Evangelho do dia 23 de janeiro 2015-01-13
23 - Falando de coisas boas e úteis,
sinto em mim uma força que me conduz ao alto, a uma região mais pura e serena
do que esta nossa terra; sinto um instinto, que chamaria de progressão, um
desejo de aperfeiçoamento, uma forte aspiração pelo Céu. (L 5). São Jose
Marello
São
Marcos 3,13-19
Naquele tempo, 13Jesus
subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então
Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com
autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze:
Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu,
aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; 18André,
Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o
cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
Meditação:
Dentre a multidão e os discípulos Jesus escolhe
doze. Um pequeno grupo que será o começo de novo povo. A missão desse grupo
compreende três atitudes: comprometer-se com Jesus(estar com ele) para anunciar
o Reino(pregar), libertando os homens de tudo aquilo que os escraviza e
aliena(expulsar os demônios).
A lista dos doze apóstolos parece ter surgido como
tradição das primeiras comunidades de judeus convertidos, e os evangelistas
sinóticos incorporaram-na em seus evangelhos.
O número "doze" sugere a continuidade do
novo movimento cristão às doze tribos de Israel. Jesus é apresentado como novo
Moisés, constituindo um povo novo sobre a terra, sob a égide dos Doze escolhidos.
Moisés recebera na montanha (Sinai) a Lei e do alto
da montanha (monte Nebo) vislumbra a terra na qual serão instaladas as doze
tribos. Alguns dos nomes citados só aparecem nessa lista.
Ao longo dos evangelhos sinóticos, só serão
mencionados Pedro, André, Tiago, João, Mateus (só em Mateus) e Judas
Iscariotes; e no evangelho de João, apenas Pedro, André, Filipe, Natanael
(Bartolomeu?), Tomé, Judas (Tadeu?) e Judas Iscariotes.
Também no evangelho joanino não há a lista dos Doze
nem referência a "apóstolos", aparecendo sempre o termo
"discípulos", o que sugere uma visão diferenciada do movimento de
Jesus, mais como uma novidade surgida a partir da Galileia do que uma
continuidade do Judaísmo que desponta na esteira do antigo Israel.
A multidão e o apóstolo são realidades antagônicas.
A multidão, por sua simples realidade de conglomerado humano, sem projeto, sem
forma, sem organização, é anônima; cada pessoa dentro dela é uma ficha a mais
no grande tabuleiro de xadrez que é a história humana, de onde o poder se
exerce desde o mais forte, levando o anonimato aos seres humanos.
Ser apostolo, porém, é uma realidade totalmente diferente: implica ter rosto e nome diante de Deus e em meio à comunidade. O Senhor Jesus chamou com nome próprio homens e mulheres que viviam no anonimato, olhou seus rostos e os convidou a vivenciar novas realidades junto com ele.
Essas pessoas transformaram suas vidas e, fiéis ao Senhor, formaram uma comunidade que daria origem à Igreja. A comunidade cristã tem a tarefa de seguir convocando a humanidade para consolidar a grande família de Deus. Temos que abandonar toda atitude colonialista no anúncio do Evangelho.
Deus continua chamando hoje, respeita nossa forma particular de ser. Demos graças ao Senhor, que como os apóstolos, nos chama a cada um de nós, pelo nome, para que vivamos a experiência do Reino.
O tema da vocação é apresentado por Marcos de
maneira geral. A finalidade é que Jesus não chamou apenas os Doze, mas os
instituiu para fazer deles companheiros seus e para “enviá-los” a pregar e
expulsar os demônios. Se a Escritura tem predileção pelo número doze é porque
evoca para os judeus a ideia da primeira iniciativa de Deus na escolha. Ser apostolo, porém, é uma realidade totalmente diferente: implica ter rosto e nome diante de Deus e em meio à comunidade. O Senhor Jesus chamou com nome próprio homens e mulheres que viviam no anonimato, olhou seus rostos e os convidou a vivenciar novas realidades junto com ele.
Essas pessoas transformaram suas vidas e, fiéis ao Senhor, formaram uma comunidade que daria origem à Igreja. A comunidade cristã tem a tarefa de seguir convocando a humanidade para consolidar a grande família de Deus. Temos que abandonar toda atitude colonialista no anúncio do Evangelho.
Deus continua chamando hoje, respeita nossa forma particular de ser. Demos graças ao Senhor, que como os apóstolos, nos chama a cada um de nós, pelo nome, para que vivamos a experiência do Reino.
As tribos dos hebreus estavam inicialmente separadas umas das outras e ele teve que recorrer à organização de centros de culto para que se fossem acostumando a viver como uma unidade de doze ao serviço do Deus a quem veneravam.
Ao escolher este número simbólico de companheiros para associá-los à fundação do novo povo, Jesus se mantém fiel àquele conceito, que tem a vantagem de garantir a transcendência da iniciativa de Deus.
Cada apóstolo tem seu próprio nome e, portanto, uma identidade específica. Cada um com suas fortalezas e suas fraquezas, que tem de ir descobrindo para um maior e melhor serviço ao chamado de seguimento de Jesus.
A vocação se concretiza à medida que se vai patenteando a realidade de Jesus e de seu ministério: as primeiras motivações não são sempre as mais decisivas; somente ao cabo de uma longa aventura se descobre finalmente que a morte e a soberania de Jesus constituem os únicos motivos reais de um chamamento ao ministério.
Reflexão Apostólica:
Para as escolhas de Deus não há lógica humana. O chamado de Deus para nós é
irrevogável! Ele vê o coração e faz as Suas escolhas dentro do que é justo e
não de acordo com as nossas razões humanas, por isso, Ele escolhe pessoas que
aos nossos olhos são incapazes, sem gabarito, despreparadas.
Sabemos, porém, que Ele capacita os que não têm capacidade. No trabalho do
reino vale mil vezes mais o que temos dentro do nosso coração do que a
capacidade intelectual que nós possuímos.
As escolhas do Senhor se dão naturalmente, sem grandes alardes, assim como
fez Jesus quando chamou os doze. Jesus aproximou-se de cada um deles, conheceu
a sua realidade, a sua história e chamou até quem mais tarde iria traí-lo.
Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, Ele tinha
somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se perdesse ninguém.
Se Jesus tivesse chamado muita gente, para agradar, ou para fazer justiça aos
olhos do mundo, o trabalho do reino não teria sido eficaz. Portanto, Ele chamou
aqueles que Ele quis para subir o monte com Ele. Nem todos poderiam subir.
A metodologia de Jesus é muito simples e profunda, Ele chamou aqueles que
poderiam ficar muito perto de si, gozando da sua intimidade, recebendo um
ensinamento partilhado concretamente para que fosse frutuoso e depois eles
pudessem lançar sementes em terra boa.
Jesus sabia que na Sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também
com os Seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de
defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Esse é um
valioso ensinamento para nós quando tivermos que fazer opções e usar critérios
de escolha nos nossos empreendimentos.
Nós também precisamos examinar como é que estamos fazendo as nossas
escolhas, principalmente entre as pessoas que caminham junto de nós; quais os
critérios que nós usamos quando nos aproximamos de alguém para fazer parte do
nosso círculo de amizade; se estamos fazendo algum cálculo racional ou se temos
idéias formadas a respeito deles.
As nossas amizades são conseqüência dos encontros da nossa vida por isso,
precisamos também prestar atenção aonde é que estamos encontrando os “nossos
amigos”. Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração,
qual é a vontade de Deus nas diversas circunstâncias da nossa vida.
Como é o seu critério quando tem que escolher alguém para uma missão
específica? Você quer agradar alguém ou ser agradado na sua
escolha? Você se revolta quando não é escolhido (a) para um lugar
importante ou espera a hora de Deus para você? Como e aonde você tem
encontrado “amigos”? Você é capaz de acolher no seu círculo de amizade
aqueles (as) que aparentemente não têm nenhum brilho?
Eram muitos os que seguiam a Jesus, porém Ele chamou somente doze para o
seguirem. Por que será que tudo começou assim? Jesus não fazia nada para
impressionar nem provocar elogios, Ele tinha somente um objetivo: fazer a
vontade do Pai para que não se perdesse ninguém.
Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração, qual é a vontade de Deus nas diversas circunstâncias da nossa vida. Às vezes nós nos atordoamos e nos confundimos porque queremos ser agradáveis ou então, seguimos os nossos sentimentos de afeição e fazemos escolhas erradas.
Precisamos também nós, estarmos firmes e convictos em tudo quanto nos for revelado pelo Pai,
Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós aprendemos a viver, sem temor, o que Deus nos mandar fazer.
Propósito:
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.
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