Evangelho do dia 18 de janeiro
- 2º Domingo do tempo comum
18 - Espírito de luta, mas também espírito de
resignação; buscar a glória de Deus, mas em conformidade com sua vontade;
sonhar muito e contentar-se também com pouco; promover o triunfo da Igreja, não
rejeitando, porém, as nossas derrotas pessoais, as mortificações diárias do
nosso amor próprio; assim se deve viver e assim temos de nos empenhar em viver
em união com o nosso Divino Mestre. (L 22).São Jose Marello
João 1,35-42
" No dia seguinte, João estava lá, de novo,
com dois dos seus discípulos. Vendo Jesus caminhando, disse: "Eis o
Cordeiro de Deus!" Os dois discípulos ouviram esta declaração de João e
passaram a seguir Jesus. Jesus voltou-se para trás e, vendo que eles o seguiam,
perguntou-lhes: "Que procurais?" Eles responderam: "Rabi (que
quer dizer Mestre), onde moras?" Ele respondeu: "Vinde e vede!"
Foram, viram onde morava e permaneceram com ele aquele dia. Era por volta das
quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham
ouvido a declaração de João e seguido Jesus. Ele encontrou primeiro o próprio
irmão, Simão, e lhe falou: "Encontramos o Cristo!" (que quer dizer
Messias). Então, conduziu-o até Jesus, que lhe disse, olhando para ele:
"Tu és Simão, filho de
João. Tu te chamarás Cefas!"
(que quer dizer Pedro)"
Meditação:
Encontramos
neste texto três mensagens importantes para nós:
1 – João Batista – Cumpria a sua missão de profeta
apontando aos seus discípulos, Jesus Cristo, o verdadeiro Caminho para que eles
O ouvissem, acreditassem e buscassem-no. Ele não procurou reter os seus
discípulos, muito pelo contrário, mostrava-lhes que Jesus era o único que podia
salvá-los. João aponta o Caminho da Verdade para os discípulos que desejavam
ter uma experiência com Jesus e queriam saber onde Ele morava. Nós também
precisamos ter consciência do que buscamos, a quem buscamos e do que desejamos.
2 – Os discípulos – Não duvidaram, mas escutaram a
mensagem e reconheceram a verdade. Saíram em busca de Jesus. Não ficaram presos
a João Batista. Jesus os acolheu, porém primeiro perguntou-lhes o que eles
procuravam. Não os prendeu, não os forçou apenas fez com que eles tivessem
consciência do que desejavam os seus corações. “Que estais procurando? Somente
depois foi que Jesus os chamou: “vinde ver.” Eles foram por livre e espontânea
vontade. Nós não podemos forçar ninguém a nos seguir e simplesmente fazer o que
nós queremos.
3- No nome, a missão – Assim como Jesus mudou o
nome de Pedro para Cefas, também poderá mudar o nosso nome, nos redimensionar,
nos reestruturar, transformar o nosso corpo, a nossa mentalidade e o nosso
espírito a fim de que estejamos ajustados (as) ao Plano de Deus na edificação
do Reino dos céus.
Jesus sabe quem nós somos, sabe para o que nós
viemos ao mundo e é o Espírito Santo quem nos revela tudo isso. Só Ele conhece
qual o propósito do Pai ao nos criar e tem poder para em qualquer momento da
nossa vida fazer as mudanças e transformações de que nós precisamos.
Qual das três mensagens é hoje importante para você
seguir como exemplo?
Reflexão Apostólica:
Continuando…
Ao refletir o evangelho de hoje voltamos a insistir
nesse parágrafo:
“(…) Investir, com afinco, na animação bíblica
da pastoral e em agentes e equipes leva à instituição e à formação continuada
dos ministros e ministras da Palavra [...]; com capacitação não apenas bíblica
e litúrgica, mas também técnica. Especial atenção merece a homilia que precisa
ATUALIZAR A MENSAGEM DA BÍBLIA DE TAL MODO QUE OS FIÉIS SEJAM LEVADOS A
DESCOBRIR A PRESENÇA E A EFICÁCIA DA PALAVRA DE DEUS, NO MOMENTO ATUAL DE SUA
VIDA”. (§97 Doc 94 CNBB – Diretrizes Gerais 2011-2015)
Para convencer André e João, Jesus usou muito mais
que apenas palavras. Além de serem indicados por João Batista, algo mais os
encantou a segui-lo. O que seria? “(…) Venham ver! – disse Jesus”
A pergunta para essa resposta foi: Mestre aonde
moras? Parece simples a resposta, mas vai muito mais além disso.
Muita gente ainda hoje busca a Deus na hora das
dificuldades e aflições e muitos mais que uma simples resposta de qual é o
problema, pois muitas vezes já sabemos qual é, Jesus oferece o conforto e a
solução para o problema. Muito mais que o “sermão”, Deus oferece algo que se
sintetiza no “venham ver” de Jesus.
Aquele que esta triste, abatido, desesperançoso
talvez não se convença com “momentos” ou pregações cheias de sentimentalismos,
no entanto vazias.
O que talvez mude sua vida é de fato sentir o
conforto que vem do alto, que de fato a farão se sentir acolhida como canta
Walmir Alencar naquela canção que narra o filho pródigo. Talvez seja isso que a
CNBB chame de eficiência e eficácia da Palavra de Deus.
Ontem, duas mulheres testemunhas de Jeová passaram
aqui em casa e ao fim da conversa ficaram meio que assombradas pelo fato de eu
ter dado atenção para elas mesmo eu dizendo ter uma outra religião.
Deram-me aquela revista que carregam consigo, a paz
e partiram recebendo de mim um “vão em paz e que Deus as acompanhe”.
Sorridentes acenaram e partiram. Pergunta: Como é que normalmente elas são
recebidas?
Não! Elas não conseguiram mudar minha religião, mas
creio que semeei a esperança em suas vidas. A mensagem que traziam era de
preocupações com o mundo e que deveríamos nos preparar para os sinais dos
tempos. Falavam de terremotos, desastres naturais, o desamor entre as pessoas,
mas saíram da minha casa acreditando que ainda vale à pena acreditar no mundo.
Méritos pra mim? Claro que não! Como diria João
Batista ao falar de Jesus: “(…) Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo! Eu estava falando a respeito dele quando disse: Depois de mim
vem um homem que é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já
existia”.
Aquele que vem a missa aos domingos merece ser
tratado como ser único para Deus e não confundamos isso com “paparicos”, mas
com a qualidade de nosso serviço, pois como vimos hoje, quem convenceu Pedro
foi André, e só seremos igreja de verdade se meu jeito de ser conseguir
convencer aos que me cercam que de fato conheci Jesus. “(…) Achamos o
Messias. (“Messias” quer dizer “Cristo”.)”
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