20 JANEIRO - A nossa salvação pode acontecer a
qualquer momento: não desprezemos o momento. Que grande valor tem o momento!
Nele se comete o pecado e se readquire a graça, nele se realiza o julgamento da
nossa salvação eterna. Ó Deus, dai-me este momento, que seja o primeiro elo
daquela corrente que me deve conduzir até Vós. Ah,sim, Vós podeis dar-mo neste
mesmo instante. (S 19). São Jose Marello
Marcos 2,18-22
Naquele tempo, 18os discípulos de João
Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: “Por que
os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos
não jejuam?”
19Jesus respondeu: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar.
21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos”.
19Jesus respondeu: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar.
21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos”.
Meditação:
Nesta narrativa de Marcos, o destaque é a
questão do jejum, uma das principais observâncias religiosas dos fariseus, que
é mencionado seis vezes neste texto.
Jesus, com seus discípulos, infringia esta
prescrição legal, bem como a observância do sábado, conforme os evangelhos
registram com freqüência. Em vez de aderir à tradicional doutrina da Lei que
com seus preceitos oprimia e excluída o povo pobre e humilde, Jesus vem para
libertá-los de todo jugo, civil ou religioso, e comunicar-lhes esperança,
felicidade e vida.
O texto de hoje relata a terceira duma série
de controvérsias com vários grupos judaicos, iniciada em Mc 2,1. Talvez
surpreendentemente, a discussão de hoje se deu não somente com os fariseus, mas
com os discípulos de João Batista.
Marcos fala disso porque os discípulos de João
formavam uma comunidade que sobreviveu à morte do Batista, sem dúvida até o
segundo século da nossa era (Jo 3,25).
O motivo foi porque os discípulos de Jesus não
davam grande importância ao jejum - uma prática que, ao lado da oração e da
esmola era muita cara às tradições religiosas dos judeus.
Alias, práticas também que continuavam - e
continuam - a ter muito sentido para os cristãos de então, e de hoje, se bem
com ênfases e expressões diferentes.
O Sermão da Montanha, no sexto capítulo de
Mateus (Mt 6,1-18), nos dá as orientações de Jesus sobre essas práticas, para
evitar que caiam no formalismo e no vazio de serem somente práticas externas
que não tocam no coração da pessoa humana.
Atualmente na Sexta-feira Santa por exemplo,
lotam-se os restaurantes para comer bacalhau caríssimo, uma vez que comer
um bifezinho é proibido! E assim se cumpre a lei na letra mas não no espírito.
Mas no trecho de hoje, Jesus não se concentra
sobre o jejum como tal, mas sobre o simbolismo de jejuar ou não no contexto das
bodas, ou casamento. A imagem de banquete de casamento tinha conotações
messiânicas e a referência a Jesus como o noivo tem esse sentido. Com a vinda
de Jesus , chegou a hora do casamento, ou seja dum novo relacionamento entre
Deus e as pessoas.
Também neste texto, bem no meio das
controvérsias, se faz uma alusão clara à Cruz, ao destino de Jesus, pois “vão
chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles. Nesse dia, eles vão
jejuar”.
A fidelidade à vontade do Pai, na pregação da
novidade da chegada do Reino de Deus, levará inevitavelmente à morte, pois o
velho sistema politico-religioso é incapaz de adaptar-se à grande novidade da
Boa Noticia trazida por Jesus.
Por isso, Marcos termina o texto colocando
duas frases sobre a relação entre o velho e o novo - o pano remendado e os
barris de vinho. A Boa Noticia, com as suas conseqüências sociais e religiosas,
é como um pano novo que não pode remendar roupas velhas, e como barril novo que
preserva vinho novo.
Para acolher Jesus e o seu projeto, é
necessário acabar com estruturas arcaicas de dominação e de discriminação. Quem
procurar salvaguardar esquemas antiquados e injustos não vai conseguir
vivenciar a Boa Noticia.
Jesus veio exigir mudança radical, tanto no
nível individual como social. Não veio “remendar” mas trazer algo novo - um
novo relacionamento entre as pessoas, com Deus, consigo mesmos e com a criação.
A presença de Jesus entre seus discípulos e no
mundo é motivo de alegria. É o próprio Deus da vida e do amor presente entre
nós, dispensando as práticas cultuais que são feitas em busca de um deus oculto
e distante.
Com as sentenças sobre remendo novo em roupa
velha e vinho novo em odres velhos fica afirmada a novidade do movimento de
Jesus, que se diferencia fundamentalmente da antiga prática religiosa
legalista.
O desafio continua hoje - como é tentadora
“remendar”- somente fazer algumas mudanças que não atingem o cerne das
estruturas de exploração, nem a sua raiz na nossa própria pecaminosidade. Por
isso, a sociedade hegemônica, taxando-se muitas vezes de “cristã”, sempre
procura cooptar o Evangelho e a Igreja, para que não tenha que mudar.
Quando a cooptação e o suborno sutil não
funcionam, parte para a perseguição - por isso Marcos desde já aponta para a
Cruz. A sociedade moderna, com a sua grande arma nos Meios de Comunicação
Social, continua essa cooptação, disseminando uma religião “água com açúcar” de
“panos quentes”, dando espaço para movimentos religiosos intimistas e
alienantes, enquanto cala a voz dos profetas, ignorando-os ou até matando-os,
como o sangue dos mártires da América Latina muito bem testemunha.
O Evangelho de hoje nos desafia para que
façamos as mudanças radicais necessárias para acolher a Boa-Nova, para sermos
contraculturais, com Jesus . “Vinho novo deve ser colocado em odres novos” que
são os nossos corações.
Reflexão
Apostólica:
Jesus está ainda no começo de seu
ministério, e a disciplina que impõe a seus discípulos choca e escandaliza as
multidões porque nada tem a ver com a que os fariseus ensinavam.
Assim, enquanto os discípulos de
João Batista e os dos fariseus observam determinados dias de jejum, os de Jesus
parecem dispensar-se desse costume. De fato, o que aqui se patenteia é o
problema da enorme independência de Jesus e de seus discípulos em matéria de
observâncias tradicionais e das leis.
Jesus e seus discípulos se mostram
sempre muito livres em relação ao sábado ou às regras de abluções (de se
lavarem antes das refeições, etc.). Jesus justifica esta atitude por meio de
uma declaração sobre a presença do noivo em sua festa e através de breves
parábolas.
Se os discípulos não jejuam é
porque nada têm que esperar, uma vez que os tempos messiânicos já tinham
chegado. As parábolas da roupa e dos odres nos proporcionam outra resposta ao
assombro dos fariseus. A finalidade das parábolas não é estabelecer uma comparação:
limita-se a sublinhar uma incompatibilidade: não se deve associar o novo com o
velho, sob pena de prejudicar a um e a outro.
O novo povo que está nascendo pela
Nova Aliança, feita por Deus ao ser humano por meio de Jesus, tem que ter
também novas atitudes que superem as estruturas antigas. É preciso estar
abertos para que a manifestação de Deus através de seu Espírito aconteça em
nossas vidas.
Jesus Cristo veio instaurar na
terra o reino de Deus que é completamente diferente do reino dos homens. O reino
dos céus tem o amor como primeira regra e tudo que foge a esta verdade destoa
do que é proposto por Jesus Cristo.
O homem de mentalidade mundana,
não entende as coisas do espírito. Jesus nos adverte que para sabermos entender
as coisas do alto nós precisamos de renovação, nascer de novo e ter uma nova
visão sobre a realidade da vida. Por isso, Ele quis dá um novo sentido ao jejum
que os fariseus praticavam, que era apenas para cumprir a lei.
O jejum só tem sentido se for
praticado movido por uma razão que tenha como fundamento o amor, a alegria, a
satisfação. Por isso, Ele justifica o fato dos Seus discípulos não jejuarem
porque não havia motivação, pois sentiam a alegria da Sua presença comparando
isto a uma festa de casamento, onde todos se regalam por causa do noivo.
Jejuar por obrigação, só para dar
satisfação às regras impostas pelos homens se torna uma ação inócua – como que
um vinho novo colocado em odres velhos – e talvez até seja rejeitada por Deus.
O jejum de coração, oferecido a
Deus em vista de um bem maior é o vinho novo colocado em odre também novo. Tudo
o que nós fazemos forçados ou por obrigação não tem ressonância em nós e não
ajuda no nosso crescimento. O remendo novo em pano velho rasga-o; o vinho novo
em odre velho rompe-o.
Portanto, precisamos de nova
mentalidade, necessitamos de abertura interior para que aconteça em nós a
purificação necessária e nos tornemos novos, para acolher o novo.
Qual o sentido que você dá ao
jejum? Para que finalidade você jejua? Como você se sente? As coisas que você
tem feito para o reino de Deus, você o tem feito por amor ou por
obrigação? Você tem cumprido com a sua missão de coração? Você tem
feito algo forçado com má vontade? Como você encara as propostas de Jesus
para a sua vida?
Jesus é a grande novidade para
todos nós. Os discípulos estavam preocupados com a lei antiga e tudo o mais.
Cristo lhes disse que eles também iam jejuar e isso aconteceu quando Ele foi
crucificado. A partir daí todas as sextas-feiras nós cristãos jejuamos.
A Santa Missa é um sacrifício, não
é preciso matar um animal como sacrifício. O sacrifício do Novo Testamento não
é mais feito com mais animais; é o próprio Homem: Aquele que morreu na cruz por
nós. Ir à Missa é o ato mais importante que um ser humano pode fazer.
Porque quando vamos à Celebração Eucarística é para Jesus nos salvar. Por essa
razão, quando alguém falta à Santa Missa, por preguiça, ela só pode comungar se
se confessar. A Eucaristia está acima de qualquer coisa; está em primeiro
lugar.
A obediência vale mais que o
sacrifício. Não adianta nada você vir à Missa e não obedecer a Deus. “Se estás,
portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mt
5,23-24).
Os Mandamentos se resumem em dois
[principais]: o primeiro: amar a Deus e o segundo: amar o irmão. De nada valem
os sacrifícios que você faz se você não obedece a Deus. Amar ao Todo-poderoso
não tem nenhum problema, pois Ele não faz mal a ninguém; mas amar o próximo é
muito difícil.
De que adiantam tantos rituais,
tantas coisas se você está com o coração cheio de amargura. Quando a gente não
perdoa o nosso irmão, o nosso coração fica longe do Senhor. Pode
ser que seu coração não consiga, mas se você tenta perdoar, Deus se agrada de
seu sacrifício. Que no dia de hoje o Senhor lhe dê a graça de saber perdoar.
Propósito:
Pai, a presença de Jesus
na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha alegria consista em
construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos ensinou.
É POSSÍVEL
Quando você imagina…é
possível. Quando você visualiza em cada detalhe…é possível. Quando você realiza
um trabalhável e realistico plano…é possível. Quando você faz um sólido
compromisso…é possível.
Quando você está disposto a trabalhar através de cada desafio e obstáculo que vier seu caminho…é possivel. Quando você persiste através de todos os altos e baixos…é possível.
Quando você pode aprender pelos erros do passado e ganhar força vindo do desapontamento, criatividade , paixão e entusiasmo para trabalhar…é possível._.___
Quando você está disposto a trabalhar através de cada desafio e obstáculo que vier seu caminho…é possivel. Quando você persiste através de todos os altos e baixos…é possível.
Quando você pode aprender pelos erros do passado e ganhar força vindo do desapontamento, criatividade , paixão e entusiasmo para trabalhar…é possível._.___
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