23 - Falando de coisas
boas e úteis, sinto em mim uma força que me conduz ao alto, a uma região mais
pura e serena do que esta nossa terra; sinto um instinto, que chamaria de
progressão, um desejo de aperfeiçoamento, uma forte aspiração pelo Céu. (L 5).
São Jose Marello
Marcos 3,7-12
Naquele tempo, 7Jesus
se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da
Galileia o seguia. 8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da
Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até
Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então
Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da
multidão, para que não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”
12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”
12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
Meditação:
Jesus se retira, mas atrai a multidão de todos os
lugares. Ele acolhe o povo, mas também toma distância. O projeto de Jesus não
pode ser atrapalhado por um assistencialismo que só atende às necessidades
imediatas. É preciso destruir pela raiz as estruturas injustas; estas é que
produzem todo tipo de necessidades na vida do povo.
A pessoa de Jesus desperta no mundo atual os mesmo
tipos de reações e de conhecimento que em sua época: desde a cegueira de alguns
até a fé progressiva de outros, passando pelas motivações religiosas equívocas
e as profissões de fé cercadas de ostentação.
É necessário que o fiel se imponha às vezes a si
mesmo o silêncio, renuncie a determinadas manifestações exteriores de sua fé
que poderiam ser mal interpretadas, e espere por sua vez que a manifestação do
reino se produza por meio da agonia e da morte.
Marcos apresenta-nos uma espécie de
"sumário" do primeiro ministério de Jesus na Galiléia. Um outro, se
encontra em Marcos 6, 53-56. O mar simboliza a abertura do ministério de Jesus
para os territórios gentílicos, no além-mar. Chamam a atenção, nesta narrativa,
as multidões vindas dos territórios vizinhos ao seu encontro. Marcos assinala,
assim, o ministério de Jesus como dirigido a todos os povos, não restrito ao
exclusivismo do Judaísmo.
Podemos esperar encontrar aí traços característicos
deste ministério, embora um tanto idealizados. Marcos não teve ocasião até
agora de apresentar o ensinamento de Jesus: limitou-se a seu poder de cura e à
sua tomada de posição diante de determinadas práticas legalistas.
O que equivale a dizer que seu êxito junto às
multidões é equívoco, porque a grande massa amorfa vai atrás de Jesus, não por
um processo de conversão profunda, nem pela proposta do Reino de Deus, muito
menos pelo desejo de começar a eliminar o egoísmo que corrói suas vidas e
destrói a sociedade. Todos eles buscam pão e circo e não compreendem que estes
milagres são os sinais precursores da era messiânica.
Por outro lado, Marcos é o único a assinalar (v.9)
que Jesus recua um pouco oportunamente em relação àquela multidão
incrédula.
O Evangelho, desde a primeira hora cristã, adverte
de como as massas podem gerar falsas confissões sobre Jesus e enveredar o
cristianismo em falsas esferas que não são as suas.
O Cristianismo, muitas vezes embriagado no quantitativo das massas, descuidou do qualitativo das pequenas comunidades, apresentando, em muitas ocasiões, um Jesus diferente de como ele se entendia e de como se apresenta nos evangelhos. Jesus não é um Deus ensoberbecido. Não é o Senhor do Poder. Ao contrário, sua ação consiste em sentir a dor e a miséria da humanidade para levar aos homens e mulheres a sua plenitude.
O Cristianismo, muitas vezes embriagado no quantitativo das massas, descuidou do qualitativo das pequenas comunidades, apresentando, em muitas ocasiões, um Jesus diferente de como ele se entendia e de como se apresenta nos evangelhos. Jesus não é um Deus ensoberbecido. Não é o Senhor do Poder. Ao contrário, sua ação consiste em sentir a dor e a miséria da humanidade para levar aos homens e mulheres a sua plenitude.
Revisemos o que entendemos de Jesus e a maneira
como o confessamos. Quem dera nossa atitude fosse igual àqueles que proclamam
Jesus como o ungido de Deus e enviado a este mundo.
Reflexão Apostólica:
Por causa da multidão que o comprimia,
Jesus pediu que lhe providenciassem uma barca e se retirou para a beira do mar
junto com seus discípulos. Quando nós seguimos Jesus na multidão nós não temos
a oportunidade nem a chance de aprender com Ele, porque somos influenciados
(as) pelos demais.
Para seguir Jesus nós precisamos ser libertados das cargas que pesam sobre nós e nos sentirmos livres dos outros e de nós mesmos, para podermos ajudar a que outros também saiam da multidão.
A barca pode ser o momento que nós providenciamos a fim de ficarmos a sós com Ele, em oração e adoração. Somente na oração nós conseguiremos que Jesus entre no nosso coração, sozinho e, aos poucos, nos curar das nossas enfermidades, das nossas feridas, dos nossos desencantos. Assim fazendo, nós poderemos sair do meio da multidão para segui-Lo de verdade.
A multidão (o mundo, as pessoas) tem lhe sufocado, impedindo você de seguir Jesus? Você tem tentado sair do meio da multidão para ficar a só com Jesus? Você acha que precisa ser curado (a) de alguma coisa? Providencie a barca para Jesus e entre com Ele. Só assim você será curado (a).
Jesus também algumas vezes se sentiu sufocado pelo povo que o comprimia. Por isso, Ele fugia da multidão que O perseguia apenas para receber as coisas que Ele podia oferecer. Jesus conhece os nossos corações e sabe das nossas intenções e de que espírito nós estamos imbuído quando nos aproximamos Dele.
Muitas vezes nós também perseguimos os milagres e prodígios de Deus e nos esquecemos de buscar o Deus que tem poder para nos transformar e nos libertar dos espíritos maus que nos induzem a sermos egoístas, interesseiros, corruptos e ambiciosos.
O espírito do mal está sempre a nos rondar, por isso, precisamos permanecer perto do Jesus Salvador não somente para receber benesses, mas para desfrutar da Sua presença libertadora que modifica a nossa mentalidade individualista e cobiçosa e dá um novo sentido para os nossos anseios, desejos e ideais.
Dessa forma, Jesus poderá também nos pedir que Lhe providenciemos uma barca, no entanto, nos deixará ficar perto Dele para que aprendamos a nova maneira de ser um filho de Deus comprometido com o Seu Reino.
Nós também temos autoridade para em Nome de Jesus e sob o Seu olhar colocar por terra todos os espíritos maus que nos perseguem. Jesus é o Senhor e tem poder sobre o mal!
Com que intuito você tem se aproximado de Jesus? Você tem buscado a Deus por Ele ou pelos milagres que Ele realiza? Os espíritos maus têm tido influência nas suas ações? Quem poderá ajudá-lo (a)?
Propósito:
Pai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em meu coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário