04 – Há
na natureza algumas substâncias que, por sua propriedade natural, não seguem a
lei comum e, colocadas na água, não se molham, atiradas ao fogo, não se
queimam; assim vós, embora no mundo, não deveis pertencer ao mundo,
mantendo-vos alheios aos seus interesses, às suas honrarias, aos seus
princípios e às suas festas. (S 354).SÃO JOSE MARELLO
Mateus
9,14-17
"Naquele tempo, os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?" Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão. Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam."
"Naquele tempo, os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?" Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão. Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam."
Meditação:
João Batista, cujo ministério tinha por
finalidade preparar o povo para a chegada do Messias, tinha discípulos que
ainda haviam ficado com ele durante o princípio do ministério do Senhor Jesus.
Eles observavam os discípulos do
Messias, alguns dos quais também haviam sido de João, e vieram perguntar porque
eles não jejuavam como os de João e os fariseus faziam? Era uma crítica, pois o
ritual do jejum representava muito para eles.
Para compreendermos melhor o que se
passou naquela ocasião, devemos lembrar que João Batista fora ainda um profeta
do Velho Testamento, e ele e os seus discípulos ainda estavam presos à lei de
Moisés, com seus preceitos e rituais. Ele apresentara o Messias, e foi Este que
deu início a uma nova era, ou dispensação, introduzindo o Novo Testamento entre
Deus e a humanidade com a propiciação feita com o Seu sangue.
O curto ministério do Messias aqui na
terra foi um intervalo durante o qual Ele anunciou o início do Seu reino e
preparou os Seus discípulos para a nova dispensação.
Os “filhos das bodas” mencionados na
resposta são uma expressão idiomática da época significando os convidados a um
casamento. O jejum entre os judeus era um ato de abnegação devido a tristeza e
contrição. Assim como os convidados não podem demonstrar tristeza na presença
de um noivo no seu casamento, também não era próprio para os discípulos
demonstrarem tristeza enquanto o seu Salvador estivesse junto com eles.
Mas haveria ocasião para jejum quando
Ele voltasse para o céu, completada a obra de redenção que viera fazer, quando
então estaria fisicamente ausente dos seus discípulos.
Não existe um mandamento para jejuar
como havia no Velho Testamento. O jejum é encontrado junto com a oração na
igreja primitiva, em ocasiões em que a direção de Deus era pedida para a tomada
de grandes decisões. Também, nas versões mais antigas, aparece com a oração em
1 Coríntios 4:5. É um ato de abnegação diante de Deus, aprovado aqui pelo
Senhor Jesus.
Em seguida o Senhor usa duas
ilustrações para mostrar a mudança da dispensação do Velho Testamento para a do
Novo Testamento, e para ensinar que os seus princípios não devem ser
misturados: Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha;
pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco.
Ninguém põe vinho novo em odres velhos.
Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam
estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se
perdem nem os odres nem o vinho
A utilidade do Velho Testamento, com a
lei de Moisés, estava no fim, e o Senhor Jesus não veio para lhe dar
continuidade mediante alguns remendos pois estes só podiam piorar a sua
situação. O Velho Testamento não podia conter o Evangelho da salvação
unicamente mediante a fé na obra redentora de Cristo.
O Senhor Jesus veio para introduzir uma
veste totalmente nova, um vinho completamente novo, para substituir de uma só
vez o que existia naquela época. O apóstolo João abrevia isso assim “a lei foi
dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
Pelo jejum devemos proclamar que temos
fome de Deus e significar que só encontramos sentido para nós na verdadeira
liberdade face a tudo que é terreno e material. O nosso coração só encontra
felicidade quando repousa em Deus.
Reflexão Apostólica:
No Evangelho notamos que o destaque
maior é o jejum. Jesus é questionado por discípulos de João Batista:
"Por que jejuamos, nós e os fariseus, ao passo que os teus discípulos não
jejuam?". Isso nos leva a refletir sobre a importância do jejum para
a nossa espiritualidade. Principalmente para aqueles que encontram muita
dificuldade em se manter puros por causa da idade, e das tentações em sua
volta.
Nós também temos todo direito de nos regalar de vez em quando com um bom prato de nossa preferência, porque ninguém é de ferro. Por outro lado, não podemos esquecer a importância do jejum enquanto temos saúde para isso, e estamos nessa caminhada cheia de tropeços e perigos a cada passo.
O jejum é uma negação de nós mesmos. É dizer não ao nosso corpo quando ele quer o sim. Fazendo isso, nós teremos mais força para dizer NÃO, quando naquele momento de tentação, o nosso corpo reclama a satisfação do prazer.
Adestrada e treinada, essa fera aparentemente indomável que é a nossa carne, vai obedecer à voz de comando da nossa alma, e com a ajuda de Deus se acalmará, exatamente naquele momento de perigo maior para a manutenção da nossa santidade, e aproximação maior com Deus, para que possamos aproximar as pessoas também de Deus através do nosso sacerdócio.
Vós sois o sal da terá, e o sal não pode estar estragado senão não vai salgar coisa alguma. Mas um jejum não terá tanta força para a nossa santificação se ele não for acompanhado de oração, na qual estaremos não só oferecendo aquele sacrifício a Deus Pai, pelo perdão dos nossos pecados, como também pela conquista das graças que almejamos receber.
Experimente assim que poder, fazer um jejum acompanhado de oração. Você não precisa falar para ninguém que está jejuando, nem ficar com cara de moribundo para que todos tenham pena de você, como faziam os líderes judaicos que Jesus criticou. Comece fazendo meio jejum.
Uma vez por mês você vai almoçar bem tarde, lá pelas quatro ou cinco horas da tarde. Ou, futuramente, ficar sem almoçar, ou se agüentar, sem almoço e sem janta, só com o café da manhã.
Nós também temos todo direito de nos regalar de vez em quando com um bom prato de nossa preferência, porque ninguém é de ferro. Por outro lado, não podemos esquecer a importância do jejum enquanto temos saúde para isso, e estamos nessa caminhada cheia de tropeços e perigos a cada passo.
O jejum é uma negação de nós mesmos. É dizer não ao nosso corpo quando ele quer o sim. Fazendo isso, nós teremos mais força para dizer NÃO, quando naquele momento de tentação, o nosso corpo reclama a satisfação do prazer.
Adestrada e treinada, essa fera aparentemente indomável que é a nossa carne, vai obedecer à voz de comando da nossa alma, e com a ajuda de Deus se acalmará, exatamente naquele momento de perigo maior para a manutenção da nossa santidade, e aproximação maior com Deus, para que possamos aproximar as pessoas também de Deus através do nosso sacerdócio.
Vós sois o sal da terá, e o sal não pode estar estragado senão não vai salgar coisa alguma. Mas um jejum não terá tanta força para a nossa santificação se ele não for acompanhado de oração, na qual estaremos não só oferecendo aquele sacrifício a Deus Pai, pelo perdão dos nossos pecados, como também pela conquista das graças que almejamos receber.
Experimente assim que poder, fazer um jejum acompanhado de oração. Você não precisa falar para ninguém que está jejuando, nem ficar com cara de moribundo para que todos tenham pena de você, como faziam os líderes judaicos que Jesus criticou. Comece fazendo meio jejum.
Uma vez por mês você vai almoçar bem tarde, lá pelas quatro ou cinco horas da tarde. Ou, futuramente, ficar sem almoçar, ou se agüentar, sem almoço e sem janta, só com o café da manhã.
Propósito: Usar o bom senso e o discernimento em todas as
ações.
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