06 março – Um
filho de São José não precisa tanto exibir uma linguagem sofisticada quanto
aprender o linguajar dos Santos. (L 225).
SÃO JOSÉ MARELLO
CINZAS JEJUM E ABSTINÊNCIA.
Mateus 6,1-6.16-18
"Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na
frente dos outros, só para serdes notados... Quando deres esmola, não mandes
tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas... para
serem elogiados pelos outros... Tu, porém, quando deres esmola... que tua
esmola fique escondida... Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que
gostam de orar nas sinagogas... para serem vistos pelos outros... Tu, porém,
quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no
escondido. Quando jejuardes, não fiqueis de rosto triste como os hipócritas...
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os outros
não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está no escondido. E o
teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa.
Meditação:
Com a celebração das Cinzas damos início ao
grande e forte tempo de oração, penitência e Jejum, que se pode também traduzir
por tempo de partilha. É o tempo de conversão do coração humano ante as
necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência que nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um tempo de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A imposição das cinzas nos recorda que
nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso
corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu.
Ensina-nos ainda , que os céus e a terra
hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos em nossa vida nós o
vamos levar à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que
tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, que não nos
tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e
pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao Sacramento da
Reconciliação.
É um sinal de arrependimento, de
penitência, mas, sobretudo de conversão. Com esta celebração damos início a nossa
caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras, até ao triunfo na manhã do
primeiro dia da semana que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente o tempo de reflexão em
nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento
com nossa família, o marido, a esposa, os filhos, os pais e todos os que nos
rodeiam.
O Evangelho de hoje nos oferece uma ajuda,
e nos faz entender como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e
jejum – e como utilizar bem o tempo da Quaresma. Jesus fala das três obras de
piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração; e faz uma crítica pelo fato
de que eles as praticam para serem vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para
que não sejamos como os fariseus hipócritas: «Ficai atentos para não praticar a
vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso
contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus» (Mt 6,
1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação
com Deus, e ao mesmo tempo Ele nos oferece um caminho de acesso ao coração de
Deus. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer.
O caminho para chegar ali está expresso na
Lei de Deus. «Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e
dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus».
Este é o tempo de oração, que se
caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro
com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor,
ação de graças, escuta e contemplação. Rezar é confiar no Senhor que nos ama e
corresponder ao seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial
privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o
perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem
certamente uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos. O que
jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam
fome. É e sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o
espírito do mal.
O modelo deste combate é Cristo, que foi
tentado muitas vezes ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a sua
vitória sobre todo o mal que oprime o homem inaugurou um tempo novo, um reino
de justiça, de verdade, de paz, de amor e de partilha.
A experiência do jejum exterior e interior
favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática
habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas.
O jejum cristão não tem uma dimensão dietética
ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência Cristológica
e solidária com os nossos irmãos e irmãos excluídos da sociedade por causa de
diversas condições: raciais, religião, cor, tribo, língua etc.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para
sermos mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar,
como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da
língua etc; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da
partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando, como cristãos, vivemos bem o jejum,
nos convertemos em seres solidários, seres que partilham tudo entre todos.
Ninguém chamará de ‘seu’ o que possui. Por outras palavras, atualizaremos o
Atos dos Apóstolos 2,42 que é a essência do cristianismo. A relação dinâmica
entre o amor e a adesão a Cristo, fazem do gesto de ajuda, expresso na esmola,
uma partilha fraterna e não uma esmola humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola, e esta nos
ajuda a vencer a incessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das
necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade
divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres, que
são promovidas em muitas partes do mundo durante a Quaresma. Desta forma, a
purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como
acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje, a oração, o jejum e a esmola não
perderam a atualidade, e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão.
A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a
relação com Deus, conosco próprios e com os outros.
O maior dentre eles é o amor. O amor é
criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que
contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no
caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os
juízos acerca dos outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como
obstáculos a vencer o egoísmo e orgulho, que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente:
CONVERTEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos
convida à conversão interior, à mudança de mentalidade para acolher o Reino de
Deus e para anunciar a Boa notícia.
Reflexão Apostólica:
A idéia central deste discurso
é que as obras tradicionais de justiça agradem a Deus e somente a Deus. A
esmola, a oração e jejum não podem alimentar a vaidade; devem ficar no segredo
de Deus.
A esmola era como a obra de
justiça por excelência. Dava-se certa publicidade a ela para obrigar os
benfeitores a manterem suas promessas e provocar emulação. A oração era também
geralmente realizada em público.
O jejum não era muito comum no
judaísmo oficial nos tempos de Jesus, mas as seitas o praticavam frequentemente
com a finalidade de propaganda exibicionista.
Jesus não quer juntar outras
práticas a estas observâncias; sim propõe perfumar-se quando se jejua ou
ignorar o que faz a mão direita. Sua intenção é dar importância ao espírito que
deve animar estas práticas e denunciar a hipocrisia daqueles que acham que
servem a Deus quando buscam a si mesmos. Renunciar a que a mão esquerda conheça
o que faz a direita, ou renunciar ao reconhecimento dos demais é a forma cabal
de honrar a Deus e ao próximo.
Fazer para aparecer é não fazer por amor. Todas as ações que praticarmos de coração terão a sua conseqüente recompensa. Por isso, não compete a nós próprios (as) propagá-las nem alardeá-las esperando receber o prêmio aqui na terra porque assim agindo, nós já estaremos sendo reconhecidos (as) pelos homens e não por Deus.
Por três vezes, nesse Evangelho, Jesus se refere aos hipócritas como aqueles que dão esmola, oram e jejuam, somente para serem elogiados, vistos e admirados pelos “homens”.
O jejum, a oração e a esmola são exercícios que edificam mais a nós próprios do que aos outros porque são atos concretos que devem ser regidos pelo nosso coração e não pelo nosso exterior.
Por isso, Jesus nos adverte: “Ficai atentos para não praticardes a vossa justiça na frente dos homens, só para serem vistos”. O fato de sermos vistos, admirados, elogiados, afagados, constitui-se numa necessidade da nossa carne fraca e, por isso, se não estivermos atentos (as), nós estaremos sempre esperando elogios, aplausos pelos nossos empreendimentos e nos entristeceremos se quando exercitarmos boas ações as pessoas não vierem nos dar parabéns ou nos aclamar.
Se nos deixamos recompensar somente por Deus que está escondido no profundo do nosso ser, as nossas obras, mesmo que não sejam vistas pelos homens, têm perfume agradável e sobem aos céus em forma de louvor. Seremos, então, recompensados porque sentimos no coração a presença amorosa e reconhecida de Deus que nos deixa serenos (as) e apascentados (as).
Para nós, portanto, é providencial neste tempo de Quaresma o exercício da oração, do jejum e da esmola, pois são meios que nos exercitam e nos levam a uma verdadeira intimidade com o Senhor.
O que você prefere: agradar a Deus ou aos homens? Quando você faz alguma boa ação você se preocupa em que todos saibam? Qual é a sua atitude quando você está jejuando? Você gosta de provocar elogios? As pessoas costumam elogiá-lo (a)? Como você se sente quando isso acontece?
Hoje começamos a Quaresma. A proposta é não fazer desta uma Quaresma a mais na vida. É preciso que a cada ano ela seja melhor que a do ano anterior.
Fazer para aparecer é não fazer por amor. Todas as ações que praticarmos de coração terão a sua conseqüente recompensa. Por isso, não compete a nós próprios (as) propagá-las nem alardeá-las esperando receber o prêmio aqui na terra porque assim agindo, nós já estaremos sendo reconhecidos (as) pelos homens e não por Deus.
Por três vezes, nesse Evangelho, Jesus se refere aos hipócritas como aqueles que dão esmola, oram e jejuam, somente para serem elogiados, vistos e admirados pelos “homens”.
O jejum, a oração e a esmola são exercícios que edificam mais a nós próprios do que aos outros porque são atos concretos que devem ser regidos pelo nosso coração e não pelo nosso exterior.
Por isso, Jesus nos adverte: “Ficai atentos para não praticardes a vossa justiça na frente dos homens, só para serem vistos”. O fato de sermos vistos, admirados, elogiados, afagados, constitui-se numa necessidade da nossa carne fraca e, por isso, se não estivermos atentos (as), nós estaremos sempre esperando elogios, aplausos pelos nossos empreendimentos e nos entristeceremos se quando exercitarmos boas ações as pessoas não vierem nos dar parabéns ou nos aclamar.
Se nos deixamos recompensar somente por Deus que está escondido no profundo do nosso ser, as nossas obras, mesmo que não sejam vistas pelos homens, têm perfume agradável e sobem aos céus em forma de louvor. Seremos, então, recompensados porque sentimos no coração a presença amorosa e reconhecida de Deus que nos deixa serenos (as) e apascentados (as).
Para nós, portanto, é providencial neste tempo de Quaresma o exercício da oração, do jejum e da esmola, pois são meios que nos exercitam e nos levam a uma verdadeira intimidade com o Senhor.
O que você prefere: agradar a Deus ou aos homens? Quando você faz alguma boa ação você se preocupa em que todos saibam? Qual é a sua atitude quando você está jejuando? Você gosta de provocar elogios? As pessoas costumam elogiá-lo (a)? Como você se sente quando isso acontece?
Hoje começamos a Quaresma. A proposta é não fazer desta uma Quaresma a mais na vida. É preciso que a cada ano ela seja melhor que a do ano anterior.
Estamos preparados para que a
quaresma desse ano seja melhor? Bem, a proposta é que a vivamos com
intensidade, que caminhemos para Jesus, plenitude da vida, e que alcancemos
frutos abundantes. Olhemos hoje o Deus compassivo e misericordioso, rico em
piedade e leal que proclamamos no Salmo.
Estamos certos de que Ele nos perdoa porque afasta para longe de si a cólera; é rico em misericórdia, um Deus preocupado com o sofrimento do seu povo, um Deus próximo a seus filhos e filhas. Bondoso e compassivo, pois apaga nossas culpas.
Estamos certos de que Ele nos perdoa porque afasta para longe de si a cólera; é rico em misericórdia, um Deus preocupado com o sofrimento do seu povo, um Deus próximo a seus filhos e filhas. Bondoso e compassivo, pois apaga nossas culpas.
Descubramos nesta Quaresma o
Deus que nos reconcilia sempre e quando o permitimos, quando o aceitamos e nos
colocamos ao seu alcance. Aproximemo-nos do Deus de Jesus Cristo que nos
completa, está sobre nós e caminha ao nosso lado, quando aceitamos sua graça.
Façamos o propósito nesta Quaresma de praticar a justiça sem ser visto, de rezar escondido, onde só Deus nos ouve, de nos afastar das coisas que nos fazem mal e não são do gosto de Deus. É um bom propósito quaresmal, mas cuidado, porque estas coisas, tão tipicamente religiosas e apropriadas para este tempo, devem ser realizadas segundo o estilo e recomendações de Jesus.
Façamos o propósito nesta Quaresma de praticar a justiça sem ser visto, de rezar escondido, onde só Deus nos ouve, de nos afastar das coisas que nos fazem mal e não são do gosto de Deus. É um bom propósito quaresmal, mas cuidado, porque estas coisas, tão tipicamente religiosas e apropriadas para este tempo, devem ser realizadas segundo o estilo e recomendações de Jesus.
Propósito:
Espírito
de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a
recompensa divina
RENUNCIE AO SEU EGO
O seu ego não traz solução para nenhum
problema. O seu ego não convence ninguém de absolutamente nada. O seu ego não
lhe faz mais forte, mais influente, mais habilidoso, mais capaz, nem mais
sábio.
Tome a decisão de viver um estilo de vida acima das considerações do seu ego. Vá para além dos interesses superficiais do seu ego e se eleve para um extraordinário nível de eficiência. Renuncie ao seu ego e muitos dos seus temores irão se dissolver. Renuncie ao seu ego e você verá que inúmeras e positivas possibilidades se tornarão muito mais acessiveis a você.
Sem o seu ego lhe arrastando constantemente de um lado para o outro, você poderá focar naquilo que realmente importa. A renunciar ao seu ego você irá descobrir uma das mais coisas mais profundas e significativas que você pode fazer para si mesmo: anular a ênfase nos seus próprios interesses.
Tome a decisão de viver um estilo de vida acima das considerações do seu ego. Vá para além dos interesses superficiais do seu ego e se eleve para um extraordinário nível de eficiência. Renuncie ao seu ego e muitos dos seus temores irão se dissolver. Renuncie ao seu ego e você verá que inúmeras e positivas possibilidades se tornarão muito mais acessiveis a você.
Sem o seu ego lhe arrastando constantemente de um lado para o outro, você poderá focar naquilo que realmente importa. A renunciar ao seu ego você irá descobrir uma das mais coisas mais profundas e significativas que você pode fazer para si mesmo: anular a ênfase nos seus próprios interesses.
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