SÃO PIO X
21 de agosto - A decadência moral das nações
depende, em grande parte, da posição liberalizante da mulher na sociedade.
Ressurja nelas, por um instante, a consciência da antiga dignidade, e com as
moças honradas, com as esposas fiéis, com as mães educadoras, veremos surgir
uma geração de jovens estudiosos e honestos, de esposos virtuosos e amantes do
lar, de pais de família exemplares. (L 5). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus
22,34-40
"Os fariseus ouviram
dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, e um deles,
um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: "Mestre, qual é o
maior mandamento da Lei?" Ele respondeu: "'Amarás o Senhor, teu Deus,
com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!'
Esse é o maior e o primeiro mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante:
'Amarás teu próximo como a ti mesmo'. Toda a Lei e os Profetas dependem desses
dois mandamentos"."
Meditação:
Meditação:
Este
episódio é relatado pelos três evangelistas sinóticos. Em Marcos o diálogo
ocorre entre um escriba e Jesus, de maneira pacífica. Em Mateus e também em
Lucas, um fariseu se dirige a Jesus com malícia, para tentá-lo.
No
momento em que o evangelho de Mateus foi escrito, existia um conjunto enorme de
leis, orais e escritas, complicadas de entender e mais complicadas ainda de
praticar.
Jesus
propõe um principio simples para interpretar essas leis e reconduzi-las ao seu
justo lugar: o amor a Deus e ao próximo. Estes dois preceitos condensados no
amor expressam todo o potencial da lei e todas as possibilidades do ser humano.
Esse
amor nos obriga a enfrentar as idealizações de uma relação narcisista na qual
prima o elogio a si mesmo. Um amor que nos conduz a uma entrega madura,
altruísta e desinteressada, que prima pela capacidade de dar e a humildade em
receber.Por isso, o mandamento, ao fazer alusão aos ensinamentos do Deuteronômio, recorda que somos "coração", quer dizer, vontade e capacidade de decisão; também recorda que somos "alma", quer dizer, vida que busca transcender o imediato da luta pela sobrevivência, igualmente nos diz que somos "mente", quer dizer, capacidade para compreender globalmente a sociedade e o mundo.
Rezando
e lendo o Evangelho, indo à Missa aos Domingos e Dias Santos de Guarda,
pensando nas três pessoas da Santíssima Trindade, ouvindo e divulgando a sua
Palavra, acreditando em Jesus.
De
que modo nós amamos as pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia na família,
na escola e que são próximas a nós?
Respeitando,
evitando uma briga, não roubando, não prejudicando, sorrindo, cumprimentando,
perdoando, tolerando, ajudando, demonstrando interesse, compreendendo, falando
bem, mostrando seus erros, corrigindo, não sendo falso, mas amigo de verdade,
não fazendo fofoca, não estragando as coisas dos outros, não fazendo bagunça
durante às aulas, não tendo inveja e não desejando o mal a ninguém, não fazendo
brincadeiras de mal gosto, obedecendo os professores e os pais, tendo pena e
ajudando: os cegos, mendigos, paralíticos e outros deficientes etc. Sendo
honesto, dando esmola a um pobre, não mentindo, não sendo fingido, não
caluniando, não guardando rancor, não tendo ódio, não sendo preguiçoso, não
divulgando os defeitos dos outros, não ofendendo, não fazendo gozação, enfim,
procurando acertar mais e errar menos, querendo para os outros exatamente o que
desejamos para nós.
Cristão é aquele que vive o amor de Cristo e trabalha para construir um mundo melhor, combatendo as coisas erradas, por exemplo.
Cristão é aquele que vive o amor de Cristo e trabalha para construir um mundo melhor, combatendo as coisas erradas, por exemplo.
O
cristão cresce, ou se valoriza como pessoa, quando ele se preocupa com o
verdadeiro desenvolvimento dos outros. Quando procura viver como irmão e é esse
amor fraterno que dá sentido a nossa vida e à vida das outras pessoas.
Será
que vivemos sempre esse amor fraterno? Será que no nosso dia-a-dia na família,
na escola, no trabalho, nós nos esforçamos realmente para que este mundo seja
melhor?
Recebemos
de Deus a tendência natural para fazermos o que Ele nos manda, de maneira que
não podemos insurgir-nos, como se Ele nos pedisse uma coisa extraordinária, nem
orgulhar-nos, como se déssemos mais do que aquilo que nos é dado.
Ao
recebermos de Deus o mandamento do amor, possuímos imediatamente, desde a nossa
origem, a faculdade natural de amar.
Não
foi a partir do exterior que fomos por ela formados; e isto é evidente, porque
procuramos naturalmente aquilo que é belo; sem que no-lo ensinem, amamos
aqueles que nos são aparentados, pelos laços do sangue ou de uma qualquer
aliança; enfim, de boa vontade damos provas de benevolência aos nossos
benfeitores.
Haverá
coisa mais admirável do que a beleza de Deus? Haverá desejo mais ardente do que
a sede provocada por Deus na alma purificada, que exclama com emoção sincera:
«Desfaleço de amor» (Cant 2, 5)?
Esta
bondade é invisível aos olhos do corpo, só podendo ser captada pela alma e pela
inteligência. Sempre que iluminou os santos, deixou neles o aguilhão de um
grande desejo, a ponto de eles exclamarem: «Ai de mim, que vivo no exílio» (Sl
119, 5), «Quando poderei eu chegar, para contemplar a face de Deus?» (Sl 41,3),
«Desejo partir para estar com Cristo» (Fil 1, 23) e «A minha alma tem sede do
Senhor, do Deus vivo» (Sl 41, 3).
É
assim que os homens aspiram naturalmente ao belo. Mas aquilo que é bom é também
supremamente amável; ora, Deus é bom; portanto, se todas as coisas procuram o
que é bom, todas as coisas procuram a Deus.
Se
o afeto dos filhos pelos pais é um sentimento natural, que se manifesta no
instinto dos animais e na disposição dos homens para amarem as mães desde tenra
idade, não sejamos menos inteligentes do que as crianças, nem mais estúpidos do
que os animais: não nos apresentemos diante de Deus que nos criou como
estrangeiros sem amor.
Mesmo
que não tivéssemos compreendido, pela Sua bondade, Quem Ele é, devíamos ainda
assim, apenas pelo fato de termos sido criados por Ele, amá-Lo acima de tudo, e
permanecer ligados à memória do que Ele é, como as crianças permanecem ligadas
à memória de sua mãe pelo amor que essa lhe dedicou.
Só o amor de uma mãe pode tornar agradável a Deus a ação do homem: “Compreendo tão bem, que somente o amor pode nos tornar agradáveis ao Senhor, que isso constitui minha única ambição. O amor “é tudo.”
Só o amor de uma mãe pode tornar agradável a Deus a ação do homem: “Compreendo tão bem, que somente o amor pode nos tornar agradáveis ao Senhor, que isso constitui minha única ambição. O amor “é tudo.”
O
homem poderia fazer coisas grandiosas, mas sem o amor, permaneceriam vazias,
completamente desvitalizadas como um corpo sem alma.
Seu
valor não depende da grandiosidade, mas do amor com o qual foram idealizadas e
realizadas. O amor é o único elemento que pode plasmar e dar finalidade
dignamente a todo o agir humano. “Com
amor, não caminho apenas,
ponho-me a voar.”
Você
já compreendeu que só o amor que você viver será agradável a Deus? Como você
tem vivido o amor com o próximo? Você sabia que ser santo é amar? De que modo
amas a Deus?
Reflexão
Apostólica:
Na
nossa vida vivemos e caminhamos amarrados às preferências que se apresentam na
família, no trabalho, no estudo, no lazer; em todos os lugares e momentos,
somos levados a escolher, primeiro isto, depois aquilo, mesmo que tenhamos
feito um organograma diário para todas as semanas. É muito difícil, no
dia-a-dia, fazê-los todos iguais.
Podemos
marcar determinadas obrigações a serem cumpridas mas, no desenrolar dos
acontecimentos somos levados a fazer opções, mudando compromissos, de acordo
com o andar da carruagem, sempre procurando não sair dos objetivos traçados.
Aí, reside, na nossa existência, as razões e as explicações do porquê, alguns
são bem sucedidos e outros não.
Durante
a sua existência é preciso que cada mudança feita, não dê origem a problemas
complicados, de difíceis soluções, uma vez que aquilo que estava previsto ter
sido postergado, para que tudo continue se desenvolvendo, apesar das mudanças
efetuadas, porque atrás dos compromissos marcados, sempre bilaterais,
envolvem-se interesses de outras pessoas, que contam com a pontualidade
combinada.
Daí, uma
observação, com respeito ao evangelho de Mateus, quando Jesus nos fala que Deus
nos deixou dois compromissos únicos e básicos, para vivermos, segundo a
Sua vontade: 1º Ämarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração; de toda a tua
alma e de toda a tua mente. O Segundo lhe é semelhante :- "Amarás o teu
próximo como a ti mesmo".
No
mundo em que vivemos hoje, como ficamos com relação a estes dois compromissos
com o Criador? Estamos vivendo uma era de tão grande desamor, que é nos difícil
descobrir quem e quais pessoas estão, pelo menos, tentando satisfazer os
mandamentos do senhor.
Devido
a tanta coisa que vem surgindo em meio à sociedade, principalmente, onde estão
delegados os poderes para bem dirigi-la.
Ali,
acontece o inverso do que Jesus nos diz, de acordo com o comportamento dos
responsáveis lá colocados para fazerem com que sejam cumpridas as leis
instituídas, sempre para o bem social de todos,independente de ter bom emprego
e bens, acumulados ou não.
Na
constituição de todos os países são muitas as leis, todas elas
reconhecendo o seu povo, os direitos instituídos, sempre com a intenção única
de dar ao se cidadão uma vida digna. Mas... os benefícios são privilégios de
poucos.
Os
menos favorecidos, na maioria das vezes, para conseguirem alcançar os seus
direitos, lutam muito até estarem exauridos e, quando conseguem alguma coisa,
nunca é por inteiro, conforme deveria ser.
Passamos
por tempos de bastante aflição, para os menos favorecidos, para os que nada
possuem; para os que lutam diuturnamente para alimentar a sua família.
Como
ficará o acerto de contas daqueles que desprezam o outro como ser humano.
Que se locupletam do dinheiro público, do dinheiro do povo, amealhando grandes
fortunas, não cumprindo e não fazendo cumprir aquilo que foi elaborado pelas
suas próprias leis; pouco se importando com o destino da população?
Fiquemos
bem atentos às campanhas eleitorais. Precisamos escolher pessoas dignas de
verdade, que tenham como meta primeira cumprir o maior dos compromissos de um
ser humano:-"Que ame a Deus acima de tudo e de todos e, ame ao próximo
como a si mesmo".
A
pessoa que não estiver dentro desse padrão, não serve, porque, não irá defender
os direitos dos pequenos, que são a maioria, que vive sufocada por governos
elitistas desde há muito tempo.
Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a ti e a meu
semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla
fidelidade.
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