11 – “Loquere, Domine!” Fala,
Senhor! Qual é o meu dever? Nenhuma curiosidade? Aceito o sacrifício. Nenhum pensamento em que
o "eu" se intrometa? Empenhar-me-ei com todas as forças. Nenhuma
afeição desordenada? Ah! de hoje em diante quero amar
só a Vós, fonte de todo amor! Somente
Vós em vossos santos, em Maria, em São José, nos meus Anjos protetores. Somente
Vós em vossa Igreja! (S 19) São Jose Marello
INTRODUÇÃO:
Dois pontos queremos tratar na exegese de
hoje: a importância de João, o Batista, para o cristianismo primitivo e o
batismo de Jesus, como modelo de nosso batismo no Espírito Santo. Respeito ao
1o problema, vemos como a figura de João é exaltada pelos 4 evangelistas.
Marcos, em especial, tem dois capítulos em que a sua figura aparece como
protagonista: este, e o capítulo VI, em que vemos João, exaltado como mártir
inocente de uma vingança feminina. De fato, João era uma figura chave para
demonstrar a missão de Jesus. Era um profeta e, como tal, era venerado pelo
povo (Mc 11, 30). João era o primeiro testemunho sobre Jesus: Depois de mim
virá alguém mais forte do que eu (1,7). O próprio Jesus o aceitou como enviado
de Deus e quis ser batizado por João. Sem dúvida que este batismo era um tanto
perturbador para a consciência cristã. Como um ser superior, que vinha perdoar
os pecados, se submete a um batismo, que era figura do que ele pretendia
implantar? Por isso, em todos os casos, os evangelistas acrescentam as palavras
do Batista: eu vos batizei em água. Ele porém vos batizará no Espírito Santo (
1,8). Mateus até introduz um diálogo dramático no qual João, inicialmente, se
nega a batizar Jesus (Mt 3, 13-15).
Resolvida
esta questão, a figura de João é valorizada como arauto de Jesus e ao mesmo
tempo como paradigma de uma morte injusta nas mãos do poder civil. Todos
admitiam que João foi um mártir nas mãos de Antipas por causa da denúncia de um
casamento que, segundo a lei, tinha visos de incestuoso, por casar com a mulher
de seu meio irmão, estando este ainda vivo (6,18), como declarava o livro do
Levítico (18,16 e 20,21). A morte de João era um espelho da morte de Jesus nas
mãos do poder civil. Podia existir uma morte injusta e um mártir da verdade, sem
que Javé-Deus interviesse no resultado? A resposta é sim. Isso era importante
para a apologia de Jesus, morto nas mãos dos romanos por instigação dos judeus
de Jerusalém. Assim como Herodes recusou a execução do Batista o máximo
possível, também os romanos fizeram o mesmo e, ao que parece, foram forçados
pelas circunstâncias. Marcos afirma que Pilatos percebeu que os chefes
sacerdotais o tinham entregue por inveja (15,10). Vemos como de tudo isso, em
comparação com o Batista, o primitivo cristianismo tinha unicamente que tirar
vantagens para a figura de Jesus. Mas como esses fatos perderiam seu valor uma
vez destruído o templo no ano 70, o evangelho de Marcos deveria ser anterior a
essa data.
O 2o
problema é o batismo de Jesus. Por que ele quis ser batizado? A resposta é dada
por Mateus: agora é assim que nos convém cumprir toda justiça (Mt 3, 15). Em
Mateus, justiça é a fidelidade total à vontade de Deus de instituir um mundo
novo em que o homem entra no reino diretamente submetido à vontade divina. Justiça
que os fariseus e escribas jamais alcançarão (Mt 6,20), e que os discípulos de
Jesus devem buscar em primeiro lugar (6,33). A justiça, pois, inclui uma
aceitação de Jesus como novo Moisés e o seguimento de suas normas como
prioridade na vida. Jesus encara o seu batismo como um mandato especial do Pai.
Jesus, que seria transformado em pecado (2 Cor 5,21), devia passar por esse
método de perdão como um pecador qualquer. Que implicou, por outra parte, o
batismo em Jesus? A possessão do Espírito Santo, que apareceu em forma corporal
como de pomba e pousou sobre ele. E a manifestação da presença do Pai que,
nesse momento, solenemente o declara seu filho único (= tradução quod ad sensum
de agapetós) e no qual declara estarem suas complacências.
Atrevido
é dizê-lo, mas parece que para entrar no plano divino de justiça, aquele em que
o pecado é perdoado e a criatura se torna filho de Deus, é necessário se sentir
pecador (vide parábola do fariseu e do publicano em Lc 17,9 +). Daí a parte
humana do batismo: arrependimento e fé (convertei-vos e crede no evangelho, Mc
1,15). Lutero dirá que é necessária a humildade da fé: se sentir tremendamente
pecador e crer que Cristo é o único Salvador. Porém Lutero não admitia a
confissão dos pecados. Mas, em sentido católico, a essa humildade, precede o
arrependimento e a confissão do pecado. Os teólogos católicos falam de sinergia
[força unida, ou cooperação] entre Deus e o homem, pois a humildade não é a
essência da fé, mas a virtude que prepara a graça; e não podemos falar de uma
justificação passiva [tudo depende da justiça divina] mas de uma justificação
ativa [a justiça divina só atua quando o homem se prepara com o
arrependimento], porque se não necessitamos o médico é inútil pedir que cure
nossa doença. Se não nos vemos como pecadores, jamais desejaremos ser
perdoados.
E se não
seguimos os remédios e conselhos do médico, tampouco obteremos a cura. Porque,
dirá Paulo, todos estamos sob o império do pecado (Rm 3,9). Tanto neste momento
do seu batismo, como na cruz, podemos, por diversos motivos, afirmar que o
Filho nunca mais foi tão Filho e amado, como nessas duas circunstâncias em que
ele carregava o pecado da humanidade. Era realmente então o cordeiro de Deus
que tirava o pecado do mundo (Jo 1,20) A grande obra de Deus não é unicamente
perdoar o pecado, mas aceitá-lo e contemplá-lo em seu Filho, para que todo
pecador se sinta mais próximo do perdão, mais unificado com o Filho, tornado
pecado, embora este não fosse pecador. É isso que revela a grandeza da
sabedoria divina; isso é que é boa nova e se torna evangelho para os homens;
isso constitui a superabundante misericórdia de Deus e se transforma em suprema
esperança dos homens, que se sentem pecadores. Vejamos agora a exegese do
evangelho de hoje.
O ANÚNCIO DO BATISTA: E (João)
apregoava, dizendo: vem depois de mim o mais forte do que eu do qual não sou
digno, tendo me abaixado, de desatar as correias das suas sandálias (7). Et
praedicabat dicens venit fortior me post me cuius non sum dignus procumbens
solvere corrigiam calciamentorum eius. APREGOAVA: o verbo grego Kërissö é um
anúncio público por meio de um pregoeiro. O latim praedicabat deu origem ao
pregar das línguas vernáculas, que também o traduzem por proclamava. O anúncio
devia ser público e como um pregão, ou seja com certo ar de autoridade e
divulgação de uma notícia importante. O SUCESSOR: Era o que vinha depois dele
que teria as mesmas características de anunciador e pregoeiro. Porém, com maior
autoridade e poder, até tal ponto, que o Batista se declarava inferior ao
escravo doméstico mais humilde, aquele que desatava as sandálias do amo para
poder tomar banho ao chegar em casa. Eram as upodëmata, umas solas de couro
atadas ao pés que serviam como calçado para andar fora de casa.
A inferioridade
do Batista é ainda mais caraterizada, porque para fazer isso, o escravo teria
que se ajoelhar como expressa o verbo kyptö [=curvar-se, inclinar-se], que
magnificamente o latim traduz por procumbens, abaixando ou melhor prostrando-se
aos pés.
RAZÃO: Pois eu vos batizei em água;
ele, porém, vos batizará em Espírito Divino (8). Ego baptizavi vos aqua ille
vero baptizabit vos Spiritu Sancto. BATIZEI: do verbo baptizöque significa
imergir ou mergulhar, meter num líquido que, neste caso, era água, usado para
tomar banho. Daí a preposição en [em] do grego que mal traduz a Vulgata
colocando água em ablativo. Ao contrário de Baptö que é um lavado externo, e
usado por exemplo para tingir. Realmente, o procedimento do Batista era
mergulhar nas águas do Jordão os que, arrependidos dos pecados, queriam se
purificarem para se prepararem para o dia do Senhor (Mt 3, 7 e Lc 3, 9). Esse
dia que seria de ira para os impenitentes e dia de glória para os bons que eram
o trigo do celeiro em comparação com a palha dos réprobos (Mt 3, 12). Por isso,
o batismo do mais poderoso [ischyroteros= fortior] será submergir os bons no
espírito divino e os maus no fogo (Lc 3, 16). Lc também usa o en como material
de imersão. Que significa ser batizado em Espírito Divino [en pneumati ágiö]?
Sem dúvida que era uma imersão no modo de ser da divindade. O ‘agios não pode
ser traduzido por santo [sanctus latino] mas por sagrado, sacro ou divino, e se
diz de uma pessoa ou coisa que pertence unicamente a Deus. É, pois, uma versão
do kadosh hebraico. Assim, fala o Senhor em Ex 19, 6: que terá Israel como sua
propriedade, como uma nação santa[goy kadosh].
Falar de
espírito sacro não soa bem, pois sacro é também um osso do corpo humano; nem
mesmo sagrado, pois parece uma coisa pertencente ao culto; melhor seria
traduzir Espírito de Deus, daí o Divino que temos preferido. Uma vez conseguido
o sentido material, vejamos que significa como sentido bíblico.
Evidentemente,
que o Batista não conhecia os efeitos sobrenaturais do Batismo cristão. Por
isso, podemos afirmar que, de alguma maneira, ele apontava a uma purificação e
imersão na divindade como foi o ato de Moisés ao fazer a água lustral que devia
purificar quem tocar um cadáver (Nm 19, 12 e Nm 8, 7). Pelo que diz respeito ao
Espírito Santo, ou melhor Espírito Divino, podemos compará-lo com o ruah elohim
do AT , que pode ser espírito de profecia, como o caso de Azarias em 2 Cr 24,
20 ou um estado interior recebido como dom divino: assim, em Ex 35, 31, 6 foi o
espírito de sabedoria, inteligência e de todo conhecimento para toda espécie de
trabalho concedido a Beseleel, o artesão. De fato, não temos no AT uma
definição do que seja essa imersão no Espírito Divino ou de Deus e que no NT
aparece como pneuma ágios, diferente de to Pneuma to ágios que é a terceira
pessoa da Trindade como vemos em Mc 13, 11 Mt, Lc 10, 21 e especialmente em Jo
14, 26, em que o artigo definido To reclama uma particular pessoa ou coisa. Sem
dúvida, que o Batista pretendia dizer que ele só atendia ao exterior do homem e
o ischiróteros atingiria o próprio interior para modificá-lo, segundo as
palavras de Ezequiel: Porei no seu íntimo um espírito novo [pneuma kainon]:
removerei do seu corpo o coração de pedra, dar-lhes-ei um coração de carne (Ez
11, 19). Também: livrai-vos de todos os pecados que haveis cometido contra mim;
formai um coração novo e um espírito novo [pneuma kainon].
Jeremias
pede precisamente a circuncisão do coração para que a minha cólera não irrompa
como fogo (Jr 4, 4). Admitamos que é a estes profetas que pretende copiar o
Batista. Mas é lógico que a interpretação dada pela inspiração evangélica
transforma esse espírito no Espírito que receberam os primitivos cristãos ao
serem batizados em nome de Jesus: cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Divino
Espírito [lëmpsesthe tën dörean tou ‘agiou pneumatos], =accipietis donum
Spiritus Sancti] que não consistia tanto em carismas sobrenaturais como dom de
línguas, mas na inhabitação divina. Somos templos de Deus onde o Espírito Santo
habita (1Cor 3, 16) e, por isso, esse Espírito clama Abbá, Pai (Gl 4, 6). Como
escreve S. Basílio Magno, assim como a capacidade de ver só se encontra em
olhos sãos, também a ação do Espírito só se exerce na alma purificada.
Purificação que recebemos plenamente no Batismo.
ENCONTRO: Sucedeu, pois, que naqueles
dias veio Jesus de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão (9). Et factum est
in diebus illis venit Iesus a Nazareth Galilaeae et baptizatus est in Iordane
ab Iohanne. Tanto o sucedeu como naqueles dias,
são elementos redacionais para unir duas narrações independentes. O fato
principal é que Jesus chegou até onde João estava batizando e foi por ele
submergido nas águas do Jordão como um simples pecador que se preparava para a
nova era pelo arrependimento dos pecados. Isto é verdade até o ponto de Mateus
oferecer uma explicação sobre este ato de pecador arrependido, como sendo
vontade de Deus: justiça que é de salvação e que pede uma vida nova a ser
iniciada por uma total purificação (Mt 3, 15).
EPIFANIA: E imediatamente, subindo da
água viu rajando-se os céus e o Espírito como pomba descendo sobre ele (10).
Et
statim ascendens de aqua vidit apertos caelos et Spiritum tamquam columbam
descendentem et manentem in ipso. Quem é o sujeito desta narração? Se não
queremos violentar o texto, é, sem dúvida Jesus, o sujeito do verso anterior e
protagonista de toda a ação aqui narrada [o auton grego indica o mesmo sujeito
dos verbos anteriores]. Ele subiu da água e viu o céu se abrindo e o Espírito descendo
sobre ele. Vamos explicar o acontecido. O acontecimento que podemos chamar de
Epifania [manifestação divina] deu-se imediatamente após Jesus subir a margem
do rio. Os céus abriram ou rasgaram-se: segundo o conceito da época, os céus
tinham como base um firmamento [sólido] como uma abóbada de cristal sobre a
qual se sustentavam os outros dois céus: o das estrelas e o superior ou
altíssimo, onde estava a morada divina.
Pois bem, este firmamento se abriu e
deixou passar uma luz [um relâmpago] e o Espírito de Deus desceu sobre Jesus à
maneira como uma pomba desce a seu ninho, até esvoaçar sobre ele. Qual era a
forma material que esse Espírito tomou para se deixar ver? Não sabemos com
certeza. Em forma de pomba com asas, pairando sobre a cabeça de Jesus, ou de
outra forma, como uma língua de fogo, como foi visto em Pentecostes? De fato
não podemos pensar que fosse a terceira pessoa da Trindade, pois esta era então
completamente desconhecida e o Batista também foi testemunha desta epifania,
segundo afirma o quarto evangelista (Jo 1, 22).
Era o
próprio Deus em forma visível. Seu Espírito, agora, tomava visivelmente a
pessoa de Jesus como um Pai que é duplicado na pessoa do Filho. Isso é que as
palavras ouvidas sugerem como explicaremos no versículo final.
A VOZ: Então uma voz surgiu dos céus: Tu és o Filho meu, o amado, no qual encontrei meu júbilo (11).Et vox facta est de caelis tu es Filius meus dilectus in te conplacui. A voz explica de modo inteligível e humano a epifania. Jesus é o Filho preferido [amado ou agapetós] que o quarto evangelho chama, com propriedade, de unigênito. Segundo a narração de Marcos, aparentemente o Espírito era uma manifestação divina e a voz também. O Espírito era como o ruah Elohim ou pneuma theou que pairava sobre as águas (Gn 1,2). A voz não saiu da figura que esvoaçava, como pomba, sobre a cabeça de Jesus, mas como um trovão, provindo do céu aberto.
A VOZ: Então uma voz surgiu dos céus: Tu és o Filho meu, o amado, no qual encontrei meu júbilo (11).Et vox facta est de caelis tu es Filius meus dilectus in te conplacui. A voz explica de modo inteligível e humano a epifania. Jesus é o Filho preferido [amado ou agapetós] que o quarto evangelho chama, com propriedade, de unigênito. Segundo a narração de Marcos, aparentemente o Espírito era uma manifestação divina e a voz também. O Espírito era como o ruah Elohim ou pneuma theou que pairava sobre as águas (Gn 1,2). A voz não saiu da figura que esvoaçava, como pomba, sobre a cabeça de Jesus, mas como um trovão, provindo do céu aberto.
O
fenômeno também encontra um duplicado em Jo 12, 28-29, que a multidão pensou
fosse um trovão [brontë = tonítruum latino]. O aoristo do verbo grego
[eudokesa] deve ser traduzido como acabo de encontrar nele meu júbilo ou meu
orgulho. Isso indica que esse ato de humildade de Jesus foi como uma
antecipação de sua humildade em aceitar os pecados humanos e sofrer por eles na
cruz. Daí que cumprisse toda justiça [plërösai pasan dikaiosynën= implére omnem
iustítiam.]; ou seja, os planos salvíficos de Deus para com os homens
pecadores. Justiça que é misericórdia e salvação através do Filho, castigado no
lugar do pecador. Podemos, pois, adivinhar o júbilo, a complacência do Pai,
diante da humilhação de Jesus, servo de Javé, que, como cordeiro de expiação
(Lv 14, 12+), toma sobre si o pecado do mundo, como afirma o Batista (Jo 1,
29).
PISTAS: 1) João não é o Salvador, mas é a figura da Igreja que aponta o Salvador. O seu testemunho é o testemunho da Igreja. Ela, nestes tempos difíceis, também exorta ao arrependimento e deveria mostrar com uma vida austera, o significado material desse arrependimento, como exigência de uma maior aproximação ao verdadeiro Deus.
2) No batismo de Jesus, encontramos dois elementos diferentes: o ato, completamente humano, de sua humildade, que suscitou o júbilo divino e a manifestação ou epifania da presença de Deus nEle, como a de um Pai no Filho.
3) A humildade é, como disposição a servir, a virtude mais apreciada por Deus. Também encontramos a humildade do pecador, que reconhece o pecado e também reconhece o Salvador. Estas virtudes são as condições necessárias para ter propício a Deus e se manifestar como atuante em nossas vidas, através de seu Espírito.
4) Em toda manifestação divina vemos uma luz e uma escuridão. A luz nos declara um caminho a seguir e a escuridão é o nosso destino a longo prazo, que devemos aceitar como presente divino.
5) Quando Paulo fala da kenose [esvaziamento] do Filho diz, como suprema admiração, que se humilhou até a morte e morte de cruz. Dificilmente as razões, para igualar sexos e classes na Igreja, entram dentro desta suprema virtude humana, aos olhos de Deus. Todos querem ser alguém, nenhum gosta de ser ninguém, e isto, desejar ser ningém, é bastante mais fácil do ponto de vista das forças humanas. Por isso o jugo do Senhor deveria ser fácil e suave.
EXEMPLO: A bonequinha de sal: Era
linda, mas vivia muito triste pois não sabia que fazer de sua vida. Sonhava em
ser importante, quando maior. E em busca da resposta viajou pelo mundo inteiro.
E andando, andando, chegou ao mar: era a imensidão. Nunca tinha visto coisa
maior! Admirada pela grandeza do mar perguntou: Quem é você? Como conseguiu ser
tão grande e bonito? Entre, e veja a resposta. A bonequinha de sal,
profundamente atraída por aquela força quase divina, que a subjugava, entrou
mar adentro. Quanto mais entrava mais desejava entrar e mais se dissolvia,
perdendo seu ser. Só então conseguiu ver quem ela era; e antes que se
derretesse por completo, exclamou: agora sei que a grandeza que me atraiu me
destruiu! Devia ter sido sempre uma bonequinha pequena de sal! Conclusão: A
grandeza é uma tentação que destrói a verdade de nosso pequeno ser.
FRASE: Estou convencido de que a primeira prova de um
grande homem consiste em sua humildade (John Ruskin)
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