15
– Renovar a todo instante a confiança no bom Deus e convencer-se de
que, às vezes, Ele nos nega as consolações do espírito, mas jamais nos dispensa
a resignação à sua vontade, que é a raiz de todo nosso merecimento. (L
19) São jose marello
Marcos
1,29-30
"Logo depois, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da sinagoga e foram até a casa de Simão e de André. A sogra de Simão estava de cama, com febre. Assim que Jesus chegou, contaram a ele que ela estava doente. Ele chegou perto dela, segurou a mão dela e ajudou-a a se levantar. A febre saiu da mulher, e ela começou a cuidar deles.
À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram até Jesus todos os doentes e as pessoas que estavam dominadas por demônios. Todo o povo da cidade se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de todo tipo de doenças e expulsou muitos demônios. Ele não deixava que os demônios falassem, pois eles sabiam quem Jesus era.
De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando. Simão e os seus companheiros procuraram Jesus por toda parte. Quando o encontraram, disseram:
- Todos estão procurando o senhor.
Jesus respondeu:
- Vamos aos povoados que ficam perto daqui, para que eu possa anunciar o evangelho ali também, pois foi para isso que eu vim.
Jesus andava por toda a Galiléia, anunciando o evangelho nas sinagogas e expulsando demônios."
"Logo depois, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da sinagoga e foram até a casa de Simão e de André. A sogra de Simão estava de cama, com febre. Assim que Jesus chegou, contaram a ele que ela estava doente. Ele chegou perto dela, segurou a mão dela e ajudou-a a se levantar. A febre saiu da mulher, e ela começou a cuidar deles.
À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram até Jesus todos os doentes e as pessoas que estavam dominadas por demônios. Todo o povo da cidade se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de todo tipo de doenças e expulsou muitos demônios. Ele não deixava que os demônios falassem, pois eles sabiam quem Jesus era.
De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando. Simão e os seus companheiros procuraram Jesus por toda parte. Quando o encontraram, disseram:
- Todos estão procurando o senhor.
Jesus respondeu:
- Vamos aos povoados que ficam perto daqui, para que eu possa anunciar o evangelho ali também, pois foi para isso que eu vim.
Jesus andava por toda a Galiléia, anunciando o evangelho nas sinagogas e expulsando demônios."
Meditação:
“(…) A centralidade da missão de Jesus
encontra-se na revelação do Reino de Deus, de modo que para ele é mais
importante a pregação do que a realização de curas e outros tipos de milagres.
Os milagres estão relacionados com a revelação, pois explicitam o conteúdo
principal da pregação de Jesus que é o amor que Deus tem por todos nós e o bem
que ele concede a nós como manifestação desse amor. Sendo assim, o mais
importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz junto de si:
Deus ama a
todos nós com amor eterno e tudo faz pela nossa felicidade, e isso deve ser
anunciado a todos os povos”. (CNBB)
No
Evangelho, segundo São Marcos, a primeira cura realizada por Jesus é a expulsão
de um espírito impuro de um homem que está sob o domínio de escribas e da
sinagoga de Cafarnaum, cidade onde Jesus foi morar, ao iniciar sua missão (Mc
1,21-28).
A lei
imposta pelos escribas na sinagoga e no templo, além de ser um peso na vida das
pessoas (Mt 23,1-4; Lc 13,10-17), impedia que se pensasse e agisse orientado
pelo Espírito de Deus.
Nas palavras
de Paulo, “a letra mata, o
Espírito é que dá a vida” (2Cor 3,6). Por isso, Jesus salva as
pessoas dessa força demoníaca que cria dependência e não liberta.
Convém lembrar que, mais do que freqüentar o templo, Jesus prefere as casas, prefere o encontro com povo nos caminhos. Ali, todas as pessoas têm acesso ao encontro com Deus. No templo, só podiam entrar os sacerdotes. “Logo depois, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da sinagoga e foram até a casa de Simão e de André.” (v. 29).
Esta narrativa relata a segunda cura de Jesus, conforme Marcos. Agora, é a sogra de Simão que está doente (v. 30). Logo que soube, dirigiu-se à cama em que ela estava.
Convém lembrar que, mais do que freqüentar o templo, Jesus prefere as casas, prefere o encontro com povo nos caminhos. Ali, todas as pessoas têm acesso ao encontro com Deus. No templo, só podiam entrar os sacerdotes. “Logo depois, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da sinagoga e foram até a casa de Simão e de André.” (v. 29).
Esta narrativa relata a segunda cura de Jesus, conforme Marcos. Agora, é a sogra de Simão que está doente (v. 30). Logo que soube, dirigiu-se à cama em que ela estava.
Três coisas
chamam a atenção:
1) “Ele chegou perto dela” (v.
31). Mais que procurar quem é o próximo, Jesus se torna próximo.
2) “segurou a mão dela”, Jesus faz
algo fundamental para quem trabalha com pessoas doentes e com quem está na
exclusão. Valorizando o toque, o abraço, Jesus valoriza sobremodo as pessoas
debilitadas.
3) Jesus
“ajudou-a s se
levantar”. Enquanto estava deitada, essa mulher não podia ser
sujeito com agir próprio pois dependia de outras pessoas. Colocá-la em pé faz
dela uma "diácona", uma pessoa livre para servir. “e ela começou a cuidar
deles”.
Convém lembrar, também, que, se em Marcos a primeira pessoa curada foi um homem (Mc 1,21-28), a segunda foi uma mulher. Jesus tratava as mulheres com a mesma dignidade com que se relacionava com os homens. Assim como tinha discípulos, tinha também discípulas.
Convém lembrar, também, que, se em Marcos a primeira pessoa curada foi um homem (Mc 1,21-28), a segunda foi uma mulher. Jesus tratava as mulheres com a mesma dignidade com que se relacionava com os homens. Assim como tinha discípulos, tinha também discípulas.
Quando
Marcos menciona as mulheres que foram com ele até a cruz, cita Maria Madalena,
Maria e Salomé, além de muitas outras mulheres que o seguiam, serviam e subiram
com ele para Jerusalém como verdadeiras discípulas (Mc 15,40-41).
E o que nos resta senão também colocar-nos em pé e, com a força do Espírito de Jesus ressuscitado, tornar-nos pessoas livres para servir?
Para concluir: Naquele dia, depois do pôr do sol e junto à porta da casa de Simão e de André, Jesus ainda curou muitas pessoas enfermas e expulsou demônios, isto é, forças contrárias a Deus e que diminuem a vida de quem está sob seu domínio.
E o que nos resta senão também colocar-nos em pé e, com a força do Espírito de Jesus ressuscitado, tornar-nos pessoas livres para servir?
Para concluir: Naquele dia, depois do pôr do sol e junto à porta da casa de Simão e de André, Jesus ainda curou muitas pessoas enfermas e expulsou demônios, isto é, forças contrárias a Deus e que diminuem a vida de quem está sob seu domínio.
As duas
curas realizadas anteriormente, a do homem possesso e a da mulher enferma, são
símbolos de toda prática libertadora de Jesus. E é prática que não para. Mesmo o
sol já posto, Jesus continua libertando pessoas enfermas e
endemoninhas.
A proibição de "falar, pois sabiam quem ele era" (Mc 1,34) faz parte da intenção teológica de Marcos. Ele quer evitar a idéia de Jesus como um messias triunfalista, para reforçar a fé em Jesus como o ungido pelo Espírito de Deus (Mc 1,10) que vence, aos poucos e de forma humilde como o servo sofredor, as forças contrárias ao espírito do Reino. Por isso, Marcos apresenta Jesus insistindo em que não se divulgue o seu messianismo aos quatro ventos.
A proibição de "falar, pois sabiam quem ele era" (Mc 1,34) faz parte da intenção teológica de Marcos. Ele quer evitar a idéia de Jesus como um messias triunfalista, para reforçar a fé em Jesus como o ungido pelo Espírito de Deus (Mc 1,10) que vence, aos poucos e de forma humilde como o servo sofredor, as forças contrárias ao espírito do Reino. Por isso, Marcos apresenta Jesus insistindo em que não se divulgue o seu messianismo aos quatro ventos.
A proibição
se estende aos demônios (Mc 1,25.34; 3,12), às pessoas curadas (Mc 1,44; 5,43;
7,36; 8,26) e a seus apóstolos (Mc 8,30; 9,9), reservando essa revelação somente
para o momento da cruz e pela boca de um estrangeiro: "Na verdade, este homem era Filho de
Deus" (Mc 15,39).
Depois de um
dia de atividades salvadoras e que vão noite adentro, Jesus descansa para estar
com as energias renovadas para mais um dia de serviço à vida. Mas não basta novo
vigor físico. Algo mais profundo é necessário.
Por isso, ainda de madrugada, Jesus se retira para um lugar deserto e ali cultiva sua íntima comunhão com o Pai, o Deus libertador do Êxodo. É que vai ao deserto, lugar por onde Deus guiou seu povo para a liberdade e "lá, ele orava" (Mc 1,35).
A comunhão com o Pai é o segredo da força de Jesus na solidariedade com as pessoas mais desprezadas de sua época, entre elas as doentes e as possessas por todas as forças de alienação e que não permitem que sejam sujeitos de suas vidas.
Por isso, ainda de madrugada, Jesus se retira para um lugar deserto e ali cultiva sua íntima comunhão com o Pai, o Deus libertador do Êxodo. É que vai ao deserto, lugar por onde Deus guiou seu povo para a liberdade e "lá, ele orava" (Mc 1,35).
A comunhão com o Pai é o segredo da força de Jesus na solidariedade com as pessoas mais desprezadas de sua época, entre elas as doentes e as possessas por todas as forças de alienação e que não permitem que sejam sujeitos de suas vidas.
A intimidade
com o Pai, essa espiritualidade de comunhão profunda com o sagrado, faz de Jesus
uma pessoa radicalmente livre.
A oração é a
fonte onde Jesus bebe do mais puro Espírito que sustenta sua ação emancipadora
junto às pessoas em estado de dependência, seja em relação às enfermidades, seja
em relação às forças que nos alienam, impedindo-nos de sermos filhas e filhos
livres e com dignidade.
Reflexão Apostólica:
A
metodologia e andragogia (forma de ensinar adultos) são bem nítidas no evangelho
de hoje. Pergunte-se: quantas vezes ao lê-lo apenas vi o milagre sobre a febre
da sogra de Pedro, mas passou despercebido o processo para obtenção da
graça?
Um parêntese
importante: VEMOS O QUEREMOS QUE SEJA VISTO. Esse fato é muito comum. Sei que
isso vai além de uma simples organização das informações por nosso cérebro, às
vezes conscientemente ou não, abandonamos outras informações para selecionamos o
que desejamos ver, ouvir e até ler. Isso é muito importante ao se ler a bíblia,
ok? Lembre-se: A bíblia não é aquele livro MINUTOS DE SABEDORIA…
Voltando…
Repare nas linhas desse evangelho a suave e bem conduzida metodologia de Jesus:
Ele CHEGOU PERTO , SEGUROU A MÃO dela e AJUDOU-A A SE
LEVANTAR. A FEBRE SAIU da mulher, e ELA COMEÇOU A CUIDAR
DELES.
De fato, Jesus se
aproxima, nos segura pela mão, ajuda-nos a levantar então a redenção acontece, a
febre, o desanimo, o temor partem e de certa forma a pessoa resgatada passa a
entender (caem as escamas dos olhos) que passou a ter um compromisso para que
outros também se ergam.
Como ler isso e não
sentir-se amado e também um pouco de pesar pela nossa ingratidão? Quantas
pessoas, bem definidas por São Tiago, pedem mal, andam pelo mundo doentes,
cabisbaixos, repletos de vaidades, orgulhos e de cobiça, debulhando-se em
crendices e falsa fé (…); não querem entender que Jesus primeiro oferece a mão
para vê-los de pé, mas se vêem interessados somente pela cura da febre, o carro
novo, o apartamento novo…
Como poderemos sustentar a
carga que o mundo nos oferece se estivermos debilitados pela doença que nos
paralisa e vicia chamada ganância, orgulho, vaidade? O que adianta mudar por
fora, se rodear de bens visíveis e ostentáveis se vivo aquela música do Moacir
Franco que diz: “SE POR DENTRO EU NÃO MUDO”?
Muitos não conseguem ver
que são a grande prioridade para Deus e o Senhor bem sabe o que cada um precisa.
Outros, porém perderam um pouco o zelo, esquecem que para continuar avançando
precisam dessa aproximação de Jesus em suas vidas. Esse é um fato comum após
quinze ou vinte anos a frente de uma obra, de uma pastoral, de um movimento.
Parece que alguns estão no automático.
Outros, porém ainda não
conseguem ver ou sentir o vinculo que temos ou precisamos ter com os outros.
Talvez não tenham culpa de verem a vida dessa maneira, pois assim foram criados
e acostumados, no entanto uma boa parcela deles vive assim de vontade própria e
conscientemente.
Odeiam regras, não se
adaptam a sistemas de trabalho onde não podem impor suas regras; tentam
transformar o pensamento das pessoas para de certa forma atende-las; são
inteligentes e sabem manipular as pessoas pela emoção.
Santo Agostinho tem uma
frase muito interessante sobre isso: “DOIS HOMENS OLHARAM ATRAVÉS DAS GRADES DA
PRISÃO. UM VIU A LAMA, O OUTRO AS ESTRELAS”.
Algumas pessoas têm maior
facilidade de reerguer-se, de compreender, de acatar, pois sua fé em Deus a
nutre dia-a-dia; outras, porém se apegam em coisas materiais, no sofrimento e em
futilidades
A cura não vem para aquele
que mantém o coração fechado ao passo a passo de Deus. João Paulo II disse certa
vez: “A PIOR DAS PRISÕES É UM CORAÇÃO FECHADO”.
Vemos algumas delas em
nossas comunidades, no trabalho, na faculdade, em cargos de liderança ou de
grande influencia. Por ter seu mundo seus próprios umbigos talvez
inconscientemente também façam de Deus alguém que deva agradá-los, pois são
capazes de trocar de paróquia (de bairro para outro) ou credo (católicos que se
tornam evangélicos ou vice – versa) como se trocassem de roupa se forem
contestadas ou não contempladas.
Uma coisa é certa… Elas
pedem muito. E como pedem. E depois, será que fazem?
Como bem vimos, a fase
inicial da graça é a aproximação de Jesus para nos estender a mão e nos ver
levantar. Precisamos deixar nossa vida nas mãos de Deus, pois de fato Ele sabe o
que precisamos. Pedir sim, mas assumindo nossa parte após a redenção. Como
propôs a CNBB “(…) o mais
importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz junto de
si”.
Reflitamos esse
pensamento: “(…) Animados deste
espírito de fé, conforme está escrito: Eu cri, por isto falei (Sl
115,1), também NÓS CREMOS, E POR
ISSO FALAMOS, pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos
ressuscitará também a nós com Jesus e nos fará comparecer diante dele convosco.
E tudo isso se faz por vossa causa, para que a graça se torne copiosa entre
muitos e redunde o sentimento de gratidão, para glória de Deus “.
(II Cor 4, 14-15)
Se realmente creio,
levanto.
EVANGELHO DO
DIA
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