27 agosto – Vontade:
este é o nosso lema; mas aquela vontade íntegra, eficaz, infalível, que, no dizer de Dante, "... tenne Lorenzo
in su la grada, e fece Muzio alla
sua man severo: manteve Lourenço sobre a grade ardente e fez Múcio castigar a
própria mão”! (L 9). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 16,13-23
Meditação:
Neste
Evangelho Pedro foi interpelado por Jesus em duas ocasiões. Na primeira, ele
inspirado pelo Espírito Santo fez a proclamação de que Jesus é o Messias o
Filho do Deus vivo. Por isso, foi considerado “feliz” e recebeu de Jesus as
chaves do reino dos céus e o poder para tudo que ligasse na terra fosse também
ligado no céu.
Na segunda ocasião, raciocinando conforme a sua humanidade, Pedro demonstrou a
sua fraqueza quando não quis admitir o sofrimento que Jesus teria de passar.
Então, o mesmo Pedro a quem Jesus entregou as chaves do reino dos céus e a quem
constituiu como fundamento da Sua Igreja foi mandado para longe Dele, como
satanás. Assim nós percebemos que dentro de cada um de nós há o divino e há o
humano.
Temos aqui dois textos articulados, com uma certa contradição, que permitem
compreender a redação do evangelho de Mateus.
A profissão de fé de Pedro, exaltada no texto, é seguida do anúncio da paixão,
rejeitada por Pedro, o qual é severamente censurado.
O elogio de Pedro não é mencionado nos evangelhos de Marcos e Lucas, e a
contradição sugere que tenha uma origem tardia, com a Igreja institucional em
embrião.
Pedro é estabelecido como o fundamento da comunidade que Jesus está organizando
e que deverá continuar no futuro. Jesus concede a Pedro o exercício da
autoridade sobre essa comunidade, autoridade de ensinar e de excluir ou
introduzir os homens nela.
Para que Pedro possa exercer tal função, a condição fundamental é ele admitir
que Jesus não é messias triunfalista e nacionalista, mas o Messias que sofrerá
e morrerá na mão das autoridades do seu tempo. Caso contrário, ele deixa de ser
Pedro para ser Satanás.
Pedro será verdadeiro chefe, se estiver convicto de que os princípios que regem
a comunidade de Jesus são totalmente diferentes daqueles em que se baseiam as
autoridades religiosas do seu tempo.
Aqui
vemos a preocupação de Jesus em ter que partir de volta ao Pai e,
nos deixar a mercê da nossa fraqueza espiritual, que nos trazem as limitações,
as tentações e de tudo o que Ele sabia que nos afastaria da vida eterna.
Nesse dia, reunido com os discípulos, Ele lhes pergunta:- “Quem dizem os
homens que eu sou”? eles ficaram embasbacados, sem saber o que responder,
mas... Pedro, sempre muito afoito respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus
vivi.” E, Jesus continua: “Feliz de ti, Simão, filho de Jonas. Tu és Pedro e
sobre esta pedra erguerei a minha igreja e, as portas do inferno nunca
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o
que ligares na terra será ligado no céu; tudo o que desligares na terra, será
desligado no Céu.”.
Nesse
exato momento, Jesus delega à Igreja, na pessoa de Pedro, que foi o nosso
primeiro Papa, ordenado por Ele, a graça do Sacramento da Reconciliação, a
"Confissão".
Jesus sabia que a humanidade inteira era fraca, por isso veio
para morrer por ela e o seu sacrifício seria em vão, se não deixasse um meio de
podermos continuar a tê-Lo em nossa vida, para que não a perdêssemos. Hoje, o
Sacerdote, nos ouve em confissão, porque Jesus assim deixou determinado.
Quando nos sentimos fracos materialmente, tomamos remédio, nos alimentamos.
Quando estamos abatidos e enfraquecidos espiritualmente, também e,
principalmente, devemos revigorar o nosso espírito, alimentando-o com às coisas
de Deus, deixando Ele agir na nossa vida; guiando-nos.
Não podemos ter vergonha de sermos bons, de sermos honestos, de sermos
responsáveis, de dizermos que amamos a Deus sobre todas às coisas; de
segurarmos a nossa língua, que tanto nos prejudica, quando a usamos para
destruir e não para construir, como nos pede Jesus. Se queremos a Sua
companhia, temos que seguir o que nos ensina através dos
O Pai ouviu Jesus e, o ato de nos dirigirmos , particularmente, ao
Sacerdote, ao Pastor, ao Ancião, àquele que é o conselheiro das várias Igrejas
do Cristo Jesus, nos desabafando arrependidos e, com o propósito firme de não
mais errar, ouvimos do nosso confessor as palavras que Jesus mesmo os autorizou
a dizer :- “Eu te perdôo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Vai e
faça muita força para não pecar mais”.
Como Jesus disse muitas vezes àqueles que lhe pediram o perdão dos pecados
cometidos. Deus seja louvado; lutemos para evitar o pecado em nossa vida.
Reflexão Apostólica:
No
evangelho de hoje Jesus nos revela que de fato é Filho de Deus, o Ungido, o
Cristo. Ele coloca, de forma clara, que é o FILHO QUE DEUS ESCOLHEU para ser a
sua PALAVRA.
Quando Pedro respondeu a VERDADE, Jesus reconheceu que havia sido o PAI, O DEUS
ÚNICO, e PAI de todos nós, que havia colocado na boca de Pedro, através do
Espírito Santo, as suas PALAVRAS.
Jesus veio quebrar o paradigma de que o líder é eleito para ser servido e, pela
vontade do Pai, Ele mostra que o líder é eleito para servir.
Jesus também colocou, de forma clara, a responsabilidade nas mãos de Pedro de
guiar suas ovelhas, apascentá-las através de um caminho, que se colocou como
CRISTIANISMO. O Senhor deixou claro, que os que seguem Pedro, estão a caminho
do CÉU PROMETIDO.
O que vale a reflexão de todos, com relação a este momento em que passamos de
vários caminhos que não foram deixados pelos apóstolos. Existem hoje, por obra
do INIMIGO, várias Igrejas, seitas, religiões, doutrinas, que não provém dos
Apóstolos.
Se o Senhor se pronunciou desta forma, quem somos nós para dizermos o
contrário? Observemos bem que caminho escolhemos e vejamos como estamos
corretos.
Somos da Igreja dos Apóstolos e buscamos, através da ajuda de Deu, mostrar a
VERDADE e honrar ao PAI e ao seu ensinamento. Não discutamos, e nem julguemos.
Apresentemos a VERDADE de forma simples.
Se estamos ligados a Pedro, na Igreja fundada por Deus, que enviou o Espírito
Santo para os Apóstolos, temos a certeza de que estamos no caminho deixado por
Deus.
Pedro, influenciado pela pureza de espírito, se deixou falar como homem, e não
como Deus pois Jesus sabe que nós somos influenciados pelos espíritos impuros,
até nas palavras. O Senhor é quem pensa como Deus e nós somos simples humanos.
Também, está claro, que o Senhor rebate qualquer outro tipo de ensinamento
ESPIRITUAL, promovido pela imaginação humana, na busca da santidade, e pela
influência do INIMIGO.
Só existe uma vida para se provar o AMOR a DEUS! Esta vida é a que vivemos, a
outra é para reconhecimento do que fizemos.
Não existe outra vida humana, ou nascer de novo na forma humana, como muitos
colocam por ai. Só há esta para se provar no AMOR ao DEUS VIVO.
O Senhor conhece o material de que nós somos feitos e, mesmo diante das nossas
fraquezas e imperfeições Ele continua a nos confiar a missão de construir o Seu
reino aqui na terra.
As nossas atitudes às vezes são motivadas pelo Espírito Santo, em outras vezes
nos baseamos na nossa própria natureza humana e saímos da sintonia com Deus e o
Seu Espírito.
Caminhemos
sempre com Jesus, na Igreja de Pedro, buscando a prática dos ensinamentos e
seremos salvos. Ou vamos contrariar a Jesus?
Propósito:
Senhor Jesus, cria no meu coração o mesmo amor por ti e
por tua Igreja, que puseste no coração de Pedro e de Paulo. Senhor Jesus, hoje
te peço que nos dê a vontade de querer ser como TU ÉS. Simples para viver,
Obediente para fazer a vontade do Pai, Humilde para sempre querer aprender mais
de TI através dos irmãos, Ungido para praticar teus prodígios no meio dos
homens, Sábio para sempre parar e ouvir a Tua Santa Vontade para nossas vidas e
finalmente plenamente feliz viver ao teu lado.
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