14 agosto - Quando a mortificação nos custar, digamos a nós mesmos: o Paraíso é sublime! (S 175) São Jose Marello
Mateus 19,3-12 semana da familia
"Alguns fariseus chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram:
- Será que pela nossa
Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora?
Jesus respondeu:
- Por acaso vocês não
leram o trecho das Escrituras que diz: "No começo o Criador os fez homem e
mulher"? E Deus disse: "Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe
para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa." Assim
já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus
uniu.
Os fariseus
perguntaram:
- Nesse caso, por que é
que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um
documento de divórcio?
Jesus respondeu:
- Moisés deu essa
permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação
não era assim. Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua
esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar com
outra mulher.
Os discípulos de Jesus
disseram:
- Se é esta a situação
entre o homem e a sua esposa, então é melhor não casar.
Jesus respondeu:
- Este ensinamento não
é para todos, mas somente para aqueles a quem Deus o tem dado. Pois há razões
diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque
nasceram assim; outros, porque foram castrados; e outros ainda não casam por
causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento.
Meditação:
O tema do Evangelho de hoje tem tudo a ver com vocação (tema do
mês) e família (tema da semana): matrimônio e celibato.
Jesus é claro nas palavras: “...de modo que eles já não são dois, mas uma só
carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe.” E ao ser interrogado
sobre a lei antiga, Jesus responde: “Moisés permitiu despedir a mulher, por
causa da dureza de vosso coração. (...) Quem despedir a sua mulher – a não ser
em caso de fornicação – e se casar com outra, comete adultério.” O termo
“fornicação” é designado para matrimônio inválido, que dentre outras causas
pode ser assim considerado pela prática de relações sexuais fora do casamento
ou entre pessoas que não são casadas.
A maior intenção do casamento é a constituição de uma família:
pai, mãe e filhos. A própria igreja já se negou a realizar o matrimônio de
casais que não podiam ter filhos, devido a um dos dois não poder realizar o ato
sexual por problemas físicos. Sem o ato sexual, eles viveriam como irmãos,
portanto não haveria a união carnal da qual Jesus falou. O outro extremo, como
Jesus falou, também invalida o casamento. O ato sexual fora do casamento
compromete um pilar básico do matrimônio: a fidelidade conjugal, que é jurada
perante padre, familiares e testemunhas.
Marido e mulher são a base da família. E assim como qualquer grupo tem a “cara”
do seu líder, a família tem a “cara” dos pais, para o bem ou para o mal. Os
filhos herdarão não só os genes, mas tudo o que os pais transmitirem consciente
e inconscientemente, de bom e de mau, através das suas palavras, mas
principalmente por meio de suas atitudes entre si e para com os filhos.
Jesus recusa ver o matrimônio a partir de permissões ou restrições
legalistas. Ele reconduz o matrimônio ao seu sentido fundamental: aliança de
amor e, como tal, abençoada por Deus e com vocação de eternidade.
Diante desse princípio fundamental, marido e mulher são igualmente
responsáveis por uma união que deve crescer sempre, e os dois se equiparam
quanto aos direitos e deveres.
Jesus nos dá um ensinamento sobre a aliança que o homem e a mulher fazem diante
de Deus no sacramento do matrimônio. O amor que une os dois é o motivo pelo
qual o Senhor os abençoa e é este amor quem os faz serem uma só carne.
A união que é confirmada por Deus homem nenhum poderá desfazê-la.
Outro ensinamento que O Mestre nos dá é o de que nem todos os homens e mulheres
são chamados ao estado de vida de casados (as), mas somente aqueles (as) que se
comprometem com os encargos e responsabilidades que o matrimônio exige.
A gente percebe isso pela resposta que o Senhor dá aos discípulos
quando argumentam: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a
pena casar-se.” Portanto que cada um tenha bastante consciência quando quiser
assumir o sacramento do matrimônio.
Reflexão Apostólica:
Como é difícil vermos um casal exemplar hoje
Qual é a importância do sacramento do
matrimônio para nós católicos? Qual é o grau de seriedade que temos por ele?
Talvez o fato, que ao longo dos anos, o casamento não tenha sido valorizado,
seja culpa nossa.
Vemos artistas de TV (modelos de nossa juventude) casando e descasando inúmeras
vezes; vemos ainda pessoas empurrando seus filhos para fora de casa; vemos
ainda pessoas “escolhendo” maridos e esposas pelo poder aquisitivo, (…); em
contra partida também vemos casais se unindo e juntos construindo ou
reconstruindo seus sonhos.
Quando casamos, fazemos ou tomamos uma decisão madura: “Sim! É essa pessoa que
escolhi e com ela quero construir uma história”! No entanto muitos casais não
abraçam a idéia que agora sua família se reduziu a uma pessoa. Não tenho mais
mãe e nem pai, tenho agora uma esposa ou um marido. É a ele (a) que tenho que
focar meu pensamento, até que um dia essa família volte aos poucos a crescer
com a vinda dos filhos. “Por
isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os
dois se tornam uma só pessoa.”
Quantos casais sucumbem pelo fato de sua família começar com mais gente que o
esperado? Não estou dizendo ou falando dos filhos que por ventura às vezes são
concebidos, mas sim do não abandono de suas casas. Maridos que insistem em
comparar sua esposa com sua mãe, cunhados que sugerem como o casal deve se
comportar e que sem querer acabam causando intrigas; esposas (os) que não
desapegam de suas casas fazendo com que essa família almoce e jante na casa dos
sogros (…).
Como católicos temos que fazer o possível para não estragar esse sacramento.
Mas como? Dando importância a essa instituição sagrada e frágil que é a
família. Sagrada “(…)
porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles"
(Mt 18, 20). “Estragar” ou desvalorizar a instituição família é talvez não
reconhecer sua importância para nossa fé cristã. Ela também é Frágil.
Sei que é um assunto delicado e de forma alguma vou dizer que algo que se
tornou insustentável pela falta de respeito, amor ou compreensão deve deva
perdurar na marra, mas chamo a reflexão dos que pretendem casar e os que estão
casados a verem seus modos de agir para não ver naufragar algo tão bonito: a
união de duas pessoas
Casais e futuros casais! Coloquemos Deus em nossas relações diárias. Não nos
escondamos Dele; não corramos de sua presença; não vivamos a procura da eterna
adolescência; cresçamos juntos, conquistemos juntos, eduquemos juntos, (…)
Quem esta namorando ou procurando. Apresente também seu Pai do céu a seu (sua)
namorado (a). Não o apresente como aquele da propaganda da MASTERCARD (um
urso), mas como alguém que tomará conta de nossas vidas.
Se preocupe em mostrar aquilo que Deus te deu e te faz alguém diferente e não
uma tatuagem tribal erótica, um piercing no umbigo, músculos (…); pois se é só
isso que sou, não posso reclamar se ele (a) achar uma peça melhor que a sua!
Homem que “presta” ta difícil, concordo, mas é só fechar os olhos, que consigo
ouvir o coração dos que são puros bater.
Às vezes passamos por experiências que não
desejaríamos a ninguém. Na hora não entendemos o porquê de merecer tanto
sofrimento. Mas acabamos aprendendo que a nossa vida é parte de um plano muito
maior de Deus. Que após um grande sofrimento, sempre vem uma grande felicidade.
E que a experiência adquirida pelo sofrimento deve servir para ajudar outras
pessoas a não caírem nos mesmos erros...
A aqueles que hoje já sozinhos estão (nossa
realidade atual), que vivem planos diferentes e distantes um do outro, que Deus
sempre esteja em seus pensamentos na criação dos seus filhos. Que a imprudência
juvenil ou o desentendimento de dois bicudos não tirem o foco na criação dos
filhos.
Essa é a lição de hoje: escolher a vocação do
matrimônio ou celibato, e abraçá-la. Escolhendo o matrimônio, saber escolher a
pessoa certa, para que os filhos possam viver em uma família onde reine o amor.
Propósito: Olhar e ajudar as famílias
que sofrem a desintegração e se encontram perdidas.
++++ |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário