26 - Nós contra nós mesmos: o
"eu" bom que combate o "eu" mau; o "eu" de um
instante, mas de um instante sublime, que se levanta para combater o
"eu" de todas as horas, o "eu" do passado, o "eu"
do velho sistema: é o "eu" que quer uma vez por todas, mas que se
multiplica a cada instante naquele ato de vontade eficaz. (L 9). São Jose
Marello
Leitura do santo
Evangelho segundo São Mateus 23,23-26
"- Ai
de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima
parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos
mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos com os outros,
o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que
vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos! Coam um mosquito,
mas engolem um camelo!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa! "
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa! "
Meditação:
O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os
escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento “ai de
vós…”.
Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida
aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das
advertências do profeta Isaías (5,8-22).
A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos
escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se
justos e desprezando o povo humilde.
Jesus critica severamente os escribas e fariseus porque eles desprezavam os preceitos mais importantes da lei, que era: a justiça, a misericórdia, a fidelidade.
Jesus critica severamente os escribas e fariseus porque eles desprezavam os preceitos mais importantes da lei, que era: a justiça, a misericórdia, a fidelidade.
A hipocrisia dos fariseus e escribas com relação à religiosidade
era algo que eles não conseguiam disfarçar, não obstante a sua falsa aparência
de santos.
Com mais duas imprecações, introduzidas com a advertência: "Ai
de vós...", temos a continuidade da contundente denúncia de Jesus aos
escribas e fariseus, integrantes da cúpula religiosa de Israel.
Nas comunidades do evangelista Mateus, havia membros oriundos do
judaísmo que ainda freqüentavam a sinagoga. Pressionados por seus antigos
chefes religiosos, estavam diante do dilema: ou abandonariam a sua fé em Jesus
ou seriam expulsos da sinagoga.
Mateus, com os sete "ais", exprime o anúncio de
Jesus confrontando-o com a doutrina das sinagogas. Embora se dirijam aos chefes
religiosos, eles têm o caráter de instrução às comunidades, advertindo-as
contra a incoerência desta doutrina.
Lucas também reproduz estas advertências em "ais" em seu
evangelho, de maneira mais resumida, em diferente contexto. Mateus, aos "ais",
acrescenta a qualificação de hipócritas aos escribas e fariseus.
Jesus é duro em suas advertências chegando a chamar os fariseus de
cegos e de hipócritas que limpam o exterior dos seus corpos enquanto por dentro
continuava sujo de pecados.
Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências. Assim como Ele falava para os mestres da lei e para os fariseus, chamando-os de “hipócritas”, Ele também poderá estar dirigindo-se a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das nossas “boas ações”.
Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências. Assim como Ele falava para os mestres da lei e para os fariseus, chamando-os de “hipócritas”, Ele também poderá estar dirigindo-se a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das nossas “boas ações”.
Com esta contundente denúncia, Mateus tem em vista demover os
membros de sua comunidade do retorno às sinagogas.
Afastando-se de uma religião opressora e excludente, na comunidade
eles encontram o jugo suave de Jesus, na liberdade, na misericórdia e no amor.
Reflexão Apostólica:
Uma das características dos
Fariseus (classe social da época) era manter aparentemente um certo domínio
intelectual para continuar com os privilégios, por isso exercitavam um certo
exagero na interpretações da lei.
Contudo, na prática, as ações
concretas eram transferidas para outras pessoas. Atualmente é comum observarmos
esse tipo de comportamento em alguns políticos partidários.
Jesus Cristo conhecedor do
coração humano na sua essência, sentia na obrigação de bom profeta além de
anunciar também denunciar
Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências.
Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências.
Assim como Ele falava para os
mestres da lei e para os fariseus, chamando-os de “hipócritas”, Ele também
poderá estar dirigindo-se a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das
nossas “boas ações”.
Nós também como os antigos,
podemos estar pagando o dízimo de todos os nossos proventos e até promovendo o
bem comum, no entanto, ao mesmo tempo, podemos está agindo como guias cegos, se
as nossas atitudes não estiverem edificando a ninguém. Se estivermos fazendo o
bem apenas para aparecer e chamar a atenção estão nos faltando os ensinamentos
mais importantes, que são a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
Isto acontece quando nós
aproveitamos os momentos em que todos tomam conhecimento das nossas boas obras
em campanhas que têm como objetivo somente a nossa promoção pessoal.
Por isso, o nosso exterior
aparece sem manchas, todavia o nosso interior está cheio de maldade. Jesus nos
adverte enquanto é tempo: “limpa primeiro o copo por dentro, para que também
por fora fique limpo”.
Podemos enganar a todos, mas
não enganamos a Deus que sonda o nosso coração e conhece o que há de mais
camuflado dentro de nós. A justiça, a misericórdia e a fidelidade, portanto, se
constituem em atos concretos de amor.
Somos chamados a dar o dízimo e
a fazer o bem, mas tudo com sentido e, por amor! Mesmo que não participemos de
campanhas beneficentes nem de grandes promoções na época do Natal que a regra
de ouro da nossa vida seja TUDO FAZER POR AMOR!
Se você não sabe como procure
os AMIGOS EM AÇÃO em Apucarana eles te indicam o caminho para fazer o bem...
Com que finalidade você tem
contribuído com o dízimo? Você acha que Deus está vendo as suas ações de
caridade? Você tem sido fiel, justo (a) e misericordioso (a) com as
pessoas com quem você convive? Você faz alguma coisa para aparecer?
Propósito: Ser coerente com a fé, nos
relacionamentos com Deus e com o próximo.
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