação
teórica, mais procura evidenciá-lo com a vida prática.
É necessário e urgente, pois, deixar de lado a
mentalidade terrena que faz com que o homem viva e atue apenas com vistas à
felicidade e aos interesses temporais. “A aparência (a figura) deste mundo
passa”, adverte S. Paulo (1 Cor 7, 31).
É preciso criar-se uma consciência cristã capaz de
fomentar desejos, intenções, hábitos, e comportamentos em total sintonia com o
Evangelho de Cristo.
Isto é tão urgente quanto “o tempo é breve”
(1 Cor 7, 29), brevidade esta fixada precisamente pela vinda de Cristo e da
qual não fica mais que uma fase histórica, ou seja, a que separa o dia de hoje
da sua última vinda.
O tempo não tem mais que um sentido: acertar os
passos do homem –individual ou coletivamente- no seu caminho para a eternidade.
O convite à conversão estende-se a todos os povos.
O tema da conversão e da penitência poderia parecer um tema quaresmal. Porém
não é assim! Toda a nossa vida deve ser marcada pela conversão; o ano todo é
tempo de conversão; a vida toda é tempo de conversão!
Converter-se significa crer no Evangelho, ou seja,
significa pautar a vida pela Boa-Nova, ou o Evangelho de Deus. Significa entrar
no discipulado de Cristo.
É pautar a nossa vida segundo os ensinamentos e os
exemplos do próprio Cristo, em relação a Deus, como seus filhos; em relação ao
próximo, como nosso irmão e irmã.
No Evangelho somos chamados, como Simão e André, a
aceitar o convite de Jesus: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”
(Mc 1, 17).
Entramos no discipulado de Jesus se fizermos como
Tiago e João: “Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu na barca com
os empregados, o seguiram” (Mc 1, 19-20).
Estes homens deixaram tudo imediatamente e seguiram
o Mestre.
Para seguirmos o Senhor, é preciso que tenhamos a
alma livre de todo o apegamento; em primeiro lugar, do amor próprio, da
preocupação excessiva pela saúde, pelo futuro…, pelas riquezas e bens
materiais. Porque, quando o coração se enche dos bens da terra, já não resta
lugar para Deus.
Por isso o cristão necessita de uma vigilância
contínua, de um exame freqüente, para que os bens criados não o impeçam de
unir-se a Deus, antes sejam um meio de amá-Lo e servi-Lo.
Ensina o concílio Vaticano II, na Lumen Gentium:
“Cuidem todos, portanto, de dirigir retamente os seus afetos, para que, por
causa das coisas deste mundo e do apego às riquezas, não encontrem um obstáculo
que os afaste, contra o espírito de pobreza evangélica, da busca da caridade
perfeita, segundo ensinamento de S. Paulo: “Os que usam deste mundo, como se
dele não usassem. Pois a figura deste mundo passa” (1 cor 7,31); (LG. 42).
Cristo continua dirigindo ainda hoje o mesmo apelo:
“Vinde após mim e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17).
É um chamamento para aderir à pessoa de Jesus, para
fazer aprender com Ele a ser uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos
irmãos.
Todos os batizados são chamados a ser discípulos de
Jesus, a “Converter-se”, a acreditar no Evangelho, a seguir Jesus nesse
caminho de amor e de dom da vida.
Reflexão Apostólica:
Estamos refletindo o inicio da semana do tempo comum…
Tempo comum é muito próximo do nosso
dia-a-dia. Ganhamos algumas lutas, perdemos algumas batalhas, ao o fim do dia é
preciso ainda estar de pé. O que essa reflexão inicial tem haver como esse
evangelho?
Notem que Jesus CONTINUA SEU CAMINHO.
Ele cativa as pessoas, educa e exorta. Todos que tem contato com Ele, mesmo os
que o odeiam, velam uma profunda admiração, mas mesmo trilhando o caminho que é
a vontade de Deus, não deixa de deparar com a ação do malvado sobre as pessoas.
O Senhor mostra-se bem focado em seu objetivo e talvez seja isso que tem
faltado em nossa vida cristã em nossas batalhas diárias contra o mal.
Se trouxermos esse evangelho ao dia-a-dia,
quanto às tribulações que temos, podemos apresentar a Deus aquela dificuldade
que temos de rezar todos os dias ou a vontade de ficar em casa contrapondo-se
as responsabilidades assumidas no grupo, na comunidade, na igreja, com as
pessoas… Pode ser também a preguiça que insiste em não nos abandonar; a raiva,
a inquietação, a inveja daquele que cresce; a ambição em ter o que o outro tem
ou simplesmente (que seja talvez o pior) a nossa própria falta de fé para
enfrentar os problemas, em especial, a aridez na fé.
Jesus tocava, encantava, transmitia
segurança, pois sua fé era madura. Segundo os próprios evangelistas, Ele era
igual a nós em tudo, menos no pecado. Sua fé conseguia remover a maior das
montanhas: a incredulidade das pessoas que queriam e precisavam ver milagres ou
grandes prodígios para crer.
Hoje, por falta de uma fé madura,
caímos muito. Dizia eu a uma amiga, que temos mania de buscar o colo do Senhor
a todo o momento, e como os apóstolos no monte Tabor, não querer mais descer e
fugir totalmente da realidade dos que mais precisam. Quem não conhece alguém
que se cerca de afazeres na igreja, na comunidade, mas ele (a) mesmo não muda
em nada?
Essa resistência ou relutância em mudar
talvez seja o grande demônio pelo qual precisamos amadurecer nossa fé para
expulsá-lo.
Creio que sempre tropeçaremos nisso,
mas a santidade esta no quanto me aproximo do que falo e faço. Não dá pra
imaginar em ser cristão e não ter que lutar por mudança, inclusive a pessoal;
não dá pra ser cristão e lutar somente por si, ficar apenas nas palavras e não
ser espelho.
A fé madura nos credencia a enfrentar
aos desertos…
Propósito: Eliminar do modo de pensar e agir aquilo que não
vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.
AUTÊNTICA
HUMILDADE
Quando você se libertar das demandas do seu ego, você
também estará livre das suas maiores auto imposições. Ao praticar uma autêntica
humildade, você encontrará um enorme poder.
Vá para além da sua necessidade de controlar os outros e você irá aprimorar assustadoramente a sua própria habilidade de controlar a si mesmo. Deixe de lado a sua necessidade de estar sempre certo, pois assim você estará aberto a experimentar novas verdades.
Desista da idéia de ser melhor que as outras pessoas, pois assim um novo mundo de oportunidades surgirão a você. Pare de buscar por injustas vantagens e você estará livre para desenvolver uma incontrolável eficiência. Viva cada momento com humildade, amor, respeito e gratidão por esta vida preciosa que Deus está lhe dando. Ao assim agir, você estará encontrando um tesouro sem fim.
Vá para além da sua necessidade de controlar os outros e você irá aprimorar assustadoramente a sua própria habilidade de controlar a si mesmo. Deixe de lado a sua necessidade de estar sempre certo, pois assim você estará aberto a experimentar novas verdades.
Desista da idéia de ser melhor que as outras pessoas, pois assim um novo mundo de oportunidades surgirão a você. Pare de buscar por injustas vantagens e você estará livre para desenvolver uma incontrolável eficiência. Viva cada momento com humildade, amor, respeito e gratidão por esta vida preciosa que Deus está lhe dando. Ao assim agir, você estará encontrando um tesouro sem fim.
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