20 agosto - As
grandes inteligências de nada valem. São os homens de caráter que abalam o
mundo. (L 10). São jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 1,39-56
"Naqueles dias, Maria
partiu apressadamente... Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e
Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como
mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação
ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela
que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!".
Maria então disse: "A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se
alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva.
Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez
para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende
de geração
Meditação:
Lucas
coloca nos lábios de Maria o que todo cristão de coração simples deve, não
somente proclamar com seus lábios, mas realizar também através de seu esforço e
de sua luta de cada dia; é um convite a não continuar “engolindo” o conto que
uma sociedade tão injusta como a de Maria – e como a nossa – seja o reflexo de
algum desígnio ou querer de Deus.
O que é de fato revolucionário é que o Magnificat revela uma imagem de Deus
absolutamente diferente da imagem de Deus que os opressores constroem. Será,
então, que há um Deus para cada um? Evidentemente que não.
Logo,
com a imagem de Deus, que se revela nos humildes e simples, desmonta-se e se
desmascara esse deus criado pelos poderosos, imposto a todo o povo, e ao qual
“amam” porque continuamente bendiz seus interesses.
Essa é a ideia dos deuses falsos, dos ídolos, que os profetas atacaram tão
veementemente. Não se trata tanto de imagens ou figuras físicas, feitas de
madeira ou pedra, mas sim de uma ideia, uma concepção distorcida de Deus que se
impõe às pessoas como verdadeira e única.
Isabel
ficou cheia do Espírito Santo quando Maria a visitou! Assim sendo, a Mãe de
Jesus nos ensina que quando levamos Jesus para as pessoas, elas também ficam
cheias do Espírito, por isso, se alegram com a nossa chegada.
Às vezes até podemos achar que somos imprescindíveis e muito importantes para o
irmão, todavia, devemos ter consciência de que somos meros canais da graça do
Senhor.
O Espírito Santo é quem realiza a obra do Senhor no nosso coração e é quem nos
faz sair de nós mesmos (as) e ir à busca dos que estão necessitados.
Sem
mesmo percebermos nós somos instrumentos de Deus na vida dos nossos irmãos para
que se cumpram os Seus desígnios e os Seus planos se realizem. Basta que nos
ponhamos atentos e disponíveis, o Senhor nos usa para levarmos consolo, abrigo,
alegria e solidariedade.
Maria
soube distinguir isto e não perdeu tempo, pôs-se a caminho das montanhas
esquecendo a glória de ser mãe de Deus se fez serva, auxiliadora, anunciadora e
canal da graça do Espírito Santo. Assim, ela foi a primeira a levar a alegria
de Jesus ao mundo! Maria mesma se auto afirmou ser bem-aventurada, feliz, cheia
de graças!
Somos também bem aventurados (as) se acreditamos nas promessas do Senhor. O
Espírito Santo é quem nos ensina a louvar a Deus e a manifestar gratidão pelos
Seus grandes feitos na nossa vida, por isso, também somos felizes.
Assim como visitou Isabel, transmitindo a ela e a João Batista, o poder do
Espírito, Maria hoje, também nos visita e traz para nós o Seu Menino Jesus,
cheio do Espírito Santo que nos ensina a cantar, a louvar, a bendizer a Deus
com os nossos lábios.
“O Senhor no meio de nós, nos salva”, são palavras que ressoam da profecia de
Sofonias e nos levam a pensar de imediato na pessoa de Maria, que por seu
“sim”, deu uma reviravolta não só em sua vida, mas na história mesma da
humanidade ao aceitar que em seu seio o Senhor se encarnasse.
O
Espírito Santo é quem leva Isabel a reconhecer em Maria a presença de Deus e a
exultar de alegria. E é quem move Maria a cantar um precioso louvor dirigido ao
Pai, reconhecendo-o como cumpridor da promessa a seu povo de libertá-lo e
conceder-lhe
Hoje,
junto com Maria e a partir da experiência de Deus que inundou como a ninguém
seu Coração Imaculado, elevemos o mais piedoso louvor, porque ele se continua
manifestando grande e próximo no meio dos sofrimentos e dificuldades de seu
povo, cumprindo cada dia com sua promessa de amor pela humanidade. Que seu
Santo Espírito nos mova a louvá-lo como o verdadeiro Salvador que vem ao nosso
encontro.
Você
também se considera bem aventurado (a)? Você se sente comprometido (a) com
Deus? Você tem usado o Espírito Santo que mora em você para ir à busca daqueles
que precisam ser amados e ajudados? Imagine-se como Maria visitando hoje alguém
que você sabe que está precisando de amor!
Em Maria que visita a sua prima Isabel Deus na pessoa de Jesus, Seu Filho
visita o seu povo.
Maria
é portadora da fonte da alegria e cada cristão é também convidado a sê-lo. A
minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.
Com
estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe
foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus
favorece continuamente o gênero humano.
Não
fica ingrata! Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os
sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela
observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da
majestade divina.
Exulta
em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no
seu Criador, de quem espera a salvação eterna.
Porque
fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada
atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele
que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis,
pequenos e fracos, em fortes e grandes.
Logo
acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo
para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em
Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade
divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que
todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. É precisamente o nome a
que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.
Enquanto
a Igreja aguarda a jubilosa esperança da vida eterna introduz na sua liturgia o
costume, belo e salutar, de cantar todos este hino de Maria na salmodia
vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério
da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se
constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira
santidade.
Rezemos
com Maria, hoje: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de
alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto,
desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou
em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!”
Como
Maria, que da nossa boca brotem apenas as palavras de gratidão que traduzem o
sentir mais profundo do nosso coração: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu
espírito se alegra em Deus, meu Salvador»
Propósito:
Pai,
conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou,
sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão
plena contigo.
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