Conectar-nos a
Deus deve ser o real motivo da comemoração
Nestas
primeiras horas após a comemoração do natal, devemos pensar um pouco mais sobre
o que realmente representa essa festa e qual é o real motivo da comemoração. E,
como já tinha dito, devemos comemorar, com uma grande pompa, o nascimento de
Jesus, até porque à noite de ontem (noite de natal) tem o condão de agitar, de
alterar os ânimos, de inquietar e de sobressaltar através de uma manifestação
de alegria e de entusiasmo o coração do ser humano em uma perspectiva boa,
fazendo com que o nosso melhor lado venha tona e o nosso sorriso brote mais
fácil.
Mesmo
diante de tantas coisas boas, devemos ter em mente que o natal deve ser menos
celebrado e mais adorado, até porque a melhor maneira de se entender o que
realmente significa; guiado pelo Espírito Santo de Deus, o natal deve acontecer
todos os dias no nosso coração; o natal é entender o que Jesus deseja para a
nossa vida, pelo simples fato que Ele é a figura central desta festa.
Na
verdade, o natal deve ser uma experiência profunda, intima e pessoal com Deus,
não só entre os dias 24 e 25 de dezembro de cada ano; e essa experiência vai
nos fazer pensar menos nos presentes que danos e nos fixar mais no maravilhoso
presente que recebemos de Deus através do nascimento e do ministério de Jesus;
Natal
é o momento de agradecer a Deus por tudo que D’Ele recebemos; agradecer a Deus
pelos sorrisos e pelas lágrimas; agradecer a Deus pela Sua disponibilidade e
pelo Seu amor; agradecer a pela concretização da maior de todas as promessas de
Deus que foi revelada pelo Anjo do Senhor a José ao dizer: “Ela dará à luz
um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo
dos seus pecados” (Mt 1,21). Foi através do cumprimento dessa promessa que
Deus nos concedeu uma vida renovada, uma nova chance de ver e viver no mundo e,
o mais importante, a verdadeira reconciliação de Deus.
É
por isso, que devemos ter em mente que Jesus é a materialização da graça de
Deus derramada sobre a humanidade; com um objetivo claro e determinado:
Restaurar a aliança do ser humano com Deus; para isso, Ele realizou a Sua obra
através de uma atuação trifásica: Jesus é (assim mesmo no presente) profeta,
sacerdote e rei;
Jesus
é profeta porque Ele é o mensageiro de Deus, nos concedendo todas as forças
necessárias para ultrapassar os problemas, angustias ou decepções; nos
conduzindo até Deus, através da certeza de que não devemos ter “medo, pois
eis que eu venho anunciar-vos uma boa nova, que será uma grande alegria para
todo o povo: Nasceu-vos, hoje, na cidade de Davi, um Salvador, que é o Cristo
Senhor” (Lc 2,10-11);
Jesus
é um sacerdote porque Ele é o único mediador entre o ser humano e Deus. É
através do Cristo vivo que Deus nos convida que para, fazendo a nossa parte,
possamos seguir sempre em frente, ao Seu lado, pois somente assim chegaremos ao
caminho que, fatalmente, nos levará a transformar esse mundo em um lugar muito
melhor que por Ele nos foi prometido;
E,
por fim, Jesus é Rei, pelo simples e relevantíssimo fato de que Ele veio
restabelecer o reino de Deus no mundo, até porque “fiel é a palavra e digna
de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal” (I Tm 1,15). Por tudo isso, não há como não
observar no natal e nos demais dias do ano, que Jesus não foi um homem que quis
ser igual a Deus; muito pelo contrário, Deus, através do Cristo Jesus, se fez
igual aos homens, para que nós pudéssemos constatar o quão maravilhoso é viver
sobre a submissão e obediência do plano de Deus para a nossa vida, tomando
posse da promessa que Ele nos fez: “vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim, que Sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a
vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).
Com
essa declaração, Deus espera que não apoiemos os nossos fracassos e as nossas
frustrações nas dificuldades corriqueiras que foram, são e serão enfrentadas no
nosso dia a dia. E, que a nossa equivocada avaliação daquilo que nos falta para
sermos “plenamente felizes” pode nos levar a não enxergarmos o que temos e a
desconhecer a quem temos em nosso favor.
Por
tudo isso, devemos descansar todas as nossas inquietações na criança da
manjedoura; colocá-LO em uma posição de destaque na nossa vida, procurando
N’Ele o suporte necessário para que possamos obter tranqüilidade (no sentido
macro) nos Seus braços, pois somente assim teremos “confiança, porque haverá
esperança; olharás ao redor de ti e repousarás seguro” (Jó 11,18), tendo a
certeza que somente Ele pode restaurar vidas e transformar os corações.
Assim,
nesta manhã convido você para juntos usarmos as palavras de Maria: “Eis a
serva do Senhor. Faça-se em mim conforme a tua palavra” (Lc 1, 38) pela
maravilha que foi àquele nascimento em Belém, que trouxe ao mundo o nosso
eterno “Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da
Paz” (Is 9,15).
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